Arquivo da tag: Mato Grosso

Outras memórias pantaneiras

CGB natur 160618 057 passaro cabeça amarela otimaTexto e foto de Valéria del Cueto

Perdi as palavras diante dos sentimentos. Muitos. Profundos. Emocionantes.

Até especialistas em se expressar, coisa que sempre busquei nas mais diferentes “mídias”, se calam quando tudo é pouco diante dos fatos e os diversos graus de sensações que provocam.

Voltei ao meu belo Mato Grosso, aquele de antigamente, ainda sem divisão geográfica. E os tempos queridos, acreditem, os que não voltam nunca mais, estavam lá.

O pé de cedro havia crescido e dado novas ramificações. Encontrei o pequeno arbusto cheio galhos e de raízes crescidos no tempo em que distantes vivi, amei e, claro, também sofri.

Todos nós nos transformamos…

Sua sombra amiga me acolheu e protegeu, me mostrou seus frutos (cedro dá que tipo de frutos? Sei lá…)

E nada do que imaginava para essa jornada aconteceu como planejei. Tudo foi mais.

Mais tempo nublado e chuvas, o que não seria problema se não fosse a duração quase permanente, o que gerou menos imagens reais como pássaros, animais e exuberância natural na região pantaneira.

Isso me empurrou para os livros que levaram a imagens de outros tempos mais, muito mais antigos. Voltei à Guerra do Paraguay.

Aos encontros e desencontros dos pioneiros que entre batalhas, muito trabalho bruto, longas esperas e amores povoaram o baixo Pantanal e a fronteira entre Corumbá e Ponta Porã.

Se pouco soube de Solano, o invasor paraguaio, li a respeito de Raphaela Lopes, sua irmã, que se casou com o interventor designado pelo Império Brasileiroe a saga da vinda da família Pedra para a região. Sou quase um deles. Além dos netos de Pompílio, agora, “colada” com mais duas gerações.

Quando, finalmente, o tempo permitiu que começasse a fotografar já estava encharcada pela água dessa fonte de lembranças expandida com a ajuda de informações e indicações de como lidar com um baú de comitiva repleto de imagens e referências.

Tudo veio pra mim. Primeiro na Casa Candia, de dona Jandira, em Anastácio. Depois na Selaria Renascer, do seo Jairo, em Aquidauana. Nos dois lugares tive direito a um “Guia Lopes” para me conduzir pelas macegas de objetos emblemáticos, ícones das narrativas que havia devorado nos livros.

Isso em meio a uma outra guerra que acontecia na vizinhança. Sangrenta, sem tréguas. Cinematográfica. Em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero a disputa pelo poder do tráfico se desenrolava nas ruas. Registradas por câmeras de vídeo dos celulares e disseminadas pelas redes sociais. A violência da fronteira evoluiu, como quase tudo em volta, mantendo sua essência.

Os últimos dias da viagem me levaram a Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, à celebração das novas gerações da família, continuação dessa estirpe que vem lá de trás.

Pais, avós, filhos, netos, numa alegre confusão, em comunhão com a vida, independente dos percalços e diferenças. Esperança!

Tudo ao seu tempo – não conforme meus planos (como sempre)-, acabou acontecendo.

Na última manhã da viagem, o ciclo se completou com a ajuda de Osana. Foi ela que me indicou nos jardins onde seria o desfile da passarada: tucanos, curicacas, beija-flores… Vieram para a despedida!

Um até logo cheio de gratidão de minha parte, emoldurado pelo sorriso que não tem preço de uma das queridas matriarcas da família, que não nega seu sobrenome: Pedra!

* Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Crônica da série “Fronteira Oeste do Sul” do Sem Fim…

Blairo Maggi, lavrador pobre do Mato Grosso ofende futura presidenta (via Prof. Hariovaldo)

Desafeto. Blairo atacou a irmã Marina mesmo tendo ela sempre apoiado os agricultores do país

Por Professor Hariovaldo

Homem telúrico, sem dinheiro, de parcos estudos, e sem capacidade de ver a grandiosidade da futura presidenta da nação, Blairo Maggi a chamou de messiânica, personalista, teimosa e dissimulada, ofensa clássica de quem não conhece a candidata ungida pelo Senhor. Aliás, ninguém perguntou nada a essa pessoa, cuja a profissão, em vias de extinção, será substituída pela coleta e pelo manejo florestal, destinados a suprir a pujante indústria de cosméticos mundial. E ainda disse mais o lavrador: “Se eleita, a única promessa que espero que ela cumpra é que não concorra a um segundo mandato, porque ela será um desastre para o nosso setor. Vi como age quando foi ministra”. 

Um absurdo e um grande desrespeito com a futura líder maior do Brasil. Além do quê, todos sabem que é mito que Marina é contra o agronegócio, nunca tendo ela em nenhum momento se colocado contra ele ou contra os transgênicos, por exemplo, é tudo lenda. Todos podem ficar tranquilos pois os próximos quatro anos serão de grande progresso para a agricultura, bem como para a geração energética no país, além de outros setores que também se beneficiarão pela estabilidade política e pelo estilo claro e sereno da futura mandante da nação.

Blairo Maggi, vire sopa!

A irmã Marina é 40.

Alvíssaras!

via Prof. Hariovaldo Almeida Prado

Só vendo prá crer : funcionários públicos poderão escolher o banco para receber seus salários em 2012

 

Teóricamente, a partir de janeiro de 2012, todos os funcionários públicos brasileiros poderão escolher o banco em que  vão receber seu salário. A chamada portabilidade de conta chega atrasada. mais precisamente  três anos depois da liberação para os funcionários de empresas privadas. Com a portabilidade, as contas podem ser mudadas sem cobrança de tarifas . A mobilidade faz parte de um amplo pacote elaborado em 2006 pelo Banco Central (BC) para estimular a concorrência entre bancos. Além da conta-salário, as medidas incluem a portabilidade do cadastro dos clientes e  de operações de crédito. Neste caso, a pessoa pode transferir um empréstimo de um banco para outro que oferecer melhores condições de pagamento. Quem quiser receber seus vencimentos em outro banco terá de fazer um único comunicado ao banco a que está vinculado hoje. A partir daí, o este terá de transferir, sem custo e no mesmo dia, o salário do cliente para a conta informada previamente. “Folhas de pagamento são importantes para os bancos”, diz o Ricardo Mollo, professor do Insper . As instituições usam os salários para reter clientes. “Um banco de varejo vive de escala e, com as folhas, pode oferecer pacotes  com redução de tarifas.” Outro ponto que deve garantir clientes é a oferta de crédito consignado juntamente com o pacote da conta corrente. Segundo Mollo, o Banco do Brasil (BB) atuou fortemente nessa área, fazendo ofertas agressivas de exclusividade de folha aliada a consignado. “O BC soltou uma norma proibindo essa prática, mas apenas para os novos contratos.” As cidades que possuem apenas um banco também é  fator de restrição à portabilidade. Os clientes não são organizados e perdem força na hora de pleitear taxas menores. Em tese o BB é a instituição que mais perde com a liberação das contas pois  é responsável  por grande parte do pagamento de salários dos barnabés no país. São cerca de 7 milhões de servidores públicos,  12% da base de clientes pessoas físicas do BB. Atualmente o banco é o agente financeiro em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato grosso, Bahia, Paraíba, Rio Grande do norte, Piauí, Maranhão, Rondônia, Roraima, Acre, Tocantins e Amapá As capitais são São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Palmas (TO), Porto Velho (RO), São Luiz (MA), Teresina (PI), Fortaleza (CE), Natal (RN), João Pessoa (PB), Recife (PE), Maceió (AL), Macapá (AP), Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC).

Livros imprescindíveis para entender Rondônia – 9 – Rondon

No começo do século XX, o governo central do Brasil, preocupado em estender sua presença e autoridade efetiva à Região Centro-Oeste, ligaria pelo telégrafo o que hoje são os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia ao resto do país. A partir de 1900, coube ao então capitão Cândido Ronclon comandar a comissão encarregada de prolongar os fios telegráficos até essa região em larga medida selvagem e pouco explorada. Nos quinze anos seguintes, à frente da que ficou conhecida como Comissão Rondon, este nativo de Mato Grosso e descendente de índios pelo lado materno abriu caminhos no Pantanal e na floresta virgem, conviveu com a onipresente malária e com tribos hostis, enfrentou incompreensão e má vontade, tudo para levar adiante seu projeto civilizatório e de construção da nação.

Este livro traz um relato detalhado dessa aventura essencialmente política na selva, em que Rondon fazia questão, em todas as ocasiões, de hastear a bandeira e tocar o hino nacional (levava consigo seu indefectível gramofone), símbolos da unidade da pátria. ‘Também reconstrói a aventura tragicômica que foi ciceronear o ex-presidente americano Theodore Roosevelt numa excursão desastrada por um rio adequadamente chamado “da Dúvida”, pois seu curso era desconhecido. Mas, além dos fatos, Todd A. Diacon investiga as idéias motrizes da ação de Rondon e as contradições de sua prática positivista, a batalha ideológica  em torno de sua Comissão.

Aos 35 anos de idade. Cândido Mariano da Silva Rondon recebeu do governo brasileiro a tarefa de construir as linhas telegráficas que ligariam o estado de Mato Grosso ao Amazonas, território então pouco explorado, cuja comunicação com o centro administrativo do país era precária. De 1900 a 1915, O marechal cuidou de efetivar seu projeto e deu a ele ares de uma verdadeira “missão”.
E dessa figura tida ora como herói desbravador, um autêntico defensor dos indígenas, ora como agente violento de expansão do autoritarismo do Estado — que trata este livro. Sem desprezar esses vários lados, Todd A. Diacon procura entender a atuação do marechal como um projeto político de integração nacional. Para tanto, enfatiza pontos até agora pouco examinados da trajetória desse personagem, como a presença decisiva das idéias positivistas. Ao discutir os feitos e os fracassos do militar e apresentar os aspectos simbólicos que constituíram sua carreira, o autor dá nova atualidade ao tema, e revela como “a invenção e reinvenção de Rondon continuará a acompanhar a invenção e reinvenção da nação brasileira”.

Programa “Mais Cultura” vai investir R$ 14 milhões na Amazônia em microprojetos

O Ministério da Cultura investirá cerca de R$ 14 milhões para financiar projetos culturais no Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O edital Microprojetos Mais Cultura para Amazônia Legal foi publicado na segunda-feira, dia 12, no Diário Oficial da União (DOU).

A ação visa promover a diversidade cultural da Amazônia Legal por meio do financiamento não reembolsável de projetos de artistas, grupos artísticos independentes e produtores culturais. As iniciativas deverão ter como beneficiários jovens entre 17 e 29 anos residentes em regiões ou municípios da Amazônia Legal.

Esta é a segunda edição do Microprojetos Mais Cultura. Em 2010, o teto por projeto foi ampliado para 35 salários mínimos para atender o “custo amazônico”, uma das principais deliberações da II Conferência Nacional de Cultura, realizada no último mês de março, em Brasília.

Outra novidade do Microprojetos para Amazônia Legal é a possibilidade de inscrição oral de projetos. Serão aceitas inscrições gravadas em meio digital ou fita cassete.

O Microprojetos para Amazônia Legal será executado em parceria com a Fundação Nacional de Artes (Funarte/MinC), do Banco da Amazônia (Basa) e dos governos estaduais da região amazônica.
As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 11 de junho. Podem participar pessoas físicas com idade superior ou igual a 18 anos completos e pessoas jurídicas sem fins lucrativos que desenvolvam projetos socioculturais nas seguintes áreas: artes visuais, artes cênicas, música, literatura, audiovisual, artesanato, cultura afro-brasileira, cultura popular, cultura indígena, design, moda e artes integradas – ações que não se enquadrem nas áreas anteriores ou que contemplem mais de uma área artística na mesma proposta.

Os projetos devem ser enviados pelo correio para o endereço Programa Mais Cultura – Ação Microprojetos Amazônia Legal, Coordenação de Difusão Cultural da Funarte – Brasília, Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural, Lote 02, CEP 70.070-350, Brasília – DF.

O edital e os formulários para as inscrições estão disponíveis nas páginas eletrônicas do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br), do Programa Mais Cultura (http://mais.cultura.gov.br), e da Funarte (www.funarte.gov.br).

Machu Picchu reabre e voo direto Lima X Rio Branco deixa Rondônia chupando o dedo

A nova rota que  liga Lima, passando por Cuzco, no Peru, até Rio Branco, no Acre, iniciou na quinta-feira(1º) suas operações pela empresa Aerolíneas Star Peru.  José Luiz Cunha, diretor de Mercados Internacionais da Embratur disse que “é uma grande oportunidade não só de aumentar a quantidade de turistas peruanos, mas também de oferecer roteiros integrados de Brasil e Peru para turistas que vêm da Ásia ou Europa, por exemplo, que tendem a combinar visitas a mais de um país na região durante suas viagens”.

Para o secretário do Turismo e Lazer do Acre, Cassiano Marques, a história, parques ambientais, geoglifos e o próprio modo de viver do acreano apresentam o Estado como uma nova opção aos turistas nacionais e internacionais. “Estamos situados numa posição estratégica que permite que os visitantes do Peru venham ao Brasil com mais facilidade e economia passando pelos ambientes mais ricos em biodiversidade do mundo”.

O vôo inaugural coincide também com a reabertura da principal atração turística do Peru, as ruínas da cidade inca de Machu Picchu, após ficar fechada por mais de dois meses devido aos estragos provocados pelas fortes chuvas.
O acesso a Machu Picchu ocorre agora de ônibus e de trem, saindo de Cuzco, a 120 km, depois que avalanches de lama e pedras causadas por fortes chuvas em janeiro afetaram a ferrovia, deixando mais de 4.000 turistas presos na cidade.

O trajeto em ônibus dura duas horas a partir de Cuzco, a antiga capital inca, até a localidade de Ollantaytambo, lugar no qual os visitantes devem pegar o trem até Águas Calientes, nos pés de Machu Picchu, onde se chega depois de 90 minutos.  O trecho inicial da ferrovia que liga Cuzco a Ollantaytambo permanece em fase de conserto, o que deve durar dois meses.

Inicialmente, os vôos acontecerão da Star Peru aconterão as segundas e quintas-feiras, partindo de Lima às 6h e chegando em Rio Branco às 10h.

A empresa também está em negociações  para atuar em parceria com a Trip, que há três meses realiza de segunda à sexta-feira seus voos de Rio Branco a Cuiabá. Com a operação conjunta, estendem-se ainda mais as opções para o turista, que poderá chegar até a capital do Mato Grosso.

Estes turistas, se todo o plano der certo, deverão passar a mais ou menos 37.000 pés de altura por Rondônia que ficará novamente a ver navios, ou no caso, aviões.

O Aeroporto Internacional Jorge Teixeira servirá apenas como alternativa, num caso de emergência. Para decepção dos fofoqueiros de plantão, as aeronaves supostamente alugadas pelo DETRAN/RO seriam um pouco menores do que esta.