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Cinema brasileiro perde Linduarte Noronha, autor de “Aruanda”

O cineasta Linduarte Noronha,nascido pernambucano mas paraibano de coração, de 81 anos sofreu uma parada respiratória e morreu nesta madrugada de segunda-feira(30) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Memorial São Francisco, em João Pessoa. Noronha foi repórter, critico de cinema, procurador do Estado e professor do Departamento de Comunicação da Universidade Federal da Paraiba. Além de ser um dos pioneiros do cinema paraibano Linduarte Noronha entrou para a história no Brasil com o documentário em curta-metragem ‘Aruanda’, de 1960 .Os quilombos marcaram época na história econômica do Nordeste canavieiro. A luta entre escravos e colonizadores terminava, às vezes, em episódios épicos, como Palmares. Olho d’Água da Serra do Talhado, em Santana do Sabugi (PB), surgiu em meados do século passado, quando o ex-escravo e madeireiro Zé Bento partiu com a família à procura de terra.  O filme, que é sua principal obra, promoveu grandes modificações estéticas na cinematografia brasileira. Aruanda é tido como precursor do movimento Cinema Novo. O filme aborda a fundação de um quilombo de escravos fugidos na Serra do Talhado e revisita a mesma região flagrando os descendentes de escravos que viviam de forma primitiva, vendendo potes de barro feitos de forma artesanal. Quando lhe perguntavam sobre influências, respondia: “Apenas a dos cinejornais.” Aruanda é um filme de jornalista. A técnica cinematográfica, ele aprendeu, como autodidata, do Tratado de Realização Cinematográfica, do russo Lev Kulechov. De maneira inspirada, Linduarte encontrou a maneira mais direta de mostrar as coisas como elas são. Simples assim. Quem se acha cineasta e documentarista e ainda não assistiu a Aruanda, deve rever seus conceitos. Alô Marcus Vilar, alô ParaÍ Wa, nossos sentimentos amazônicos pela perda.

Assista aqui o curta ARUANDA !

Só vendo prá crer : funcionários públicos poderão escolher o banco para receber seus salários em 2012

 

Teóricamente, a partir de janeiro de 2012, todos os funcionários públicos brasileiros poderão escolher o banco em que  vão receber seu salário. A chamada portabilidade de conta chega atrasada. mais precisamente  três anos depois da liberação para os funcionários de empresas privadas. Com a portabilidade, as contas podem ser mudadas sem cobrança de tarifas . A mobilidade faz parte de um amplo pacote elaborado em 2006 pelo Banco Central (BC) para estimular a concorrência entre bancos. Além da conta-salário, as medidas incluem a portabilidade do cadastro dos clientes e  de operações de crédito. Neste caso, a pessoa pode transferir um empréstimo de um banco para outro que oferecer melhores condições de pagamento. Quem quiser receber seus vencimentos em outro banco terá de fazer um único comunicado ao banco a que está vinculado hoje. A partir daí, o este terá de transferir, sem custo e no mesmo dia, o salário do cliente para a conta informada previamente. “Folhas de pagamento são importantes para os bancos”, diz o Ricardo Mollo, professor do Insper . As instituições usam os salários para reter clientes. “Um banco de varejo vive de escala e, com as folhas, pode oferecer pacotes  com redução de tarifas.” Outro ponto que deve garantir clientes é a oferta de crédito consignado juntamente com o pacote da conta corrente. Segundo Mollo, o Banco do Brasil (BB) atuou fortemente nessa área, fazendo ofertas agressivas de exclusividade de folha aliada a consignado. “O BC soltou uma norma proibindo essa prática, mas apenas para os novos contratos.” As cidades que possuem apenas um banco também é  fator de restrição à portabilidade. Os clientes não são organizados e perdem força na hora de pleitear taxas menores. Em tese o BB é a instituição que mais perde com a liberação das contas pois  é responsável  por grande parte do pagamento de salários dos barnabés no país. São cerca de 7 milhões de servidores públicos,  12% da base de clientes pessoas físicas do BB. Atualmente o banco é o agente financeiro em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato grosso, Bahia, Paraíba, Rio Grande do norte, Piauí, Maranhão, Rondônia, Roraima, Acre, Tocantins e Amapá As capitais são São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Palmas (TO), Porto Velho (RO), São Luiz (MA), Teresina (PI), Fortaleza (CE), Natal (RN), João Pessoa (PB), Recife (PE), Maceió (AL), Macapá (AP), Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC).