Arquivo da tag: Festcineamazônia

Cineamazônia 2020 será on line e gratuito

O Cineamazônia – Festival de Cinema Ambiental, um dos mais tradicionais eventos de cinema da região Amazônica, realiza, de 01 a 05 de dezembro de 2020, a sua 17ª Edição, que, este ano, em função das medidas impostas pela pandemia, será totalmente online e com acesso gratuito aos filmes selecionados para as mostras e demais atividades.

Os filmes concorrem ao Troféu Mapinguari nas categorias curta e média metragem nos gêneros de animação, experimental, ficção e documentário, além do Prêmio Thiago de Mello: Júri Popular – Troféu Esperança, escolhido pelo público através de votação pela internet durante o festival além documentários de longa metragem que concorrem ao Prêmio Silvino Santos.

Na competição de curtas e médias, várias premiações recebem o Troféu Mapinguari, que além dos melhores em cada gênero, concorrem a prêmios de direção, fotografia e montagem, entre outros, e ao prêmio para a Melhor Produção Amazônica, um incentivo à produção audiovisual da região. A escolha dos filmes que concorrem na mostra competitiva é feita por um júri de profissionais que atuam no setor audiovisual e do meio ambiente. Toda a programação está sendo preparada para atender ao novo formato do Cineamazônia, exibido em plataforma pela internet, a exemplo de diversos outros festivais e atividades culturais durante este ano.

Em um ano marcado pela pandemia e o isolamento social, além da grave crise no setor cultural e na indústria de conteúdo nacional, que se arrasta desde o início de 2019, que fragilizou a produção audiovisual, represando recursos e sem uma clara definição de políticas públicas, o que afetou a realização da 17ª Edição na data inicialmente prevista. Estes fatores afetaram também a realização da 16ª Edição, prevista para agosto de 2018, executada apenas através da Itinerância no Vale do Guaporé em dezembro de 2018 e meados de 2019.

Para o diretor da Acapulco Filmes, produtora do Cineamazônia, o cineasta José Jurandir da Costa, o “Cineamazônia teve a sua primeira exibição em 2003, e nestes 16 anos sempre procuramos oferecer ao público muito mais que a simples exibição de filmes, mas também fazer com que o cinema e a temática ambiental fossem levadas e discutidas nas escolas, nas comunidades e se tornassem ferramentas de educação e conscientização, a exemplo das diversas oficinas que oferecemos”. O cineasta destaca ainda a importância do Cineamazônia para a região amazônica, pois “sempre lutamos para o crescimento da produção audiovisual da Amazônia e a integração latino americana e de países de língua portuguesa através do cinema”.

A produtora executiva do Cineamazônia, a Fernanda Kopanakis, é enfática ao afirmar que “mesmo sem patrocínio, vamos realizar a 17ª Edição, já que o Cineamazonia não para”, e lembra que “mesmo diante de todas as dificuldades pelas quais passa o setor cultural no país, e em especial o cinema, não poderíamos deixar de contemplar os produtores que se inscreveram em 2018 com os seus filmes, nem mesmo o público que sempre nos acompanhou nestes anos”.

Toda a programação com os filmes selecionado e atividades que acontecem na 17ª Edição do Cineamazônia – Festival de Cinema Ambiental, entre 01 à 05 de dezembro, que este ano tem como tema “A Natureza não pode sair de cena”, será em breve divulgada à imprensa e espectadores e que, segundo os seus realizadores, será um marco para a Amazônia e uma nova fase da produção audiovisual.

Começa em julho a 2ª etapa do Cineamazônia Itinerante 2016

Já saiu o  calendário com o trajeto da segunda etapa do Cineamazônia Itinerante 2016!
Novamente Brasil, Bolívia e Peru estarão interligados com cinema, circo, poesia e fotografia. Dessa vez, porém, a viagem é pelo rio Guaporé! Olhem aí por onde passará o Cineamazônia.cineamazonia

Começa o 11º Festcineamazônia edição 2013

Por Ismael Machado/Foto: Gabriel Ivam

Teatro lotado, discursos emocionados e a chuva amazônica. A noite de abertura do Festcineamazônia edição 2013, teve todos os ingredientes necessários para ficar na memória. Mais maduro, o festival se tornou uma das principais ferramentas de divulgação positiva do Estado de Rondônia para o Brasil e o mundo.

Na primeira noite, com apresentação da atriz Cristina Lago, artista que abraçou Rondônia como ponto de partida, Fernanda Kopanakis e Jurandir Costa, organizadores do Festcineamazônia, lembraram a trajetória dos 11 anos do festival. Num tom emocionado, enfatizaram as dificuldades de percurso e as vitórias alcançadas até então. Foram aplaudidos intensamente por todo o Teatro Banzeiros.

Era a estreia de Cristina Lago como mestre de cerimônia do festival. Nos dois últimos anos o ator Gero Camilo apresentou as noites do Festcineamazônia. A atriz lembrou ter sido premiada na edição 2012 do festival.

Se houve espaço para a emoção e para celebração,a primeira noite do festival também reservou lugar para a denúncia, a tomada de consciência ambiental, uma das missões do Festcineamazônia. O filme convidado exibido, ‘Democracy’, mostra ângulos diferentes de projetos hidrelétricos em países distantes como Brasil e Turquia, mas trazendo as mesmas características. Impactos ambientais superiores aos benefícios e a voz do capital falando mais alto.

A música se fez presente com o show da cantora Simone Guimarâes, que surpreendeu os que não a conheciam ainda e empolgou os que vem acompanhando as mais de duas décadas de carreira da cantora.
A mostra competitiva inicia a partir desta quarta-feira, com exibições de filmes à tarde e à noite.

Veja aqui a Programação Completa

Durante 15 dias , Festcineamazônia Itinerante percorreu 13 comunidades brasileiras e bolivianas

cine“Estou esperando o calor tropical que ainda não veio”. Em tom de brincadeira o escritor português José Luís Peixoto reclamava da baixa temperatura de frios cortantes na cidade boliviana de Guayaramerin. Com menos de 15 graus centígrados, a friagem pegou toda a equipe do Festcineamazonia de surpresa. O receio que poucas pessoas arriscassem sair de casa para assistir à programação era real, mas mostrou-se infundado. A Praça do Cavalo, no centro da cidade, lotou. Era apenas a segunda noite da itinerância.

Música, poesia, arte circense e cinema. Nessa ordem. Assim foi a programação da etapa Amazônia 2013 do Festival de Artes Integradas-Festcineamazônia Itinerante. Música, circo, cinema e literatura integraram o cardápio cultural da programação. A ideia, no papel, parece simples. Levar, em alguns casos, a comunidades afastadas, um tipo de atividade cultural distante do universo cotidiano de cada uma delas. Na prática, subir o Vale do Guaporé, rio que banha e separa comunidades bolivianas e brasileiras, é uma tarefa complicada. Desde o enfrentamento a mosquitos, como superar as dificuldades de navegar por um rio em período de baixa maré com pedras e bancos de areia desafiando habilidades dos pilotos. Não é tarefa fácil.

A itinerância do Festcineamazonia existe desde 2008. É a extensão cada vez maior de um braço do festival de mesmo nome, que vai completar onze anos de existência em Porto Velho, capital de Rondônia. Começou com a ida a países como Peru e Bolívia. Nos primeiros anos, apenas apresentações de filmes. Aos poucos, o leque foi sendo ampliado. Outros lugares foram incorporados e mais possibilidades artísticas surgiram. África e Portugal passaram a ser destinos certos. E todas as capitais amazônicas também. Uma coisa levou a outra.

 Agora fazendo parte do circuito de Artes Integradas, o Festcineamazônia Itinerante amplia ainda mais o leque de locais a serem alcançados. No total, em 2013 percorrerá cinco países e contemplará mais de 20 cidades com cinema, circo, literatura e música, mantendo o foco inicial de sempre estar em comunidades com dificuldade de acessos formas diferentes de arte. “Nesses locais a presença do Festcineamazonia Itinerante sempre é aguardada, onde a arte circense e do cinema, são sempre novidades”, diz Jurandir Costa, um dos organizadores do Festcineamazônia. Os países que receberão o festival itinerante são Bolívia, Peru, Portugal e Cabo Verde na África, além de cidades amazônicas.

A etapa do Vale do Guaporé teve início no dia 08 de agosto. No plano inicial, a presença em 13 comunidades. Oito brasileiras e cinco bolivianas. No dia 07, a equipe saiu de Porto Velho em direção ao município de Guajará-Mirim, fronteira brasileira com a Bolívia. Foi o único local onde a chegada se deu por via terrestre. Com uma população de mais de 40 mil habitantes e um dos municípios de maior atrativo turístico e histórico de Rondônia, Guajará-Mirim deu a partida para a itinerância.

O que chamava a atenção era a possibilidade multicultural que seria proporcionada ao longo dos dias. Estavam no mesmo espaço o músico rondoniense Bado, o artista de circo argentino Martin Martinez, o poeta português José Luís Peixoto e a seleção de curtas do Festcineamazonia, que engloba várias regiões brasileiras.

A ideia de unir artistas de diferentes vertentes tem sido uma das principais novidades dos últimos eventos produzidos pelo Festcineamazonia. Ao celebrar a diversidade cultural, une pontos que poderiam ser considerados não convergentes ou de realidades opostas.

É o caso do escritor português José Luís Peixoto. O texto intimista do poeta foi levado a comunidades ribeirinhas a partir não só de ‘contação’ de histórias a crianças nas escolas, mas também com a distribuição de um pequeno livro produzido especialmente para essa edição itinerante. Ao conhecer a proposta do Festcineamazonia, Peixoto fez questão de ver de perto a realidade dos rios e estradas amazônicos que se descortinam a cada itinerância.

No sábado, 10, a caravana cultural atravessou o rio e foi até a cidade boliviana de Guayaramerin. A Praça do Cavalo foi o local escolhido para a apresentação cultural. A partir daí, o Vale do Guaporé foi o destino.

Depois de mais de um dia subindo o rio, a primeira parada. O distrito rondoniense de Surpresa, uma pequena comunidade vizinha a aldeias indígenas, como a de Sagarana, dos índios Uruari. Nessa noite, espantados os mosquitos com a borrifação de um ‘fumacê’, produto usado para espantar insetos, a expectativa era para a exibição do filme ‘O Homem que matou Deus’, uma produção de um francês chamado Noé, que utilizou praticamente toda a equipe técnica e de atores das comunidades indígenas e de Surpresa. “Foi uma boa experiência, mas ainda precisamos de mais apoio para filmar”, disse o índio Celso Suruéu, assistente de direção do curta, selecionado para a Mostra Internacional de São Paulo.

O ponto seguinte foi o Forte Príncipe da Beira, dois dias depois. Construído pelos portugueses em 1777, o forte pertencia ao que hoje é o estado de Mato Grosso. Com 910 metros quadrados e 53 canhões, é considerada a maior obra de arquitetura militar portuguesa. Foi erguida por Dom Albuquerque de Melo e Cáceres a pedido do Marquês de Pombal. Tombada em 1950 como patrimônio histórico brasileiro, o forte ainda atrai turistas de várias partes do mundo.

Pelo menos cem das 500 pessoas moradoras do distrito assistiram à programação. A similaridade histórica foi lembrada pelo escritor português José Luís Peixoto. “Portugal ergueu esse forte e eu vim de lá para encontrar vocês”, lembrou.

Buena Vista fica na Bolívia. Costa Marques em Rondônia. Mas o que as separa é apenas o rio. Uma fica em frente a outra, a apenas cinco minutos de travessia de barcos, que encerram expediente pontualmente às 18h30. Buena Vista é um curioso aglomerado de casas de madeira que servem basicamente a um único propósito, o comércio de bugigangas eletrônicas e outros produtos. À frente de uma praia, estabelece uma simbiose automática com o município de Costa Marques.

Em Costa Marques, a equipe do Festcineamazonia teve uma das principais surpresas de toda a itinerância. Um trio de cantores e músicos mirins, os ‘irmãos Vulcão’ pediu para se apresentar durante o evento. Com média de nove anos de idade, os irmãos, duas meninas e um garoto, executa músicas folclóricas, guarânias e cancioneiros caipiras.

Duas comunidades quilombolas marcaram os próximos trechos rondonienses da jornada. Santo Antonio e Pedras Negras têm na extração de castanha um dos pontos fortes da economia local. E ambas tem uma forte presença de moradores jovens. Santo Antonio possui apenas 13 casas, de madeira e cobertas por palhas. A produção de farinha também é forte. A apresentação à noite foi feita próxima a uma frondosa mangueira e teve, inclusive, a participação de um morador, que escreveu uma poesia especialmente para a ocasião.

Do lado boliviano, Versalles e Mateguá foram as duas próximas comunidades. Mateguá tem como característica principal o fato de ser uma comunidade praticamente dividida entre os que professam uma religião chamada por eles de Israelita, onde os homens usam longas barbas e cabelos e as mulheres vestem-se com longas batas e cobrem os cabelos como freiras e os que não seguem essa religião. Durante muito tempo os dois grupos praticamente não se entrosavam, embora convivessem num espaço minúsculo. O Festcine fez com que sentassem lado a lado. Riram com o palhaço Martinez, balbuciaram as canções desconhecidas de Bado, emocionaram-se com o poeta Luís Peixoto e assistiram com atenção aos filmes exibidos.

Remanso foi a última comunidade boliviana da itinerância. Como um sinal, foi onde o público superou expectativas, sendo necessário acrescentar mais cadeiras para satisfazer a demanda de plateia. Como em outras comunidades o cantor Bado apresentou ‘Ciranda de quintal’, uma composição feita durante a itinerância e lapidada aos poucos nos intervalos de apresentações durante o período de navegação.

Já Porto Rolim e Pimenteiras d’Oeste encerraram a etapa rondoniense. A proximidade com Pimenteiras reservaria as surpresas embutidas em uma viagem pelos rios amazônicos. Encalhes, quebras de leme e choque com uma pedra que arrebentou a hélice da embarcação foram alguns dos problemas enfrentados pela equipe. As apresentações encerraram dia 25 de agosto. Menos de dez dias depois, a equipe do Festcineamazonia já encarava novo desafio, as estradas peruanas. Mas isso é outra história.

CLIQUE AQUI PARA VER MAIS FOTOS

Festcineamazônia: Inscrições de produções audiovisuais vão até esta segunda, 2 de setembro

O festival será realizado na capital rondoniense de Porto Velho, entre os dias 3 a 9 de novembro de 2013.

As inscrições de produções audiovisuais para a 11ª edição do Festcineamazônia podem ser feitas até esta segunda-feira (2/9). Os interessados em participar de um dos maiores festivais de cinema da região Norte podem enviar as produções cinematográficas pelo endereço www.cineamazonia.com/Festival/Inscricao.
A temática dos filmes participantes é livre e não há taxa de inscrição. São aceitas produções com duração máxima de 26 minutos e de todos os gêneros – ficção, documentário, animação e experimental -, realizados em qualquer formato. Produções de todas as partes do mundo estão aptas a participar e cada realizador pode inscrever até três filmes/vídeos, finalizados a partir de 2008 com legendas em português.
No site www.cineamazonia.com o participante tem acesso ao regulamento do festival e preenche a ficha de inscrição. Para o processo de pré-seleção, deverá ser enviada uma cópia do filme (no formato DVD, de área livre) à organização do evento, e pelo menos, uma imagem do filme (no formato JPEG, resolução mínima de 300 dpi e dimensões aproximadas de 15×10 cm)
São 18 troféus Mapinguari em disputa. Além da mostra competitiva, o Festcineamazônia homenageia produtores, diretores e atores que contribuem com a cultura nacional e possuem relevância nas questões ambientais e de direitos humanos.
A escolha das obras vencedoras está a cargo da Comissão de Julgamento, composta por profissionais do setor audiovisual ou ambiental. Os participantes concorrem aos prêmios: Prêmio para Melhor Filme ou Vídeo; Prêmio Danna Merril para Melhor Documentário; Prêmio Major Reis para Melhor Animação; Prêmio Vitor Hugo para Melhor Ficção; Prêmio Manoel Rodrigues Ferreira para Melhor Experimental; Prêmio Chico Mendes para Melhor Roteiro; Prêmio Marina Silva para Melhor Montagem; Prêmio Povos Indígenas de Rondônia para Melhor Trilha Sonora; Prêmio Silvino Santos para Melhor Fotografia; Prêmio Capô (Maurice Capovilla) para Linguagem; Prêmio Melhor Direção; Prêmio Melhor Ator; Prêmio Melhor Atriz; Melhor Reportagem Ambiental Rondoniense; e Melhor Reportagem Ambiental Nacional.
O Júri Popular também concede prêmios aos seus escolhidos: Prêmio Thiago de Mello – Troféu Esperança; e Prêmio Lídio Sohn para Melhor Produção Rondoniense. Todos os selecionados para a mostra competitiva do festival recebem certificado de participação.

Festcineamazônia 2013 homenageia cultura nordestina

É com apelo nas tradições nordestinas que o Festcineamazônia foi buscar inspiração para o cartaz da edição especial de 2013. Dessa vez foi o conhecido xilogravurista J.Borges o convidado para elaborar o cartaz da 11ª edição do festival, que ocorre entre os dias 5 e 9 de novembro em Porto Velho, capital de Rondônia.

Com tons amarelos e o tema ‘Um filme de amor à natureza’, o cartaz criado por J.Borges remete a uma cultura nordestina estilo cordel e arte primitiva (naif), característico da obra de Borges. Se desde criança já engatinhava em alguns trabalhos artesanais como fonte de sobrevivência, foi quase aos 30 que decidiu ser escritor de cordel. Deu certo. Mas como não tinha dinheiro para ficar pagando ilustrador, decidiu assumir essa função também. Já ilustrou ele mesmo mais de 200 cordéis que lançou ao longo da vida.

Aos poucos o trabalho de J. Borges passou a ser reconhecido por colecionadores de arte. Ganhou fama ao desenhar a capa de ‘As Palavras Andantes’, de Eduardo Galeano, ainda na década de 1970. Anos mais tarde, gravuras de Borges foram usadas na abertura da telenovela Roque Santeiro, da Rede Globo.

Já expôs na Europa e nos Estados Unidos e recebeu do presidente Fernando Henrique Cardoso a comenda de Ordem do Mérito, além do prêmio UNESCO na categoria Ação Educativa/Cultural.

Ter artistas consagrados elaborando a arte de divulgação do Festcineamazônia é uma das atrações a cada ano do festival. Em 2012 foi a vez de Ziraldo emprestar talento para a criação do cartaz com a figura central do mito Mapinguari.

Para se inscrever na 11ª edição do Festcineamazônia acesse http://www.cineamazonia.com/festival/inscricao/

Festcineamazônia abre inscrições para a 11ª edição

Um dos mais importantes festivais de cinema da Região Norte, o Festcineamazonia está com as inscrições abertas para a 11ª edição. Até o dia 2 de agosto, podem concorrer produções com duração máxima de 26 minutos.

O Festcineamazônia aceita todos os gêneros de produção, para concorrer aos 18 troféus Mapinguari em disputa nas categorias documentário, animação, ficção, experimental e reportagem ambiental, essa categoria voltada especificamente para as TVs. O festival será realizado na capital rondoniense de Porto Velho, entre os dias 5 a 9 de novembro de 2013. 

Além da mostra competitiva, o Festcineamazônia homenageia produtores, diretores e atores que contribuem com a cultura nacional e possuem relevância nas questões ambientais e de direitos humanos. “É importante destacar que podemos fazer o debate ambiental em toda produção audiovisual, não necessariamente em produções acadêmicas ou etnográficas. O ambiente é um todo e o que queremos é diversidade na abordagem”, diz Jurandir Costa, um dos coordenadores do festival.

Plural e democrático, o Festcineamazônia aceita produções de qualquer parte do planeta, finalizadas a partir de 2010 com legendas em português. Este ano o Festcineamazônia Itinerante incorporou-se ao Festival de Artes Integradas. Com isso, o projeto percorrerá cinco países e contemplará mais de 20 cidades com cinema, circo e música, mantendo o foco inicial de sempre estar em comunidades que não tem acessos a bens culturais.

> Acesse aqui o regulamento e a ficha de inscrição

Experiência do Festcineamazônia ganha destaque em Festival Português

foto-3Cinco anos atrás, ao ser criada, a etapa itinerante do Festcineamazônia- Festival Latino Americano de Cinema e Vídeo Ambiental – tinha a intenção de ser apenas mais um canal de divulgação das ideias de compartilhamento de experiências e sensações cinematográficas e cidadãs dos organizadores do festival. Depois de passar por quase todos os municípios rondonienses e se aventurar por outros países da América do Sul, da África e chegar a Portugal, o festival tem recebido o reconhecimento de experiências similares.

É o caso do Festin, o Festival Itinerante de Língua Portuguesa, realizado em Lisboa. Dedicado a cinematografia dos países de Língua Portuguesa, o festival já está na quarta edição e o Festcine Amazônia foi um dos destaques. Além da exibição de filmes, o Festin foi palco de importantes debates, recebeu organizadores de Festivais de Cinema como o Festival de Gramado, Cine Eco e Festival Internacional de Angola, além da presença de realizadores de Cabo Verde e de membros da CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, coordenadores do Festicineamazônia relataram a experiência exitosa do festival, como o único de cinema ambiental da Amazônia, com itinerância em todo o município de Porto Velho, todo o Vale do Guaporé, Bolívia, Peru, Portugal e Africa Caboverdiana. Uma das características da itinerância é, além da exibição de filmes, sempre ser acompanhado por uma equipe de documentaristas e fotógrafos que mapeiam as comunidades, transformando as ações em documentários e livros.

Entre as discussões feitas no evento a possibilidade de uma agenda para compartilhamento de conteúdo e plataformas de manutenção e preservação de acervos foi pauta do encontro, já que os festivais absorvem produções que fazem parte da memória de cada país.

“A sensação que temos é que o Brasil é um país isolado tanto dos países de língua portuguesa, como dos países vizinhos latinos e é importante uma política cultural mais agressiva”, disse um dos participantes do encontro.

O Festcineamazônia  faz parte da Rede de Cines Itinerantes da América Latina e Caribe, que tem como missão contribuir para a diversidade cultural e o fortalecimento da identidade nacional a partir da difusão de audiovisual em locais que não contam com salas de cinema. Tem como objetivo criar e fomentar uma cultura voltada para o cinema auxiliando na formação de plateia.

Público lota Teatro Banzeiros, em Porto Velho, para conhecer os vencedores do 10º Festcineamazônia

Os músicos Eliakin Rufino e Princezito encerraram a 10ª edição do Festcineamazônia com um show que contagiou o público com músicas dançantes, regionais, africanas e um duelo de poesias.

Princezito, natural de Cabo Verde, é compositor, estudioso das várias vertentes do batuku (gênero musical cabo verdiano) em que aborda a canções tiradas das histórias, contos e provérbios populares. Já Rufino é poeta, cantor, escritor, professor de filosofia, produtor cultural e jornalista. Faz shows de música e poesia, com os quais já vem percorrendo o Brasil e diversos países há mais de 20 anos.

Os jurados da mostra competitiva foram a comunicóloga e produtora Samira Pereira, o cineasta Joel Zito Araújo, o ator e roteirista Thoamas Stravos, o produtor cultural Celso Brandão e produtor de cinema Wilsson Austurizag. Os jurados da categoria vídeo reportagem ambiental foram os jornalistas Solano Ferreira, Fred Perillo e o diretor de Cinema, Marcelo Cordeiro Quiroga.

Continue Lendo via Cineamazônia

Poesia domina o último dia do Festcineamazônia, em Porto Velho

“Artista que tem de início a pretensão de ser artista já me causa desconfiança”. A provocação feita pela escritora e compositora Alice Ruiz abriu o debate ‘É de poesia que o mundo precisa’. Ao lado do escritor Marcos Quinan, do poeta Thiago de Melo e do músico africano Princezito, Alice Ruiz conversou durante cerca de duas horas com estudantes do ensino médio de escolas públicas de Porto Velho, nesta sexta pela manhã, no Teatro Banzeiros, centro da capital rondoniense.  O debate fez parte da programação paralela da décima edição do Festcineamazônia e foi mediado pelo poeta e professor Carlos Moreira. A discussão foi baseada ‘no fazer da poesia’ e a importância da arte e cultura para o mundo contemporâneo hoje. Vindo de Cabo Verde, o cantor Princezito explanou sobre as dificuldades em se produzir arte num país financeiramente pobre, além de contar a relação que teve a origem humilde dele próprio com a visão que possui hoje de cultura. “Isso está presente na minha música”, disse.   O cantor faz show de encerramento do festival ao lado do músico de Roraima Eliakin Rufino. No último dia da mostra competitiva foram exibidos 18 filmes. Entre eles, o paraense ‘Matinta’, de Fernando Segtowick, com Dira Paes no papel principal.  Este ano o Festicineamazônia trouxe como novidade a mostra Cinema e Samba, como filmes com temática sambista exibidos em uma escola de samba. o cineasta Aurélio Michilis, diretor de “O cineasta da selva” foi o homenageado da noite. O festival encerra no sábado, com a premiação dos vencedores do troféu Mapinguari e o show musical de Eliakin Rufino e Princezito.

Show de José Miguel Wisnik abre hoje a 10ª edição do Festcineamazônia, em Porto Velho

Com ‘Nas Palavras das Canções’ José Miguel Wisnik abre hoje a 10ª edição do Festival Latinoamericano de Cinema e Video – Festcineamazônia. A mistura de aula e show acontece às 19 horas, no Teatro Banzeiros, em Porto Velho, capital de Rondônia. Wisnik tem várias canções gravadas por artistas famosos, como Zizi Possi, Vânia Bastos, Edson Cordeiro, Ná Ozzetti e Eliete Negreiros.

Além de músico é compositor, ensaísta brasileiro e doutor em teoria literária. Realizou trabalhos com Tom Zé e Caetano Veloso. Para o cinema, escreveu a trilha sonora do filme “Terra Estrangeira”, de Walter Salles Júnior e Daniela Thomas, de 1996.  Em 1998 compôs “Assum Branco”, uma elogiada reconstrução de “Assum Preto”, clássico de Luiz Gonzaga, que acabou fazendo parte do repertório do disco “Aquele Frevo Axé”, lançado naquele mesmo ano por Gal Costa.

O festival que acontece de 6 a 10 de novembro vai exibir 51 produções cinematográficas de todas as regiões do Brasil e da América do Sul. Os filmes concorrem na mostra competitiva de curta-metragem e reportagem ambiental.

Veja aqui a Programação da Mostra Competitiva e Filmes Convidados

Festcineamazônia leva cinema ao Vale do Guaporé, na fronteira do Brasil com a Bolívia

A equipe de pré-produção do Festcineamazônia Itinerante 2012 já está no Vale do Guaporé fazendo a divulgação da etapa que será realizada nos meses de junho e julho, percorrendo localidades na fronteira Brasil/Bolívia. As exibições são gratuitas e tem como objetivos integrar as comunidades através do cinema e vídeo, levando em discussão a temática ambiental.

Nesta etapa, o festival levará cinema e circo para brasileiros e bolivianos que vivem nas margens dos rios Guaporé e Mamoré. A região, marcada pelo isolamento, é um paraíso ecológico que precisa ser preservado, e pode ser desenvolvido com alternativas sustentáveis.

As exibições iniciam por Guajará-Mirim (Brasil), no dia 22 de junho, na Praça dos pioneiros. Depois segue a programação: Guayaramerin-BO (23 junho), Surpresa-BR (25 junho), Forte Príncipe da Beira-BR (27 junho), Buena Vista-BO (28 junho), Quilômbo de Santo Antônio do Guaporé-BR (30 junho), Versalles-BO (1º julho), Pedras Negras-BR (2 julho), Mateguá-BO (3 julho), Porto Rolim-BR (4 julho) e Pimenteiras-BR (6 julho). Todas as exibições serão as 19 horas.

Festcineamazônia se apresenta pela quarta vez em União Bandeirantes, no interior de Rondônia

Nos primeiros anos, não havia luz elétrica e as apresentações da itinerância do Festcineamazonia em União Bandeirantes deveriam ser feitas da mesma forma como ocorreu nessa semana na comunidade do Rio Pardo: com energia de gerador. Hoje, a infraestrutura local conta com rede elétrica, e mesmo a chuva forte no fim do dia não desanimou os moradores a conferir, pela quarta vez, as apresentações de vídeos e filmes ambientais.

A chuva, no entanto, atrasou a programação. O que não desanimou a comunidade a comparecer na tenda. “Achávamos que não iriamos conseguir hoje, assim como ontem, como estava programado, mas ficamos atolados no caminho”, disse a organizadora Fernanda Kopanakis, na abertura.

Para o administrador do distrito, José Aparecido de Oliveira, “nesses quatro anos o festival ajudou a conscientizar a população sobre o meio ambiente.” Cido, como é conhecido, tem 42 anos, sendo 10 em União Bandeirante, onde chegou “quando não havia nenhuma casa aqui”. “O pessoal achava que meio ambiente não tinha valor nenhum, era preciso só desmatar. Hoje, conhecendo histórias diferentes, a gente daqui tomou mais consciência de onde está, tem sido bastante comentado pela população.”

Welton Júnior, 20 anos, mora na linha PO há dez, mas veio pela primeira vez. Nunca foi ao cinema, e só assiste filmes em casa, na televisão que seus pais compraram recentemente. “Gostei, é bom, o tamanho da tela é grande”, comentou.

Cinema não é novidade na vida de Anelisa, 9 anos. Seu pai, Jorge Jeremias da Silva, 33, teve uma sala na cidade, o Cine Star. Mas o empreendimento durou pouco, cerca de 6 meses, alguns anos atrás. “Não tinha energia elétrica, e era complicado, pois as vezes faltava óleo diesel para o gerador, que também não tinha força para um ar condicionado, e a sala, com umas 50 pessoas, ficava quente”, ele recorda. Depois do cinema, Silva montou uma lanhouse jvnet, que toca hoje. Sua filha, Anelisa, queria mesmo era conhecer um palhaço de verdade: “é muito engraçado”, comentou sobre a apresentação de Sorriso.

Esta é a terceira apresentação em quatro dias da itinerância do Festival Latinoamericano de Cinema e Vídeo Ambiental – Festcineamazonia. A caravana segue por distritos da cidade de Porto Velho até o dia 22, quando ocorre a última apresentação, na localidade de Extrema, fronteira com o Estado do Acre.

Festcineamazônia : premiações e homenagens

A 9ª edição do Festcineamazônia Festival Latino Americano de Cinema e Vídeo Ambiental encerrou no sábado (19) com homenagem à Semana da Consciência Negra, exibindo o filme “Clementina de Jesus – Rainha Quelé”, dirigido por Werinton Kermes. O filme recebeu menção honrosa especial do Júri, entregue pelo poeta Thiago de Mello à professora Úrsula Depeiza Maloney, descendente do barbadiano Oscar Depeiza Maloney que veio para a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.  Úrsula se formou professora na primeira turma graduada em Porto Velho. Após a homenagem foi feita a entrega do troféu Mapinguari aos vencedores da Mostra Competitiva. Para a premiação dos vencedores, foi formado o Júri da Mostra Competitiva composto por: Bill Fogtman (Brasil/EUA), Alejandro Fuentes (Bolívia), Luciano Gilleta (Argentina), Suely Rodrigues (Brasil), e Cândido Alberto (Brasil). O Júri de Vídeo Reportagem Ambiental foi formado por: Osmar Silva, Edineide Arruda e Marcus José do Amaral.

PRÊMIO DANNA MERRIL – MELHOR DOCUMENTÁRIO, ELEGANTE E FURIOSO – Direção: ANA PAULA GUIMARÃES

PRÊMIO MAJOR REIS – MELHOR ANIMAÇÃO (02 VENCEDORES), MURAGENS CRONICAS DE UM MURO, Direção ANDREI MIRALHA (PA) e NO BAQUE, Direção de CARLON HARDT (PR)

PRÊMIO VITOR HUGO – MELHOR FICÇÃO, TIMING – Direção: AMIR ADMONI (SP)

PRÊMIO MANOEL RODRIGUES FERREIRA – MELHOR EXPERIMENTAL, UR (AGUA) – Direção: VILLARIAS (Espanha)

PRÊMIO CHICO MENDES – MELHOR ROTEIRO, O CASO LIBRAS – Direção: MELISE MAIA (RJ)

PRÊMIO MARINA SILVA – MELHOR MONTAGEM, TIMING – Direção: AMIR ADMONI (SP)

PRÊMIO POVOS INDÍGENAS DE RONDONIA – MELHOR TRILHA SONORA, Música de STRAUSS no vídeo UR (AGUA) Direção: VILLARIAS (Espanha)

PRÊMIO SILVINO SANTOS – MELHOR FOTOGRAFIA, Fotografia de JANICE DAVILA, do filme PÁGINAS DE MENINA – Direção: MÔNICA PALAZZO (SP)

PRÊMIO CAPÔ (MAURICE CAPOVILLA) – MELHOR LINGUAGEM, TIMING – Direção: AMIR ADMONI (SP) e NO BAQUE – Direção: CARLON HARDT (PR)

PRÊMIO DE MELHOR DIREÇÃO, Diretor WAGNER NOVAIS, do filme TEMPO DE CRIANÇA (RJ)

PRÊMIO MELHOR ATOR, Ator JOSÉ WILKER, do filme A MELHOR IDADE – Direção: ÂNGELO DEFANTI (RJ)

PRÊMIO MELHOR VIDEO RONDONIENSE, O VIDEO ILHA DO JACÓ – Direção: MARCELO BICHARA

PRÊMIO MELHOR VIDEO REPORTAGEM AMBIENTAL NACIONAL, CASA DOS SONHOS E ECOLOGICAMENTE CORRETA – Direção: RODRIGUES DA SILVA (PB)

PRÊMIO MELHOR VIDEO REPORTAGEM AMBIENTAL RONDONIENSE, CIDADANIA NA BEIRA DO RIO – Direção: ADRIEL DINIZ

O Júri da Seleção da 9ª edição do Festcineamazônia concedeu menção honrosa para a atriz KETTELLEN COUTINHO, do filme TEMPO DE CRIANÇA, dirigido por WAGNER NOVAIS; ao ator MESTRE ANDRÉ, do filme AQUÉM DAS NUVENS, dirigido por RENATA MARTINS (SP); e aos documentários: ACERCADACANA, dirigido por FELIPE PERES CALHEIROS (PE) e ELOGIO DA GRAÇA, direção de JOEL PIZZINI (RJ). Também foi homenageado o filme CLEMENTINA DE JESUS – RAINHA QUELÉ, direção de WERINTON KERMES e HERON COELHO (SP); e a proposta SATIRA DA ANIMAÇÃO – RAI SOSSAITH, dirigido por THOMATE (SP). O vídeo reportagem ambiental REVISTA DO CINEMA BRASILEIRO, direção de MARCO ALTERG (RJ) também foi homenageado. Foram concedidos ainda os seguintes prêmios especiais: PRÊMIO CTAV para o vencedor da categoria MELHOR FILME RONDONIENSE, o vídeo ILHA DO JACÓ – direção de MARCELO BICHARARI; PRÊMIO CTAV para o vencedor da categoria MELHOR CURTA BRASILEIRO, ao filme A VERDADEIRA HISTÓRIA DA BAILARINA DE VERMELHO, direção de ALESSANDRA COLASANTI e SAMIR ABUJAMRA. O Festcineamazônia ainda concedeu Menção Honrosa ao vídeo documentário SOLDADOS DA BORRACHA, direção de CESAR GARCIA LIMA (RJ). O prêmio melhor filme do Rio de Janeiro foi para A VERDADEIRA HISTÓRIA DA BAILARINA DE VERMELHO, Direção: ALESSANDRA COLASANTI e SAMIR ABUJAMRA. O público que prestigiou o festival também votou e concedeu o Prêmio Júri Popular – Troféu Esperança /Thiago de Mello ao filme O CASO LIBRAS, dirigido por Melise Maia (RJ).

 

Viagem de cores e sonhos

O livro “Viagem de cores e sonhos”, editado por Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, será lançado hoje durante a abertura do Festcineamazônia, no Teatro Banzeiros, em Porto Velho. Trata-se de um documentário fotográfico, histórico e literário da mostra itinerante do festival, que percorre capitais brasileiras, cidades e povoados da Amazônia, além de países Latino-americanos, África e Portugal.

O livro faz parte de um convênio do Instituto Madeira Vivo (IMV) com o Ministério da Cultura através de emenda parlamentar do então deputado Eduardo Valverde. Para a edição os diretores buscaram talentos como o ilustrador Manuel Gibajas (Peru), o designer Renato Monteiro de Carvalho, e a inspiração poética de Carlos Moreira, que consegue dar palavras para a expressão da vida sem redundância com as imagens.

No acervo estão fotografias de treze autores que integraram as equipes ao longo das viagens. As imagens registram os mais de 60 mil quilômetros percorridos, levando cinema e vídeo ambiental aos distintos lugares. A mostra itinerante do Festcineamazônia integra o cinema com música, artes circenses, poesia e estimula a criação e o debate sobre a temática ambiental tendo sempre o homem como o centro do meio em que vive.