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¿Que pasa por la calle?

Por Beto Bertagna

Depois da proposta de Jandira Feghalli (PC do B) de revisão da Lei da Anistia e anulação dos mandatos de presidentes militares da Ditadura bem como de agentes públicos – civis e militares – que tenham praticado crimes de tortura, sequestro, cárcere privado, execução sumária, ocultação de cadáver ou de atentado , a moda é trocar o nome de avenidas, pontes e viadutos.

Assim está sendo a homenagem à Herbert de Souza, o Betinho, que daria o nome, no lugar do ditador Costa e Silva, à Ponte Rio-Niterói. A troca de nomes está na Comissão de Cultura da Câmara. Jandira entrou na briga e defende a nomeação do sociólogo na via que liga as duas cidades fluminenses.

O DEM, que tem origens na ARENA , e portanto defende a “redentora” é contra.

Mas se a moda de tirar a alcunha de ditadores, torturadores e assemelhados pegar, o município rondoniense de Presidente Médici, a cerca de 400 km da capital Porto Velho, já pode ir pensando em nomes para um plebiscito.

O perigo , no caso , é a emenda sair pior que o soneto. Afinal, nestes casos são sempre muito bem cotados os nomes de artistas sertanejos, outros políticos corruptos, praticantes de dancinhas exóticas, e por aí vai.

Também a simpática cidade da BR 364 corre o risco de oficializar o seu apelido informal : Pela Jegue.

Vem barulho por aí.

Grupo O Imaginário refaz a trilha do Marechal Rondon e leva teatro às cidades da BR 364

Fazendo o caminho inverso que  o Marechal Cândido Rondon fez no início do século XX  ao desbravar o oeste do país,  instalando milhares de quilômetros de linhas telegráficas, mapeando os terrenos e estabelecendo relações cordiais com os índios, o  grupo teatral O Imaginário parte de Porto Velho numa jornada de 18 dias rumo à Chapada dos Guimarães com apresentações de espetáculos, vivências, oficinas, trocas e convivências com o público, artistas e grupos de teatro de Rondônia e Mato Grosso.

Essa não é a primeira vez que o grupo parte numa caravana teatral: em 2010, no projeto Banzeirando, as estradas foram as águas dos rios Madeira e Amazonas, numa jornada de 30 dias de Porto Velho a Manaus, com espetáculos, oficinas e vivências, partilhados com a população ribeirinha de cada localidade onde atracavam. Em 2007, o tema “trilhas de Rondon” surgiu para o grupo pela primeira vez através da realização de uma caravana que levou o espetáculo O Mistério do Fundo do Pote Ou de Como Nasceu a Fome a cidades do Acre, Rondônia e Mato Grosso.

A caravana teatral “Nas trilhas de Rondon – 100 Anos de História” será realizada em uma única etapa, que terá início dia 13 de fevereiro na cidade de Porto Velho, com duas apresentações da peça A Ferrovia dos Invisíveis – Narrativas do Outro Lado. Logo depois, a viagem se inicia rumo ao interior de Rondônia, passando por Candeias do Jamari, Itapuã do Oeste, Ariquemes, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Presidente Médici, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena. Seguindo pela BR 364, as próximas paradas são Comodoro, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Cáceres e Cuiabá, finalizando na Chapada dos Guimarães.

Serão 17 cidades, mais de 3 mil quilômetros percorridos e 2 Capitais, para um público estimado de 7 mil espectadores, levando o teatro a praças, quadras de escolas e centros culturais. Este projeto foi aprovado pelo Edital Funarte Myriam Muniz de Fomento ao Teatro de 2012.

Os espetáculos apresentados fazem parte do repertório do grupo: A Ferrovia dos Invisíveis – Narrativas do Outro Lado, criada em 2012, Memórias de Guerra, uma intervenção urbana apresentada no VII FESTCAL em São Paulo, e Psiu – O Quarteto Tá Chegando!, sua mais recente criação e estreia do grupo nas artes circences e de palhaçaria.

Veja aqui a Programação Completa do Grupo O Imaginário