A volta do Orkut!
“redes sociais devem dar esperança, e não medo”
“Oi!
Sou o Orkut. 17 anos atrás eu criei uma pequena rede social enquanto eu trabalhava no Google como engenheiro de software. Em apenas alguns anos, essa rede social se tornou o orkut.com com mais de 300 milhões de usuários.
Acredito que o orkut.com encontrou sua comunidade porque reuniu tantas vozes diversas de todo o mundo em um só lugar. Trabalhamos muito para tornar o orkut.com uma comunidade onde o ódio e a desinformação não fossem tolerados. Nos dedicamos muito para tornar o orkut.com uma comunidade onde você pudesse conhecer pessoas reais que compartilhavam seus mesmos interesses, não apenas pessoas que curtiram e comentaram em suas fotos.
O mundo precisa de gentileza agora mais do que nunca. Há tanto ódio online nos dias de hoje, e nossas opções para encontrar e construir conexões reais são poucas e bem escassas. Sempre acreditei que uma amizade é mais do que um pedido de amizade, e dediquei minha vida para ajudar milhões de vocês a construir conexões autênticas com seus vizinhos, familiares, funcionários e os belos estranhos que entram em suas vidas.
Nossas ferramentas online devem nos servir, não nos dividir. Elas devem proteger nossos dados, não vendê-los. Elas devem nos dar esperança, não medo e ansiedade. A melhor rede social é aquela que enriquece sua vida, mas não a manipula. Eu quero que você seja capaz de ser o seu verdadeiro eu, online e offline. Eu quero que você seja capaz de fazer conexões duradouras. Eu quero ajudá-lo a fazer isso com todo o meu coração.
Eu sou uma pessoa otimista. Acredito no poder da conexão para mudar o mundo. Acredito que o mundo é um lugar melhor quando nos conhecemos um pouco mais. É por isso que criei a primeira rede social do mundo quando era estudante de pós-graduação em Stanford. É por isso que eu trouxe o orkut.com para tantos de vocês ao redor do mundo. E é por isso que estou construindo algo novo. Vejo você em breve!”
O criador do Orkut reativa o site e promete ‘novidades’
Ninguém vai roubar minha cabeça agora que eu estou na estrada novamente
Oh, eu estou no céu de novo, eu tenho de tudo
(Deep Purple, em Highway Star)
Galleta Pabellón de Pica/Ruta 1/Chile
Aqui…
Talvez os momentos mais difíceis de uma grande viagem de moto são os dias e as horas que antecedem a largada. Não tem jeito ! Bate aquela ansiedade, um pouco de aflição, os pensamentos vão e vem atordoando a nossa mente. Dará tudo certo desta vez ? Depois dos primeiros quilômetros, o vento batendo no corpo tudo parece ficar mais fácil. Como diria Chico Science : Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar… Esta moto-aventura começa novamente em Porto Alegre/RS mas tem o destino final em outro Porto, o Velho, em Rondônia. Começa exatamente na Toca da Coruja, na Cidade Baixa , em Porto Alegre, onde nos empolgamos tanto com a cerveja extra-viva que acabamos perdendo a máquina Sony que iria documentar a viagem no outro dia. Paciência, mas viagem assim não dá prá tirar foto toda hora mesmo e o jeito é ir de celular. Lá vamos nós !
Dia 1 – Porto Alegre / São Miguel das Missões via BR 386/BR 285 – 500 km
Clique nos mapas para ampliar ou clique com o botão direito do mouse e use a opção “Abrir link em nova janela”
A idéia é entrar na Argentina por Porto Xavier, passando assim por São Miguel das Missões, Patrimônio Cultural da Humanidade, no RS. São 500 quilômetros da capital, e cruzamos com vários grupos de motos fazendo o mesmo trajeto, indo ou voltando. Tivemos pouquissimo tempo em POA para preparação da moto, na verdade poucas horas para ajeitar as coisas nos alforges e no bauleto. Foi ligar e pegar a estrada, numa manhã ensolarada de primavera. Neste primeiro trecho a fonte de alimentação do GPS Nuwi 255w, que tava ligada numa Gambitech improvisada de 12 volts, já apresentou problema. Na verdade é a primeira vez que viajo de moto com GPS (nunca mais sem a partir de agora, o ganho de tempo no cruzamento das cidades já compensa tudo !). Carreguei à noite e no outro dia só ligava quando tinha necessidade para poupar a bateria. Mas o primeiro dia foi bom, uma tocada boa, depois ainda pegamos a inauguração de um restaurante em São Miguel das Missões, com bom atendimento e música gaúcha de primera, tchê ! Caiu um temporal tão forte que acabou com nossa pretensão de assistir ao famoso espetáculo de Luz e Som das Missões. Mas o lugar é fascinante, visita obrigatória para conhecer a nossa história.
Rota das missões
Dia 2 – São Miguel das Missões/Porto Xavier/RS BR 285 e RS 168 125 km /balsa sobre rio Uruguai/San Javier / Ituzaingó (Corrientes/Argentina) RP 2/RP 10/RN 14/RN 120 210 km Total : 335 km Em Porto Xavier, por um erro de planejamento meu, perdemos a balsa que faz a travessia do rio Uruguai. Era um sábado. E tivemos que esperar até às 16:30 parados. Aproveitamos para trocar o mapa do GPS pelo ProyectoMapear com mapas da Argentina e Chile. Como o banco Erê que eu havia comprado não encaixou direito , por questão de segurança o deixei de lado. Assim, compramos um pelego para amenizar a dureza do banco da XT 660, um acessório que pode parecer estranho mas que é show de bola , em praticidade e conforto. Feito os câmbios, trâmites normais de entrada na Argentina, agora é pegar estrada ! Conseguimos neste dia chegar em Ituzaingó.
Primeira dica : O veículo tem que estar no seu nome, ou se estiver alienado, com uma carta da financeira liberando a saída do Brasil com firma reconhecida em cartório.
Em nenhum dos países do Mercosul é necessário a PID (Permissão Internacional para Dirigir) mas vale a pena fazer e levar, é baratinho, cerca de 50 reais no Detran mais próximo de você.
Um detalhe que muita gente desconhece, é que a PID tem que ser emitida no DETRAN de origem da CNH. Ou seja , se sua CNH é do Rio Grande do Sul, por exemplo, a PID tem que ser emitida no RS.
Um pelego prá amenizar os mais de 7.000 km
Dia 3 – Ituzaingó a Salta RN 16 1.060 km
Este é um trecho brabeira. Cruza o Chaco, você possívelmente será explorado pela Polícia em Corrientes e em Resistência (lembra aquela cidade do jogo que não teve Brasil X Argentina ?). Pois é lá.
Nas duas tem uma avenida marginal, e prá evitar o tal achaque, se vc está de moto trafegue por elas. Há uma placa minúscula no acesso à ponte avisando que motos tem que ir pela avenida paralela (colectora) e somente entrar na ponte no final da avenida, bem onde tem um posto da polícia que vai tentar te explorar. É incrível ! Como você não conhece bem o lugar , vai tentando achar a entrada da tal via Colectora e …pimba, cai na mão do guarda. Ele tentou aplicar o tal “Pago Voluntário” que daria um desconto de 50 % na multa, e coisa e tal… mas fiquei com cara de paisagem e pedi que ele multasse. Ele olhou os documentos, olhou a placa, disse que então teria que pagar no Banco de La Nacion, eu insisti que multasse, conversou com o outro guarda e disse que então eu pagaria a multa na saída da Argentina , na Aduana. Pura conversa ! É um teatrinho prá lá de ridículo. Acho até que meu manjado adesivo “Prensa Latina” ajudou em alguma coisa, afinal nestas horas você combate com o que tem na mão. Pedi um recibo da tal multa e ele só confirmou que eu pagaria na saída, na aduana entre Argentina e Chile. Quá ! Agora, não vá fazer isto à noite ou em local isolado porque o bicho pode pegar. Era meio-dia, sol a pino, e só cai nesta porque segui outras motos menores que estavam circulando.Imaginei, se eles podem, eu também posso. Seletivamente, o guarda só encrencou comigo.
Na saída de Resistência, pelo mapa do Projecto Mapear você vai parar num beco cheio de cães modorrentos, cansados de ver grandes motos passarem perdidas. Não se acanhe ! É por ali mesmo, acaba dando certo . Só não tente fazer isto à noite. Não sei se foi um erro de quem colaborou com o Projecto ou foi sacanagem mesmo.
Passando Corrientes e Resistência, siga até Pampa del Infierno, que justifica muito bem o seu nome. Faz um calor danado e é muito úmido, mas nada que assuste quem mora na Amazônia como nós. Nas imensas retas , bandos de aves no asfalto que revoavam a cada buzinada.
Salta é uma cidade deslumbrante, não é a toa que seu apelido é “La Linda”. Cheia de monumentos, igrejas, pontos históricos. Meio clichê, mas imperdível o passeio no Complejo Teleférico Salta, que sobe o cerro San Bernardo. Dá prá tomar uma Quilmes bem gelada lá em cima, observando a beleza da cidade encravada no vale.
Dia 4 – Salta
Segunda Dica :Compre adaptadores de tomada para carregar celular, Gps, iPad. Na Argentina é de um jeito ( tipo Australiano) , no Chile de outro (tipo Europeu) e no Peru, diferentemente se encontra o tipo Europeu e o tipo Americano. Prá completar, agora no Brasil também temos esta encrenca !
foto : mochileiros.com
Dia 5- Salta a Purmamarca via San Salvador de Jujuy (El Carmen) RN 9 160 km Estrada estreita linda
Reparem na proporção como a estrada é estreita !
A estrada só aceita um carro por vez, tem que diminuir a velocidade cada vez que há um cruzamento. Caminhão aqui nem pensar !
A chegada em Purmamarca é fantástica. Vale uma foto com o Cerro de Las 7 Colores ao fundo.
Cardápio do dia !
Terceira Dica :Leve um iPad ou um Netbook . O Netbook (ou um tablet Samsung) tem a vantagem da entrada USB e de ler páginas em Flash(coisa irritante no iPad..) Isto lhe dá uma boa independência na hora de precisar de Internet.
Dia 6- Purmamarca/AR a San Pedro de Atacama/Ch
O único posto de gasolina até o posto YPF em Paso de Jama(4.320 m.s.n.m), na fronteira Argentina/Chile é em Susques. Você precisa abastecer antes em Pastos Chicos (Susques) . O posto fronteiriço argentino Paso de Jama é novo (2012) e confortável. Lá há um YPF com internet , café quente e até uma pousada se precisar pernoitar lá , devido à uma ventania com areia forte demais por exemplo. (Encha o tanque, você fará a entrada no Chile cerca de 170 km depois, em SPA)
O frio do deserto
No final de uma grande reta você começa a ter a incrível visão do Salar Grande. A princípio não dá prá entender bem o que é, aquela mancha branca no final do asfalto, parecendo neve. Quando você se aproxima é que tem a exata noção da imensidão que é o salar.
O sal do deserto
Logo após o Paso de Jama tem a fronteira com o Chile. Daí a SPA são mais 160 km. A Aduana chilena fica na entrada de San Pedro. Você rodará estes 160 km de deserto após dar saída da Argentina e antes de dar entrada no Chile, ou seja , no vazio , se é que me entendem ! Mas tudo é muito bonito, a subida ao altiplano, as multicoloridas paisagens de Purmamarca, o Licancabur soberano sobre a paisagem nevada, a fronteira com a Bolívia.
A reta final de descida até San Pedro de Atacama é incrível, são muitos quilômetros numa pista íngreme, que vai dos 4.750 metros aos 2.300 de Atacama em menos de meia hora. Ao lado da pista se vê várias saídas de emergência para caminhões que perdem os freios.
E se tem um conselho que é útil no Chile é o seguinte : respeite a velocidade máxima porque os Carabineros do Chile não perdoam, estão em toda parte, até no deserto tinha uma viatura com radar !
San Pedro de Atacama era um local de parada dos colonizadores espanhóis em sua saga de conquista. O pequeno povoado se formou a partir da Igreja de San Pedro, construída em meados do século 18. O pequeno povoado tem cerca de 2.500 habitantes e muitos, mas muitos “perros” que vão “adorar” ver você montado numa moto em baixa velocidade ! Além de simplesmente bater perna pela Calle Caracoles, a rua principal do povoado, vale fazer todos os passeios anunciados por diversas agências : Laguna Cejar , onde a salinidade é tão grande que você entra na água e não afunda, Valle de la Muerte, Cordillera de la Sal, Laguna Chaxa, Lagunas Miscanti e Miñiques, Geisers del Tatio, Camino del Inca, Toconao ,Tulor e Pucará de Quitor .
Quarta Dica : Se pensa em armazenar gasolina para levar compre um galão adequado. Na Argentina e no Chile eles não vão te vender em garrafa pet.
Dia 7- SPA Era muito cedo e fazia muito frio quando levantamos para que a van nos pegasse na pousada para o passeio até os Gëiseres El Tátio, a 4320 m de altitude, 90 quilômetros ao norte de San Pedro de Atacama, As grandes colunas de vapor saem para a superfície através de fissuras na crosta terrestre, alcançando a temperatura de 85°C e 10 metros de altura. Os gêiseres de Tatio são formados quando rios gelados subterrâneos entram em contato com rochas quentes.
“O pensamento parece uma coisa à toa, mas cumé que a gente voa, quando começa a pensar…”
Pausa para uma empanada de queijo de cabra em Machuca, caminho entre os Geisers e SPA. Se preferir, tem espetinho de lhama…
Um passeio de moto ao final da tarde pelo Vale de La Luna é tudo de bom !
O melhor e mais barato buteco de SPA : não me pergunte o nome !
Pousada em SPA : preparando para mais uma jornada
Dia 8 – San Pedro de Atacama / Tocopilla (Ruta 23 e 24 – 270 km) / Iquique (Ruta 1 – 230 km) Total : 500
O verdadeiro oásis no meio do deserto. Ao fundo, o Licancabur
Na saída de SPA para Calama, em direção a Tocopilla (Oceano Pacífico) mais deserto, pequenas serras, retões intermináveis e pouco movimento. Calama é uma cidade média, tem aeroporto que opera jatos e postos de gasolina à vontade.
Quinta Dica : Leve mais de um cartão de crédito, porque se um der pau…Não esqueça de avisar o gerente que você vai viajar e diga os países para ele liberar o uso. Uma boa também é levar umcartão pré-carregado tipo Visa Travel Money em dólares. Só que agora vc paga os mesmos 6,38 % dos demais cartões internacionais . Isto acaba “furando” esta minha 5ª dica. Daí no caso é melhor dinheiro em espécie mesmo. Só cuidado com notas muito estragadas, principalmente no Peru.
E agora, para onde ir?
No Chile a parte mais cara da viagem
Pacíficooo !!!
Iquique, vista de um morro onde é praticado vôo livre.
Companheiro Pasin e Rubia Luz ! Desculpe, acabei não te avisando e furei o encontro. Lembrei de vocês quando “iniciei os trabalhos”. Tenham toda a sorte do mundo nos novos projetos !
Iquique tem uma vida noturna agitada e a Zofri Mall, um grande shopping center zona franca, com preços atrativos e uma infinidade de bons produtos e bugigangas.
Praça de Iquique : “furei” com o amigo Pasin aquela cerveja gelada..
Dia 9- Iquique a Arica (Ruta 5 -311 km)
Na saída para a ruta 5, no sentido contrário à Arica (ou seja, Antofagasta) há postos de gasolina em Pozo Almonte, que fica a aproximadamente a 5 km da entrada para Alto Hosício/Iquique. Para quem roda de XT 660 é a única alternativa saindo de Iquique, porque depois só Arica (300 km).Você roda 52 km desde Iquique, abastece e então , tirando os 5 km até o trevo de entrada, dá prá rodar até Arica.
Selfie à 120 km por hora no deserto
Dia 10 – Arica(Ch) a Tacna(PE) cerca de 50 km.
Tacna é uma cidade muito simpática e limpa. Tem cerca de 260 mil habitantes e é bastante arborizada. O clima é muito seco.
Depois de muito chão começam a surgir os vales verdejantes
Sexta Dica : Se for o caso, consiga a Carteira Mundial de Estudante no site http://www.carteiradoestudante.com.br . Ela custa R$ 40,00 , vale até o final do mês de março do ano seguinte e em muitos locais legais de visitar você terá 50 % de desconto, o que por si só já paga a carteira.
A ferrovia Tacna-Arica é uma ferrovia histórica e foi construída em 1856 pela empresa The Arica & Tacna Railway Co. Na estação de Tacna, acima, existe o Museu da Ferrovia, onde se encontram fotografias e relatos de época.
Como é sempre legal misturar literatura, vale a pena ler A Senhorita de Tacna, de Mario Vargas Llosa
Dia 11 – Tacna a Puno ( Ruta 36) 320 km
Lá vamos nós cruzar a Cordilheira dos Andes novamente, coisa difícil de explicar, de descrever, é uma sensação que se tem que viver pessoalmente. Dia de susto, porque acabou a bateria do GPS e , num movimento brusco, arranquei o plugue do carregador USB. Pronto ! Perdido no meio dos Andes. E prá piorar, tinha uma estrada antiga para Puno, e uma saída para Desaguadero. Mas o que eu queria era a estrada nova para Puno ! Sem placas, sem GPS, vi uma indicação para Puno e entrei. Dei de cara com rípio e parei na primeira casa que vi, cercada de cachorros. Lá um bondoso camponês me explicou que era a antiga estrada para Puno, que era só seguir o asfalto que eu veria alguns quilômetros na frente a ubicación para Puno e Desaguadero. Deu certo, cheguei em Puno já a noitinha. Puno tem um trânsito caótico e foi complicado achar a pousada que eu tinha reservado pela Internet. Mas tudo acaba sempre dando certo !
Frio também dá sede !
Dia 12 – Puno
Passeio obrigatório a Ilha de Urcos. Sem mais delongas.
Puno vista da Ilhas de Urcos
Mercado Popular
Igreja Matriz
Tuk-tuk protegido do sol e da chuva
O melhor e mais honesto “classificados” do mundo
Rua central de Puno (Calçadão)
A foto não diz quase nada, mas trânsito pior que Puno só em Juliaca
Dia 13 – Puno a Ollantaytambo – Ruta 3S (via Juliaca/Pucará/Sicuani/Calca) 475 km
Sétima Dica : Se você vai subir o Huayna Picchu tem que reservar o ingresso com bastante antecedência. Os grupos são limitados em dois, um que sai às 7 hs da manhã com 200 pessoas e outro sobe às 10, com mais 200. O ticket para Machu Picchu e Huyana Picchu é específico.Faça a reserva no site oficial aqui http://www.machupicchu.gob.pe/ . Não esqueça de liberar as janelas pop-up do seu navegador. O site foi melhorado no dia 31 de janeiro de 2012, segundo um comunicado do Ministério da Cultura do Peru. Outra coisa: cara, subir o Huayna Picchu requer um mínimo de condição física e sistema cardio-respiratório em dia. Se você tem algum problema ou está muito fora de forma, não encare. É melhor consultar um médico antes. O preço do ingresso para Huayna Picchu/Machu Picchu é de 152 soles para cada adulto.Quem for estudante (com a carteira da ISIC) só pode comprar ingresso no Escritório da Dirección Regional de Cultura – Cusco , Av. de la Cultura 238 (em frente ao estadio Universitario), Librería del Ministerio de Cultura (Casa Garcilaso) Condominio Huáscar Cusco – Perú, de segunda a sexta-feira das 8:00 as 16:00 horas ( é a avenida que dá prosseguimento à estrada logo que se chega a Cusco vindo de Puerto Maldonado) e no Escritório do Centro Cultural de Machupicchu , em Aguas Calientes, já no povoado aos pés de Machu Picchu, de segunda a domingo, das 5:20 às 21 horas. (é pertinho da estação de trem ) Somente para Machu Picchu, o ingresso custa 128 soles e só podem entrar 2.500 pessoas por dia. Depois de fazer a reserva, você tem duas horas para confirmar o pagamento senão a reserva cai. ( Se estiver já dentro do Peru e não conseguir via On Line, vale a pena enfrentar uma “cola” (fila) enorme no Banco de La Nación del Peru para pagar a confirmação da reserva. O horário de funcionamento dos bancos é das 8:00 às 17:30 hs. Em Iñapari, há uma agência na Plaza de Armas. Em Puerto Maldonado, o banco fica na Calle Daniel Alcides Carrión N° 241-243 – Distrito: Tambopata, telefone 082 571 210. Aos sábados , o banco abre das 9 da manhã às 13 hs. O cartão de crédito aceito no pagamento on-line tem que ter a facilidade “Certified by Visa”. Confira se o seu cartão tem essa facilidade, senão ele NÃO será aceito e vc terá que pagar numa agência do Banco de la Nación . Se estiver na época de alta temporada nem sonhe em deixar para fazer a reserva na última hora, Você não vai conseguir !
Não é preciso dizer nada…
O duo : Ai meu Machu Picchu, ninguém segura este meu delírio…
O uno: Valeu, Mestre Ismael !
Oitava Dica :Faça vacina uns 20 dias antes contra Febre Amarela e leve à Anvisa para receber o Certificado Internacional de Vacinação ( um amarelinho, com data e lote da vacina). Vai que no meio da viagem você resolve entrar na Bolívia, por exemplo.Veja este post com diversas dicas interessantes sobre Machu Picchu.
O trecho entre Cusco e Iñapari da Carretera Interoceânica Sur : repare as distâncias da placa. Estrada !
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Pausa para colocar uma luva cirúrgica por baixo da outra que o frio pegou !
Dia 16 – Mazuko / Puerto Maldonado (170 km) / Iñapari (230) Assis Brasil / Brasiléia (Acre) 115 km Total: 515 km
Deu dó sair da aduana brasileira e depois de 50 metros cair numa cratera… Nosso país precisa investir muito ainda em infra-estrutura. Tem que estancar o gargalo da corrupção de alguma forma. O dinheiro que já foi destinado para as BR´s daria para deixá-las numa condição muito melhor do que a gente vê. Quando entrei no Brasil fiquei sem coragem de fazer sequer um trechinho à noite, coisa que fiz nos Andes no meio de chuva ainda, mas com sinalização e segurança.
Garantizada, la mejor !
Uma pequena visita em Cobija (Bolívia) só prá tomar umas Paceñas. Depois de um monte a confusão na conversão entre pesos argentinos, reales, soles, pesos chilenos. Mas eu tava com a camisa do Grêmio e o garçon era camarada e compreensivo. Deu tudo certo…
Serra de Santa Rosa, no Peru amazônico : lá vem curva !
Nona Dica : Nas cidades peruanas não se arrisque a transitar com seu carro ou moto. Pegue um táxi que é baratinho, e é preço fixo, coisa de 2,3 soles por passageiro em qualquer percurso. Cidades como Puno, Juliaca, Cusco tem um trânsito bem maluco.
O Brasil a menos de 150 km
Dia 17 – Brasiléia / Rio Branco / Vista Alegre do Abunã (RO) BR 317/BR 364 – 440 km
Saimos de Brasiléia cedinho para pegar um churrasco no almoço com a Vivica e a Dona Mariá. Dona Mariá não comeu mas conversou prá caramba ! Constatação : uma das melhores churrascarias gaúchas do Brasil fica no Acre !
Décima Dica : Pé na estrada, irmão !
Depois de milhares de quilômetros em boas estradas, o choque do retorno à realidade brasileira, a poucos metros da fronteira com o Peru
Abunã, Rondônia, Brasil
Dia 18 – Vista Alegre do Abunã/ Porto Velho (RO) BR 364 – 215 km
Atravessamos a balsa mais segura ( em termos de policiamento) do mundo ! Dois carros da PRF, dois da PM, um da PF … era uma escolta, pelo jeito. O que dói é o bolso : R$ 4,00 para atravessar uma moto ! Carro pequeno : R$ 14,00
Tabela de preços da Balsa do Abunã/Rio Madeira/Rondônia
O pelego se integra à paisagem rondoniense
E quem quiser que conte outra…
Não me pediram em nenhum momento a Carta Verde, nem o SOAT no Peru (este eu confesso que não tinha, fui deixando prá frente, fui deixando e…ôpa, já sai do Peru ! Mas não deixe de ler sobre o SOAT no post Viagem pela Interoceânica).
Viagem nunca mais sem um bom GPS. Ele encurta DEMAIS o tempo de passagem entre as cidades, facilitando encontrar as entradas e saídas. Outra grande vantagem desta viagem foi o fato de só ter uma perna de ida, porque o retorno sempre é mais complicado e entediante.
Outro mito que precisa ser derrubado , é que dá prá ir com QUALQUER moto ou carro para o Atacama ou Machu Picchu. Neste trecho não tem rípio, na verdade eu detesto rípio. Até de bicicleta dá prá ir, respeitando sempre os limites da estrada , da lei e da natureza, além do próprio corpo é claro. A vantagem de ir numa big trail é poder se aventurar um pouco para fora da estrada, aliás, para isto é que ela foi feita !
Outra coisa : nesta perna, subindo a América, não paguei nenhum pedágio, pois cruzava sempre com o movimento contrário e em alguns países como o Peru e Argentina, moto não paga. As estradas são boas (o susto é quando vc volta para o Brasil !). E fazendo um bom planejamento não tem mais pane seca no deserto ( não é mesmo, Z ?). Tudo o que precisa é você estar bem consigo mesmo, de preferência com quem você ama, ter responsabilidade e respeitar os seus limites físicos e psicológicos, gostar do novo e ser aventureiro, porque sem isto vc não vai mesmo !
Todo o começo e final de viagem é parecido. A ansiedade, a vontade de ir para a estrada no início…. Depois os perrengues, o frio, a chuva…. A hora em que você pensa, ” o que eu tô fazendo aqui ?” . O que nos leva a ficar horas sob uma chuva forte, passando frio, carregando e descarregando alforges com roupa fedorenta, procurando o muquifo mais próximo e barato prá passar a noite ? Mas vai chegando perto de casa, o asfalto zunindo sob seus pés, e não tem jeito. O pensamento voa …. Qual será a próxima ?
Ninguém vai roubar minha cabeça agora que eu estou na estrada novamente
Oh, eu estou no céu de novo, eu tenho de tudo
(Deep Purple, em Highway Star)
Galleta Pabellón de Pica/Ruta 1/Chile
Aqui…
Talvez os momentos mais difíceis de uma grande viagem de moto são os dias e as horas que antecedem a largada. Não tem jeito ! Bate aquela ansiedade, um pouco de aflição, os pensamentos vão e vem atordoando a nossa mente. Dará tudo certo desta vez ? Depois dos primeiros quilômetros, o vento batendo no corpo tudo parece ficar mais fácil. Como diria Chico Science : Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar… Esta moto-aventura começa novamente em Porto Alegre/RS mas tem o destino final em outro Porto, o Velho, em Rondônia. Começa exatamente na Toca da Coruja, na Cidade Baixa , em Porto Alegre, onde nos empolgamos tanto com a cerveja extra-viva que acabamos perdendo a máquina Sony que iria documentar a viagem no outro dia. Paciência, mas viagem assim não dá prá tirar foto toda hora mesmo e o jeito é ir de celular. Lá vamos nós !
Dia 1 – Porto Alegre / São Miguel das Missões via BR 386/BR 285 – 500 km
Clique nos mapas para ampliar ou clique com o botão direito do mouse e use a opção “Abrir link em nova janela”
A idéia é entrar na Argentina por Porto Xavier, passando assim por São Miguel das Missões, Patrimônio Cultural da Humanidade, no RS. São 500 quilômetros da capital, e cruzamos com vários grupos de motos fazendo o mesmo trajeto, indo ou voltando. Tivemos pouquissimo tempo em POA para preparação da moto, na verdade poucas horas para ajeitar as coisas nos alforges e no bauleto. Foi ligar e pegar a estrada, numa manhã ensolarada de primavera. Neste primeiro trecho a fonte de alimentação do GPS Nuwi 255w, que tava ligada numa Gambitech improvisada de 12 volts, já apresentou problema. Na verdade é a primeira vez que viajo de moto com GPS (nunca mais sem a partir de agora, o ganho de tempo no cruzamento das cidades já compensa tudo !). Carreguei à noite e no outro dia só ligava quando tinha necessidade para poupar a bateria. Mas o primeiro dia foi bom, uma tocada boa, depois ainda pegamos a inauguração de um restaurante em São Miguel das Missões, com bom atendimento e música gaúcha de primera, tchê ! Caiu um temporal tão forte que acabou com nossa pretensão de assistir ao famoso espetáculo de Luz e Som das Missões. Mas o lugar é fascinante, visita obrigatória para conhecer a nossa história.
Rota das missões
Dia 2 – São Miguel das Missões/Porto Xavier/RS BR 285 e RS 168 125 km /balsa sobre rio Uruguai/San Javier / Ituzaingó (Corrientes/Argentina) RP 2/RP 10/RN 14/RN 120 210 km Total : 335 km Em Porto Xavier, por um erro de planejamento meu, perdemos a balsa que faz a travessia do rio Uruguai. Era um sábado. E tivemos que esperar até às 16:30 parados. Aproveitamos para trocar o mapa do GPS pelo ProyectoMapear com mapas da Argentina e Chile. Como o banco Erê que eu havia comprado não encaixou direito , por questão de segurança o deixei de lado. Assim, compramos um pelego para amenizar a dureza do banco da XT 660, um acessório que pode parecer estranho mas que é show de bola , em praticidade e conforto. Feito os câmbios, trâmites normais de entrada na Argentina, agora é pegar estrada ! Conseguimos neste dia chegar em Ituzaingó.
Primeira dica : O veículo tem que estar no seu nome, ou se estiver alienado, com uma carta da financeira liberando a saída do Brasil com firma reconhecida em cartório.
Em nenhum dos países do Mercosul é necessário a PID (Permissão Internacional para Dirigir) mas vale a pena fazer e levar, é baratinho, cerca de 50 reais no Detran mais próximo de você.
Um detalhe que muita gente desconhece, é que a PID tem que ser emitida no DETRAN de origem da CNH. Ou seja , se sua CNH é do Rio Grande do Sul, por exemplo, a PID tem que ser emitida no RS.
Um pelego prá amenizar os mais de 7.000 km
Dia 3 – Ituzaingó a Salta RN 16 1.060 km
Este é um trecho brabeira. Cruza o Chaco, você possívelmente será explorado pela Polícia em Corrientes e em Resistência (lembra aquela cidade do jogo que não teve Brasil X Argentina ?). Pois é lá.
Nas duas tem uma avenida marginal, e prá evitar o tal achaque, se vc está de moto trafegue por elas. Há uma placa minúscula no acesso à ponte avisando que motos tem que ir pela avenida paralela (colectora) e somente entrar na ponte no final da avenida, bem onde tem um posto da polícia que vai tentar te explorar. É incrível ! Como você não conhece bem o lugar , vai tentando achar a entrada da tal via Colectora e …pimba, cai na mão do guarda. Ele tentou aplicar o tal “Pago Voluntário” que daria um desconto de 50 % na multa, e coisa e tal… mas fiquei com cara de paisagem e pedi que ele multasse. Ele olhou os documentos, olhou a placa, disse que então teria que pagar no Banco de La Nacion, eu insisti que multasse, conversou com o outro guarda e disse que então eu pagaria a multa na saída da Argentina , na Aduana. Pura conversa ! É um teatrinho prá lá de ridículo. Acho até que meu manjado adesivo “Prensa Latina” ajudou em alguma coisa, afinal nestas horas você combate com o que tem na mão. Pedi um recibo da tal multa e ele só confirmou que eu pagaria na saída, na aduana entre Argentina e Chile. Quá ! Agora, não vá fazer isto à noite ou em local isolado porque o bicho pode pegar. Era meio-dia, sol a pino, e só cai nesta porque segui outras motos menores que estavam circulando.Imaginei, se eles podem, eu também posso. Seletivamente, o guarda só encrencou comigo.
Na saída de Resistência, pelo mapa do Projecto Mapear você vai parar num beco cheio de cães modorrentos, cansados de ver grandes motos passarem perdidas. Não se acanhe ! É por ali mesmo, acaba dando certo . Só não tente fazer isto à noite. Não sei se foi um erro de quem colaborou com o Projecto ou foi sacanagem mesmo.
Passando Corrientes e Resistência, siga até Pampa del Infierno, que justifica muito bem o seu nome. Faz um calor danado e é muito úmido, mas nada que assuste quem mora na Amazônia como nós. Nas imensas retas , bandos de aves no asfalto que revoavam a cada buzinada.
Salta é uma cidade deslumbrante, não é a toa que seu apelido é “La Linda”. Cheia de monumentos, igrejas, pontos históricos. Meio clichê, mas imperdível o passeio no Complejo Teleférico Salta, que sobe o cerro San Bernardo. Dá prá tomar uma Quilmes bem gelada lá em cima, observando a beleza da cidade encravada no vale.
Dia 4 – Salta
Segunda Dica :Compre adaptadores de tomada para carregar celular, Gps, iPad. Na Argentina é de um jeito ( tipo Australiano) , no Chile de outro (tipo Europeu) e no Peru, diferentemente se encontra o tipo Europeu e o tipo Americano. Prá completar, agora no Brasil também temos esta encrenca !
foto : mochileiros.com
Dia 5- Salta a Purmamarca via San Salvador de Jujuy (El Carmen) RN 9 160 km Estrada estreita linda
Reparem na proporção como a estrada é estreita !
A estrada só aceita um carro por vez, tem que diminuir a velocidade cada vez que há um cruzamento. Caminhão aqui nem pensar !
A chegada em Purmamarca é fantástica. Vale uma foto com o Cerro de Las 7 Colores ao fundo.
Cardápio do dia !
Terceira Dica :Leve um iPad ou um Netbook . O Netbook (ou um tablet Samsung) tem a vantagem da entrada USB e de ler páginas em Flash(coisa irritante no iPad..) Isto lhe dá uma boa independência na hora de precisar de Internet.
Dia 6- Purmamarca/AR a San Pedro de Atacama/Ch
O único posto de gasolina até o posto YPF em Paso de Jama(4.320 m.s.n.m), na fronteira Argentina/Chile é em Susques. Você precisa abastecer antes em Pastos Chicos (Susques) . O posto fronteiriço argentino Paso de Jama é novo (2012) e confortável. Lá há um YPF com internet , café quente e até uma pousada se precisar pernoitar lá , devido à uma ventania com areia forte demais por exemplo. (Encha o tanque, você fará a entrada no Chile cerca de 170 km depois, em SPA)
O frio do deserto
No final de uma grande reta você começa a ter a incrível visão do Salar Grande. A princípio não dá prá entender bem o que é, aquela mancha branca no final do asfalto, parecendo neve. Quando você se aproxima é que tem a exata noção da imensidão que é o salar.
O sal do deserto
Logo após o Paso de Jama tem a fronteira com o Chile. Daí a SPA são mais 160 km. A Aduana chilena fica na entrada de San Pedro. Você rodará estes 160 km de deserto após dar saída da Argentina e antes de dar entrada no Chile, ou seja , no vazio , se é que me entendem ! Mas tudo é muito bonito, a subida ao altiplano, as multicoloridas paisagens de Purmamarca, o Licancabur soberano sobre a paisagem nevada, a fronteira com a Bolívia.
A reta final de descida até San Pedro de Atacama é incrível, são muitos quilômetros numa pista íngreme, que vai dos 4.750 metros aos 2.300 de Atacama em menos de meia hora. Ao lado da pista se vê várias saídas de emergência para caminhões que perdem os freios.
E se tem um conselho que é útil no Chile é o seguinte : respeite a velocidade máxima porque os Carabineros do Chile não perdoam, estão em toda parte, até no deserto tinha uma viatura com radar !
San Pedro de Atacama era um local de parada dos colonizadores espanhóis em sua saga de conquista. O pequeno povoado se formou a partir da Igreja de San Pedro, construída em meados do século 18. O pequeno povoado tem cerca de 2.500 habitantes e muitos, mas muitos “perros” que vão “adorar” ver você montado numa moto em baixa velocidade ! Além de simplesmente bater perna pela Calle Caracoles, a rua principal do povoado, vale fazer todos os passeios anunciados por diversas agências : Laguna Cejar , onde a salinidade é tão grande que você entra na água e não afunda, Valle de la Muerte, Cordillera de la Sal, Laguna Chaxa, Lagunas Miscanti e Miñiques, Geisers del Tatio, Camino del Inca, Toconao ,Tulor e Pucará de Quitor .
Quarta Dica : Se pensa em armazenar gasolina para levar compre um galão adequado. Na Argentina e no Chile eles não vão te vender em garrafa pet.
Dia 7- SPA Era muito cedo e fazia muito frio quando levantamos para que a van nos pegasse na pousada para o passeio até os Gëiseres El Tátio, a 4320 m de altitude, 90 quilômetros ao norte de San Pedro de Atacama, As grandes colunas de vapor saem para a superfície através de fissuras na crosta terrestre, alcançando a temperatura de 85°C e 10 metros de altura. Os gêiseres de Tatio são formados quando rios gelados subterrâneos entram em contato com rochas quentes.
“O pensamento parece uma coisa à toa, mas cumé que a gente voa, quando começa a pensar…”
Pausa para uma empanada de queijo de cabra em Machuca, caminho entre os Geisers e SPA. Se preferir, tem espetinho de lhama…
Um passeio de moto ao final da tarde pelo Vale de La Luna é tudo de bom !
O melhor e mais barato buteco de SPA : não me pergunte o nome !
Pousada em SPA : preparando para mais uma jornada
Dia 8 – San Pedro de Atacama / Tocopilla (Ruta 23 e 24 – 270 km) / Iquique (Ruta 1 – 230 km) Total : 500
O verdadeiro oásis no meio do deserto. Ao fundo, o Licancabur
Na saída de SPA para Calama, em direção a Tocopilla (Oceano Pacífico) mais deserto, pequenas serras, retões intermináveis e pouco movimento. Calama é uma cidade média, tem aeroporto que opera jatos e postos de gasolina à vontade.
Quinta Dica : Leve mais de um cartão de crédito, porque se um der pau…Não esqueça de avisar o gerente que você vai viajar e diga os países para ele liberar o uso. Uma boa também é levar umcartão pré-carregado tipo Visa Travel Money em dólares. Só que agora vc paga os mesmos 6,38 % dos demais cartões internacionais . Isto acaba “furando” esta minha 5ª dica. Daí no caso é melhor dinheiro em espécie mesmo. Só cuidado com notas muito estragadas, principalmente no Peru.
E agora, para onde ir?
No Chile a parte mais cara da viagem
Pacíficooo !!!
Iquique, vista de um morro onde é praticado vôo livre.
Companheiro Pasin e Rubia Luz ! Desculpe, acabei não te avisando e furei o encontro. Lembrei de vocês quando “iniciei os trabalhos”. Tenham toda a sorte do mundo nos novos projetos !
Iquique tem uma vida noturna agitada e a Zofri Mall, um grande shopping center zona franca, com preços atrativos e uma infinidade de bons produtos e bugigangas.
Praça de Iquique : “furei” com o amigo Pasin aquela cerveja gelada..
Dia 9- Iquique a Arica (Ruta 5 -311 km)
Na saída para a ruta 5, no sentido contrário à Arica (ou seja, Antofagasta) há postos de gasolina em Pozo Almonte, que fica a aproximadamente a 5 km da entrada para Alto Hosício/Iquique. Para quem roda de XT 660 é a única alternativa saindo de Iquique, porque depois só Arica (300 km).Você roda 52 km desde Iquique, abastece e então , tirando os 5 km até o trevo de entrada, dá prá rodar até Arica.
Selfie à 120 km por hora no deserto
Dia 10 – Arica(Ch) a Tacna(PE) cerca de 50 km.
Tacna é uma cidade muito simpática e limpa. Tem cerca de 260 mil habitantes e é bastante arborizada. O clima é muito seco.
Depois de muito chão começam a surgir os vales verdejantes
Sexta Dica : Se for o caso, consiga a Carteira Mundial de Estudante no site http://www.carteiradoestudante.com.br . Ela custa R$ 40,00 , vale até o final do mês de março do ano seguinte e em muitos locais legais de visitar você terá 50 % de desconto, o que por si só já paga a carteira.
A ferrovia Tacna-Arica é uma ferrovia histórica e foi construída em 1856 pela empresa The Arica & Tacna Railway Co. Na estação de Tacna, acima, existe o Museu da Ferrovia, onde se encontram fotografias e relatos de época.
Como é sempre legal misturar literatura, vale a pena ler A Senhorita de Tacna, de Mario Vargas Llosa
Dia 11 – Tacna a Puno ( Ruta 36) 320 km
Lá vamos nós cruzar a Cordilheira dos Andes novamente, coisa difícil de explicar, de descrever, é uma sensação que se tem que viver pessoalmente. Dia de susto, porque acabou a bateria do GPS e , num movimento brusco, arranquei o plugue do carregador USB. Pronto ! Perdido no meio dos Andes. E prá piorar, tinha uma estrada antiga para Puno, e uma saída para Desaguadero. Mas o que eu queria era a estrada nova para Puno ! Sem placas, sem GPS, vi uma indicação para Puno e entrei. Dei de cara com rípio e parei na primeira casa que vi, cercada de cachorros. Lá um bondoso camponês me explicou que era a antiga estrada para Puno, que era só seguir o asfalto que eu veria alguns quilômetros na frente a ubicación para Puno e Desaguadero. Deu certo, cheguei em Puno já a noitinha. Puno tem um trânsito caótico e foi complicado achar a pousada que eu tinha reservado pela Internet. Mas tudo acaba sempre dando certo !
Frio também dá sede !
Dia 12 – Puno
Passeio obrigatório a Ilha de Urcos. Sem mais delongas.
Puno vista da Ilhas de Urcos
Mercado Popular
Igreja Matriz
Tuk-tuk protegido do sol e da chuva
O melhor e mais honesto “classificados” do mundo
Rua central de Puno (Calçadão)
A foto não diz quase nada, mas trânsito pior que Puno só em Juliaca
Dia 13 – Puno a Ollantaytambo – Ruta 3S (via Juliaca/Pucará/Sicuani/Calca) 475 km
Sétima Dica : Se você vai subir o Huayna Picchu tem que reservar o ingresso com bastante antecedência. Os grupos são limitados em dois, um que sai às 7 hs da manhã com 200 pessoas e outro sobe às 10, com mais 200. O ticket para Machu Picchu e Huyana Picchu é específico.Faça a reserva no site oficial aqui http://www.machupicchu.gob.pe/ . Não esqueça de liberar as janelas pop-up do seu navegador. O site foi melhorado no dia 31 de janeiro de 2012, segundo um comunicado do Ministério da Cultura do Peru. Outra coisa: cara, subir o Huayna Picchu requer um mínimo de condição física e sistema cardio-respiratório em dia. Se você tem algum problema ou está muito fora de forma, não encare. É melhor consultar um médico antes. O preço do ingresso para Huayna Picchu/Machu Picchu é de 152 soles para cada adulto.Quem for estudante (com a carteira da ISIC) só pode comprar ingresso no Escritório da Dirección Regional de Cultura – Cusco , Av. de la Cultura 238 (em frente ao estadio Universitario), Librería del Ministerio de Cultura (Casa Garcilaso) Condominio Huáscar Cusco – Perú, de segunda a sexta-feira das 8:00 as 16:00 horas ( é a avenida que dá prosseguimento à estrada logo que se chega a Cusco vindo de Puerto Maldonado) e no Escritório do Centro Cultural de Machupicchu , em Aguas Calientes, já no povoado aos pés de Machu Picchu, de segunda a domingo, das 5:20 às 21 horas. (é pertinho da estação de trem ) Somente para Machu Picchu, o ingresso custa 128 soles e só podem entrar 2.500 pessoas por dia. Depois de fazer a reserva, você tem duas horas para confirmar o pagamento senão a reserva cai. ( Se estiver já dentro do Peru e não conseguir via On Line, vale a pena enfrentar uma “cola” (fila) enorme no Banco de La Nación del Peru para pagar a confirmação da reserva. O horário de funcionamento dos bancos é das 8:00 às 17:30 hs. Em Iñapari, há uma agência na Plaza de Armas. Em Puerto Maldonado, o banco fica na Calle Daniel Alcides Carrión N° 241-243 – Distrito: Tambopata, telefone 082 571 210. Aos sábados , o banco abre das 9 da manhã às 13 hs. O cartão de crédito aceito no pagamento on-line tem que ter a facilidade “Certified by Visa”. Confira se o seu cartão tem essa facilidade, senão ele NÃO será aceito e vc terá que pagar numa agência do Banco de la Nación . Se estiver na época de alta temporada nem sonhe em deixar para fazer a reserva na última hora, Você não vai conseguir !
Não é preciso dizer nada…
O duo : Ai meu Machu Picchu, ninguém segura este meu delírio…
O uno: Valeu, Mestre Ismael !
Oitava Dica :Faça vacina uns 20 dias antes contra Febre Amarela e leve à Anvisa para receber o Certificado Internacional de Vacinação ( um amarelinho, com data e lote da vacina). Vai que no meio da viagem você resolve entrar na Bolívia, por exemplo.Veja este post com diversas dicas interessantes sobre Machu Picchu.
O trecho entre Cusco e Iñapari da Carretera Interoceânica Sur : repare as distâncias da placa. Estrada !
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Pausa para colocar uma luva cirúrgica por baixo da outra que o frio pegou !
Dia 16 – Mazuko / Puerto Maldonado (170 km) / Iñapari (230) Assis Brasil / Brasiléia (Acre) 115 km Total: 515 km
Deu dó sair da aduana brasileira e depois de 50 metros cair numa cratera… Nosso país precisa investir muito ainda em infra-estrutura. Tem que estancar o gargalo da corrupção de alguma forma. O dinheiro que já foi destinado para as BR´s daria para deixá-las numa condição muito melhor do que a gente vê. Quando entrei no Brasil fiquei sem coragem de fazer sequer um trechinho à noite, coisa que fiz nos Andes no meio de chuva ainda, mas com sinalização e segurança.
Garantizada, la mejor !
Uma pequena visita em Cobija (Bolívia) só prá tomar umas Paceñas. Depois de um monte a confusão na conversão entre pesos argentinos, reales, soles, pesos chilenos. Mas eu tava com a camisa do Grêmio e o garçon era camarada e compreensivo. Deu tudo certo…
Serra de Santa Rosa, no Peru amazônico : lá vem curva !
Nona Dica : Nas cidades peruanas não se arrisque a transitar com seu carro ou moto. Pegue um táxi que é baratinho, e é preço fixo, coisa de 2,3 soles por passageiro em qualquer percurso. Cidades como Puno, Juliaca, Cusco tem um trânsito bem maluco.
O Brasil a menos de 150 km
Dia 17 – Brasiléia / Rio Branco / Vista Alegre do Abunã (RO) BR 317/BR 364 – 440 km
Saimos de Brasiléia cedinho para pegar um churrasco no almoço com a Vivica e a Dona Mariá. Dona Mariá não comeu mas conversou prá caramba ! Constatação : uma das melhores churrascarias gaúchas do Brasil fica no Acre !
Décima Dica : Pé na estrada, irmão !
Depois de milhares de quilômetros em boas estradas, o choque do retorno à realidade brasileira, a poucos metros da fronteira com o Peru
Abunã, Rondônia, Brasil
Dia 18 – Vista Alegre do Abunã/ Porto Velho (RO) BR 364 – 215 km
Atravessamos a balsa mais segura ( em termos de policiamento) do mundo ! Dois carros da PRF, dois da PM, um da PF … era uma escolta, pelo jeito. O que dói é o bolso : R$ 4,00 para atravessar uma moto ! Carro pequeno : R$ 14,00
Tabela de preços da Balsa do Abunã/Rio Madeira/Rondônia
O pelego se integra à paisagem rondoniense
E quem quiser que conte outra…
Não me pediram em nenhum momento a Carta Verde, nem o SOAT no Peru (este eu confesso que não tinha, fui deixando prá frente, fui deixando e…ôpa, já sai do Peru ! Mas não deixe de ler sobre o SOAT no post Viagem pela Interoceânica).
Viagem nunca mais sem um bom GPS. Ele encurta DEMAIS o tempo de passagem entre as cidades, facilitando encontrar as entradas e saídas. Outra grande vantagem desta viagem foi o fato de só ter uma perna de ida, porque o retorno sempre é mais complicado e entediante.
Outro mito que precisa ser derrubado , é que dá prá ir com QUALQUER moto ou carro para o Atacama ou Machu Picchu. Neste trecho não tem rípio, na verdade eu detesto rípio. Até de bicicleta dá prá ir, respeitando sempre os limites da estrada , da lei e da natureza, além do próprio corpo é claro. A vantagem de ir numa big trail é poder se aventurar um pouco para fora da estrada, aliás, para isto é que ela foi feita !
Outra coisa : nesta perna, subindo a América, não paguei nenhum pedágio, pois cruzava sempre com o movimento contrário e em alguns países como o Peru e Argentina, moto não paga. As estradas são boas (o susto é quando vc volta para o Brasil !). E fazendo um bom planejamento não tem mais pane seca no deserto ( não é mesmo, Z ?). Tudo o que precisa é você estar bem consigo mesmo, de preferência com quem você ama, ter responsabilidade e respeitar os seus limites físicos e psicológicos, gostar do novo e ser aventureiro, porque sem isto vc não vai mesmo !
Todo o começo e final de viagem é parecido. A ansiedade, a vontade de ir para a estrada no início…. Depois os perrengues, o frio, a chuva…. A hora em que você pensa, ” o que eu tô fazendo aqui ?” . O que nos leva a ficar horas sob uma chuva forte, passando frio, carregando e descarregando alforges com roupa fedorenta, procurando o muquifo mais próximo e barato prá passar a noite ? Mas vai chegando perto de casa, o asfalto zunindo sob seus pés, e não tem jeito. O pensamento voa …. Qual será a próxima ?
Sinta mais o mundo ! E leia menos ! Ou melhor, qualifique sua informação.
É muita porcaria , é muita coisa mal escrita, mal articulada, que não vai lhe servir prá nada ! Falta conteúdo, falta vivência e às vezes um pouquinho de educação. Ética é uma palavra distante congelada dentro de um iceberg.
Faça um teste com um saite destes de fofocas políticas, esprema bastante e veja o que sobra de realmente relevante. Te aconselho, irmão, a lavar as mãos com creolina, no caso despoluir os olhos,coração e mente com 1/2 hora de um belo por do sol ou com a lua que insiste no meio das nuvens.
Até este bravo blog se vc achar que não lhe traz nada, nenhuma emoção mais recôndita, nenhuma informação importante, mande-o para as calendas do inferno, faça-o queimar na mármore fervente do belzebu.
É uma profusão de endereços virtuais, senhas, perfis, links, informações digitais de qualidade, outras tão idiotas parecendo escritas por quem acabou de sair do Mobral ( quá…. esta é antiga !).
O You Tube, o Orkut, o Facebook e o Twitter talvez não passem de modismos efêmeros, como tantos outros já houveram e haverão. ( Lembrei disto, há pouco, do modismo do rádio-amador Faixa Cidadão, o famoso PX da década de 80, talvez o nosso Twitter de hoje.)
Todo mundo perde tempo e , muitas vezes, fica com a cabeça embaralhada com o excesso de informação, perde o foco no trabalho, perde o foco no carinho, perde o foco na paixão, no amor, na família…
Não quer ficar de fora dos bate-papos virtuais mas mal cumprimenta a mulher quando chega em casa, isto se ainda tem mulher, se os filhos não embarcaram no mesmo delírio da loucura cotidiana.
Fazer um site é relativamente simples. Todo jornal está direcionado para algum grupo político. Isto é normal, os grandes grupos editoriais explicitam sua posição em longos editoriais e os seguem quem quiser. E no leque multifacetado do arco-íris midiático infelizmente também existe a cor marrom. Nesta coloração que lembra outras coisas, o $ite fala bem, ou então o $ite fala mal e isto pode mudar em questão de horas, quase sempre o tempo que demora a compensação bancária ou o depósito on-line.
Por isto, crie a sua meta , não seja refém dos outros e questione sempre as entrelinhas, ou até mesmo a veracidade das notícias. Em Rondônia temos excelentes profissionais, ótimos jornalistas que já labutaram nos grandes jornais de SP, RJ, PR, RS e que se equiparam aos melhores do país. O problema é que a cultura digital tá virando um delicioso inferno, com mil fóruns, workshops, zilhões de blogs, redes sociais que parecem reunião de diretoria das empresas, onde vale mais fazer uma participação inteligente prá marcar o seu espaço como um cachorro mija no pneu ou no poste.
Sinceramente, blogueiros, tuiteiros, orkutzeiros ou o raio que o parta, acho que ainda mais vale a boa idéia na cabeça e isto é uma coisa cada vez mais rara.
E se não for cineasta e não tiver a câmera na mão, como diria Glauber, vá olhar o por do sol do rio Madeira com olhos infantis ao lado da pessoa amada. Ou o Guaporé, o Mamoré, ou qualquer igarapé…
Só não sugiro jogar os notebooks, netbooks, laptops, Iphones e o escambau ( cheio de baterias de litio e niquel-cadmio, venenosas) no leito do rio prá não poluir ainda mais o nosso frágil ecossistema que ainda vai nos cobrar todas as nossas irresponsabilidades reais e virtuais.
Amemos, meninos e meninas, amemos o por do sol que ainda nos resta e nos recarrega as baterias mais do que qualquer tuitada propositalmente espirituosa…
Prefiro ainda um por do sol tímido e autêntico, recheado de nuvens insistentes e teimosas que deram prá infestar o céu de Rondônia do que uma centena de bytes frios e teclados quase sempre por um aspirante a robô, escondido atrás de um monitor e se achando o dono da última Coca-Cola do deserto !
Quáááá ! Tenho dito !
(Crônica escrita num velho guardanapo, por este modesto aspirante a blogueiro na Casa da Moeda, na Rua da Moeda no Recife/PE, escutando frevo autêntico tocado por uma orquestra de metais e degustando uma , pasmem, “Norteña” uruguaia de litro, logo depois de ter dado um abraço caloroso no grande escritor Alberto Lins Caldas e conhecido a Cyane. Isto que é globalização, cáspite ! E chega porque é a hora do galo.
Sinta mais o mundo ! E leia menos ! Ou melhor, qualifique sua informação.
É muita porcaria , é muita coisa mal escrita, mal articulada, que não vai lhe servir prá nada ! Falta conteúdo, falta vivência e às vezes um pouquinho de educação. Ética é uma palavra distante congelada dentro de um iceberg.
Faça um teste com um saite destes de fofocas políticas, esprema bastante e veja o que sobra de realmente relevante. Te aconselho, irmão, a lavar as mãos com creolina, no caso despoluir os olhos,coração e mente com 1/2 hora de um belo por do sol ou com a lua que insiste no meio das nuvens.
Até este bravo www.betobertagna.com se vc achar que não lhe traz nada, nenhuma emoção mais recôndita, nenhuma informação importante, mande-o para as calendas do inferno, faça-o queimar na mármore fervente do belzebu.
É uma profusão de endereços virtuais, senhas, perfis, links, informações digitais de qualidade, outras tão idiotas parecendo escritas por quem acabou de sair do Mobral ( quá…. esta é antiga !).
O You Tube, o Orkut, o Facebook e o Twitter talvez não passem de modismos efêmeros, como tantos outros já houveram e haverão. ( Lembrei disto, há pouco, do modismo do rádio-amador Faixa Cidadão, o famoso PX da década de 80, talvez o nosso Twitter de hoje.)
Todo mundo perde tempo e , muitas vezes, fica com a cabeça embaralhada com o excesso de informação, perde o foco no trabalho, perde o foco no carinho, perde o foco na paixão, no amor, na família…
Não quer ficar de fora dos bate-papos virtuais mas mal cumprimenta a mulher quando chega em casa, isto se ainda tem mulher, se os filhos não embarcaram no mesmo delírio da loucura cotidiana.
Fazer um site é relativamente simples. Todo jornal está direcionado para algum grupo político. Isto é normal, os grandes grupos editoriais explicitam sua posição em longos editoriais e os seguem quem quiser. E no leque multifacetado do arco-íris midiático infelizmente também existe a cor marrom. Nesta coloração que lembra outras coisas, o $ite fala bem, ou então o $ite fala mal e isto pode mudar em questão de horas, quase sempre o tempo que demora a compensação bancária ou o depósito on-line.
Por isto, crie a sua meta , não seja refém dos outros e questione sempre as entrelinhas, ou até mesmo a veracidade das notícias. Em Rondônia temos excelentes profissionais, ótimos jornalistas que já labutaram nos grandes jornais de SP, RJ, PR, RS e que se equiparam aos melhores do país. O problema é que a cultura digital tá virando um delicioso inferno, com mil fóruns, workshops, zilhões de blogs, redes sociais que parecem reunião de diretoria das empresas, onde vale mais fazer uma participação inteligente prá marcar o seu espaço como um cachorro mija no pneu ou no poste.
Sinceramente, blogueiros, tuiteiros, orkutzeiros ou o raio que o parta, acho que ainda mais vale a boa idéia na cabeça e isto é uma coisa cada vez mais rara.
E se não for cineasta e não tiver a câmera na mão, como diria Glauber, vá olhar o por do sol do rio Madeira com olhos infantis ao lado da pessoa amada. Ou o Guaporé, o Mamoré, ou qualquer igarapé…
Só não sugiro jogar os notebooks, netbooks, laptops, Iphones e o escambau ( cheio de baterias de litio e niquel-cadmio, venenosas) no leito do rio prá não poluir ainda mais o nosso frágil ecossistema que ainda vai nos cobrar todas as nossas irresponsabilidades reais e virtuais.
Amemos, meninos e meninas, amemos o por do sol que ainda nos resta e nos recarrega as baterias mais do que qualquer tuitada propositalmente espirituosa…
Prefiro ainda um por do sol tímido e autêntico, recheado de nuvens insistentes e teimosas que deram prá infestar o céu de Rondônia do que uma centena de bytes frios e teclados quase sempre por um aspirante a robô, escondido atrás de um monitor e se achando o dono da última Coca-Cola do deserto !
Quáááá ! Tenho dito !
(Crônica escrita ontem, num velho guardanapo, por este modesto aspirante a blogueiro na Casa da Moeda, na Rua da Moeda no Recife/PE, escutando frevo autêntico tocado por uma orquestra de metais e degustando uma , pasmem, “Norteña” uruguaia de litro, logo depois de ter dado um abraço caloroso no grande escritor Alberto Lins Caldas e conhecido a Cyane. Isto que é globalização, cáspite ! E chega porque é a hora do galo.