Lendo Nietzche em “Assim falava Zaratrusta”, me deparei com essa passagem, que além da beleza (diversas passagens são belissimas no livro todo) trás um contéudo fundamental a vida diária, a labirintica vida diária: a Sombra. Deixarei que pelas palavras do mestre Carl G. Jung se esclareça a importância da Sombra:
“Aquilo que não fazemos aflorar à consciência aparece em nossas vidas como destino.”
….e assim Falava o Brother Zara…o Trusta:
“Quem és? — perguntou impetuosamente Zaratustra. — Que fazes aqui? E por que te chamas minha sombra? Não me agradas”.
“Perdoa-me — respondeu a sombra — ser eu, e não te agradar, felizmente, Zaratustra! Isso diz muito em teu abono e a favor do teu bom gosto.
Eu sou um viajante que já há muito tempo te segue as pegadas: sempre a caminhar, mas sem destino nem lugar; de forma que pouco me falta para ser judeu errante, salvo não ser judeu nem eterno.