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Imigração de haitianos na região Norte não para

Os haitianos têm chegado em massa ao Brasil, especialmente ao Acre e ao Amazonas, em busca de emprego e de melhores condições de vida. A situação legal dos imigrantes e a falta de estrutura para recebê-los têm preocupado os senadores. Só em Brasileia, cidade de 30 mil habitantes localizada a 200 quilômetros de Rio Branco, são mais de 1.200 pessoas, a maioria vivendo em situação precária.
Segundo senador Anibal Diniz (PT-AC), o governo do Acre gasta de R$ 12 mil a R$ 15 mil por dia para manter os imigrantes. Parte do dinheiro é usada em atendimentos médicos, alojamentos e nas 2.500 refeições fornecidas diariamente aos estrangeiros, que já somam quase 10% da população urbana do município.
Na opinião de Anibal Diniz, a concessão do visto humanitário por parte do Brasil ameniza, mas não resolve o problema.
– O Haiti é uma nação pobre, cuja economia passa por muitas dificuldades, situação que foi agravada com o terremoto de 2010. Se o país não for ajudado, os haitianos continuarão migrando, e nós vamos continuar enxugando gelo – afirmou.
Segundo o senador, os que não têm dinheiro para alugar casas ou quartos estão hospedados em hotel pago pelo governo do Acre.
– Cerca de 800 pessoas se espremem num estabelecimento onde caberiam 100 – afirmou.
Todos os dias grupos de homens, mulheres e crianças vindos do Haiti passam pelas fronteiras com o Peru e a Bolívia. Muitos já chegam debilitados e doentes ao Brasil, após mais de uma semana de viagem, que inclui percursos de avião e de ônibus, além de dias de caminhada pela mata peruana. Os haitianos também denunciam casos de agressões, roubo e violência sexual durante a jornada, feita com a ajuda de “coiotes”.
Na terça-feira (3), o governo do Acre recebeu da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mais oito toneladas de alimentos para serem doados aos haitianos. Enquanto isso, a Polícia Federal, com a ajuda de funcionários da prefeitura de Brasileia, tenta acelerar os procedimentos para emissão de vistos.
– O problema é que não para de chegar mais gente e, se continuar esta situação, o Brasil vai ter que fechar sua fronteira – alertou o senador.
Amazonas
Brasileia não é a única cidade a enfrentar o problema. Tabatinga, com 52 mil habitantes, no Amazonas, passa por situação semelhante e vem registrando entrada em massa de imigrantes. De 29 de dezembro a 2 de janeiro, chegaram 208 pessoas pela fronteira com a Colômbia e Peru.
A situação preocupa a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que chama a atenção para a presença de milhares de haitianos também em Manaus.
– Temos que tomar cuidado também com os brasileiros, principalmente nas pequenas cidades, para que não haja choque com os haitianos. Afinal, são municípios que não oferecem oportunidade de empregos para todos – opinou.
Segundo a senadora, o governo do Amazonas desenvolve ações de apoio aos haitianos que chegam ao estado. Entre elas, estão cursos de qualificação, de informática e de português. Além disso, os imigrantes que chegam a Manaus são encaminhados para empregos. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos do estado, em seis meses, mais de 300 concluíram seus cursos de capacitação.
De acordo com o Ministério da Justiça, cerca de 4 mil haitianos já chegaram ao Brasil após o terremoto que arrasou o Haiti em janeiro de 2010. O Ministério estuda a possibilidade de transferência de recursos para reforçar a segurança pública no Amazonas e no Acre.
Em 20 de dezembro do ano passado, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado realizou audiência pública para tratar do problema. Na ocasião, o representante do Itamaraty, Rodrigo do Amaral Souza, que também integra o Conselho Nacional de Imigração, informou que está sendo estudada uma maneira de estabelecer um canal formal de imigração para os haitianos que querem ingressar no país.
Mais de dois mil haitianos já entraram com pedido de ingresso no Brasil como refugiados – todos negados, porque são pessoas que saem do Haiti por dificuldades econômicas e não por perseguição em seu país.

Com informações da Agência Senado

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Projeto Cinco e Meia leva Bado e Trio do Norte ao tradicional Mocambo, em Porto Velho

Por Ana Aranda

Os projetos “Cinco e Meia” e “Acordes na Praça” retornam neste sábado (10/12) à praça São José, no bairro Mocambo, berço da boêmia de Porto Velho, com  apresentação do compositor e cantor Bado e do grupo de música instrumentalTrio do Norte”.  “A receptividade do trabalho foi muito grande e a expectativa é de que o sucesso se repita neste sábado”, considera o produtor do Cinco e Meia, Bubu Johnson.

Bado é considerado um dos melhores compositores da região Norte e apresentará no Mocambo um repertório que mescla músicas autorais e de grandes nomes da MPB . Ele canta com banda formada por Ronald Vasconcelos (guitarra), Mauro Araújo (teclados), Júnior Lopes (bateria), Sérgio Santos (contrabaixo),  Cleiton Esquerdo (contrabaixo), David (flauta e saxofone) e Bia Melo (percussão).

Com a participação dos músicos Paulo Araújo (contrabaixo), Mauro Araújo (teclados), Júnior Lopes (bateria) e  Telêmaco (bateria), o Trio do Norte é um grupo instrumental com repertório variado formado por músicas do cenário nacional e internacional, sendo que no Mocambo o grupo vai dar maior ênfase à música regional.

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Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) correm risco de epidemia de dengue

O resultado do LIRAa 2011 (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti) revela que 48 municípios brasileiros estão em situação de risco para ocorrência de surto de dengue. O mapa, que permite identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor foi realizado entre os meses de outubro e novembro deste ano, é realizado pelo Ministério da Saúde, em parceira com as secretarias municipais de saúde. Nos municípios em situação de risco, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas do mosquito. Ao todo participaram 561 cidades.

O mapa revelou ainda que 4,6 milhões de pessoas vivem em áreas de risco para epidemia de dengue. A nova avaliação, apresentada nesta segunda-feira (5) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa – aponta, ainda, que 236 cidades estão em alerta (com índice entre 1% e 3,9%) e 277 possuem índice satisfatório, abaixo de 1%. Os municípios em situação de risco, incluindo três capitais – Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Cuiabá (MT) – estão localizados em 16 estados brasileiros: quatro na Região Norte; sete no Nordeste ; três no Sudeste; um no Centro-Oeste e um na Região Sul. (veja tabela abaixo). Entre as capitais em situação de alerta, destacam-se Salvador, com índice de infestação de 3,5%; Recife (3,1); Belém (2,2); São Luis (1,6%); e Aracaju (1,5%). Fortaleza e Natal, que no ano passado estavam em estado de alerta, passaram para situação considerada satisfatória, com índices de infestação de 0,9 e 0,8, respectivamente.

Neste ano, o LIRA foi ampliado para 561 municípios, um acréscimo de 53% com relação a 2010, quando foi realizado em 427 cidades. O levantamento passará a ser feito, pelo menos, três vezes ao ano. A medida tem como objetivo possibilitar que as comunidades conheçam os lugares mais críticos.

Na região Norte, a predominância dos criadouros do mosquito Aedes aegypti está concentrada nos resíduos sólidos de lixo (44% dos imóveis analisados). Já na Região Nordeste o problema está relacionado ao abastecimento de água (caixas de água, tambores, poços) onde se encontram 72,1% dos criadouros do mosquito. Os principais focos (46,9%), na Região Sudeste, estão nos depósitos domiciliares (vasos, pratos, bromélias, ralos, lages e piscinas). No Centro-Oeste os criadouros estão relacionados ao abastecimento de água e, no Sul, ao lixo.   Clique aqui e veja o Mapa Completo do LIRAa 2011  em PDF

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Nestlé reinventa o comércio “regatão” na Amazônia. Mas escambo não vale mais…

Por Beto Bertagna

De olho em novos mercados, a Nestlé Brasil está lançando o primeiro supermercado flutuante para atender as populações ribeirinhas da Amazônia. O barco “Nestlé Até Você a Bordo”, iniciará as operações em 1º de julho. Sairá do porto de Belém, percorrerá 18 municípios(Barcarena, Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari, Ponte das Pedras, Muaná, Limoeiro do Ajuru, São Sebastião da Boa Vista, Curralinho, Oeiras do Pará, Bagre, Breves, Melgaço, Portel, Gurupá, Porto de Moz, Almerim e Santarem) que compõem a região da Ilha de Marajó até a região do Baixo Amazonas, e retornará a Belém. Todo o percurso será feito em torno de 18 dias e a embarcação permanecerá um dia em cada cidade. A estimativa é atender um público de 800 mil pessoas/mês.
Para que seja reconhecida durante todo o trajeto, a embarcação possui a identidade visual da Nestlé e conta com acesso para pessoas com necessidades especiais e idosos. Onze pessoas, entre funcionários do supermercado e tripulantes, trabalharão diretamente no barco de 27,5 metros de comprimento, que conta com três áreas de estoque, além do espaço da loja de 100 m².
É a volta da velha figura, disfarçada, industrializada e repaginada , do “regatão”, que chegou a ter fluxo intenso no norte do  Brasil, entre 1870 e 1913. Hábeis vendedores, eles se dedicaram ao comércio ambulante  especialmente na Amazônia. Vendiam de tudo nos “barrancos dos rios”, através de embarcações entulhadas de mercadorias . Mas hoje não vale escambo, o pagamento tem que ser em dinheiro, ou quem sabe, cartão de crédito via GPRS.

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