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Hoje é o dia das Comunicações, cujo patrono é o Mal Rondon

Rondon foi duas vezes indicado para o Prêmio Nobel da Paz, em uma delas pelo físico Einstein

O dia nacional das comunicações é comemorado em 5 de maio, numa homenagem ao nascimento, em 1865, do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon , patrono das comunicações do Brasil.

Rondon foi responsável pela criação de linhas telegráficas importantes, integrando regiões do centro-oeste e norte ao sudeste do Brasil. Rondon viveu na época em que o principal meio de comunicação à distância era o telégrafo elétrico, inventado por Samuel Morse e instalado pela primeira vez no Brasil em 1852. Para que ele funcionasse, postes e fios tinham que ser instalados por milhares de quilômetros. Em 1876, Graham Bell  obteve a patente da invenção do telefone. Em 1877, dom Pedro 2º solicitou a instalação das primeiras linhas telefônicas no Rio de Janeiro. Em 1896 os primeiros sinais radiofônicos foram transmitidos pelo físico italiano Marconi. No Brasil, a primeira transmissão aconteceu em 1922, mas o rádio só foi ao ar comercialmente em 1923.

O Brasil se tornou o primeiro país da América a emitir selos postais, os olhos-debois, em 1843. Em 1921 começou o transporte de malas postais por via aérea no país. Na primeira metade do século 20, centrais telefônicas foram instaladas em todo o país. Foram criados o Departamento de Correios e Telégrafos (DCT) e o Correio Aéreo Militar, que deu origem ao Correio Aéreo Nacional. O sistema de discagem direta à distância (DDD) data de 1958 e, em 1965, foi criada a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel). Dois anos depois, criou-se Ministério das Comunicações, o que dá uma ideia da dimensão que o setor atingia para o país. Em 1969 o Departamento de Correios e Telégrafos foi transformado na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). No mesmo ano, o Brasil inaugurou a primeira estação de comunicação com satélites em Itaboraí, RJ. Em 1972 foi criada a Telebrás (Telecomunicações Brasileiras S/A) e os primeiros “orelhões” foram instalados no Rio de Janeiro e em São Paulo

Três anos mais tarde, o Brasil se integrou ao sistema de discagem direta internacional (DDI). Nos anos 1980 chegaram ao país os cabos de fibra óptica e, uma década depois, os celulares. Em 1995 foi implantada a internet comercial no Brasil.

Ontem, (4/5/2017), Foi lançado  ao espaço o primeiro satélite geoestacionário brasileiro para defesa e comunicações estratégicas. O lançamento, feito do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, foi acompanhado no Brasil pelo VI Comando Aéreo Regional, em Brasília. O lançamento ocorreu na base de Kourou, na Guiana Francesa.

Até então, depois de uma onda de privatizações no governo FHC , o governo e o sistema de defesa dependiam do aluguel de satélites estrangeiros para suas comunicações estratégicas.

O satélite foi enviado dentro do foguete Ariane 5, que também lançou ao espaço o KOREASAT-7, da operadora sul-coreana Ktsat.

Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite brasileiro ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. A capacidade de operação do satélite é de 18 anos.

O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas foi fabricado em Cannes, na França, e começou a ser construído em janeiro de 2014, durante o governo Dilma.

A construção do equipamento foi feita pela Visiona, uma joint venture entre a Telebras – estatal federal do setor de telecomunicações – e a Embraer – empresa privada líder nos setores aeroespacial e de defesa. A criação da Visiona, em 2012, corresponde a uma das ações selecionadas como prioritárias no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) para atender aos objetivos e às diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE) e da Estratégia Nacional de Defesa (END).

O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e envolve investimentos de R$ 2,7 bilhões. O equipamento foi adquirido pela Telebras e será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para ampliar a oferta de banda larga no país, especialmente em áreas remotas.

O satélite vai operar nas bandas X e Ka. A primeira é uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 30% da capacidade total do satélite. Já a banda Ka será usada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga, especialmente em áreas remotas.

Já Cândido Mariano da Silva Rondon, Marechal da Paz e das Comunicações, nasceu em 05 de maio de 1865, na cidade de Mimoso – MT e faleceu em 19 de janeiro de 1958, no Rio de Janeiro..
Engenheiro, formado pela Escola Militar, na Praia Vermelha, Rondon foi professor de Matemática, Ciências Físicas e Naturais, além de ter sido um dos nossos pioneiros e mais importantes indigenistas, etnólogos, antropólogos, geógrafos, cartógrafos, botânicos e ecologistas.
Durante 40 anos, percorreu a pé,em lombos de mulas ou em frágeis canoas, cerca de 77.000 km, desbravando o sertão brasileiro.
Nessas expedições, implantou o telégrafo, nosso primeiro sistema de Telecomunicações, nas completamente isoladas regiões Centro-Oeste e Norte e, assim, conseguiu integrar dos “brasis”, que não se falavam, o brasil do Litoral com o Brasil do interior, além das estações telegráficas que construiu no Pantanal e na Floresta Amazônica, que se tornaram importantes cidades.

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“Rondon foi o homem certo, no local certo”, afirma professor de história sobre o patrono de Rondônia

Selo será lançado no dia 5, no Porto Velho Shopping

Por Montezuma Cruz

Único estado que homenageia um personagem da história nacional, Rondônia lembrará, neste dia 5, os 150 anos de nascimento do marechal Cândido Mariano Rondon e o centenário da conclusão dos trabalhos da comissão por ele chefiada, rumo à Amazônia Ocidental Brasileira.

“Rondon foi o homem certo, no local certo. O modernizador na transição entre o Império e a República”, disse o professor de história da Universidade Federal de Rondônia, Edinaldo Bezerra de Freitas.

Além de Roquette Pinto, autor de “Rondônia, a Terra de Rondon”, o professor Freitas menciona a escritora Laura Maciel, autora de “A Nação Pelo Fio”, pelo qual, segundo ele, é possível avaliar a fortuna crítica e fundamentos do marechal.

Freitas também elogiou o governo de Rondônia pelo apoio à recuperação do legado do marechal. “O estado vai dar mais importância à história a partir da criação do Memorial, na Vila de Santo Antonio, que espero seja um local onde todos possam acessar documentos e material de pesquisa a respeito de Rondon”, afirmou.

No dia 5 de maio, o governo de Rondônia promoverá diversos eventos, entre os quais uma mostra de painéis, no Porto Velho Shopping. Na ocasião, ainda será lançado pelos Correios o selo comemorativo.

A autoria do nome do ex-Território Federal, antes conhecido por Guaporé, foi do etnólogo, antropólogo, médico e ensaísta, Edgar Roquette-Pinto (1884-1954), durante conferência no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 1915, três anos depois de percorrer a floresta rondoniense. Aqui ele estudou o comportamento e colheu a fala dos índios Nambiquaras e Parecis.

O nome dado por Roquette Pinto designa a região compreendida entre os rios Juruena e Madeira. “Um território cortado pela estrada de Rondon”, argumentava ele na época, reforçando que “sendo esse território riquíssimo em elementos geológicos, botânicos, zoológicos, etnográficos, entre outras características, isso permitia já considerá-lo uma província autônoma.

Em 2008, visitando uma aldeia Nambikwara, na região do Alto Guaporé, o professor Freitas emocionou-se ao ouvir de um indígena idoso respeitosa referência ao personagem. “Aquele homem que se vestia de ferro”.

Rondon foi duas vezes indicado para o Prêmio Nobel da Paz, em uma delas pelo físico Einstein. foto: Ascom/RO

Livros para entender Rondônia – Rondon, de Todd Diacon

Aos 35 anos de idade. Cândido Mariano da Silva Rondon recebeu do governo brasileiro a tarefa de construir as linhas telegráficas que ligariam o estado de Mato Grosso ao Amazonas, território então pouco explorado, cuja comunicação com o centro administrativo do país era precária. De 1900 a 1915, O marechal cuidou de efetivar seu projeto e deu a ele ares de uma verdadeira “missão”.
E dessa figura tida ora como herói desbravador, um autêntico defensor dos indígenas, ora como agente violento de expansão do autoritarismo do Estado — que trata este livro. Sem desprezar esses vários lados, Todd A. Diacon procura entender a atuação do marechal como um projeto político de integração nacional. Para tanto, enfatiza pontos até agora pouco examinados da trajetória desse personagem, como a presença decisiva das idéias positivistas. Ao discutir os feitos e os fracassos do militar e apresentar os aspectos simbólicos que constituíram sua carreira, o autor dá nova atualidade ao tema, e revela como “a invenção e reinvenção de Rondon continuará a acompanhar a invenção e reinvenção da nação brasileira”.

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“Rondon e a cartografia”, um documentário de Cacá de Souza

A contribuição de Rondon à cartografia brasileira é inestimável. Ainda hoje rende frutos preciosos para a consolidação das fronteiras no país: tramita no Supremo Tribunal Federal uma contenda entre os estados de Mato Grosso e o Pará em torno de suas divisas. Entre as provas apresentadas para resolver a questão estão os marcos e referências limítrofes fixados por Cândido Rondon, em sua missão entre os anos de 1917 e 1922. O média metragem de Cacá de Souza apresenta um rico material fotográfico, cinematográfico e cartográfico realizado pelo próprio Rondon e seus auxiliares. Nas longas missões pelo interior do país que estenderam por mais de 5 décadas foram reunidas informações e referências geográficas e antropológicas relevantes e precisas para o desbravamento do interior do país. Seus resultados deram ao marechal mato-grossense Cândido Rondon reconhecimento internacional.  Os fotogramas e mapas apresentados no vídeo foram recolhidos em instituições como o Museu Histórico e Serviço Geográfico do Exercito, Arquivo Nacional, Museu do Índio, Museu Americano de História Natural e da Sociedade Geográfica Americana, durante os 14 meses de produção do documentário. Foram gravadas participações de cientistas, historiadores e pesquisadores brasileiros e americanos, realizadas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro, no Brasil, e New York, nos EUA. O projeto, aprovado pelo Ministério da Cultura, tem o patrocínio da Eletrobrás.

Cacá de Souza realiza com “Rondon e a Cartografia”, seu segundo trabalho da trilogia sobre Candido Mariano Rondon, brasileiro exemplar, reconhecido internacionalmente por sua contribuição às ciências. O primeiro vídeo, “Roosevelt – Rondon “A Expedição”, de 1999, retratou a expedição cientifica realizada no Brasil entre os anos de 1913 e 1914 e sua repercussão intencional. O terceiro abordará a construção das linhas telegráficas que interligaram e integraram o Brasil, nas primeiras décadas do século XX.

Para divulgar a vida e a obra de Rondon está no ar o site www.candidorondon.com.br

O lançamento do vídeo-documentário com 32 minutos de duraçâo acontece na terça-feira,  01 de novembro de  2011
no Sesc Arsenal – Rua 13 de Junho, Cuiabá-MT, as 19 horas. Contatos com o autor pelos fones (65) 3023 2896 / 9244 1786 ou e-mail   e.caca@terra.com.br. Assessoria da Valéria del Cueto, fone (65) 8142 2747 ,    http://twitter.com/delcueto
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Livros imprescindíveis para entender Rondônia – 2

Livro do Ten.Cel Amilcar Botelho de Magalhães foi publicado pela Livraria do Globo, de Porto Alegre em 1930 e reúne artigos escritos para o Diário de Notícias (hoje extinto) e o Correio do Povo, comprado pelo Grupo Record, empresa de comunicação controlada pela Igreja Universal do Reino de Deus

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