A placa do DNER indicava : Essa travessia é gratuita ! Velhos tempos…Vemos um baita Opalão, um fusca, uma Rural e uma F-75 ao fundo.
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Cineamazônia 2020 divulga lista de filmes selecionados
A produção do Cineamazônia – Festival de CInema Ambiental, divulga a lista dos filmes selecionados para a 17ª Edição, que acontece de 1 a 5 de dezembro de 2020, de forma online e gratuita. Todas as produções concorrem ao Troféu Mapinguari, nas categorias documentário, animação, ficção e experimental. São ao todo 41 produções de todas as regiões do país, além de filmes do Peru e Estados Unidos.
Os selecionados estão divididos assim: animação, com 7 filmes, documentário com 13, ficção com 16 e experimental com 5 produções.
Seis filmes disputam o Prêmio Silvino Santos de melhor longa metragem na categoria Documentário.
A lista dos filmes selecionados está disponível AQUI
#cineamazonia #festivalambiental #cinema
Kombeiros do Norte se reúnem no fim de semana em Porto Velho
Aconteceu neste fim de semana, mais precisamente no último sábado (7), com encerramento neste domingo, o 1º Encontro dos Kombeiros do Norte, porém da Regional Rondônia, aqui em Porto Velho.
O local do evento foi lá na Chácara do Benê, na BR 364, sentido Ariquemes. Muito bom o encontro, mostra que o pessoal do Motor Casa está unido e vem crescendo em nosso Estado.
Vários Kombeiros/Vans de outras cidades participaram do encontro. Valeu, parabéns aos organizadores e, com certeza virão outros encontros.
Veja as fotos registradas por este quem vos escreve, que também fez uma visita ao Evento e de outros amigos Kombeiros que lá estavam.
O Orlando Souza também fez o seu registro fotográfico.
Uma cortesia do Blog do Chaddad
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Em tempos nebulosos, Esquadrões Poti e Pacau protegem os céus da Amazônia
Por Beto Bertagna
Depois da transferência do Esquadrão Poti de Recife para Porto Velho/RO há 10 anos atrás, constituindo o 1º Esquadrão de Helicópteros de Ataque , com a compra da Rússia de 12 AH-2 Sabre (MI 35) e do 1°/4° Gav. Esquadrão Pacau, de Natal/RN para Manaus a geopolítica da região esquentou, com as claras tentativas dos EUA de pressionar a queda de Nicolas Maduro do poder, na Venezuela. . A operação do esquadrão é com os jatos mais modernos e letais da FAB, o Tigre F-5M, caça supersônico com recursos aviônicos, armamentos e performance adequada ao desempenho da missão de controle do espaço aéreo. Conta também com o apoio da aeronave E-99 (radar) e do COPM–4 (4º Centro de Operações Aéreas Militares) . Com a conseqüente extensão da cobertura radar na aérea na Região Norte. A FAB concluiu em 2013 a modernização de suas 46 aeronaves F-5E/F, que passaram para o padrão F-5E/FM. O motor e célula dos aviões permaneceram os mesmos, mas a sua aviônica (HUD, radar e painel de controle) foram extremamente modificados. Ainda em 2013, outros F-5E/F, adquiridos da Real Força Aérea da Jordânia, sendo 8 F-5E e 3 F-5F bipostos foram modernizados pela Embraer Defesa e Segurança. São 49 caças F-5E/F que foram atualizados entre 2002 e 2013. O último foi entregue agora, em 14 de outubro de 2020. Os caças estão espalhados pelas Bases de Anápolis/GO, Santa Cruz/RJ, Canoas/RS e Manaus/AM;
No entanto, especialistas ouvidos pela redação deste blog www.betobertagna.com apontam que o F5-M, um projeto inicial da década de 50, apesar do seu poder não é páreo para os aviões Sukhoy SU-30, que integram a Força Aérea da Venezuela, que ainda assim manteriam superioridade estratégica sobre a nova base em Manaus. Como os 36 Grippen vão demorar a ser construídos e se tornarem operacionais, hoje a Aviación Militar Bolivariana (AMB) que possui uma frota de 23 caças Sukhoi Su-30 e 20 caças F-16 é uma real ameaça. Estes mesmos especialistas garantem que o poderio de um Grippen equivale a 4 unidades de F5-M.
Outros problemas também terão que ser solucionados, pois a operação deste jato em Ponta Pelada ainda é complicada pelo comprimento da pista. Os jatos de Manaus são os mesmos comprados da Jordânia em 2006 no Governo Lula e modernizados na Embraer e em Israel.
Com a chegada do primeiro Grippen NG, equipado com um novo grupo motopropulsor, o General Electric F414G, um radar ativo de varredura eletrônica, além de um aumento significativo da capacidade interna de combustível a situação de supremacia aérea na Amazõnia muda radicalmente. O Grippen pode decolar até de uma estrada !
Os Grippen NG na fábrica da Suécia. Espera-se que pelo menos 20 unidades sejam construídas na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo que possui uma pista de quase 5.000 metros para testes.
São oito vetores modelo Grippen JAS 39F, versão de dois lugares semelhante ao modelo E mais 28 aviões monopostos do modelo JAS 39E, somando 36 unidades que foram compradas em contrato assinado no Governo Dilma, em 2014 depois de muitos anos de idas e vindas numa novela que começou em 1990 no Governo Collor, com lobbies e pressão do governo dos EUA e França que desejavam emplacar os modelos F/A-18 Super Hornet, da Boeing e o caça Rafale, da francesa Dassault respectivamente. O problema dos dois é que não seria feita transferência de tecnologia, o que levou a Grippen para a escolha, já que ela se dispunha a fazer uma parceria com a Embraer e até montar os caças em Gavião Peixoto/SP, planta da empresa, que tem a maior pista do mundo . Para se ter uma idéia da importância do martelo batido por Dilma e o Ministério da Defesa, o Comando da Aeronáutica elaborou um relatório com nada menos que 33 mil páginas de análises.
A questão da transferência de tecnologia é crucial para a soberania do Brasil e já está dando alguns frutos. A subsidiária gaúcha AEL Sistemas, de Porto Alegre, está produzindo o (WAD) Wide Area Display , uma tela de 19×8 polegadas que reúne todos os dados cruciais de voo – que, nas versões anteriores do Gripen, ficavam espalhados por três monitores e passará a equipar todos os Gripen (não só os brasileiros).
Padre Lambretinha quem chamou é a mãe (trecho da música “Esquina do Tempo”, do Binho : Encontro de Romi-Isettas em Santa Bárbara d´Oeste (SP).
Comendo jaraqui em Manaus
https://www.youtube.com/c/VídeosdeRondônia
Túnel do Tempo : Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
Tribo Arco-íris
Por Rúbia Luz, texto e fotos
“Em algum lugar, pra relaxar
Eu vou pedir pros anjos cantarem por mim
Pra quem tem fé
A vida nunca tem fim
Não tem fim
É”
O Lugar
Geograficamente, a Tribo Arco-íris fica na direção leste do Município de Porto Velho- RO, área rural, pela Estrada da Penal, próxima a localidade do baixo-madeira conhecida como Cujubim-grande, mais precisamente em frente ao lago Cujubim. O lago é protegido pelos moradores do entorno contra a pesca predatória e a favor da preservação da floresta. Há poucas informações disponíveis sobre a Tribo Arco-íris nos veículos de pesquisa. Apesar disso, trata-se de uma comunidade muito conhecida entre os viajantes e mochileiros de vários países.
Sua existência e informações são passadas no “boca-a-boca” e, via de regra, os viajantes descobrem a localização por meio de um outro que já esteve ou se encontra por lá. A distância é significativa e não há placa indicativa. Ainda assim, pessoas do mundo inteiro passam por lá e por lá ficam o tempo que desejam, numa comunhão e conexão que transpõem as barreiras da língua, das culturas distintas e da diversidade humana. É um lugar com poucos recursos materiais e abundante em recursos humanos e afetividade.
Os fundadores do lugar são uma família voltada para a espiritualidade, que acredita e vivencia um modo de vida alternativo. Em relação a questão religiosa, são adeptos da doutrina do Santo Daime, com base cristã e crentes no reencarnacionismo, tendo como ritual o uso do chá de mesmo nome. No que se refere ao modo de vida, defendem uma vida simples, com muita liberdade, respeito e partilha, sem preocupações com o consumo.
Deste modo, aceitam a presença de pessoas que ali desejam estar pelo tempo que pretendam ficar, bastando para isso que contribuam com a limpeza e organização do lugar, bem como com a compra de alimentos que são todos repartidos. Em geral, as pessoas se cotizam, compram os alimentos e lá preparam e partilham. Aliás, como ainda não são autossustentáveis (ainda – eles frisam), este é um quesito de suma importância para o bem estar de todos; É de todo desejável a participação na compra de alimentos.
A cozinha é um espaço comum, de uso livre, bem como os outros espaços como lavanderia e banheiros também. Tudo é muito simples e rústico… Sendo privativas as barracas e as casas que eles mesmos constroem. Há energia elétrica, porém, não há internet nem televisores. Há um telefone, que poucas vezes é usado e há um lago em que todos se banham. Por vezes, ocorre de estarem coabitando cerca de cinquenta pessoas no local. Por vezes, bem menos… No entanto, a “superpopulação” é um problema devido a capacidade de suporte do local.
Estar ali, voltado para a espiritualidade não é obrigatório. Obrigatório, lá, é o respeito ao outro, a natureza e a vida! Ninguém precisa concordar com tudo mas o amor e a harmonia são cuidadosamente mantidos, como uma frequência em que todos devem estar sintonizados. Aqueles que, por alguma razão, não estão na mesma frequência, procuram por si outros caminhos. Assim me foi esclarecido.
Resolveu seguir, ir atrás, cara e coragem
Só que você sai em desvantagem se você não tem fé
Se você não tem fé”
O nome
Quando disseram a mim sobre o equívoco causado pelo nome do lugar eu os questionei sobre a razão de se chamar “Arco-íris”. Me foi dito que resultou de um conjunto de fatores: O primeiro e mais importante é religioso. Tem a ver com o “Arco da eterna aliança” de Deus para com os homens. O segundo e não menos importante motivo é que a representação das cores revela uma aceitação e união de pessoas de todas as nações.
O funcionamento
O modo como tudo acontece e vai se desenvolvendo, ali, tem relação direta e congruente com a forma de pensar a vida e a existência dos fundadores do lugar. A primeira vista me pareceu confuso e um tanto inusitado, pois as pessoas vão chegando sem convite prévio, se apresentando e lá permanecessem o tempo que desejarem, com crianças, bichos de estimação como cachorros, gatos e até peixinhos. Alguns levam suas barracas, outros constroem suas casas e convivem de uma maneira curiosa.
Pra te mostrar que a vida é linda
Dura, sofrida, carente em qualquer continente
Mas, boa de se viver em qualquer lugar, é”
Consumo x liberdade
Há tempos eu venho desacelerando a vida, adotando um modelo de vida menos consumista e, de certo modo, até minimalista. Há uns quinze anos eu adotei a ideia de ter pra mim o necessário e o suficiente. Isto porque eu tenho a nítida impressão de que o consumo se mantém sobre o prisma de falsas premissas; Ver como necessário o que não é. Achar tudo insuficiente, ou seja, é preciso sempre mais. Trabalhar incessantemente para consumir e se ver consumido…
Somos todos aprendizes na vida… Creio eu que estamos aqui, neste plano, para aprendermos a amar, posto que amar é o grande mandamento da minha fé. Por isso mesmo é que procuro olhar e ouvir sem julgamentos. Isto nem sempre é fácil. Não é tão simples despir-nos de conceitos pré concebidos quando as nossas crenças são confrontadas por realidades diferentes.
Outra coisa boa e curiosa que observei nas horas em que passamos juntos foi que essas horas são lentas… Engraçado como o dia lá parece longo e denso… Talvez porque não hajam distrações como televisões, computadores e celulares, a vida é tranquila como aquele grande lago. Uma música instrumental fica tocando suavemente, as crianças brincando pelo imenso quintal, gente namorando, gente conversando, gente rindo, gente por inteiro no aqui e agora, gente sendo gente
Contei, no início da postagem, que meu amado filho decidiu aportar por aquelas paragens e isso oportunizou a minha estadia mais prolongada com a Tribo. Antes disso, porém, as pessoas que me conhecem e que tomaram conhecimento dessa escolha – Temporária?- de Calil me questionavam sobre o modo de vida dos meus filhos. Sim, Caio também vive uma vida alternativa, produz artesanatos e também já pegou a estrada…
Conviver com escolhas alternativas de vida é, antes de tudo, uma questão de respeito pelo livre-arbítrio: Foi Deus quem deu… Quem somos nós para desejar impedir, conter ou modificar? Aceitar o outro pelo que escolhe ser – ou estar- é a expressão mais profunda do amor que decidimos conscientemente viver, ao meu ver. Eu os amo e os admiro por suas coragens e determinações. E, claro, não espero que todos concordem comigo! Amo pessoas que discordam, também. Discordância é cabível, aceitável e desejável, desde que seja respeitosa!
Na tentativa vã e pretensiosa de buscar uma definição para esse modo de vida eu perguntei ao meu filho: “São hippies?” e ele me disse: “Não…”. Insisti: “ São hipster?”. “Não tem rótulo, mãe…”- Ele me respondeu pacientemente. Depois de muito pensar, disse a ele que havia encontrado uma definição que os agradaria: “ São livres!”. Eles concordaram! Isso me fez lembrar Cervantes: ” A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a vida”
“Volte a brilhar, volte a brilhar
Um vinho, um pão e uma reza
Uma lua e um sol, sua vida, portas abertas”
Anjos (Para quem tem fé) – O Rappa
NR: Sempre tive vontade de escrever sobre a comunidade Arco Íris, mas apesar de conhecer a Tribo, achava que me faltava o embasamento necessário para exprimir tudoque vivi, vi e senti por lá. Daí me chega às mãos (aos olhos) esse impressionante e avasssalador relato da Rúbia Luz, desmistificando as bobagens de gente que nunca chegou perto mas que adora opinar sem conhecimento, sem mostrar as verdadeiras faces de uma experiência que vai na contra-mão da loucura que se vê no mundo moderno… Pedi licença à Rúbia para reproduzir o texto e suas belas fotos. Resposta dela : “Suas palavras me dão força para continuar escrevendo sobre o que eu acredito.” Resolvi então seguir com a máxima fidelidade o teor do seu post, respeitando inclusive a edição pessoal que Rubia fez do texto, fotos e diagramação. O seu querido Pasin, onde estiver, com certeza irá gostar…
B. Bertagna
Túnel do Tempo : Cachoeira de Santo Antônio, 1977
Túnel do Tempo : Salto do Teotônio, 1977
Arquitetura em Porto Velho
Por Giovani Barcelos
A arquitetura de Porto Velho merece uma discussão mais aprofundada, pois mistura estilos americano, inglês, europeu e, claro, local, com suas características vernaculares riquíssimas. Faço aqui uma colocação bem superficial, devendo ser aprofundada com tempo.
A arquitetura de Porto Velho começou o seu caminho com a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Construções em madeira, adaptadas ao clima da região, fazem parte das primeiras imagens da cidade, somando-se a construções efêmeras executadas para dar suporte à construção da linha férrea. No meu entender, de alguém que mora aqui há pouco tempo, sem as láureas de muitos que tratam disso, é a principal referência de arquitetura local, somando-se aos ribeirinhos, com suas casas também em madeira totalmente adaptadas ao local.
Depois desse momento, mais local e adaptado à região, temos os estilos tardios que construíram a imagem arquitetônica que a maioria tem da cidade. Chamo de estilos tardios, pois quando chegam aqui no século XX, já não são mais os estilos utilizados nos locais que servem de imagem aos que aqui chegam. Nesse conjunto, destaco os prédios com referências neoclássicas e ecléticas. Ainda fazem parte dos estilos utilizados no Brasil no século XX o neocolonial, ainda guardando as raízes da colonização brasileira e sendo um dos estilos utilizados por Lúcio Costa antes de aderir as linhas modernas. Anterior ao modernismo temos o Art Decó (presentes em prédios na Av. Sete de Setembro) e o Protomodernismo (que observamos no Prédio do Relógio e na Escola Carmela Dutra).
A arquitetura contemporânea em Porto Velho não possui uma linha de elementos que possam caracterizá-la. Existem construções que seguem modismos com fachadas envidraçadas, inclusive voltadas para o oeste, bem como edificações que já estariam prontas, mas o profissional insiste em encher de elementos, enfim, exageros. Gosto da arquitetura residencial produzida aqui, pois mescla soluções que se adequam à região. Os conjuntos habitacionais, assim como em outras cidades, se proliferam, onde a quantidade não é acompanhada pela qualidade.
A fase mais rica que considero da arquitetura Portovelhense refere-se ao período associado a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, mas é uma discussão para outra oportunidade.
Túnel do Tempo : Madeira-Mamoré em 2011
(Re)conhecendo a Amazônia Negra : fotografias evidenciam participação dos negros na formação de Rondônia
A exposição “(Re)conhecendo a Amazônia Negra: povos, costumes e influências negras na floresta”, da fotógrafa Marcela Bonfim, já foi vista por milhares de pessoas na galeria Palácio, localizada no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho, onde permanece até 31 de agosto, e no Espaço Cultural Cujuba, onde esteve de maio a julho. Para a fotógrafa: “a mostra vem cumprindo seu maior objetivo, que é dar visibilidade à participação dos negros na formação populacional, cultural e religiosa no hoje Estado de Rondônia”. “A exposição faz parte de um projeto sobre a influência dos negros na Amazônia e tem motivado uma reflexão a este respeito entre os visitantes e também nas redes sociais”, comemora a artista.
Confira o site marcelabonfim.com
Monitora da exposição no Cujuba, Vera Johnson relata que os visitantes se mostraram surpresos com o tema da mostra “A maioria das pessoas dizia não ter conhecimento sobre a influência dos negros na formação da população de Rondônia e muito menos que existem quilombos no Estado”.
Ativista da causa negra em Rondônia, Orlando Souza acredita que a exposição “é um dos eventos mais importantes, dentro deste recorte de gênero e de raça, que atualmente ocorre em Rondônia, até porque é uma iniciativa pessoal da artista e, contra todas as barreiras e dificuldades que a gente entende que existe, ela consegue dar visibilidade a um tema que por muitos anos ficou esquecido”. O superintendente estadual de Cultura do Estado, Ilmar Esteves, também elogia a mostra. “É a nossa gente. São as nossas raízes retratadas”, ressalta.
Um dos criadores do Projeto de Criação Cabeça de Negro (movimento de defesa da cidadania do negro iniciado na década de 1980 em Porto Velho), Jesuá Johnson – ou Bubu, como é mais conhecido, considera que a “exposição vem dar continuidade ao trabalho já realizado pelo movimento negro em Rondônia. Marcela faz da fotografia um instrumento de militância. A exposição veio chamar a atenção do poder público para a importância deste segmento populacional na nossa sociedade. É a luta da nova geração.”, afirma ele.
Descendente dos caribenhos, conhecidos por barbadianos, que trabalharam na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, Robinson Holder ressalta que a exposição “Amazônia Negra” chamou a atenção para a participação do negro nas raízes da população de Rondônia, com as imagens das populações dos quilombos do Vale do Guaporé, nos primórdios da história do Estado. “Surpreendente, ela faz um apanhado com imagens e relata a origem negra do nosso Estado, retratando barbadianos, negros do quilombo do Guaporé, e também do norte, com imagens de quilombo do Maranhão”.
A exposição (Re)conhecendo a Amazônia Negra vai permanecer na Galeria Palácio até 31 de agosto e depois será montada nas regionais do Sesc no interior do Estado. O Sesc é patrocinador da mostra e o coordenador de Cultura do órgão, Fabiano Barros, informa que o trabalho também será levado pela curadoria da entidade, com a finalidade de participar do projeto “Sesc Amazônia das Artes”, com itinerância nos estados da região Norte. Para Fabiano, “[a exposição] tem que ser vista por toda a comunidade, porque trata de um assunto muito importante, que é esta questão da presença negra na Amazônia, para a qual a Marcela lançou o seu olhar e extraiu este trabalho tão significativo”.
A mostra é composta de 33 imagens impressas em madeira, que retratam representantes de diversos segmentos negros que povoam o Estado. Na galeria Palácio, outras 33 imagens foram agregadas em intervenções nos corredores do palácio Rio Madeira. A exposição conta com o apoio do Sesc e deverá permanecer no local até 31 de agosto.
Serviço
Exposição fotográfica “(Re)conhecendo a Amazônia Negra: povos, costumes e influências negras na floresta”. Fotografias inéditas e outras já publicadas de Marcela Bonfim
Período de visitação: Até 31 de agosto de 2016, das 7h30 às 13h
Local: ‘Galeria Palácio’ – Prédio Pacaas Novo do Palácio Rio Madeira, avenida Farqhuar, bairro Pedrinhas, Porto Velho.
Com atraso, Rússia entrega em Porto Velho o simulador do helicóptero de ataque MI-35m
O Esquadrão Poti opera 12 helicópteros MI-35, recebidos a partir de 2009. Além de comandantes de esquadrilha, que envolve 4 helicópteros, os pilotos sediados em Porto Velho realizaram em 2015 treinamentos para elevar o nível operacional para comandantes de esquadrão, envolvendo de 8 a 16 helicópteros, em ações de ataque, defesa, escolta, supressão da defesa aérea inimiga, varredura e apoio aéreo.
Cada AH-2 conta com um canhão de 23 mm capaz de disparar até três mil tiros em um minuto. Para se ter uma ideia, cada tiro de 23mm causa o mesmo impacto de quase 100 tiros de uma arma calibre 7,62mm, como os fuzis utilizados por tropas no solo.
Os mísseis embarcados são capazes de perfurar até 80 cm de aço de um sítio radar ou uma estrutura de comando e controle, por exemplo.
Com peso de 12 toneladas, os helicópteros têm blindagens em partes essenciais, como no tanque de combustível. A cabine dos pilotos, além de blindada, também é vedada para o caso de contaminação química ou biológica.
Leia também : Geopolítica – O Esquadrão Poti agora é aqui
fotos : @portalfab
A compra, formalizada em outubro de 2008, envolve um pacote formado por 12 helicópteros, mais armamentos e suprimentos para manutenção por cinco anos, ao custo de US$ 363,9 milhões.
Como compensação comercial, os russos investirão metade do valor da compra na instalação de ferramentas, bancadas e treinamentos parta manutenção, que será feita majoritariamente no Brasil, e treinamento de pilotos e mecânicos, além de um simulador de vôo.
O valor da compensação, quando multiplicado por pesos aplicados de acordo com a relevância de cada tecnologia transferida, sobe para mais de 100% do valor da compra, devendo chegar a 160%, segundo parâmetros da FAB.
Seguindo as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, de 2008, outro Esquadrão, o Zagal (5º/1º GCC), responsável por operar um radar de aproximação que atua na vigilância do espaço aéreo brasileiro, está em fase de conclusão da mudança de Fortaleza (CE) para a Base Aérea de Porto Velho (BAPV), em Rondônia. Definitivamente, a região amazônica é prioridade das Forças Armadas.