Por Beto Bertagna
Depois da proposta de Jandira Feghalli (PC do B) de revisão da Lei da Anistia e anulação dos mandatos de presidentes militares da Ditadura bem como de agentes públicos – civis e militares – que tenham praticado crimes de tortura, sequestro, cárcere privado, execução sumária, ocultação de cadáver ou de atentado , a moda é trocar o nome de avenidas, pontes e viadutos.
Assim está sendo a homenagem à Herbert de Souza, o Betinho, que daria o nome, no lugar do ditador Costa e Silva, à Ponte Rio-Niterói. A troca de nomes está na Comissão de Cultura da Câmara. Jandira entrou na briga e defende a nomeação do sociólogo na via que liga as duas cidades fluminenses.
O DEM, que tem origens na ARENA , e portanto defende a “redentora” é contra.
Mas se a moda de tirar a alcunha de ditadores, torturadores e assemelhados pegar, o município rondoniense de Presidente Médici, a cerca de 400 km da capital Porto Velho, já pode ir pensando em nomes para um plebiscito.
O perigo , no caso , é a emenda sair pior que o soneto. Afinal, nestes casos são sempre muito bem cotados os nomes de artistas sertanejos, outros políticos corruptos, praticantes de dancinhas exóticas, e por aí vai.
Também a simpática cidade da BR 364 corre o risco de oficializar o seu apelido informal : Pela Jegue.
Vem barulho por aí.