É o caso do Festin, o Festival Itinerante de Língua Portuguesa, realizado em Lisboa. Dedicado a cinematografia dos países de Língua Portuguesa, o festival já está na quarta edição e o Festcine Amazônia foi um dos destaques. Além da exibição de filmes, o Festin foi palco de importantes debates, recebeu organizadores de Festivais de Cinema como o Festival de Gramado, Cine Eco e Festival Internacional de Angola, além da presença de realizadores de Cabo Verde e de membros da CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, coordenadores do Festicineamazônia relataram a experiência exitosa do festival, como o único de cinema ambiental da Amazônia, com itinerância em todo o município de Porto Velho, todo o Vale do Guaporé, Bolívia, Peru, Portugal e Africa Caboverdiana. Uma das características da itinerância é, além da exibição de filmes, sempre ser acompanhado por uma equipe de documentaristas e fotógrafos que mapeiam as comunidades, transformando as ações em documentários e livros.
Entre as discussões feitas no evento a possibilidade de uma agenda para compartilhamento de conteúdo e plataformas de manutenção e preservação de acervos foi pauta do encontro, já que os festivais absorvem produções que fazem parte da memória de cada país.
“A sensação que temos é que o Brasil é um país isolado tanto dos países de língua portuguesa, como dos países vizinhos latinos e é importante uma política cultural mais agressiva”, disse um dos participantes do encontro.
O Festcineamazônia faz parte da Rede de Cines Itinerantes da América Latina e Caribe, que tem como missão contribuir para a diversidade cultural e o fortalecimento da identidade nacional a partir da difusão de audiovisual em locais que não contam com salas de cinema. Tem como objetivo criar e fomentar uma cultura voltada para o cinema auxiliando na formação de plateia.