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Moto-aventura : Do Atlântico ao Oceano Pacífico, as lições do Atacama e Machu Picchu

Ninguém vai roubar minha cabeça agora que eu estou na estrada novamente
Oh, eu estou no céu de novo, eu tenho de tudo
(Deep Purple, em Highway Star)
Galleta Pabellón de Pica/Ruta 1/Chile

Galleta Pabellón de Pica/Ruta 1/Chile

Aqui...

Aqui…

Talvez os momentos mais difíceis de uma grande viagem de moto são os dias e as horas que antecedem a largada. Não tem jeito ! Bate aquela ansiedade, um pouco de aflição, os pensamentos vão e vem atordoando a nossa mente. Dará tudo certo desta vez ? Depois dos primeiros quilômetros, o vento batendo no corpo tudo parece ficar mais fácil. Como diria Chico Science : Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar… Esta moto-aventura começa novamente em Porto Alegre/RS mas tem o destino final em outro Porto, o Velho, em Rondônia. Começa exatamente na Toca da Coruja, na Cidade Baixa , em Porto Alegre, onde nos empolgamos tanto com a cerveja extra-viva que acabamos perdendo a máquina Sony que iria documentar a viagem no outro dia. Paciência, mas viagem assim não dá prá tirar foto toda hora mesmo e o jeito é ir de celular. Lá vamos nós !

Dia 1 – Porto Alegre / São Miguel das Missões via BR 386/BR 285 – 500 km

POA-MISSOES

Clique nos mapas para ampliar ou clique com o botão direito do mouse e use a opção “Abrir link em nova janela”

A idéia é entrar na Argentina por Porto Xavier, passando assim por São Miguel das Missões,  Patrimônio Cultural da Humanidade,  no RS.  São 500 quilômetros da capital, e cruzamos com vários grupos de motos fazendo o mesmo trajeto, indo ou voltando. Tivemos pouquissimo tempo em POA  para preparação da moto, na verdade poucas horas para ajeitar as coisas nos alforges e no bauleto. Foi ligar e pegar a estrada, numa manhã ensolarada de primavera. Neste primeiro trecho a fonte de alimentação do GPS Nuwi 255w, que tava ligada numa Gambitech improvisada de 12 volts, já apresentou problema. Na verdade é a primeira vez que viajo de moto com GPS (nunca mais sem a partir de agora, o ganho de tempo no cruzamento das cidades já compensa tudo !). Carreguei à noite e no outro dia só ligava quando tinha necessidade para poupar a bateria. Mas o primeiro dia foi bom, uma tocada boa, depois ainda pegamos a inauguração de um restaurante em São Miguel das Missões, com bom atendimento e música gaúcha de primera, tchê ! Caiu um temporal tão forte que acabou com nossa pretensão de assistir ao famoso espetáculo de Luz e Som das Missões. Mas o lugar é fascinante, visita obrigatória para conhecer a nossa história.

Rota das missões

Dia 2 – São Miguel das Missões/Porto Xavier/RS BR 285 e RS 168 125 km /balsa sobre rio Uruguai/San Javier / Ituzaingó (Corrientes/Argentina) RP 2/RP 10/RN 14/RN 120  210 km Total : 335 kmsan-javier---corrientes Em Porto Xavier, por um erro de planejamento meu, perdemos a balsa que faz a travessia do rio Uruguai. Era um sábado. E tivemos que esperar até às 16:30 parados. Aproveitamos para trocar o mapa do GPS pelo ProyectoMapear com mapas da Argentina e Chile. Como o banco Erê que eu havia comprado não encaixou direito , por questão de segurança o deixei de lado. Assim, compramos um pelego para amenizar a dureza do banco da XT 660, um acessório que pode parecer estranho mas que é show de bola , em praticidade e conforto. Feito os câmbios, trâmites normais de entrada na Argentina, agora é pegar estrada ! Conseguimos neste dia chegar em Ituzaingó.

Primeira dica : O veículo tem que estar no seu nome, ou se estiver alienado, com uma carta da financeira liberando a saída do Brasil com firma reconhecida em cartório. 

Em nenhum dos países do Mercosul é necessário a PID (Permissão Internacional para Dirigir) mas vale a pena fazer e levar, é baratinho, cerca de 50 reais no Detran mais próximo de você.

Um detalhe que muita gente desconhece, é que a PID tem que ser emitida no DETRAN de origem da CNH. Ou seja , se sua CNH é do Rio Grande do Sul, por exemplo, a PID tem que ser emitida no RS.

Um pelego prá amenizar os mais de 7.000 km

Um pelego prá amenizar os mais de 7.000 km

Dia 3 – Ituzaingó a Salta RN 16 1.060 km

Este é um trecho brabeira. Cruza o Chaco, você possívelmente será explorado pela Polícia em Corrientes e em Resistência (lembra aquela cidade do jogo que não teve Brasil X Argentina ?). Pois é lá.

Ituizangó-a-Salta

Nas duas tem uma avenida marginal, e prá evitar o tal achaque, se vc está de moto trafegue por elas. Há uma placa minúscula no acesso à ponte avisando que motos tem que ir pela avenida paralela (colectora) e somente entrar na ponte no final da avenida, bem onde tem um posto da polícia que vai tentar te explorar. É incrível ! Como você não conhece bem o lugar , vai tentando achar a entrada da tal via Colectora e …pimba, cai na mão do guarda.  Ele tentou aplicar o tal “Pago Voluntário” que daria um desconto de 50 % na multa, e coisa e tal… mas fiquei com cara de paisagem e pedi que ele multasse. Ele olhou os documentos, olhou a placa, disse que então teria que pagar no Banco de La Nacion, eu insisti que multasse, conversou com o outro guarda e disse que então eu pagaria a multa na saída da Argentina , na Aduana. Pura conversa ! É um teatrinho prá lá de ridículo. Acho até que meu manjado adesivo “Prensa Latina” ajudou em alguma coisa, afinal nestas horas você combate com o que tem na mão. Pedi um recibo da tal multa e ele só confirmou que eu pagaria na saída, na aduana entre Argentina e Chile. Quá ! Agora, não vá fazer isto à noite ou em local isolado porque o bicho pode pegar.  Era meio-dia, sol a pino, e só cai nesta porque segui outras motos menores que estavam circulando.Imaginei, se eles podem, eu também posso. Seletivamente, o guarda só encrencou comigo.

Na saída de Resistência, pelo mapa do Projecto Mapear você vai parar num beco cheio de cães modorrentos, cansados de ver grandes motos passarem perdidas. Não se acanhe ! É por ali mesmo, acaba dando certo . Só não tente fazer isto à noite. Não sei se foi um erro de quem colaborou com o Projecto ou foi sacanagem mesmo.

Passando Corrientes e Resistência, siga até Pampa del Infierno, que justifica muito bem o seu nome. Faz um calor danado e é muito úmido, mas nada que assuste quem mora na Amazônia como nós. Nas imensas retas , bandos de aves no asfalto que revoavam a cada buzinada.

Salta é uma cidade deslumbrante, não é a toa que seu apelido é “La Linda”. Cheia de monumentos, igrejas, pontos históricos. Meio clichê, mas imperdível o passeio no Complejo Teleférico Salta, que sobe o cerro San Bernardo.  Dá prá tomar uma Quilmes bem gelada lá em cima, observando a beleza da cidade encravada no vale.

Dia 4 – Salta

Segunda Dica : Compre adaptadores de tomada para carregar celular, Gps, iPad. Na Argentina é de um jeito ( tipo Australiano) , no Chile de outro (tipo Europeu) e no Peru, diferentemente se encontra o tipo Europeu e o tipo Americano. Prá completar, agora no Brasil também temos esta encrenca !

foto : mochileiros.com

foto : mochileiros.com

Dia 5- Salta a Purmamarca via San Salvador de Jujuy (El Carmen)  RN 9 160 km Estrada estreita linda

salta---purmamarca

Reparem na proporção como a estrada é estreita !

A estrada só aceita um carro por vez, tem que diminuir a velocidade cada vez que há um cruzamento. Caminhão aqui nem pensar !

A chegada em Purmamarca é fantástica. Vale uma foto com o Cerro de Las 7 Colores ao fundo.

Cardápio do dia !

patagonia

 Terceira Dica : Leve um iPad ou um Netbook . O Netbook (ou um tablet Samsung) tem a vantagem da entrada USB e de ler páginas em Flash(coisa irritante no iPad..) Isto lhe dá uma boa independência na hora de precisar de Internet.

Dia 6- Purmamarca/AR a San Pedro de Atacama/Ch

O único posto de gasolina até o posto YPF em Paso de Jama(4.320 m.s.n.m), na fronteira Argentina/Chile é em Susques. Você precisa abastecer antes em Pastos Chicos (Susques) . O posto fronteiriço argentino Paso de Jama é novo (2012) e confortável. Lá há um  YPF com internet , café quente e até uma pousada se precisar pernoitar lá , devido à uma ventania com areia forte demais por exemplo. (Encha o tanque, você fará a entrada no Chile cerca de 170 km depois, em SPA)

O frio do deserto

No final de uma grande reta você começa a ter a incrível visão do Salar Grande. A princípio não dá prá entender bem o que é, aquela mancha branca no final do asfalto, parecendo neve. Quando você se aproxima é que tem a exata noção da imensidão que é o salar.

O sal do deserto

Logo após o Paso de Jama tem a fronteira com o Chile. Daí a SPA são mais 160 km. A Aduana chilena fica na entrada de San Pedro. Você rodará estes 160 km de deserto após dar saída da Argentina e antes de dar entrada no Chile, ou seja , no vazio , se é que me entendem ! Mas tudo é muito bonito, a subida ao altiplano, as multicoloridas paisagens de Purmamarca, o Licancabur soberano sobre a paisagem nevada, a fronteira com a Bolívia.

A reta final de descida até San Pedro de Atacama é incrível, são muitos quilômetros numa pista íngreme, que vai dos 4.750 metros aos 2.300 de Atacama em menos de meia hora. Ao lado da pista se vê várias saídas de emergência para caminhões que perdem os freios.

E se tem um conselho que é útil no Chile é o seguinte : respeite a velocidade máxima porque os Carabineros do Chile não perdoam, estão em toda parte, até no deserto tinha uma viatura com radar !

San Pedro de Atacama era um local de parada dos colonizadores espanhóis em sua saga de conquista. O pequeno povoado se formou a partir da Igreja de San Pedro, construída em meados do século 18. O pequeno povoado tem cerca de 2.500 habitantes e muitos, mas muitos “perros” que vão “adorar” ver você montado numa moto em baixa velocidade ! Além de simplesmente bater perna pela Calle Caracoles, a rua principal do povoado, vale fazer todos os passeios anunciados por diversas agências : Laguna Cejar , onde a salinidade é tão grande que você entra na água e não afunda, Valle de la Muerte, Cordillera de la Sal, Laguna Chaxa, Lagunas Miscanti e Miñiques, Geisers del Tatio, Camino del Inca, Toconao ,Tulor e Pucará de Quitor .

Quarta Dica : Se pensa em armazenar gasolina para levar compre um galão adequado. Na Argentina e no Chile eles não vão te vender em garrafa pet.

Dia 7- SPA Era muito cedo e fazia muito frio quando levantamos para que a van nos pegasse na pousada para o passeio até os Gëiseres El Tátio, a  4320 m de altitude, 90 quilômetros ao norte de San Pedro de Atacama, As grandes colunas de vapor saem para a superfície através de fissuras na crosta terrestre, alcançando a temperatura de 85°C e 10 metros de altura. Os gêiseres de Tatio são formados quando rios gelados subterrâneos entram em contato com rochas quentes.

“O pensamento parece uma coisa à toa, mas cumé que a gente voa, quando começa a pensar…”

Pausa para um pastel de queijo de cabra em ....

Pausa para uma empanada de queijo de cabra em Machuca, caminho entre os Geisers e SPA.  Se preferir, tem espetinho de lhama…

Um passeio de moto ao final da tarde pelo Vale de La Luna é tudo de bom !

Um passeio de moto ao final da tarde pelo Vale de La Luna é tudo de bom !

O melhor e mais barato buteco de SPA : não me pergunte o nome !

O melhor e mais barato buteco de SPA : não me pergunte o nome !

Pousada em SPA : preparando para mais uma jornada

Pousada em SPA : preparando para mais uma jornada

Dia 8 – San Pedro de Atacama / Tocopilla (Ruta 23 e 24 – 270 km) / Iquique (Ruta 1 – 230 km) Total : 500

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O verdadeiro oásis no meio do deserto. Ao fundo, o Licancabur

O verdadeiro oásis no meio do deserto. Ao fundo, o Licancabur

Na saída de SPA para Calama, em direção a Tocopilla (Oceano Pacífico) mais deserto, pequenas serras, retões intermináveis e pouco movimento. Calama é uma cidade média, tem aeroporto que opera jatos e postos de gasolina à vontade.

Quinta Dica : Leve mais de um cartão de crédito, porque se um der pau…Não esqueça de avisar o gerente que você vai viajar e diga os países para ele liberar o uso.  Uma boa também é levar um cartão pré-carregado tipo Visa Travel Money em dólares. Só que agora vc paga os mesmos 6,38 % dos demais cartões internacionais . Isto acaba “furando” esta minha 5ª dica. Daí no caso é melhor dinheiro em espécie mesmo. Só cuidado com notas muito estragadas, principalmente no Peru.

E agora, para onde ir?

E agora, para onde ir?

No Chile a parte mais cara da viagem

No Chile a parte mais cara da viagem

Pacíficooo !!!
Iquique, vista de um morro onde é praticado vôo livre.

Iquique, vista de um morro onde é praticado vôo livre.

Companheiro Pasin e Rubia Luz ! Desculpe, acabei não te avisando e furei o encontro. Lembrei de vocês quando “iniciei os trabalhos”. Tenham toda a sorte do mundo nos novos projetos !

O navio-museu Esmeralda, parte importante da história de Iquique e do Chile

O navio-museu Esmeralda,  parte importante da história de Iquique e do Chile

Iquique tem uma vida noturna agitada e a Zofri Mall, um grande shopping center zona franca, com preços atrativos e uma infinidade de bons produtos e bugigangas.

Praça de Iquique : “furei” com o amigo Pasin aquela cerveja gelada..

Dia 9- Iquique a Arica (Ruta 5 -311 km)

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Na saída para a ruta 5, no sentido contrário à Arica (ou seja, Antofagasta) há postos de gasolina em Pozo Almonte, que fica a aproximadamente a 5 km da entrada para Alto Hosício/Iquique. Para quem roda de XT 660 é a única alternativa saindo de Iquique, porque depois só Arica (300 km).Você roda  52 km desde Iquique, abastece e então , tirando os 5 km até o trevo de entrada, dá prá rodar até Arica.

Selfie à 120 km por hora no deserto

Dia 10 – Arica(Ch) a Tacna(PE) cerca de 50 km.

Tacna é uma cidade muito simpática e limpa. Tem cerca de 260 mil habitantes e é bastante arborizada. O clima é muito seco.

Depois de muito chão começam a surgir os vales verdejantes

Depois de muito chão começam a surgir os vales verdejantes

Sexta Dica : Se for o caso, consiga a Carteira Mundial de Estudante no site http://www.carteiradoestudante.com.br . Ela custa R$ 40,00 , vale até o final do mês de  março do ano seguinte e em muitos locais legais de visitar você terá 50 % de desconto, o que por si só já paga a carteira.

A ferrovia Tacna-Arica é uma ferrovia histórica e foi construída em 1856 pela empresa The Arica & Tacna Railway Co. Na estação de Tacna, acima, existe o Museu da Ferrovia, onde se encontram fotografias e relatos de época.

Como é sempre legal misturar literatura, vale a pena ler A Senhorita de Tacna, de Mario Vargas Llosa

Dia 11 – Tacna a Puno ( Ruta 36) 320 km

tacna-a-puno

Lá vamos nós cruzar a Cordilheira dos Andes novamente, coisa difícil de explicar, de descrever, é uma sensação que se tem que viver pessoalmente. Dia de susto, porque acabou a bateria do GPS e , num movimento brusco, arranquei o plugue do carregador USB. Pronto ! Perdido no meio dos Andes. E prá piorar, tinha uma estrada antiga para Puno, e uma saída para Desaguadero. Mas o que eu queria era a estrada nova para Puno ! Sem placas, sem GPS, vi uma indicação para Puno e entrei. Dei de cara com rípio e parei na primeira casa que vi, cercada de cachorros. Lá um bondoso camponês me explicou que era a antiga estrada para Puno, que era só seguir o asfalto que eu veria alguns quilômetros na frente a ubicación para Puno e Desaguadero. Deu certo, cheguei em Puno já a noitinha. Puno tem um trânsito caótico e foi complicado achar a pousada que eu tinha reservado pela Internet. Mas tudo acaba sempre dando certo !

Frio também dá sede !

Dia 12 – Puno

Passeio obrigatório a Ilha de Urcos. Sem mais delongas.

Puno vista da Ilhas de Urcos

Mercado Popular

Igreja Matriz

Tuk-tuk protegido do sol e da chuva

O melhor e mais honesto “classificados” do mundo

Rua central de Puno (Calçadão)

A foto não diz quase nada, mas pior que Puno só Juliaca

A foto não diz quase nada, mas trânsito pior que Puno só em Juliaca

Dia 13 – Puno a Ollantaytambo – Ruta 3S (via Juliaca/Pucará/Sicuani/Calca) 475 km

puno-a-urubamba

Manutenção básica

Em busca de novos caminhos

Em busca de novos caminhos …

Integração com a natureza

 

Motocando em Ollantaytambo

Motocando em Ollantaytambo

Dia 14 – Águas Calientes

Sétima Dica : Se você vai subir  o Huayna Picchu tem que reservar o ingresso com bastante antecedência. Os grupos são limitados em dois, um que sai às 7 hs da manhã com 200 pessoas e outro sobe às 10, com mais 200. O ticket para Machu Picchu e Huyana Picchu é específico.Faça a reserva no site oficial aqui http://www.machupicchu.gob.pe/  . Não esqueça de liberar as janelas pop-up do seu navegador. O site foi melhorado no dia 31 de janeiro de 2012, segundo um comunicado do Ministério da Cultura do Peru. Outra coisa: cara, subir o Huayna Picchu requer um mínimo de condição física e sistema cardio-respiratório em dia. Se você tem algum problema ou está muito fora de forma, não encare. É melhor consultar um médico antes. O preço do ingresso para Huayna Picchu/Machu Picchu é de 152 soles para cada adulto.Quem for estudante (com a carteira da ISIC) só pode comprar ingresso no  Escritório da Dirección Regional de Cultura – Cusco , Av. de la Cultura 238 (em frente ao estadio Universitario), Librería del Ministerio de Cultura (Casa Garcilaso) Condominio Huáscar Cusco – Perú, de segunda a sexta-feira das  8:00 as 16:00 horas ( é a avenida que dá prosseguimento à estrada logo que se chega a Cusco vindo de Puerto Maldonado) e no  Escritório do Centro Cultural de Machupicchu , em Aguas Calientes, já no povoado aos pés de Machu Picchu, de segunda a domingo, das 5:20 às 21 horas. (é pertinho da estação de trem ) Somente para Machu Picchu, o ingresso custa 128 soles e só podem entrar 2.500 pessoas por dia.  Depois de fazer a reserva, você tem duas horas para confirmar o pagamento senão a reserva cai. ( Se estiver já dentro do Peru e não conseguir via On Line, vale a pena enfrentar uma “cola” (fila) enorme no Banco de La Nación del Peru para pagar a confirmação da reserva. O horário de funcionamento dos bancos é das 8:00 às 17:30 hs. Em Iñapari, há uma agência na Plaza de Armas. Em Puerto Maldonado, o banco fica na Calle Daniel Alcides Carrión N° 241-243 – Distrito: Tambopata, telefone 082 571 210. Aos sábados , o banco abre das 9 da manhã às 13 hs. O cartão de crédito aceito no pagamento on-line tem que ter a facilidade “Certified by Visa”. Confira se o seu cartão tem essa facilidade, senão ele NÃO será aceito e vc terá que pagar numa agência do Banco de la Nación . Se estiver na época de alta temporada nem sonhe em deixar para fazer a reserva na última hora, Você não vai conseguir !

Não é preciso dizer nada…

Ai meu Machu Picchu, ninguém segura este meu delírio...

O duo : Ai meu Machu Picchu, ninguém segura este meu delírio…

Valeu, Mestre Ismael !

O uno: Valeu, Mestre Ismael !

Oitava Dica : Faça vacina uns 20 dias antes contra Febre Amarela e leve à Anvisa para receber o Certificado Internacional de Vacinação ( um amarelinho, com data e lote da vacina). Vai que no meio da viagem você resolve entrar na Bolívia, por exemplo.Veja este post com diversas dicas interessantes sobre Machu Picchu.

Dia 15 – Ollantaytambo / Mazuko ( Distrito de Inambari) Ruta Interoceânica Sur 450 km

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O trecho entre Cusco e Iñapari da Carretera Interoceânica Sur : repare as distâncias da placa. Estrada !

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Pausa para colocar uma luva cirúrgica por baixo da outra que o frio pegou !

Pausa para colocar uma luva cirúrgica por baixo da outra que o frio pegou !

Dia 16 – Mazuko / Puerto Maldonado (170 km) / Iñapari (230) Assis Brasil / Brasiléia (Acre) 115 km Total: 515 km

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Deu dó sair da aduana brasileira e depois de 50 metros cair numa cratera… Nosso país precisa investir muito ainda em infra-estrutura. Tem que estancar o gargalo da corrupção de alguma forma. O dinheiro que já foi destinado para as BR´s daria para deixá-las numa condição muito melhor do que a gente vê. Quando entrei no Brasil fiquei sem coragem de fazer sequer um trechinho à noite, coisa que fiz nos Andes no meio de chuva ainda, mas com sinalização e segurança.

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Garantizada, la mejor !

Uma pequena visita em Cobija (Bolívia) só prá tomar umas Paceñas. Depois de um monte a confusão na conversão entre pesos argentinos, reales, soles, pesos chilenos. Mas eu tava com a camisa do Grêmio e o garçon era camarada e compreensivo. Deu tudo certo…

Serra de Santa Rosa, no Peru amazônico : lá vem curva !

Serra de Santa Rosa, no Peru amazônico : lá vem curva !

Nona Dica : Nas cidades peruanas não se arrisque a transitar com seu carro ou moto. Pegue um táxi que é baratinho, e é preço fixo, coisa de 2,3 soles por passageiro em qualquer percurso. Cidades como Puno, Juliaca, Cusco tem um trânsito bem maluco.

O Brasil a menos de 150 km

O Brasil a menos de 150 km

Dia 17 – Brasiléia / Rio Branco / Vista Alegre do Abunã (RO) BR 317/BR 364 – 440 km

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Saimos de Brasiléia cedinho para pegar um churrasco no almoço com a Vivica e a Dona Mariá. Dona Mariá não comeu mas conversou prá caramba ! Constatação : uma das melhores churrascarias gaúchas do Brasil fica no Acre !

Décima Dica : Pé na estrada, irmão !

Depois de milhares de quilômetros em boas estradas, o choque do retorno à realidade brasileira, a poucos metros da fronteira com o Peru

Depois de milhares de quilômetros em boas estradas, o choque do retorno à realidade brasileira, a poucos metros da fronteira com o Peru

Abunã, Rondônia, Brasil

Dia 18 – Vista Alegre do Abunã/ Porto Velho (RO) BR 364 – 215 km

Atravessamos a balsa mais segura ( em termos de policiamento) do mundo ! Dois carros da PRF, dois da PM, um da PF … era uma escolta, pelo jeito. O que dói é o bolso : R$    4,00 para atravessar uma moto ! Carro pequeno : R$ 14,00

preços-balsa-abuna

Tabela de preços da Balsa do Abunã/Rio Madeira/Rondônia

O pelego se integra à paisagem rondoniense

 

E quem quiser que conte outra…

Não me pediram em nenhum momento a Carta Verde, nem o SOAT no Peru (este eu confesso que não tinha, fui deixando prá frente, fui deixando e…ôpa, já sai do Peru ! Mas não deixe de ler sobre o SOAT no post Viagem pela Interoceânica).

Viagem nunca mais sem um bom GPS. Ele encurta DEMAIS o tempo de passagem entre as cidades, facilitando encontrar as entradas e saídas. Outra grande vantagem desta viagem foi o fato de só ter uma perna de ida, porque o retorno sempre é mais complicado e entediante.

Outro mito que precisa ser derrubado , é que dá prá ir com QUALQUER moto ou carro para o Atacama ou Machu Picchu. Neste trecho não tem rípio, na verdade eu detesto rípio. Até de bicicleta dá prá ir, respeitando sempre os limites da estrada , da lei e da natureza, além do próprio corpo é claro. A vantagem de ir numa big trail é poder se aventurar um pouco para fora da estrada, aliás, para isto é que ela foi feita !

Outra coisa : nesta perna, subindo a América, não paguei nenhum pedágio, pois cruzava sempre com o movimento contrário e em alguns países como o Peru e Argentina, moto não paga. As estradas são boas (o susto é quando vc volta para o Brasil !). E fazendo um bom planejamento não tem mais pane seca no deserto ( não é mesmo, Z ?). Tudo o que precisa é você estar bem consigo mesmo, de preferência com quem você ama, ter responsabilidade e respeitar os seus limites físicos e psicológicos, gostar do novo e ser aventureiro, porque sem isto vc não vai mesmo !

Todo o começo e final de viagem é parecido. A ansiedade, a vontade de ir para a estrada no início…. Depois os perrengues, o frio, a chuva…. A hora em que você pensa, ” o que eu tô fazendo aqui ?” . O que nos leva a ficar horas sob uma chuva forte, passando frio, carregando e descarregando alforges com roupa fedorenta, procurando o muquifo mais próximo e barato prá passar a noite ? Mas vai chegando perto de casa, o asfalto zunindo sob seus pés, e não tem jeito. O pensamento voa …. Qual será a próxima ?

Veja também :

Moto-aventura : Quase 10.000 km pela Patagônia

Viagem pela Interoceânica, até Machu Picchu. De moto, até de carro eu vou ! Incrível !

Sabe aquela expressão do “Oiapoque ao Chuí” ? esqueça

Por que existem as hashtags ? ( via O mundo dos jetsons)

Para alegria de alguns e desespero de outros, o Facebook ganhará suporte a #hashtags. Um bilhão de usuários terão acesso à função nos próximos dias, que já existe há algum tempo no Twitter, Instagram e Google+.

Mas quem criou a hashtag? E quem ajudou a difundi-la? A resposta para as duas perguntas envolve um rapaz chamado Chris Messina.

A inspiração para usar o # (jogo da velha) veio do IRC. Nele, você inicia a mensagem com #nomedocanal para dizer que ela pertence a certo grupo ou assunto.

Uma rede de microblogging decidiu adotar a ideia: o Jaiku, comprado pelo Google em 2007 (e fechado em 2012). Nele, você podia criar canais iniciando sua mensagem com #nomedocanal. Cada canal reunia mensagens com conteúdo semelhante.

Em 2007, alguns usuários do Twitter pensavam em criar grupos na rede social. No entanto, Chris Messina, um conhecido defensor do código livre, propôs algo maior do que grupos: “eu estou mais interessado em simplesmente ter uma experiência melhor de ouvir o que outros estão dizendo no Twitter”. Ele fez uma proposta formal de como isto seria incorporado à rede social, e foi o primeiro a usar a hashtag:

Dessa forma, era possível agrupar tweets com conteúdo semelhante. Então Messina criou a hashtag; e Stowe Boyd, que comentou as ideias de Messina em seu blog, cunhou o termo, em um post chamado “Hash Tags = Grupos para o Twitter“.

Continue Lendo via O mundo dos jetsons

Moto-aventura : Do Atlântico ao Oceano Pacífico, as lições do Atacama e Machu Picchu

Ninguém vai roubar minha cabeça agora que eu estou na estrada novamente
Oh, eu estou no céu de novo, eu tenho de tudo
(Deep Purple, em Highway Star)
Galleta Pabellón de Pica/Ruta 1/Chile

Galleta Pabellón de Pica/Ruta 1/Chile

Aqui...

Aqui…

Talvez os momentos mais difíceis de uma grande viagem de moto são os dias e as horas que antecedem a largada. Não tem jeito ! Bate aquela ansiedade, um pouco de aflição, os pensamentos vão e vem atordoando a nossa mente. Dará tudo certo desta vez ? Depois dos primeiros quilômetros, o vento batendo no corpo tudo parece ficar mais fácil. Como diria Chico Science : Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar… Esta moto-aventura começa novamente em Porto Alegre/RS mas tem o destino final em outro Porto, o Velho, em Rondônia. Começa exatamente na Toca da Coruja, na Cidade Baixa , em Porto Alegre, onde nos empolgamos tanto com a cerveja extra-viva que acabamos perdendo a máquina Sony que iria documentar a viagem no outro dia. Paciência, mas viagem assim não dá prá tirar foto toda hora mesmo e o jeito é ir de celular. Lá vamos nós !

Dia 1 – Porto Alegre / São Miguel das Missões via BR 386/BR 285 – 500 km

POA-MISSOES

Clique nos mapas para ampliar ou clique com o botão direito do mouse e use a opção “Abrir link em nova janela”

A idéia é entrar na Argentina por Porto Xavier, passando assim por São Miguel das Missões,  Patrimônio Cultural da Humanidade,  no RS.  São 500 quilômetros da capital, e cruzamos com vários grupos de motos fazendo o mesmo trajeto, indo ou voltando. Tivemos pouquissimo tempo em POA  para preparação da moto, na verdade poucas horas para ajeitar as coisas nos alforges e no bauleto. Foi ligar e pegar a estrada, numa manhã ensolarada de primavera. Neste primeiro trecho a fonte de alimentação do GPS Nuwi 255w, que tava ligada numa Gambitech improvisada de 12 volts, já apresentou problema. Na verdade é a primeira vez que viajo de moto com GPS (nunca mais sem a partir de agora, o ganho de tempo no cruzamento das cidades já compensa tudo !). Carreguei à noite e no outro dia só ligava quando tinha necessidade para poupar a bateria. Mas o primeiro dia foi bom, uma tocada boa, depois ainda pegamos a inauguração de um restaurante em São Miguel das Missões, com bom atendimento e música gaúcha de primera, tchê ! Caiu um temporal tão forte que acabou com nossa pretensão de assistir ao famoso espetáculo de Luz e Som das Missões. Mas o lugar é fascinante, visita obrigatória para conhecer a nossa história.

Rota das missões

Dia 2 – São Miguel das Missões/Porto Xavier/RS BR 285 e RS 168 125 km /balsa sobre rio Uruguai/San Javier / Ituzaingó (Corrientes/Argentina) RP 2/RP 10/RN 14/RN 120  210 km Total : 335 kmsan-javier---corrientes Em Porto Xavier, por um erro de planejamento meu, perdemos a balsa que faz a travessia do rio Uruguai. Era um sábado. E tivemos que esperar até às 16:30 parados. Aproveitamos para trocar o mapa do GPS pelo ProyectoMapear com mapas da Argentina e Chile. Como o banco Erê que eu havia comprado não encaixou direito , por questão de segurança o deixei de lado. Assim, compramos um pelego para amenizar a dureza do banco da XT 660, um acessório que pode parecer estranho mas que é show de bola , em praticidade e conforto. Feito os câmbios, trâmites normais de entrada na Argentina, agora é pegar estrada ! Conseguimos neste dia chegar em Ituzaingó.

Primeira dica : O veículo tem que estar no seu nome, ou se estiver alienado, com uma carta da financeira liberando a saída do Brasil com firma reconhecida em cartório. 

Em nenhum dos países do Mercosul é necessário a PID (Permissão Internacional para Dirigir) mas vale a pena fazer e levar, é baratinho, cerca de 50 reais no Detran mais próximo de você.

Um detalhe que muita gente desconhece, é que a PID tem que ser emitida no DETRAN de origem da CNH. Ou seja , se sua CNH é do Rio Grande do Sul, por exemplo, a PID tem que ser emitida no RS.

Um pelego prá amenizar os mais de 7.000 km

Um pelego prá amenizar os mais de 7.000 km

Dia 3 – Ituzaingó a Salta RN 16 1.060 km

Este é um trecho brabeira. Cruza o Chaco, você possívelmente será explorado pela Polícia em Corrientes e em Resistência (lembra aquela cidade do jogo que não teve Brasil X Argentina ?). Pois é lá.

Ituizangó-a-Salta

Nas duas tem uma avenida marginal, e prá evitar o tal achaque, se vc está de moto trafegue por elas. Há uma placa minúscula no acesso à ponte avisando que motos tem que ir pela avenida paralela (colectora) e somente entrar na ponte no final da avenida, bem onde tem um posto da polícia que vai tentar te explorar. É incrível ! Como você não conhece bem o lugar , vai tentando achar a entrada da tal via Colectora e …pimba, cai na mão do guarda.  Ele tentou aplicar o tal “Pago Voluntário” que daria um desconto de 50 % na multa, e coisa e tal… mas fiquei com cara de paisagem e pedi que ele multasse. Ele olhou os documentos, olhou a placa, disse que então teria que pagar no Banco de La Nacion, eu insisti que multasse, conversou com o outro guarda e disse que então eu pagaria a multa na saída da Argentina , na Aduana. Pura conversa ! É um teatrinho prá lá de ridículo. Acho até que meu manjado adesivo “Prensa Latina” ajudou em alguma coisa, afinal nestas horas você combate com o que tem na mão. Pedi um recibo da tal multa e ele só confirmou que eu pagaria na saída, na aduana entre Argentina e Chile. Quá ! Agora, não vá fazer isto à noite ou em local isolado porque o bicho pode pegar.  Era meio-dia, sol a pino, e só cai nesta porque segui outras motos menores que estavam circulando.Imaginei, se eles podem, eu também posso. Seletivamente, o guarda só encrencou comigo.

Na saída de Resistência, pelo mapa do Projecto Mapear você vai parar num beco cheio de cães modorrentos, cansados de ver grandes motos passarem perdidas. Não se acanhe ! É por ali mesmo, acaba dando certo . Só não tente fazer isto à noite. Não sei se foi um erro de quem colaborou com o Projecto ou foi sacanagem mesmo.

Passando Corrientes e Resistência, siga até Pampa del Infierno, que justifica muito bem o seu nome. Faz um calor danado e é muito úmido, mas nada que assuste quem mora na Amazônia como nós. Nas imensas retas , bandos de aves no asfalto que revoavam a cada buzinada.

Salta é uma cidade deslumbrante, não é a toa que seu apelido é “La Linda”. Cheia de monumentos, igrejas, pontos históricos. Meio clichê, mas imperdível o passeio no Complejo Teleférico Salta, que sobe o cerro San Bernardo.  Dá prá tomar uma Quilmes bem gelada lá em cima, observando a beleza da cidade encravada no vale.

Dia 4 – Salta

Segunda Dica : Compre adaptadores de tomada para carregar celular, Gps, iPad. Na Argentina é de um jeito ( tipo Australiano) , no Chile de outro (tipo Europeu) e no Peru, diferentemente se encontra o tipo Europeu e o tipo Americano. Prá completar, agora no Brasil também temos esta encrenca !

foto : mochileiros.com

foto : mochileiros.com

Dia 5- Salta a Purmamarca via San Salvador de Jujuy (El Carmen)  RN 9 160 km Estrada estreita linda

salta---purmamarca

Reparem na proporção como a estrada é estreita !

A estrada só aceita um carro por vez, tem que diminuir a velocidade cada vez que há um cruzamento. Caminhão aqui nem pensar !

A chegada em Purmamarca é fantástica. Vale uma foto com o Cerro de Las 7 Colores ao fundo.

Cardápio do dia !

patagonia

 Terceira Dica : Leve um iPad ou um Netbook . O Netbook (ou um tablet Samsung) tem a vantagem da entrada USB e de ler páginas em Flash(coisa irritante no iPad..) Isto lhe dá uma boa independência na hora de precisar de Internet.

Dia 6- Purmamarca/AR a San Pedro de Atacama/Ch

O único posto de gasolina até o posto YPF em Paso de Jama(4.320 m.s.n.m), na fronteira Argentina/Chile é em Susques. Você precisa abastecer antes em Pastos Chicos (Susques) . O posto fronteiriço argentino Paso de Jama é novo (2012) e confortável. Lá há um  YPF com internet , café quente e até uma pousada se precisar pernoitar lá , devido à uma ventania com areia forte demais por exemplo. (Encha o tanque, você fará a entrada no Chile cerca de 170 km depois, em SPA)

O frio do deserto

No final de uma grande reta você começa a ter a incrível visão do Salar Grande. A princípio não dá prá entender bem o que é, aquela mancha branca no final do asfalto, parecendo neve. Quando você se aproxima é que tem a exata noção da imensidão que é o salar.

O sal do deserto

Logo após o Paso de Jama tem a fronteira com o Chile. Daí a SPA são mais 160 km. A Aduana chilena fica na entrada de San Pedro. Você rodará estes 160 km de deserto após dar saída da Argentina e antes de dar entrada no Chile, ou seja , no vazio , se é que me entendem ! Mas tudo é muito bonito, a subida ao altiplano, as multicoloridas paisagens de Purmamarca, o Licancabur soberano sobre a paisagem nevada, a fronteira com a Bolívia.

A reta final de descida até San Pedro de Atacama é incrível, são muitos quilômetros numa pista íngreme, que vai dos 4.750 metros aos 2.300 de Atacama em menos de meia hora. Ao lado da pista se vê várias saídas de emergência para caminhões que perdem os freios.

E se tem um conselho que é útil no Chile é o seguinte : respeite a velocidade máxima porque os Carabineros do Chile não perdoam, estão em toda parte, até no deserto tinha uma viatura com radar !

San Pedro de Atacama era um local de parada dos colonizadores espanhóis em sua saga de conquista. O pequeno povoado se formou a partir da Igreja de San Pedro, construída em meados do século 18. O pequeno povoado tem cerca de 2.500 habitantes e muitos, mas muitos “perros” que vão “adorar” ver você montado numa moto em baixa velocidade ! Além de simplesmente bater perna pela Calle Caracoles, a rua principal do povoado, vale fazer todos os passeios anunciados por diversas agências : Laguna Cejar , onde a salinidade é tão grande que você entra na água e não afunda, Valle de la Muerte, Cordillera de la Sal, Laguna Chaxa, Lagunas Miscanti e Miñiques, Geisers del Tatio, Camino del Inca, Toconao ,Tulor e Pucará de Quitor .

Quarta Dica : Se pensa em armazenar gasolina para levar compre um galão adequado. Na Argentina e no Chile eles não vão te vender em garrafa pet.

Dia 7- SPA Era muito cedo e fazia muito frio quando levantamos para que a van nos pegasse na pousada para o passeio até os Gëiseres El Tátio, a  4320 m de altitude, 90 quilômetros ao norte de San Pedro de Atacama, As grandes colunas de vapor saem para a superfície através de fissuras na crosta terrestre, alcançando a temperatura de 85°C e 10 metros de altura. Os gêiseres de Tatio são formados quando rios gelados subterrâneos entram em contato com rochas quentes.

“O pensamento parece uma coisa à toa, mas cumé que a gente voa, quando começa a pensar…”

Pausa para um pastel de queijo de cabra em ....

Pausa para uma empanada de queijo de cabra em Machuca, caminho entre os Geisers e SPA.  Se preferir, tem espetinho de lhama…

Um passeio de moto ao final da tarde pelo Vale de La Luna é tudo de bom !

Um passeio de moto ao final da tarde pelo Vale de La Luna é tudo de bom !

O melhor e mais barato buteco de SPA : não me pergunte o nome !

O melhor e mais barato buteco de SPA : não me pergunte o nome !

Pousada em SPA : preparando para mais uma jornada

Pousada em SPA : preparando para mais uma jornada

Dia 8 – San Pedro de Atacama / Tocopilla (Ruta 23 e 24 – 270 km) / Iquique (Ruta 1 – 230 km) Total : 500

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O verdadeiro oásis no meio do deserto. Ao fundo, o Licancabur

O verdadeiro oásis no meio do deserto. Ao fundo, o Licancabur

Na saída de SPA para Calama, em direção a Tocopilla (Oceano Pacífico) mais deserto, pequenas serras, retões intermináveis e pouco movimento. Calama é uma cidade média, tem aeroporto que opera jatos e postos de gasolina à vontade.

Quinta Dica : Leve mais de um cartão de crédito, porque se um der pau…Não esqueça de avisar o gerente que você vai viajar e diga os países para ele liberar o uso.  Uma boa também é levar um cartão pré-carregado tipo Visa Travel Money em dólares. Só que agora vc paga os mesmos 6,38 % dos demais cartões internacionais . Isto acaba “furando” esta minha 5ª dica. Daí no caso é melhor dinheiro em espécie mesmo. Só cuidado com notas muito estragadas, principalmente no Peru.

E agora, para onde ir?

E agora, para onde ir?

No Chile a parte mais cara da viagem

No Chile a parte mais cara da viagem

Pacíficooo !!!
Iquique, vista de um morro onde é praticado vôo livre.

Iquique, vista de um morro onde é praticado vôo livre.

Companheiro Pasin e Rubia Luz ! Desculpe, acabei não te avisando e furei o encontro. Lembrei de vocês quando “iniciei os trabalhos”. Tenham toda a sorte do mundo nos novos projetos !

O navio-museu Esmeralda, parte importante da história de Iquique e do Chile

O navio-museu Esmeralda,  parte importante da história de Iquique e do Chile

Iquique tem uma vida noturna agitada e a Zofri Mall, um grande shopping center zona franca, com preços atrativos e uma infinidade de bons produtos e bugigangas.

Praça de Iquique : “furei” com o amigo Pasin aquela cerveja gelada..

Dia 9- Iquique a Arica (Ruta 5 -311 km)

iquique-a-arica

Na saída para a ruta 5, no sentido contrário à Arica (ou seja, Antofagasta) há postos de gasolina em Pozo Almonte, que fica a aproximadamente a 5 km da entrada para Alto Hosício/Iquique. Para quem roda de XT 660 é a única alternativa saindo de Iquique, porque depois só Arica (300 km).Você roda  52 km desde Iquique, abastece e então , tirando os 5 km até o trevo de entrada, dá prá rodar até Arica.

Selfie à 120 km por hora no deserto

Dia 10 – Arica(Ch) a Tacna(PE) cerca de 50 km.

Tacna é uma cidade muito simpática e limpa. Tem cerca de 260 mil habitantes e é bastante arborizada. O clima é muito seco.

Depois de muito chão começam a surgir os vales verdejantes

Depois de muito chão começam a surgir os vales verdejantes

Sexta Dica : Se for o caso, consiga a Carteira Mundial de Estudante no site http://www.carteiradoestudante.com.br . Ela custa R$ 40,00 , vale até o final do mês de  março do ano seguinte e em muitos locais legais de visitar você terá 50 % de desconto, o que por si só já paga a carteira.

A ferrovia Tacna-Arica é uma ferrovia histórica e foi construída em 1856 pela empresa The Arica & Tacna Railway Co. Na estação de Tacna, acima, existe o Museu da Ferrovia, onde se encontram fotografias e relatos de época.

Como é sempre legal misturar literatura, vale a pena ler A Senhorita de Tacna, de Mario Vargas Llosa

Dia 11 – Tacna a Puno ( Ruta 36) 320 km

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Lá vamos nós cruzar a Cordilheira dos Andes novamente, coisa difícil de explicar, de descrever, é uma sensação que se tem que viver pessoalmente. Dia de susto, porque acabou a bateria do GPS e , num movimento brusco, arranquei o plugue do carregador USB. Pronto ! Perdido no meio dos Andes. E prá piorar, tinha uma estrada antiga para Puno, e uma saída para Desaguadero. Mas o que eu queria era a estrada nova para Puno ! Sem placas, sem GPS, vi uma indicação para Puno e entrei. Dei de cara com rípio e parei na primeira casa que vi, cercada de cachorros. Lá um bondoso camponês me explicou que era a antiga estrada para Puno, que era só seguir o asfalto que eu veria alguns quilômetros na frente a ubicación para Puno e Desaguadero. Deu certo, cheguei em Puno já a noitinha. Puno tem um trânsito caótico e foi complicado achar a pousada que eu tinha reservado pela Internet. Mas tudo acaba sempre dando certo !

Frio também dá sede !

Dia 12 – Puno

Passeio obrigatório a Ilha de Urcos. Sem mais delongas.

Puno vista da Ilhas de Urcos

Mercado Popular

Igreja Matriz

Tuk-tuk protegido do sol e da chuva

O melhor e mais honesto “classificados” do mundo

Rua central de Puno (Calçadão)

A foto não diz quase nada, mas pior que Puno só Juliaca

A foto não diz quase nada, mas trânsito pior que Puno só em Juliaca

Dia 13 – Puno a Ollantaytambo – Ruta 3S (via Juliaca/Pucará/Sicuani/Calca) 475 km

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Manutenção básica

Em busca de novos caminhos

Em busca de novos caminhos …

Integração com a natureza

 

Motocando em Ollantaytambo

Motocando em Ollantaytambo

Dia 14 – Águas Calientes

Sétima Dica : Se você vai subir  o Huayna Picchu tem que reservar o ingresso com bastante antecedência. Os grupos são limitados em dois, um que sai às 7 hs da manhã com 200 pessoas e outro sobe às 10, com mais 200. O ticket para Machu Picchu e Huyana Picchu é específico.Faça a reserva no site oficial aqui http://www.machupicchu.gob.pe/  . Não esqueça de liberar as janelas pop-up do seu navegador. O site foi melhorado no dia 31 de janeiro de 2012, segundo um comunicado do Ministério da Cultura do Peru. Outra coisa: cara, subir o Huayna Picchu requer um mínimo de condição física e sistema cardio-respiratório em dia. Se você tem algum problema ou está muito fora de forma, não encare. É melhor consultar um médico antes. O preço do ingresso para Huayna Picchu/Machu Picchu é de 152 soles para cada adulto.Quem for estudante (com a carteira da ISIC) só pode comprar ingresso no  Escritório da Dirección Regional de Cultura – Cusco , Av. de la Cultura 238 (em frente ao estadio Universitario), Librería del Ministerio de Cultura (Casa Garcilaso) Condominio Huáscar Cusco – Perú, de segunda a sexta-feira das  8:00 as 16:00 horas ( é a avenida que dá prosseguimento à estrada logo que se chega a Cusco vindo de Puerto Maldonado) e no  Escritório do Centro Cultural de Machupicchu , em Aguas Calientes, já no povoado aos pés de Machu Picchu, de segunda a domingo, das 5:20 às 21 horas. (é pertinho da estação de trem ) Somente para Machu Picchu, o ingresso custa 128 soles e só podem entrar 2.500 pessoas por dia.  Depois de fazer a reserva, você tem duas horas para confirmar o pagamento senão a reserva cai. ( Se estiver já dentro do Peru e não conseguir via On Line, vale a pena enfrentar uma “cola” (fila) enorme no Banco de La Nación del Peru para pagar a confirmação da reserva. O horário de funcionamento dos bancos é das 8:00 às 17:30 hs. Em Iñapari, há uma agência na Plaza de Armas. Em Puerto Maldonado, o banco fica na Calle Daniel Alcides Carrión N° 241-243 – Distrito: Tambopata, telefone 082 571 210. Aos sábados , o banco abre das 9 da manhã às 13 hs. O cartão de crédito aceito no pagamento on-line tem que ter a facilidade “Certified by Visa”. Confira se o seu cartão tem essa facilidade, senão ele NÃO será aceito e vc terá que pagar numa agência do Banco de la Nación . Se estiver na época de alta temporada nem sonhe em deixar para fazer a reserva na última hora, Você não vai conseguir !

Não é preciso dizer nada…

Ai meu Machu Picchu, ninguém segura este meu delírio...

O duo : Ai meu Machu Picchu, ninguém segura este meu delírio…

Valeu, Mestre Ismael !

O uno: Valeu, Mestre Ismael !

Oitava Dica : Faça vacina uns 20 dias antes contra Febre Amarela e leve à Anvisa para receber o Certificado Internacional de Vacinação ( um amarelinho, com data e lote da vacina). Vai que no meio da viagem você resolve entrar na Bolívia, por exemplo.Veja este post com diversas dicas interessantes sobre Machu Picchu.

Dia 15 – Ollantaytambo / Mazuko ( Distrito de Inambari) Ruta Interoceânica Sur 450 km

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O trecho entre Cusco e Iñapari da Carretera Interoceânica Sur : repare as distâncias da placa. Estrada !

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Pausa para colocar uma luva cirúrgica por baixo da outra que o frio pegou !

Pausa para colocar uma luva cirúrgica por baixo da outra que o frio pegou !

Dia 16 – Mazuko / Puerto Maldonado (170 km) / Iñapari (230) Assis Brasil / Brasiléia (Acre) 115 km Total: 515 km

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Deu dó sair da aduana brasileira e depois de 50 metros cair numa cratera… Nosso país precisa investir muito ainda em infra-estrutura. Tem que estancar o gargalo da corrupção de alguma forma. O dinheiro que já foi destinado para as BR´s daria para deixá-las numa condição muito melhor do que a gente vê. Quando entrei no Brasil fiquei sem coragem de fazer sequer um trechinho à noite, coisa que fiz nos Andes no meio de chuva ainda, mas com sinalização e segurança.

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Garantizada, la mejor !

Uma pequena visita em Cobija (Bolívia) só prá tomar umas Paceñas. Depois de um monte a confusão na conversão entre pesos argentinos, reales, soles, pesos chilenos. Mas eu tava com a camisa do Grêmio e o garçon era camarada e compreensivo. Deu tudo certo…

Serra de Santa Rosa, no Peru amazônico : lá vem curva !

Serra de Santa Rosa, no Peru amazônico : lá vem curva !

Nona Dica : Nas cidades peruanas não se arrisque a transitar com seu carro ou moto. Pegue um táxi que é baratinho, e é preço fixo, coisa de 2,3 soles por passageiro em qualquer percurso. Cidades como Puno, Juliaca, Cusco tem um trânsito bem maluco.

O Brasil a menos de 150 km

O Brasil a menos de 150 km

Dia 17 – Brasiléia / Rio Branco / Vista Alegre do Abunã (RO) BR 317/BR 364 – 440 km

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Saimos de Brasiléia cedinho para pegar um churrasco no almoço com a Vivica e a Dona Mariá. Dona Mariá não comeu mas conversou prá caramba ! Constatação : uma das melhores churrascarias gaúchas do Brasil fica no Acre !

Décima Dica : Pé na estrada, irmão !

Depois de milhares de quilômetros em boas estradas, o choque do retorno à realidade brasileira, a poucos metros da fronteira com o Peru

Depois de milhares de quilômetros em boas estradas, o choque do retorno à realidade brasileira, a poucos metros da fronteira com o Peru

Abunã, Rondônia, Brasil

Dia 18 – Vista Alegre do Abunã/ Porto Velho (RO) BR 364 – 215 km

Atravessamos a balsa mais segura ( em termos de policiamento) do mundo ! Dois carros da PRF, dois da PM, um da PF … era uma escolta, pelo jeito. O que dói é o bolso : R$    4,00 para atravessar uma moto ! Carro pequeno : R$ 14,00

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Tabela de preços da Balsa do Abunã/Rio Madeira/Rondônia

O pelego se integra à paisagem rondoniense

 

E quem quiser que conte outra…

Não me pediram em nenhum momento a Carta Verde, nem o SOAT no Peru (este eu confesso que não tinha, fui deixando prá frente, fui deixando e…ôpa, já sai do Peru ! Mas não deixe de ler sobre o SOAT no post Viagem pela Interoceânica).

Viagem nunca mais sem um bom GPS. Ele encurta DEMAIS o tempo de passagem entre as cidades, facilitando encontrar as entradas e saídas. Outra grande vantagem desta viagem foi o fato de só ter uma perna de ida, porque o retorno sempre é mais complicado e entediante.

Outro mito que precisa ser derrubado , é que dá prá ir com QUALQUER moto ou carro para o Atacama ou Machu Picchu. Neste trecho não tem rípio, na verdade eu detesto rípio. Até de bicicleta dá prá ir, respeitando sempre os limites da estrada , da lei e da natureza, além do próprio corpo é claro. A vantagem de ir numa big trail é poder se aventurar um pouco para fora da estrada, aliás, para isto é que ela foi feita !

Outra coisa : nesta perna, subindo a América, não paguei nenhum pedágio, pois cruzava sempre com o movimento contrário e em alguns países como o Peru e Argentina, moto não paga. As estradas são boas (o susto é quando vc volta para o Brasil !). E fazendo um bom planejamento não tem mais pane seca no deserto ( não é mesmo, Z ?). Tudo o que precisa é você estar bem consigo mesmo, de preferência com quem você ama, ter responsabilidade e respeitar os seus limites físicos e psicológicos, gostar do novo e ser aventureiro, porque sem isto vc não vai mesmo !

Todo o começo e final de viagem é parecido. A ansiedade, a vontade de ir para a estrada no início…. Depois os perrengues, o frio, a chuva…. A hora em que você pensa, ” o que eu tô fazendo aqui ?” . O que nos leva a ficar horas sob uma chuva forte, passando frio, carregando e descarregando alforges com roupa fedorenta, procurando o muquifo mais próximo e barato prá passar a noite ? Mas vai chegando perto de casa, o asfalto zunindo sob seus pés, e não tem jeito. O pensamento voa …. Qual será a próxima ?

Veja também :

Moto-aventura : Quase 10.000 km pela Patagônia

Viagem pela Interoceânica, até Machu Picchu. De moto, até de carro eu vou ! Incrível !

Sabe aquela expressão do “Oiapoque ao Chuí” ? esqueça

Mais vale um byte ou um por do sol ?

Por Beto Bertagna

Sinta mais o mundo ! E leia menos !  Ou melhor,  qualifique sua informação.

É muita porcaria , é muita coisa mal escrita, mal articulada, que não vai lhe servir prá nada ! Falta conteúdo, falta vivência e às vezes um pouquinho de educação.  Ética é uma palavra distante congelada dentro de um iceberg.

Faça um teste com um saite destes de fofocas políticas, esprema bastante e veja o que sobra de realmente relevante. Te aconselho, irmão, a lavar as mãos com creolina, no caso despoluir os olhos,coração e mente com 1/2 hora de um belo por do sol ou com a lua que insiste no meio das nuvens.

Até este bravo blog se vc achar que não lhe traz nada, nenhuma emoção mais recôndita, nenhuma informação importante, mande-o para as calendas do inferno, faça-o queimar na mármore fervente do belzebu.

É uma profusão de endereços virtuais, senhas, perfis, links, informações digitais de qualidade, outras tão idiotas parecendo escritas por quem acabou de sair do Mobral ( quá…. esta é antiga !).

O You Tube, o Orkut, o Facebook e o Twitter talvez não passem de modismos efêmeros, como tantos outros já houveram e haverão. ( Lembrei disto, há pouco, do modismo do rádio-amador Faixa Cidadão, o famoso PX da década de 80, talvez o nosso Twitter de hoje.)

Todo mundo perde tempo e , muitas vezes, fica com a cabeça embaralhada com o excesso de informação, perde o foco no trabalho, perde o foco no carinho, perde o foco na paixão, no amor, na família…

Não quer ficar de fora dos bate-papos virtuais mas mal cumprimenta a mulher quando chega em casa, isto se ainda tem mulher, se os filhos não embarcaram no mesmo delírio da loucura cotidiana.

Fazer um site é relativamente simples. Todo jornal  está direcionado para algum grupo político. Isto é normal, os grandes grupos editoriais explicitam sua posição em longos editoriais e os seguem quem quiser.  E no leque multifacetado do arco-íris midiático infelizmente também existe a cor marrom. Nesta coloração que lembra outras coisas, o $ite fala bem, ou então o $ite fala mal e isto pode mudar em questão de horas, quase sempre o tempo que demora a compensação bancária ou o depósito on-line.

Por isto, crie a sua meta , não seja refém dos outros e questione sempre as entrelinhas, ou até mesmo a veracidade das notícias. Em Rondônia temos excelentes profissionais, ótimos jornalistas que já labutaram  nos grandes jornais de SP, RJ, PR, RS e que se equiparam aos melhores do país. O problema é que a cultura digital tá virando um delicioso inferno, com mil fóruns, workshops, zilhões de blogs, redes sociais que parecem reunião de diretoria das empresas, onde vale mais fazer uma participação inteligente prá marcar o seu espaço como um cachorro mija no pneu ou no poste.

Sinceramente, blogueiros, tuiteiros, orkutzeiros ou o raio que o parta, acho que ainda  mais vale a boa idéia na cabeça e isto é uma coisa cada vez mais rara.

E se não for cineasta e não tiver a câmera na mão, como diria Glauber, vá olhar o por do sol do rio Madeira com olhos infantis ao lado da pessoa amada. Ou o Guaporé, o Mamoré, ou qualquer igarapé…

Só não sugiro jogar os notebooks, netbooks, laptops, Iphones e o escambau ( cheio de baterias de litio e niquel-cadmio, venenosas) no leito do rio prá não poluir ainda mais o nosso frágil ecossistema que ainda vai nos cobrar todas as nossas irresponsabilidades reais e virtuais.

Amemos, meninos e meninas, amemos o por do sol que ainda nos resta e nos recarrega as baterias mais do que qualquer tuitada propositalmente espirituosa…

Prefiro ainda um por do sol tímido e autêntico, recheado de nuvens insistentes e teimosas que deram prá infestar o céu de Rondônia  do que uma centena de bytes frios e teclados quase sempre por um aspirante a robô, escondido atrás de um monitor e se achando o dono da última Coca-Cola do deserto !

Quáááá !  Tenho dito !

(Crônica escrita num velho guardanapo,  por este modesto aspirante a blogueiro na Casa da Moeda, na Rua da Moeda no Recife/PE, escutando frevo autêntico tocado por uma orquestra de metais  e degustando uma , pasmem, “Norteña” uruguaia de litro, logo depois de ter dado um abraço caloroso no grande escritor Alberto Lins Caldas e conhecido a Cyane.  Isto que é globalização, cáspite ! E chega porque é a hora do galo.

O Twitter é extrema bobagem e modismo passageiro

Por Beto Bertagna

Cada vez que eu entro no Twitter eu lembro do meu velho rádio Cobra 148 GTL “chucrutado”, antes que a grana desse para comprar um Yaesu FT7-B . Eu escolhia a frequência USB ou LSB (eram frequências, nenhuma porta digital nem associação de lésbicas) e mandava ver minhas mensagens curtas, atrás de quem me quisesse ouvir (seguir). E , me antecipando, como já ouvi antes a pergunta “Então, por que vc entra ?” , eu digo que entro porque quero, a hora que quiser e ninguém tem nada a ver com isso. Quá ! Mas… Acho o Twitter uma grande asneira que virou modismo supremo,e  que  ninguém sequer parou para raciocinar . Alguém chegou e disse que eram 140 toques o limite e pronto. E por que não 141? Ou 139 ? Nunca vi tal enxurrada de idiotices sem nexo, geralmente mal escritas , por pessoas que querem se passar por espirituosas e inteligentes. Que coisa fez este primo desaforado do fax, do telex, do cabograma, do radiograma, telégrafo, código morse... Todos os não tuiteiros são considerados imbecis por não embarcarem na onda. Como disse certo Ministro da Cultura, numa reunião em que todos queriam bancar os mais ilustrados : Que tal chamar aquela comadre, a tal da dona Humildade ? Dou, sendo generoso, uns 5 anos prá negadinha começar a abandonar esta idiotice absoluta, ou então para o fim total da humanidade que ainda tem algum poder de reflexão, porque a maioria tá vendo só o rabo abanar o cachorro sem fazer e sem entender nada. E não duvido que tenha professor universitário apregoando a nova “ferramenta” ! Daí já é quase artigo 171 ! É minha humilde opinião e go to Colorado Índica, que esta vale a pena ! Que falta faz o ensino do Latim no 2º grau , Meu Deus, se é que ele existe…

Melhores tweets sobre #RIPWando

Deu na Época Web : Boato sobre a morte de Steve Jobs enlouquece o Twitter (via Bombou na Web)

Um engano? O perfil do Twitter do programa What’s Trending, da respeitável rede de TV americana CBS, publicou um tweet sobre a morte de Steve Jobs. Logo depois, outro tweet desfez a confusão, pedindo desculpas pela informação anterior, “totalmente sem confirmação”, segundo o próprio What’s Trending. As desculpas estão abaixo.O problema é que os 11 mil seguidores do perfil ficaram loucos com a notícia, e começaram a dar RT. Logo, todo mundo passou a se perguntar se era verdade.
O site Gizmodo, um dos primeiros a noticiar o provável engano da CBS, e o Gawker, outro site de tecnologia, resolveram jogar álcool no fogo e aumentaram o poder do boato. O Gawker publicou: “Nós e nossos amigos do Gizmodo estamos começando a suspeitar que realmente há alguma coisa nesse rumor”.
Até agora, porém, nenhuma apuração séria a respeito. Nós, também, estamos indo atrás de novidades. Por enquanto, podemos ficar com o confiabilíssimo site “Is Steve Jobs Dead?” (“Steve Jobs Morreu?”).

via Bombou na Web

Twitter, literatura e leitura

 Por Sérgio Ramos 

 Ao contrário do que pensei, por muito tempo, o homem não nasceu falando e se comunicando. Isso foi resultado de um processo que ainda não foi concluído, e creio que sempre acharemos uma nova forma de exercer a mais fantástica característica humana que se comunicar. Sendo animais com a diferença de ser dotado de inteligência, o homem conseguiu dominar todos os demais, continua tentando dominar os de sua espécie, mas se recusa a dominar a si próprio. E descobriu a comunicação como mais eficiente do que a força bruta, como ferramenta de dominação. Começou, portanto, imitando seus pares, até tomar consciência de sua inteligência e saiu dos gritos e grunhidos para linguagens sofisticadas como a oral e a escrita. A linguagem escrita é muito mais importante que a oral, pois ela registra e se propaga em quantidades limitada apenas pela capacidade do homem de reproduzi-la e distribuí-la e ainda guardá-la. Tentou de todas as formas: sons com as mãos em concha, sinais sonoros por meio de batidas em tronco de árvores, sinais de fumaça. Depois registros em cavernas, pedras, pergaminhos, couros, madeira, até chegar no papel. Um divisor de águas na comunicação, que permitiu a aceleração a transformação da humanidade. Ao Invés de longos séculos, as mudanças passaram a ser implementada em anos, pouco anos. Estava criada a literatura. Palavra que vem do latim “litterae” que significa letra, e é definida como a arte de criar textos. O homem então entendeu que retenção de informação aumentava seu poder sem “uso da força”. Entendeu isso e reduziu a força e aumentou do uso da mente. A Igreja é o primeiro exemplo desse exercício de poder. Para controlar criou a inquisição que não permitia a disseminação do conhecimento. A sociedade sabia somente o que a Igreja decidia. Muito parecido com as empresas de comunicação, os governos, as empresas, as pessoas, da nossa época. Não mudou quase nada. Bom, a igreja tornou-se a guardiã do conhecimento e muita gente morreu por ousar ler ou portar livros. Entretanto, é a responsável pela preservação de livros importantes para o entendimento da evolução humana e das ciências. Em 1382 John Wycliffe professor de Oxford foi queimado na fogueira por traduzir a bíblia para o inglês. Você sabe o que aconteceu depois da Bíblia traduzida, impressa e distribuída? Apareceram outras religiões. Lembra de Lutero? Outro exemplo: Joana Darc foi queimada viva em 30 de maio de 1431, pelo clero católico, supostamente “…em nome de um deus…” que nem mesmo seus sacerdotes tem competência de explicar (e justificar), tanto que em a Igreja Católica francesa propôs ao Papa Pio X sua beatificação, realizada em 1909. Consciência pesada? Confira as acusões que levaram Joana à morte na fogueira: “Que a mulher comumente chamada de Jeanne la Pucelle… será denunciada e declarada feiticeira, adivinha, pseudoprofeta, invocadora de maus espíritos, conspiradora, supersticiosa, implicada na prática de magia e afeita a ela, teimosa quanto à fé católica, cismática quanto ao artigo Unam Sanctam, etc, e, em diversos outros artigos de nossa fé, cética e extraviada, sacrílega, idólatra, apóstata, execrável e maligna, blasfema em relação a Deus e Seus santos, escandalosa, sediciosa, perturbadora da paz, incitadora da guerra, cruelmente ávida de sangue humano, incitando o derramamento do sangue dos homens, tendo completa e vergonhosamente abandonado as decências próprias de seu sexo, e tendo imodestamente adotado o traje e o status de um soldado; por isso e por outras coisas abomináveis a Deus e aos homens, traidora das leis divinas e naturais e da disciplina da Igreja, sedutora de príncipes e do povo, tendo, em desprezo e desdém a Deus, consentido em ser venerada e adorada, dando as mãos e a roupa para serem beijadas, hereje ou, ou de qualquer modo, veementemente suspeita de heresia, por isso ela será punida e corrigida de acordo com as leis divinas e canônicas…” Em 1499 Gutemberg inventou a imprensa e traduziu a Bíblia para o alemão e não morreu. Aí começou a revolução do conhecimento, apesar dos protestos da igreja. Depois disso, deu início ao processo – inacabado – da descentralização da informação, ou pelo menos maior acesso ao conhecimento. Porém, ainda morrem pessoas atualmente com o pretexto de “queima de arquivo”. Conhecimento puro sendo enterrado em detrimento à liberdade e poder de alguém. O papel proporcionou o desenvolvimento de outras técnicas de registros como a tipografia, fotografia, as indústrias gráficas, artes plásticas, etc, e o livro. O livro proporcionou aquisição de poder. Quem tinha e lia mais livros tinha mais poder. Além disso, possibilitou estudos para descobertas e invenções, em todos os segmentos, como a energia elétrica. Talvez a invenção base para o desenvolvimento de todas as outras. Tanto que nos habituamos ao “estilo elétrico” de viver. Agora estamos entramos no “estilo Web de viver”, dada a grande mudança nos hábitos da sociedade atual, proporcionada pela Web. O interessante é que todas as invenções, sem medo de errar, sempre tiveram um viés na disseminação de informação seja ela oral ou escrita. O caso da energia elétrica proporcionou ao homem reduzir o tão sonhado tempo de resposta para as suas mensagens, com o devido registro, e assim veio o telégrafo, com o código Morse. Impulsos sonoros que lembram os sinais dos troncos de árvores, no início. E a partir daí, a rapidez na criação de novos inventos mudou o mundo de uma forma que ainda não se sabe os seus verdadeiros impactos. Mas alguns já estão bem visíveis, com a reação da natureza e a liberalidade e as facetas dos humanos. Invenções como o telefone, rádio a TV e, finalmente, o computador tiveram fundamentais contribuições para a nova sociedade. Por que? Simples: permitem geração a disseminação de informações em grande escala. Os últimos 200 anos proporcionaram mais mudanças profundas e irreversíveis que todos os milhões de anos anteriores. Um fenômeno incomensurável. Haja filósofo para entender isso tudo. Agora, estamos na ERA DA INFORMAÇÃO, que significa a descentralização do poder. Ou seja, qualquer pessoa pode criar informação e disseminá-la, dependendo somente, da sua capacidade de produção e de transporte. E a internet. Essa, tecnologia já começou na forma de comunicação escrita, chamada de literatura. Portanto, a internet é literatura pura. Por que? Porque a sua principal forma de utilização é a escrita. Tudo que o homem sempre sonhou: comunicação em longo alcance e registro simultâneo. E assim, milhões de pessoas estão mudando seus hábitos no que diz respeito à aquisição de informação: Isso aconteceu muitas vezes antes, com o surgimento da imprensa, do telégrafo, do telefone, do rádio, da televisão e da internet. E mudarão novamente quando aparecer outra ferramenta que supere as demais. É fato que com a rapidez das novas invenções que proporcionam acesso, produção e transporte de informações o homem ainda continua desinformado, pois em função da quantidade, o aprofundamento em assuntos importantes são desprezados. Isso pode estar criando uma sociedade com maior concentração de poder, pois quem já tinha o hábito de se intelectualizar só aumentou a vantagem. Um paradoxo. Já os que lêem obrigados, pensam que encontraram o fim do arco-íris. Santa ilusão. Conhecimento é igual a “ralação”. Sendo a Internet a própria literatura, os benefícios para os livros e para a literatura em si são incalculáveis. Com as ferramentas para as redes sociais, o acesso aos livros ganhou novas possibilidades, assim como a maneira de leitura. O conceito de rede social tampouco é algo novo (mas sim ganha novas características na sua versão virtual ou on-line), já que, a interligação entre indivíduos é inerente ao gênero humano. Durante mais de 99% do tempo transcorrido desde a aparição dos primeiros indivíduos do gênero Homo – há aproximadamente dois milhões de anos AC -, nossos antepassados já se organizavam socialmente em pequenas comunidades do tipo caçadoras- recolectoras, nômades, com pouca divisão do trabalho e primando a interação cara-a-cara e a tomada de decisão coletiva e guiada pelo consenso. Ou seja, mais de 99% da nossa existência na Terra vivemos em pequenas redes sociais de topografia (forma) horizontais e clusterizadas em pequenos grupos pouco conectados entre si. Mesmo assim, o detentor da informação sempre foi o líder. As ferramentas de redes sociais chegaram como uma forte candidata a descentralizar de vez o conhecimento. Pois todas elas permitem a liberdade de expressão – ainda dependemos dos líderes para exercer essa liberdade. Avançamos mas ainda estamos ameaçados. Podemos criar o nosso próprio reino repletos de seguidores. Que podemos utilizar todas as formas, tanto para o bem quanto para o mal. O Twitter é o resumo – até onde eu conheço, claro – de tudo que foi criado com fins de tornar uma pessoa comum em detentor de poder pela a informação. Ele é uma espécie de elo que junta todas as formas de comunicação existentes na internet: literatura, áudio, imagem e vídeo. Com muita criatividade o twitteiro, em 140 caracteres, disponibiliza informações suficientes para aprofundamento em algum assunto, pela possibilidade, da grande sacada da internet, do hipertexto. O twitteiro é como um programa de televisão, um programa de rádio, um jornal, tem sua própria audiência. E assim como as emissoras, tem gosto para todos os assuntos. Enquanto a televisão é Galáxia de Comunicação (teoria de McLuhan) o Twitter é um oásis da Comunicação. Com direito a feedback instantâneo, muito melhor que o Ibope. Você pode ter um programa de Twitter. No caso específico das redes sociais – Web 2.0 – e ainda mais especificamente no caso do Twitter, que cria um novo mecanismo de produção de literatura, a disseminação de livros tradicionais e a criação de outros formatos para essa ferramenta, são infinitas. Mais uma vez dependendo somente da capacidade de criação do homem. O livro comum, o de papel, que todo mundo diz que vai acabar, ganhou força com essa nova ferramenta. Força essa ainda tímida em função da própria cultural do brasileiro de não ler muito. A literatura é considerada uma das áreas mais intelectualizadas dentro da cultura. Tanto é assim que no Brasil se lê em média 1,8 livro por pessoa/ano, segundo dados do Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Muito diferente da Alemanha, que tem exorbitantes 25 livros por pessoa/ano. Mas nem é preciso ir tão longe, nossos hermanos colombianos leem uma média de 2,4 livros durante o ano. Você conhece a diferença. Povo intelectualizado, país desenvolvido. Simples: se a população não lê, os freqüentadores de redes sociais não discutem sobre livros. Ainda mais simples: não debatemos o que não conhecemos. Ou então ficamos só na discussão com intuitos de fazer amizades. Tanto que, segundo o dono da Livraria Cultura, não é a internet, nem o áudio livro, nem o kindle, que ameaça a produção do livro, e sim a não formação de novos leitores. Confira este raro debate sobre literatura no Twitter/RO, realizado dia 10/02/2010: “Pq mta gente n gosta de ler? Pq quando começariam a gostar foram obrigadas a ler as coisas mais chatas possíveis…” “Sou nerd e gosto de ler pacas, mas nunca consegui terminar um clássico brasileiro. Eu sou burro ou Machado é chato pra krlho?” “Li por obrigação Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, entre outros e na época não gostei. Se eu ler hoje talvez eu goste!” Então o livro pode ser compartilhado pelo Twitter através de indicações, publicação de trechos dentro do limite, mas que possam despertar em alguém o interesse e acão de ler. Entretanto, o novo formato veio permitir a disseminação e a criação da mini-literatura, se é que existe essa modalidade. Na verdade são os pequenos textos, também chamados de microcontos, agora também chamados de “Twitterature”. Vale ressaltar que a criação desse tipo de literatura já existia há muito tempo e que o Twitter é apenas um meio de popularizá-la. E claro, os escritores acharam então o ferramenta ideal para suas disseminar suas criações. Mesmo assim, ainda é quase imperceptível a veiculação desse tipo de literatura. Pelo menos aqui em Rondônia. É importante ressaltar que cada tweett pode ser considerado um conto. Pois trata-se de um registro.É uma informação, um sentimento, um estado de espírito. Portanto, é um registro de uma situação. Até porque a pergunta fundamental para a utilização do Twitter é “o que está acontecendo agora?”. Mas já foi “o que estou fazendo agora?”. O Twiiter, portanto, é mais uma ferramenta de registro do cotidiano, com algumas vantagens das demais ferramentas. Uma delas e a fundamental é velocidade, pela instantaneidade da proliferação. A morte de Michael Jack foi conhecida no mundo todo em 5 minutos. Isso é história pura, é literatura. Se alguém quiser poder escrever um livro sobre esse fenômeno. Quer conhecer os costumes, as angústias, as aspirações, as realizações de uma parte da sociedade? Siga pessoas disponíveis nas redes nas redes sociais. Aliás, a internet é o maior livro da humanidade. O Twiter é apenas um pequenino capítulo. Quanto maior seu portfólio de comunicação – domínio de idiomas -, maior a sua capacidade de entender as infinitas culturas do mundo. E o tamanho da rede aumenta, fica diversificada, multicultural, enfim, só vantagens. Tratar de livros e do próprio Twitter já estamos falando de literatura. Literatura, portanto, é um assunto transversal na linguagem escrita, em qualquer mídia. A relação do Twitter com livros, para definir uma mídia literária, pode ser desenvolvida por muitas maneiras. Veja alguns exemplos: Você pode divulgar um livro pelo Twitter, criando um “avatar” para sugerir a leitura de um livro inteiro. Sites como www.dominiopúblico.com.br, entre outros, estão repletos deles. Você ainda pode divulgar seu próprio livro inteiro. Outra possibilidade é a divulgação de livros por capítulos, como é o caso do @sd8, que divulga o livro “O livro das superstições