A se julgar verdade um post publicado no Facebook na manhã desta segunda-feira (11) pelo apresentador de rádio Cagê Lisboa, a Rádio Ipanema, a 94,9 , a rádio rock gaúcha está fechando as portas.. Segundo o post , a Band São Paulo optou por colocar a Rádio Bandeirantes AM na frequência da Ipanema, a 94.9. A rádio seguiria ativa, com equipe reduzida, apenas em formato web.
A notícia fere de morte os “Ipanêmicos”, ouvintes fiéis da rádio gaúcha, que promoveu e deu nova dimensão aos roqueiros do RS. Como diz o site Sul 21, “havia o programa do Alemão Vitor Hugo, o Hot Club do Mutuca, o Música Mundi e a boa qualidade da própria programação da rádio que, durante uma época, era avessa ao jabá. Porto Alegre trocará a diferença por mais do mesmo.”
Décadas atrás aconteceu coisa parecida com outra rádio mito, a Continental 1120.
Extremamente lamentável. Se isso não for uma “pegadinha”, como já aconteceu outra vez.
Por Jesús Ruiz Mantilla/El País Tradução: Beto Bertagna
Canta e compõe bem, escreve melhor, apresenta seu novo romance e é um eterno sedutor. Porém possui, pelo menos, seis defeitos…
Quando o Chico Buarque músico entra em casa, sai porta afora o escritor. Ele ocupa sua cobertura no Rio de Janeiro com vistas espetaculares de Ipanema. O fabricante de canções. Enquanto isso, o escritor vai para a estrada. Seu livro mais recente, o leite derramado (Salamandra), acaba de aparecer. É o seu oitavo livro. E de sucesso. Porque Chico Buarque não se contenta apenas em ser um dos músicos mais importantes do seu país, o filho legítimo e favorito da bossa nova, uma referência política nos duros tempos da ditadura e objeto permanente do desejo. Ele quiz levar a sério a sua criatividade na literatura.Mostrar que poderia tornar-se um escritor respeitado. Tem conseguido não só no Brasil mas no mundo inteiro. Com seu livro anterior, Budapeste, ganhou prêmios, grandes vendas internacionais, prêmios e distinções, tais como Le Nouvel Observateur, que o considera um dos escritores contemporâneos mais interessantes em Português. Para criar essa novela das dualidades, fino, irônico, sobre um escritor personalizado fascinado pelo idioma húngaro,( a língua que melhor entende o diabo) não tinha necessidade de andar na cidade às margens do Danúbio. Ele jamais tinha estado lá. Em vez disso, dá a sensação de saber absolutamente tudo sobre o terreno onde transcorre o Leite Derramado, uma espécie de réquiem para um Brasil antigo. É um livro muito pessoal sobre um dinossauro morrendo, cheio de memórias e histórias de família.
Chico Buarque, o poliglota fluente em cinco idiomas, o símbolo do Brasil contemporâneo, o meio-campista, que tem mais de 30 anos sem perder uma partida com seu time de futebol, parece ideal, mas tem suas áreas mais escuras, não se iludam: -A atriz Fernanda Montenegro proclama que você é perfeito e sem defeitos. Eu vim aqui a sua casa para encontrá-los. Alguns esconderá…
-“Uma grande dama do nosso teatro … “O que eu estou dizendo é que eu vim para desmascará-lo. Se não, vou ficar desapontado: grande músico, famoso escritor e ativista, passado perfeito …
“E que você nunca me viu jogar futebol. Eu faço isso num time que não perde há 32 anos. “Ei, homem, há um certo prazer na derrota. Você não vai aprender a experimentá-lo?
“Existem derrotas, mas em partidas não oficiais. Quando terminamos, nós decidimos se era uma partida oficial ou não. Depende do resultado.
“Uma vergonha. E em que posição e como que você joga?
“Como Messi, mais ou menos, mas em futebol 7.( em vez de onze jogadores, há 7 em campo, também conhecido como futebol soçaite ) “Já estou vendo um defeito. Manipulador.
“Melhor, mentiroso. Anote. “Já tem 46 anos de carreira . Num primeiro momento parecia que eles queriam lançá-lo no mercado como um artista pop da bossa nova. Não se encaixou nessa?
“Não foi assim. Eu tive uma experiência ruim quando eu vivia na Itália, em 1969. Não é muito bem compreendida, então qual era a música brasileira e também me viam assim, como um homem bonito. “Lindo. Como agora. Isso pode ser até um defeito.
“Talvez sim,mas fora do Brasil queriam me encaixar em um “esquema” pop. Eu não entendia o que se passava comigo na Itália. No Brasil, sim. Eu tenho a idéia do que eu sempre quis e no meu país acho que não houve mal-entendido. Eu não sei o que podem pensar de mim fora do Brasil. Também não tenho uma carreira internacional. Morei na Itália por motivos políticos, mas a maioria da minha carreira evoluiu aqui. A literatura é diferente, por causa das traduções. É mais fácil de ser compreendido no exterior. Com a música pode se interpretar qualquer coisa. Com a música brasileira mais ainda porque tem um pouco de tudo, misturado. Ninguém chega a ter certeza se é samba, bossa nova …É tudo ao mesmo tempo. – Isso é bom ou ruim?
“Para nós é bom, mas é difícil compreender fora. Para o público em geral, em primeiro lugar. As pessoas vêem a nossa música nas mesmas seções das lojas de música.O que viaja é a sonoridade. Há uma compreensão mais emocional do que intelectual. A música tem sua própria linguagem, irracional, que bate ou não. E que muita vezes se gosta por motivos outros. – Por que não entendem as letras, ou porque não entendem a música?
“As letras são importantes, mas no meu caso, estão sempre ao serviço da música. “Como escritor, você tem feito experiências bastante curiosas. Budapeste escreveu sem conhecer a cidade, sem ter ido antes. E depois você a visitou ?
“Eu nunca tinha ido. Eu me recusei. Eu comecei a escrever e fiquei fascinado pela linguagem, me apaixonei com a linguagem. Eu não estava interessado em saber mais, passei 10 anos estudando o húngaro, mas é tudo melhor assim: uma cidade difusa, uma história com neblina. Foi muito interessante para chegar a Budapeste, após estado de certa forma lá, verificar que algumas coisas eram iguais, e outras bobagens absurdas. Tampouco eu quis dar a impressão de que a conhecia a fundo, os nomes foram inventados, baseados na seleção de futebol húngara.Admitir que nunca tinha posto os pés na cidade criou um pouco de desconfiança. Alguns acharam isto legal, outros, francamente, não. “A eles poderia parecer arrogante, soberbo. Outro defeito.
“Bem, bem, anote. Sim, parecia que não tinha o direito de inventar algo que já existia. Os húngaros são muito orgulhosos de seus príncipes, as suas famílias, seus castelos, a sua história. – Como poderia imaginar a cidade sem conhecê-la?
“Com guias, dicionários, palavras que lembrava de uma namorada húngara que tive. Ela me ensinou este fascínio. E o time da seleçãol nacional húngara em 1954. Aquele jogo que perdemos para eles. Eu colecionava as figurinhas de álbuns. Tinha todas elas. A verdade é que quando eu comecei a imaginar o livro, eu queria criar uma nova lingua, mas isso foi demais. “Outro defeito. Uma idéia não realizada. Pouca perseverança.
– Por quê? Muito pelo contrário. Muita perseverança, porque eu comecei a fazer isso, mas eu percebi que eu não conseguiria. O protagonista era um arquiteto, não um negro. – Se rendeu? Defeito …
“Bem, bem, ok, mas eu tinha que escrevê-lo para perceber que não era bom. – Perfeccionismo? Outro defeito.
“Incapacidade mental para criar uma novela … este é o defeito…. “Ficamos falando 20 minutos e temos quatro defeitos. Eu não sei como isso vai acabar.
“Eu também sou preguiçoso para entrevistas: outro defeito mais. “Bem, eu não estou tão certo, talvez seja uma virtude. Eu não sei.
“A preguiça é que para mim vir a ser brilhante numa conversa como esta, é preciso inventar coisas. Em Budapeste não esteve, mas andaste bastante no terreno do Leite Derramado. Como falamos do Brasil, em profundidade.
“Eu não vivi esta época “Cada um de nós de alguma forma tem habitado o passado das nossas localidades.Você não acha? Os antepassados não construíram a nossa identidade?
“De alguma forma, escrever sobre algo que aconteceu há cem anos atrás é como não conhecer o lugar. No tempo e no espaço você está perdido. A idéia do Leite Derramado veio disto. Imaginação e conhecimento à base de estudo e leitura. Dessa vez eu pesquisei mais ainda do que em Budapeste. Além de que eu li, o que eu ouvi: histórias de minha mãe, que morreu apenas um ano atrás, quando já tinha 100 anos. Há muitas coisas que, a partir do nome dos transatlânticos ,das ruas, até das casas … Se vê muitoe de você neste livro. De suas raízes, de sua família,de que mais?
-História Política da República Velha, 1879-1930, com Vargas, que mudou tudo. Na minha família tinha muitos antepassados que pertenciam a essa estrutura. São histórias que eu sei tudo pela minha mãe. Suas memórias estão no livro. “Então, você quis fazer uma homenagem póstuma.
“Não póstumas, porque ela chegou a lê-lo. Ela gostou, mas não ficou muito contente de se ver refletida em algumas coisas. Ele era idosa e estava um pouco desconfortável, como os húngaros, com a minha intromissão. “Como que dizendo, por que você começa a lavar roupa suja na frente de todos?
“Oh, os escritores … Terríveis. “Indiscrição. Outro defeito.
“Não há dúvida. “Até agora isso foi: perfeccionista, arrogante, com alguma incapacidade mental, preguiçoso e indiscreto. Cinco.
“Tudo bem. “Este Brasil retratado no Leite Derramado” já não existe mais?
“Ela persiste na … mentalidade de muitas pessoas. Eh … outro defeito: Eu fico sem palavras em castelhano. “Não, eu não admito, porque então teríamos de dizer que eu não falo Português.
“Tudo bem. Então, essa mentalidade persiste. O antigo país com seus ex-proprietários, o antigo poder, os donos do dinheiro, a perplexidade ante este novo país que cresce. A incapacidade de admitir que o país será de outras famílias, outras classes. Eram os clãs que tinham um senso de propriedade e observam aqueles que prosperam com desconfiança. Vêem os aeroportos lotados com gente às vezes mal vestida e não suportam se misturar. Sempre com a tentação de se destacar como uma elite. Ontem li uma história que diferiam entre os ricos e os muito ricos de Santa Catarina. Os ricos geralmente vão para a praia e os muito ricos se hospedam em hotéis de luxo, com seus preconceitos ante os que somente eram apenas ricos. “Não misture. Bem, isso também é muito europeu. Então, no Brasil chegou a vez da classe média e ela quer ser notada.
“Eu prefiro este ao Brasil anterior, sem dúvida. Mais dinâmico. “E com isso, que mérito temos que dar ao Lula?
“Muito.
– Será que realmente levou a cabo uma transformação histórica?
“Sim, sua prioridade era tirar da miséria tantas pessoas quanto possível. Isso continua com Dilma Rousseff. A situação social no Brasil era uma vergonha. Era um país cheio de desigualdades, com toda sua riqueza. Mas os méritos também vem dos fundamentos da política econômica que se iniciou com Fernando Henrique Cardoso. Foi a chave, sem o qual nenhum progresso haveria. Toda esta transformação foi realizada com as regras do capitalismo para criar uma riqueza que deve ser distribuída.Alguns de esquerda podem pensar que não era humanitária suficiente, mas ninguém pode negar que ele foi mais inteligente. “Isso foi provado que funciona em qualquer lugar.
“Isso é o pior meio de outras experiências latino-americanos, como Venezuela, Equador, Bolívia? Agora nós sabemos. Mas não devemos culpar aqueles que tentaram no passado, em Cuba, Chile de Allende ou aqui. A própria Dilma se acreditava que a única solução era a revolução. Agora nós sabemos que não. “Em Budapeste se aborda a dualidade. O paradoxo é um motor de criação. Você vai sentir muitas coisas ao mesmo tempo. Quantos Chicos vivem em você ?
“Há dois. Eles vivem na mesma casa mas em quartos separados. É o escritor e músico. Agora vivendo o músico, o escritor deve ter sido em Budapeste. – Será que não se misturam? Para o músico compõe letras poderosas e o escritor constrói um ritmo musical nos livros.
“Há um eco em ambos. Mas enquanto estiver trabalhando uma coisa, o outro não se intrometr. Eles não podem fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Quando começa o escritor, chega um músico, e vice-versa. Além disso, as letras das canções não têm o que fazer com a literatura, mas a própria literatura tem a ver com música. É provável que simplesmente acho que o escritor é músico. Com as letras de músicas não acontece o mesmo. O letrista para mim não é um poeta ou narrador. Deve despojar-se desta pretensão. É antiquado. Não há hierarquia ou distinção entre as duas artes : são iguais. Literatura e música popular tem o mesmo valor. Isso de desvalorizar um gênero acabou. É uma data completamente diferente. É coisa do Brasil velho.Para o velho Brasil, o que eu faço é música barata. É como definiria o protagonista de uma novela. O novo aceita isto bem. O primeiro a sofrer essa ruptura hierárquica foi Vinicius de Moraes. Ele foi um poeta culto, canônico, que começou a fazer letras de canções populares. Não o entendiam. Um poeta e diplomata! Sacrilégio! Isto persiste um pouco ainda. A idéia de que um poeta não pode escrever música pop e um cantor não pode participar das novelas. Mas o que eu estava dizendo? “O que o músico e escritor …
“Ah, sim. Existe um período de adaptação , não é que sai por uma porta o músico e entra o escritor, como em um “musical vaudeville” . Os tempos de cada etapa criativa crescem, mas os da minha vida são encurtados. Eu não sei onde chegarei com as coisas que faço. – Agora, com quem estouu falando? Com o compositor ou com o escritor?
“Até o ano passado, o escritor estava acompanhando as traduções . Eu vigio as que sei: Inglês, Espanhol, Italiano, Francês, mas sempre me dizem que as melhores são das línguas que eu não entendo … O que é difícil para mim é começar. Quando deixo a literatura, eu não sei como escrever uma canção, cada vez custa mais … – Não saem as coisas de dentro, de uma tacada só ?
“Não é bom isso. Quero contar algo bem, mas como? Na literatura, é rascunhar e rascunhar até que você tenha a voz, o tom. A mão sozinha é inútil. “E Chico futebolista, quem é? A criança para sempre?
“Sim, eu jogo três vezes por semana. “O que é a vida. Quando entrei no avião vi algumas crianças brasileira vestidas com a camisa da Espanha….
“Impensável nos tempos em que todas as crianças do mundo vestiam a ” canarinho” . – Que falta perguntar sobre a música ?
“Eu ouço pouca música. Leio mais. Trabalhando com a memória musical, que tenho completa. Você vê por que eu não gosto de dar entrevistas? Porque eu tenho que explicar certas coisas. No outro dia eu escrevi uma valsa russa. Por quê? Eu não sei e não posso inventar um motivo. Por que convinha para a história que eu queria contar. A música que veio foi aquela , para contar a história de uma mulher russa, com quem entrei em contato através da Internet. Não há nada para explicar ou encontrar, simplesmente nada para escrever. Nesta altura é a música que me chega a mim. É claro que estou em dia e eu sei sobre a Amy Winehouse e Lady Gaga. Mas isso não importa. – Isso muda com a idade, a atitude para escutar a música ou é o nosso tempo que nos obriga a responder de uma forma mais fragmentada ?
“Eu acho que cada um de nós muda. E só espero que o público siga acompanhando com interesse o que fazemos. Há momentos em que você dá um show e pensar sobre o que servir-lo com o “novo” quando as pessoas querem ver você cantar somente as músicas antigas. Eu gosto de cantar o novo e eles de ouvir o velho, então você tem que negociar um pouco. – Você está preocupado que poucos jovens brasileiros escutem a música de sua terra natal?
“Não é bem assim. Na última turnê, eu vi algumas cabeças com cabelos brancos, e vi muitos jovens. “Diga-me como era Jobim.
“Desde o momento em que ouvi a primeira canção em bossa nova,” Chega de Saudade “, cantado por João Gilberto, música de Tom Jobim e letra de Vinicius de Moraes, mudou minha vida. Para mim e para todos nós. Nós poderíamos ter sido qualquer coisa, mas nos tornamos músicos quando a ouvimos. Caetano Veloso, Gilberto Gil, todos.
“Entre Caetano e você tinha um problema? Acusaram-no de “brando”.
“Isso foi na época do tropicalismo. Eu não pertenço a ele. Havia dois lados. O pró e anti. Eu não era profissional. Eles tentaram fazer uma ruptura com a bossa nova e incorporar intrumentações e comportamentos do pop . Eu me opunha a isto. Também se refletiu na minha música, mas não foi uma coisa traumática. – Matar o pai?
“Exatamente. Depois de alguns anos de conflitos e, em seguida, se juntaram novamente. Como em qualquer família. Primeiro: “Pai, me deixa em paz” e logo “Vai, cuida das crianças.” – E você não deveria ter comprado uma guitarra elétrica?
“É isso o que acontece é que eu errei a porta e entrei numa loja para comprar um piano. “Mas hoje Jobim é indiscutível.
“Foi uma epifania. Eu o conheci, era amigo de Jobim. Por trabalhar com ele, ouvi-lo tocar piano, eu me tornei um músico melhor do que era . Ouvindo-o, vendo-o trabalhar. Eu era um músico intuitivo, de ouvido e ele me deu formação. Eu tento não ser uma cópia do mesmo, mas ainda assim, quando eu escrevo, sinto a sombra do mestre. – Vigilante?
“Um pouco. Mas também me ensinou muito sobre a vida, falar, comer, compartilhar.Ele me obrigou a comprar um piano, aprender música e escrever para outras coisas que nada têm a ver com o que eu faço. Jobim era terno, divertido, especial. “Todo um clássico da contemporâneidade. Como Lennon e McCartney. Autores exemplares de canções. Sem dúvida, este foi o gênero musical do nosso tempo. Mas falta muito tempo ainda?
“As possibilidades da música como um fenômeno e a forma do século XX e do século XXI, pode estar chegando ao fim. Podemos estar chegando a isso. Rap é um indício. A harmonia, a forma de construir as letras, a falta de interesse pelo novo, talvez estes sejam alguns sinais. – Decadência?
“Talvez. Acontece em outros gêneros. A ópera? Bem, a ópera resiste . Mais de 400 anos e há força em novos compositores. Sério? Outro defeito: a ignorância sobre ópera contemporânea. “Bem, negligenciado.
“Em suma, seis defeitos. Poucos.
O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e seis entidades de defesa dos direitos autorais no País foram condenados por formação de cartel e abuso da posição dominante. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão que fiscaliza a livre concorrência, condenou as entidades por quatro votos a dois.
A prova sobre o acordo de fixação dos preços foi encontrada no próprio site do Ecad: as tabelas de valores cobrados por tipo do usuário. “Também é possível encontrar na página do Escritório na internet os critérios de cálculo e de preço para cobrança de direitos autorais. Comprovaram o ilícito ainda as atas das assembleias gerais realizadas pelo Ecad durante as quais eram discutidas questões relativas à combinação de valores entre as associações”, diz o comunicado do Cade.
Depois de ser “baiano” em São Paulo.
Depois de ser “paraíba” no Rio.
Depois de fazer “baianada” no trânsito de BH.
Depois de viver para trabalhar em São Paulo.
Depois de trabalhar para viver no Rio.
Depois de um freela em BH.
Depois de ser bem atendido em São Paulo, mas sem simpatia.
Depois de ser mal atendido no Rio, com antipatia.
Depois de uma prosa em BH, com simpatia.
Depois do carioca me convidar, mas nunca dar o endereço.
Depois do mineiro sempre me convidar e me levar ao endereço.
Depois do paulista não me convidar.
Depois de ouvir o carioca falar do que não sabe.
Depois de ouvir o paulista achando que sabe de tudo.
Depois de ouvir o silêncio dos mineiros.
Depois de descobrir que carioca tem o melhor dia.
Depois de descobrir que paulistano, a melhor noite.
Depois de descobrir que Minas tem o melhor sítio.
Depois de ouvir o carioca falar alto.
Depois de ouvir o paulista falar “meu”.
E mineiro falar “véi!”.
“As pessoas que a gente preza não conseguem morrer “ – frase de Walter Bartolo, em depoimento para o meu documentário “Divino,Cem Vezes Divino”, 1994. Minha homenagem a este grande homem que Rondônia perde.
Dirigido por Walter Carvalho e idealizado pelo produtor Denis Feijão, RAUL – O INICIO, O FIM E O MEIO, apresenta uma fascinante investigação sobre a vida pessoal e profissional de uma das maiores lendas do rock nacional através de imagens inéditas de arquivos e 54 entrevistas realizadas em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro e também no exterior (Suíça e Estados Unidos) reunindo ex-mulheres, filhos, amigos de infância, músicos, profissionais da área musical e parceiros, como o escritor Paulo Coelho. Programa imperdível para os fãs e para todos que querem conhecer mais sobre nosso Maluco Beleza.Quer saber mais sobre o filme? Então corre para pagina do Facebook Raul Seixas O Filme . Lá você pode conferir trailers, imagens e encontrar a sala de cinema mais próxima de você.
As inscrições para o processo seletivo do curso regular 2012 / 2015 da EICTV se encerram no dia 10 de março. As provas serão aplicadas nos dias 16 e 17de março, em cinco cidades: Belo Horizonte / MG, Recife / PE, Florianópolis / SC, Goiânia / GO e Belém / PA. O curso tem duração de 3 anos. O início está previsto para setembro de 2012 e término em julho de 2015.
Os candidatos devem ter entre 22 e 29 anos (nascidos entre 1982 e 1990) e preencher e enviar por e-mail a ficha de inscrição indicando o local onde fará os exames.
No dia da prova, deverá apresentar seu currículo impresso, carta de motivação, autorretrato em qualquer suporte, técnica ou formato e um arquivo pessoal (portfólio) com materiais em cine, vídeo, foto fixa, música, artes gráficas, literatura, teatro, imprensa, e outros, em cuja elaboração haja participado ou desempenhado um papel significativo e criativo, além de pagar uma taxa de 50 reais.
Cada candidato responderá a 2 provas escritas, no dia 16 de março: uma de conhecimentos gerais e uma correspondente à especialização que escolheu. Serão oferecidas oito especializações – Direção, Produção, Roteiro,Fotografia, Som, Documentário, Edição e(especialidade nova) TV e Novas Mídias. Os candidatos aprovados nas provas escritas passarão por entrevista oral no dia seguinte (17 de março).
Esse vídeo trata de um músico havaiano, muito talentoso, chamado Jake Shimabukuro. Nele, Jake interpreta a clássica While my guitar gently weeps, musica dos Beatles de composição de George Harrison. O instrumento em questão é o Ukulele, que é uma espécie de “cavaquinho” havaiano inspirado em dois instrumentos portugueses : manchete madeirense e rajão, ambos oriundos da Ilha da Madeira. O eterno Beatle era um grande fã do instrumento. … Read Morevia Uotareu ???
R$ 56,8 milhões é o valor exato que a Funarte e o Ministério da Cultura vão investir em 34 editais de fomento às áreas de teatro, dança, circo, artes visuais, fotografia, música, literatura, cultura popular e arte digital. Serão concedidos mil prêmios e bolsas de até R$ 260 mil, para projetos de produção, formação de público, pesquisa, residências artísticas, apoio a festivais e produção crítica sobre arte.
Foram lançadas as novas edições dos prêmios Myriam Muniz (teatro), Klauss Vianna (dança) e Carequinha (circo) e da Rede Nacional Artes Visuais – que estão entre as principais políticas públicas para as artes no Brasil. O apoio à literatura, à criação em música erudita e à circulação de música popular também está mantido.
Pela primeira vez, a Funarte lança editais para seleção de festivais. Há também prêmios para artes cênicas na rua e o apoio a residências artísticas no Brasil e no exterior. A instituição investe na composição de música erudita, em concertos didáticos na rede pública de ensino e na gravação de CDs de música popular. Nas artes visuais, a Funarte volta a apoiar festivais e salões regionais, além de viabilizar projetos de pesquisa e reflexão crítica sobre artes contemporânea. A fotografia será tratada como categoria à parte, com o Prêmio Marc Ferrez.
Sempre fui, sem qualquer falsa modéstia, um batalhador das causas culturais do Norte do Brasil, me manifestando em Festivais, Foruns, Júris, o escambau. Publico com alegria este anúncio, porque constato que nunca na história deste país se fomentou a cultura de forma tão abrangente e democrática. Tenho dito !