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Lançado o documentário Entre Mitos e Trabalhadores da EFMM – Os Gregos

 

Lançado nesse mês de junho o documentário ENTRE MITOS E TRABALHADORES DA EFMM – OS GREGOS, de Fernanda Kopanakis, projeto contemplado pela lei Aldir Blanc – edital 35/2021/Sejucel/Codec – Governo do Estado de Rondônia, 2a edição Jair Rangel Pistolino – prêmio de produção audiovisual e artes cênicas. eixo ii – produção de media metragem categoria b – produção de obra audiovisual, narra a história dos gregos que trabalharam no inicio do século XX na Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM).
Os gregos fazem parte da história brasileira há pouco mais de um século e meio. Se comparada a outros fluxos imigratórios de estrangeiros que adotaram o Brasil como morada, por motivos diversos, a comunidade grega no Brasil é pequena. Pouco sabemos ou quase nada, sobre os imigrantes gregos que aqui vivem ou viveram.

Ao pensarmos na imigração para a Amazônia, temos como referencias maiores a importância da presença estrangeira, na formação social e econômica, em especial, durante as ultimas décadas do século XIX, e primeiras do século XX, da presença de portugueses, espanhóis, ingleses e japoneses, via o porto da cidade de Belém. No tocante a presença dos gregos na Amazônia e na EFMM, pouco sabemos e temos como referencia o trabalho inédito da jornalista e historiadora grega Vassiliki Thomas Constantinidou, que publicou o livro Os Guardiões de Lembranças, Memória e História dos Imigrantes Gregos no Brasil, resultado de sua pesquisa junto à sociedade helênica em São Paulo.

A diretora, neta de um dos gregos que veio de Creta para a construção da EFMM, em seu documentário descreve quem eram eles, como chegaram até a cidade de Porto Velho e Guajará-Mirim, de que parte da Grécia eram provenientes, e com o término da construção da EFMM, qual o destino dos mesmos, em especial junto as cidades de Guajará-Mirim e Porto Velho.

O tempo se encarregou em apagar parte dessa história, mas os que aqui permaneceram e constituíram família deixaram costumes, referencias culturais e histórias ainda a serem descortinadas, o qual o filme fez esse caminho, a partir de uma narrativa em primeira pessoa e o encontro com descendentes que vivem em Rondônia.

Nos depoimentos encontramos relatos comoventes de descendentes gregos em Rondônia e na Bolívia, como: Aquiles Meletis Karageorge, Marta Russelakis de Oliveira, Mistis Manussakis Barbosa, Manoel Manussakis , Ássimo de Nazareth Trifiatis, Nicolau Hatzinakis, Jorge Vassilakis, e ainda libaneses Toufic Tanous Bouchabki e Floriza Bouchabki Aléxis.

O documentário se apoia a partir pesquisa de Vassiliki Thomas Constantinidou e Felippe Jorge Kopanakis, e tem na direção de fotografia o cineasta Jose Jurandir da Costa, na edição e montagem Ivan Angelis e ainda na produção local a professora Mary Bouchabki.

O documentário além das entrevistas realizadas contou com as fotos do Danna Merril do Acervo do Museu Paulista da Universidade Federal de São Paulo, documentos do Biblioteca do Arquivo Nacional e acervos das famílias. A musica ficou por conta dos arquivos de domínio publico, Alvorada (Aurora Luminosa: música brasileira no alvorecer do séc.XX), de Antônio Carlos Gomes, executada pela Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense.

O documentário pode ser encontrado de forma gratuita no link:

E ainda Seminário Virtual sobre imigração grega no Brasil e na Amazonia com a escritora Vassiliki Thomas Constantinidou, https://www.youtube.com/watch?v=I3j0vwZ1Z9g&t=344s

Fernanda Kopanakis lança “Mulher Entre Linhas”

Mulher Entre Linhas de Fernanda Kopanakis é a estreia da autora, num livro que tem o formato de textos mergulhados em crônicas, contos e versos que trazem matérias que nascem no cotidiano contemporâneo das cidades, no trabalho viajando pelos rios e pequenas cidades amazônicas e nas reflexões que por vezes desaguam na forma ficcional. O projeto ganhou vida a partir do prêmio contemplado via a Lei Aldir Blanc – edital 31/2021/Sejucel/Codec – Governo do Estado de Rondônia, 2ª Edição Marechal Rondon (Prêmio de Produção Literária, Fonográfica e Digital para Difusão de Expressões Culturais). Eixo I – Publicação de Livros e Revistas Culturais – Categoria A – Publicação de livros inéditos – Individual.

O livro é dividido em oito partes e nos trás textos escritos ao longo dos últimos anos, mas que segundo a autora, somente possível em publica-los frente, a um tempo da proximidade e da presença da morte face a tragédia mundial em que vivemos, em meio a uma pandemia voraz, devoradora de sonhos e vidas. Crise climática, destruição da democracia, guerras, violência desmedida e tamanha crise que nossa espécie se encontra, exigiram de mim publicar como ato de negação do aniquilamento, e como diz o poeta Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro.

Kopanakis convidou a Editora Jaua para editar o livro, que teve a frente da edição a pesquisadora e editora com formação em Letras, Literatura Brasileira e Portuguesa (PUC-RJ), Nubia Melhem. Melhem trabalhou no IPHAN de 1986 a 2003 onde atuou como editora, de 1993 a 2001, publicando trabalhos relacionados a pesquisas sobre o patrimônio histórico e artístico do Brasil. Tem uma vasta carreira como editora de livros, dentre eles, publicou “Era uma vez o Morro do Castelo” (IPHAN – 2000), “Burle Marx: jardins e ecologia” (Jauá Editora e Senac RJ – 2002), “O Porto e a Cidade: o Rio de Janeiro de 1565 a 1910” (Editora Casa da Palavra) Prêmio Jabuti 2006 de Melhor livro de Arquitetura, Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes, “Teatro Municipal do Rio de Janeiro: um século em cartaz” (Jauá Editora – 2011). Fez pesquisa e argumento do documentário “Marcia Haydée: uma vida pela dança”, em 2018. Recentemente, como coordenadora editorial, o. livro “Amazônia das Palavras” (Associação Mapinguari, 2020), “Capanema Maru: O Ministério da Educação e Saúde” (2021). “Panorama da ópera no Brasil” (Edições Funarte).

Segundo a Melhem ao assumir os trabalhos de Mulher Entre Linhas a fez mergulhar no sentimento do mundo, que ao meu ver, tem a autora em sua escrita e seu amor aos livros a reinvenção da vida a partir da literatura e a daquilo que a poesia oferece.

A opção do formato do livro que caiba numa bolsa, segundo a autora, foi para facilitar a leitura e que possa ser levado a todos os lugares. O projeto gráfico ficou a cargo da ilustradora Danielle Martins, que se apoiou em referencias para os desenhos em fotografias aéreas de rios amazônicos, sugeridos pela autora e com os trabalhos de revisão por Alan Prazeres da Universidade Federal de Rondônia.

O trabalho foi impresso e esta disponível na plataforma https://issuu.com/kopanakisfernanda/docs/mulher_entre_linhas_completo, onde pode ser lido.

Acompanhem ainda a discussão sobre mercado editorial e mulheres realizado pela autora, editora e escritora Dani Lopes: https://www.youtube.com/watch?v=atYqssUs4qg

Cineamazônia 2020 traz extensa programação e debates on line

            O assunto Cinema está aquecido em Rondônia e na Amazônia.
            Além do evento produzido pelo SESC e UNIR nesta semana com apresentação de documentários e lives com realizadores rondonienses , o Cineamazônia 17ª Edição , de 1º a 5 de dezembro vai trazer vários debates on LINE, com realizadores de peso do Cinema Brasileiro.
            A programação completa, com os links, está abaixo, lembrando que o horário é de Brasília / DF :

1º DE DEZEMBRO – 15 h – MESA REDONDA COMO É FILMAR NA AMAZÔNIA?

1º DE DEZEMBRO – 19 h – A CRISE DO CINEMA E DA CINEMATECA BRASILEIRA

2 DE DEZEMBRO – 10 h PAPO DE CINEMA

2 DE DEZEMBRO – 15 h MESA REDONDA

2 DE DEZEMBRO – 19 h DEBATE – REPRESENTATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA NA AMAZÔNIA

Cineamazônia 2020 exibe seis longas documentários na disputa do Troféu Mapinguari

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O Prêmio Silvino Santos de melhor longa metragem documentário, que acontece durante o CIneamazônia 17ª Edição, de 1 a 5 de dezembro, contará com seis filmes que concorrem ao Troféu Mapinguari.

A mostra competitiva de documentários de longa metragem acontece todos os anos durante o Cineamazônia, e reúne, nesta 17ª Edição, para exibição pública online e totalmente gratuita,  produções que retratam questões relacionadas à Amazônia, seus problemas e impactos, e resgata parte da história brasileira pouco conhecida do público, além de produções que documentam as condições dos povos tradicionais da região e de outros locais do planeta.

Entre os filmes selecionados, está Nheengatu, com direção e produção de José Barahona, uma produção Brasil-Portugal onde se busca uma língua imposta aos índios pelos colonizadores, e, através da língua misturada, o Nheengatu, o filme se constrói no encontro de dois mundos, já que a filmagem foi realizada com a população local do Alto Rio Negro. O trailer pode ser assistido no canal do Cineamazônia.

O diretor Luiz Bolognesi apresenta o filme Ex Pajé, onde Perpera, um poderoso pajé dos Paiter Suruí, se divide no conflito imposto por um pastor evangélico que entra em contato com seu povo e afirma que pajelança é coisa do diabo, até que a morte ronda a aldeia. Uma prévia está disponível no canal do Cineamazônia.

Kabadio – O tempo não tem pressa, anda descalço, de Daniel Leite apresenta a perspectiva dos conflitos de personagens reais que lutam pela sobrevivência no à uma guerra civil e ao contrabando, em um pequeno vilarejo mulçumano do Senegal. Confira o trailer do filme no canal do Cineamazônia.

Conflitos humanos e ambientais também podem ser conferidos em dois longas de sucesso. Soldados da Borracha, de Wolney Oliveira resgata a saga de mais de 60 mil brasileiros enviados à Amazônia durante a 2ª Guerra Mundial para a extração do látex, estratégico para a vitória dos aliados e a promessa nunca cumprida: voltarem para a casa como heróis da pátria e aposentados como militares. O trailer está disponível no canal do Cineamazônia.

Sérgio de Carvalho traz uma visão mais contemporânea sobre os conflitos relativos a borracha na região amazônia no filme Empate, onde o diretor dá voz aos protagonistas do movimento seringueiro entre 1970 e 1980, no Acre, refletindo sobre como este momento histórico ecoa ainda hoje na Amazônia e seus impactos mundiais. O trailer pode ser assistido no canal do Cineamazônia.

Em um momento onde o desmatamento e as queimadas na Amazônia aumentam e assustam o mundo, o diretor Orlando Senna discute em Idade da Água, a questão da falta de água no planeta e a cobiça pela Amazônia, que concentra 20% da água potável do planeta, um filme que leva o espectador a refletir sobre as atitudes do homem sobre o meio ambiente. O trailer pode ser conferido no canal do Cineamazônia.

Na programação do Cineamazônia 17ª Edição, além da exibição dos seis longas que disputam o Troféu Mapinguari – Prêmio Silvino Santos de melhor longa documentário, acontece a exibição de filmes na Mostra de Longas Convidados, onde cineastas e diretores serão recebidos para conversar ao vivo no Papo de Cinema, de quarta, 2, a sexta-feira, 04, às 10:00 horas de Brasília, 9:00 horas do Amazonas

A programação inclui também as Mesas Redondas, de terça, 01, a sexta, 04, sempre às 15:00 horas de Brasília, 14:00 horas do Amazonas, com a participação de diretores convidados. Os Debates encerram a programação diária, às 19 horas (Brasília), 18:00 horas (Amazonas), onde diretores dos longas que disputam o Prêmio Silvino Santos vão abordar temas relativos às suas produções e ao cinema na Amazônia.

Toda a programação acontece online, gratuita e aberta ao público, em paralelo as atividades abaixo, disponíveis de 1 a 5 de dezembro:

  • Troféu Mapinguari: mostra competitiva com 41 filmes curtas e médias;

  • Mostra Animando Amazônia – exibição de filmes de animação de um projeto pioneiro de animação na Amazônia Brasileira e Boliviana, desenvolvido pelo Cineamazônia durante as oficinas de Pixilation;

  • Mostra Imagens da Memória – obra cinematográfica produzida pelo Cineamazônia ao longo dos últimos anos com depoimentos de pessoas que resgatam, preservam e contam as suas histórias de vida nos diferentes territórios da Amazônia;

  • Mostra Itinerâncias – diferentes pessoas e culturas e a rica diversidade contadas do ponto de vista dos personagens locais durante as expedições do Cineamazônia Itinerante pela Amazônia, Peru, Bolívia, Colômbia e África.

  • Veja também : Cineamazônia 2020 apresenta a programação de filmes e mostras

Amazon Sat exibe Jornada Cineamazônia Itinerante

Peru – Cineamazônia 

O encontro do cinema com as diversidades de populações da Amazônia no Brasil, Peru, Bolívia e Colômbia é uma forma de definir a série documental ‘Itinerâncias: uma jornada pelo Cineamazônia Itinerante’ que o canal Amazon Sat começa a exibir a partir desta quinta-feira, (12/04/18), às 8h30, com reprises durante a semana. Obra da rondoniense Espaço Vídeo e Cinema, a série mostra as diversas nuances de um festival de cinema itinerante realizado desde 2008 pela produtora entre comunidades ribeirinhas e quilombolas nas fronteiras Brasil-Peru-Bolívia-Colômbia.

Dirigida por Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, com roteiro de Ismael Machado, Itinerâncias é uma série de cinco episódios que, mais do que apresentar um registro puramente documental, envereda por uma linguagem poética e reflexiva a respeito do ponto de encontro que une culturas de países diferentes, mas unidos por um mesmo nome: Amazônia.

Uma das características da série é que toda a equipe técnica é regional. A fotografia é de André Cran, com montagem de Rai de Jesus, trilha sonora de José Alkbal Sodré e finalização de Gilmar Monteiro dos Santos. Fernanda Kopanakis e Jurandir Costa assumem também a produção executiva da série.

Peru – Cineamazônia

O primeiro episódio, Em ‘Uma só América’, a ideia é mostrar que a Amazônia é formada por vários povos, com um mesmo sentimento. Um pouco da Amazônia e América Latina na visão de um boliviano que acompanha a expedição do Cineamazônia Itinerante por Rondônia, Bolívia, Peru e Colômbia. Nessa jornada de aventuras e descobrimentos, uma mesma sensação: os rios que separam são os mesmos rios que unem as populações numa só Amazônia.

No segundo episódio, ‘O Circo do Cinema’, são mostrados os bastidores de um festival de cinema itinerante contados por um palhaço. Animador do Cineamazônia, o palhaço Bob descobre o mundo ribeirinho de Rondônia. Com humor e sensibilidade, Bob narra as diversas histórias de comunidades que pela primeira vez tem acesso ao mundo mágico do cinema.

Uma abordagem antropológica, histórica e cultural ambienta o terceiro episódio ‘Nada é Longe’, a partir do olhar vibrante e curioso do historiador Marco Teixeira, que busca encontrar os traços de convergência entre as culturas amazônica, africana e portuguesa. Seus laços e raízes. Suas similitudes e diferenças. Dos ribeirinhos de Manicoré no Amazonas aos ribeirinhos de Porto Velho. Da negritude cabo-verdiana aos negros, mulatos e brancos manauaras e paraenses. Dos hábitos lusitanos a cultura indígena. Lugares distintos, mas integrados pela língua, pela arte e cinema.

Quarto episódio ‘Horizontes e Fronteiras’, envereda pela música a partir do olhar poético e apaixonado do compositor e músico rondoniense Bado, que através de sua música conecta Brasil, Bolívia e Peru. Percorrendo ruas, feiras, estradas e escolas, encontrando outros músicos e conhecendo a musicalidade dos países vizinhos, o personagem mostra como a música une culturas diferentes.

A série encerra com o episódio ‘Cinema no Meio do Mundo’, uma jornada poética pela itinerância do festival. Cinema que expõe a beleza e a desolação da natureza. Que interpreta a fraqueza e a grandeza do ser humano. Visita a realidade para lembrar que é possível e necessário sonhar. Que cada um, no seu canto, pode ser uma luz. Numa comunidade a margem do Rio Madeira, ou lá do outro lado do oceano, há algo que pode ser feito para cuidar do meio ambiente. A mostra itinerante é, antes de tudo, um festival de encontros. É a sétima arte se encontrando com o público. O público, encontrando na arte uma janela para reflexão.

“Há uma busca nossa por registrar as transformações amazônicas nesses últimos anos. A ideia é usar a cultura, no caso o cinema, o circo, a literatura e a música como mecanismos para isso”, explica Jurandir Costa.

“A proposta inicial era exibir filmes em comunidades que não tinham e não tem acesso a cinema, por exemplo. Mas o contato com essas realidades tão distintas fez com que ampliássemos o leque. Acabou sendo, de 2008 para cá uma intensa troca de experiências”, complementa Fernanda Kopanakis.

“É um cenário rico e as histórias vão sendo construídas quase naturalmente. Cada episódio une o cinema a outra forma de arte, como a música e a literatura, por exemplo”, explica o roteirista Ismael Machado.

Peru – Cineamazônia

Além de produzir um festival de cinema que pega a estrada e já com 21 anos de experiência, a Espaço Vídeo e Cinema será a primeira produtora rondoniense a realizar um longa de ficção no estado. ‘Perdidos’ une novamente o trio Fernanda, Jurandir e Ismael em uma história que envolve questões amazônicas num thriller político-policial. O filme está em fase de pré-produção. “A gente entende que isso só se tornou possível graças à política pública da Ancine, a partir da descentralização e regionalização do Fundo Setorial do Audiovisual”, enfatiza Kopanakis. “Tem muita gente com produção nova na região por conta disso”, completa Jurandir.

Os dois entendem que a outra ponta desse elo é fundamental, ou seja, ter canais dispostos a abrir espaço para as produções locais. É o que ocorre com o Amazon Sat, considerado pela dupla um grande difusor da Amazônia e parceiro do Cineamazônia.

O Amazon Sat é um canal de televisão digital distribuído por satélite, internet (Amazon Sat Play e aplicativos), com temática regional que aborda economia, política, cultura e esporte. O canal é transmitido para os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá por meio de televisão aberta alcançando 5 capitais e mais de 50 municípios para demais estados brasileiros, ao vivo pelas redes sociais e Tv por assinatura para os municípios de Belém, Ananindeua, Porto Velho e Acre.

Peru – Cineamazônia

Mais informações:

http://portalamazonia.com/cultura/saiba-como-assistir-ao-amazon-sat

Horários das exibições / Quintas (inédito) / 08h30

Alternativos /Quintas 16h30 / Sextas: 00h30 / Sábados: 15h30, 23h30 / Domingos 7h30, 15h30, 23h30 / Segundas 7h30

Rondônia terá primeiro longa de ficção

Uma trama que mistura corrupção política, suspense sobrenatural e ‘road-movie’, tendo a Amazônia como cenário principal. Esses são os ingredientes que formam aquele que pode vir a ser o primeiro longa-metragem de ficção realizado por uma produtora rondoniense. A Espaço Vídeo, coordenada pelos documentaristas Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, foi a única vencedora nortista do edital de produção de cinema Prodecine 1. O resultado, divulgado no dia 31 de agosto, contemplou 34 novas produções cinematográficas de todas as regiões do Brasil.

O filme rondoniense se chama ‘Perdidos’, um roteiro original escrito pelo jornalista e roteirista Ismael Machado. Ex-editor do jornal ‘O Alto Madeira’ nos anos 1990, o roteirista criou uma história onde uma caçadora de recompensas com poderes sobrenaturais sai em perseguição a um casal para recuperar uma alta quantia de dinheiro roubado de um deputado. Mas como na história ninguém é totalmente inocente, o dinheiro roubado é fruto de uma falcatrua do político. O confronto final se dá numa comunidade de remanescentes quilombolas cercada por uma floresta conhecida por sinistros acontecimentos sobrenaturais.

‘Perdidos’ é o primeiro roteiro de ficção de Ismael Machado a ir para uma produção efetiva de cinema. Morando há um ano e meio no Rio de Janeiro, o jornalista, vencedor de 11 prêmios jornalísticos na carreira, está envolvido no roteiro e co-direção de mais quatro produções, todas no terreno dos documentários. ‘Soldados do Araguaia’ um longa-documentário que aborda a guerrilha do Araguaia sob o ponto de vista dos soldados que combateram nas matas paraenses nos anos 1970, tem filmagens previstas para o primeiro semestre de 2017, assim como ‘Marcadas para Morrer’, série documental que conta a história de mulheres que lutam pelos direitos à posse da terra na região e que vivem sob ameaça de morte.

Além dessas produções, o roteirista também assina como roteirista a produção amapaense ‘Mad Scientists-Cientistas que ninguém quis ouvir’, do diretor Gavin Andrews, recentemente vencedora do Prodav 8, com produções direcionadas às TVs públicas.

“Perdidos” também será a primeira produção longa-metragem de ficção de Jurandir Costa. Um dos mais conhecidos documentaristas de Rondônia, Jurandir Costa produz curtas e médias metragens desde o início dos anos 90, em Porto Velho, com diversas premiações ao longo da carreira. Ao lado de Fernanda Kopanakis, Jurandir também é o coordenador do Cineamazônia, o festival de cinema ambiental que há mais de uma década já faz parte do calendário cultural da capital rondoniense.

“Não podemos errar”. Essa tem sido a frase mais comum repetida por Jurandir em relação à produção do filme em questão. ‘Perdidos’ terá a direção de Leopoldo Nunes, que tem no currículo seis curtas-metragens e um longa documentário.

Festcineamazônia abre inscrições para a 11ª edição

Um dos mais importantes festivais de cinema da Região Norte, o Festcineamazonia está com as inscrições abertas para a 11ª edição. Até o dia 2 de agosto, podem concorrer produções com duração máxima de 26 minutos.

O Festcineamazônia aceita todos os gêneros de produção, para concorrer aos 18 troféus Mapinguari em disputa nas categorias documentário, animação, ficção, experimental e reportagem ambiental, essa categoria voltada especificamente para as TVs. O festival será realizado na capital rondoniense de Porto Velho, entre os dias 5 a 9 de novembro de 2013. 

Além da mostra competitiva, o Festcineamazônia homenageia produtores, diretores e atores que contribuem com a cultura nacional e possuem relevância nas questões ambientais e de direitos humanos. “É importante destacar que podemos fazer o debate ambiental em toda produção audiovisual, não necessariamente em produções acadêmicas ou etnográficas. O ambiente é um todo e o que queremos é diversidade na abordagem”, diz Jurandir Costa, um dos coordenadores do festival.

Plural e democrático, o Festcineamazônia aceita produções de qualquer parte do planeta, finalizadas a partir de 2010 com legendas em português. Este ano o Festcineamazônia Itinerante incorporou-se ao Festival de Artes Integradas. Com isso, o projeto percorrerá cinco países e contemplará mais de 20 cidades com cinema, circo e música, mantendo o foco inicial de sempre estar em comunidades que não tem acessos a bens culturais.

> Acesse aqui o regulamento e a ficha de inscrição

Experiência do Festcineamazônia ganha destaque em Festival Português

foto-3Cinco anos atrás, ao ser criada, a etapa itinerante do Festcineamazônia- Festival Latino Americano de Cinema e Vídeo Ambiental – tinha a intenção de ser apenas mais um canal de divulgação das ideias de compartilhamento de experiências e sensações cinematográficas e cidadãs dos organizadores do festival. Depois de passar por quase todos os municípios rondonienses e se aventurar por outros países da América do Sul, da África e chegar a Portugal, o festival tem recebido o reconhecimento de experiências similares.

É o caso do Festin, o Festival Itinerante de Língua Portuguesa, realizado em Lisboa. Dedicado a cinematografia dos países de Língua Portuguesa, o festival já está na quarta edição e o Festcine Amazônia foi um dos destaques. Além da exibição de filmes, o Festin foi palco de importantes debates, recebeu organizadores de Festivais de Cinema como o Festival de Gramado, Cine Eco e Festival Internacional de Angola, além da presença de realizadores de Cabo Verde e de membros da CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, coordenadores do Festicineamazônia relataram a experiência exitosa do festival, como o único de cinema ambiental da Amazônia, com itinerância em todo o município de Porto Velho, todo o Vale do Guaporé, Bolívia, Peru, Portugal e Africa Caboverdiana. Uma das características da itinerância é, além da exibição de filmes, sempre ser acompanhado por uma equipe de documentaristas e fotógrafos que mapeiam as comunidades, transformando as ações em documentários e livros.

Entre as discussões feitas no evento a possibilidade de uma agenda para compartilhamento de conteúdo e plataformas de manutenção e preservação de acervos foi pauta do encontro, já que os festivais absorvem produções que fazem parte da memória de cada país.

“A sensação que temos é que o Brasil é um país isolado tanto dos países de língua portuguesa, como dos países vizinhos latinos e é importante uma política cultural mais agressiva”, disse um dos participantes do encontro.

O Festcineamazônia  faz parte da Rede de Cines Itinerantes da América Latina e Caribe, que tem como missão contribuir para a diversidade cultural e o fortalecimento da identidade nacional a partir da difusão de audiovisual em locais que não contam com salas de cinema. Tem como objetivo criar e fomentar uma cultura voltada para o cinema auxiliando na formação de plateia.

Festcineamazônia se apresenta pela quarta vez em União Bandeirantes, no interior de Rondônia

Nos primeiros anos, não havia luz elétrica e as apresentações da itinerância do Festcineamazonia em União Bandeirantes deveriam ser feitas da mesma forma como ocorreu nessa semana na comunidade do Rio Pardo: com energia de gerador. Hoje, a infraestrutura local conta com rede elétrica, e mesmo a chuva forte no fim do dia não desanimou os moradores a conferir, pela quarta vez, as apresentações de vídeos e filmes ambientais.

A chuva, no entanto, atrasou a programação. O que não desanimou a comunidade a comparecer na tenda. “Achávamos que não iriamos conseguir hoje, assim como ontem, como estava programado, mas ficamos atolados no caminho”, disse a organizadora Fernanda Kopanakis, na abertura.

Para o administrador do distrito, José Aparecido de Oliveira, “nesses quatro anos o festival ajudou a conscientizar a população sobre o meio ambiente.” Cido, como é conhecido, tem 42 anos, sendo 10 em União Bandeirante, onde chegou “quando não havia nenhuma casa aqui”. “O pessoal achava que meio ambiente não tinha valor nenhum, era preciso só desmatar. Hoje, conhecendo histórias diferentes, a gente daqui tomou mais consciência de onde está, tem sido bastante comentado pela população.”

Welton Júnior, 20 anos, mora na linha PO há dez, mas veio pela primeira vez. Nunca foi ao cinema, e só assiste filmes em casa, na televisão que seus pais compraram recentemente. “Gostei, é bom, o tamanho da tela é grande”, comentou.

Cinema não é novidade na vida de Anelisa, 9 anos. Seu pai, Jorge Jeremias da Silva, 33, teve uma sala na cidade, o Cine Star. Mas o empreendimento durou pouco, cerca de 6 meses, alguns anos atrás. “Não tinha energia elétrica, e era complicado, pois as vezes faltava óleo diesel para o gerador, que também não tinha força para um ar condicionado, e a sala, com umas 50 pessoas, ficava quente”, ele recorda. Depois do cinema, Silva montou uma lanhouse jvnet, que toca hoje. Sua filha, Anelisa, queria mesmo era conhecer um palhaço de verdade: “é muito engraçado”, comentou sobre a apresentação de Sorriso.

Esta é a terceira apresentação em quatro dias da itinerância do Festival Latinoamericano de Cinema e Vídeo Ambiental – Festcineamazonia. A caravana segue por distritos da cidade de Porto Velho até o dia 22, quando ocorre a última apresentação, na localidade de Extrema, fronteira com o Estado do Acre.

Viagem de cores e sonhos

O livro “Viagem de cores e sonhos”, editado por Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, será lançado hoje durante a abertura do Festcineamazônia, no Teatro Banzeiros, em Porto Velho. Trata-se de um documentário fotográfico, histórico e literário da mostra itinerante do festival, que percorre capitais brasileiras, cidades e povoados da Amazônia, além de países Latino-americanos, África e Portugal.

O livro faz parte de um convênio do Instituto Madeira Vivo (IMV) com o Ministério da Cultura através de emenda parlamentar do então deputado Eduardo Valverde. Para a edição os diretores buscaram talentos como o ilustrador Manuel Gibajas (Peru), o designer Renato Monteiro de Carvalho, e a inspiração poética de Carlos Moreira, que consegue dar palavras para a expressão da vida sem redundância com as imagens.

No acervo estão fotografias de treze autores que integraram as equipes ao longo das viagens. As imagens registram os mais de 60 mil quilômetros percorridos, levando cinema e vídeo ambiental aos distintos lugares. A mostra itinerante do Festcineamazônia integra o cinema com música, artes circenses, poesia e estimula a criação e o debate sobre a temática ambiental tendo sempre o homem como o centro do meio em que vive.

Festcineamazônia seleciona produções entre 400 inscritos

Letícia Sabatella participou do Festival em 2010

Mais de 400 produções estão inscritas para a seleção da 9ª edição do Festcineamazônia – Festival Latino Americano de Cinema e Vídeo Ambiental, que acontecerá em Porto Velho, durante os dias 15 a 19 de novembro, no Teatro Banzeiros, com entrada grátis. As inscrições encerraram no dia 31 de agosto e os filmes e vídeos inscritos passam pelo processo de seleção por um júri técnico.

 A comissão julgadora é autônoma em suas decisões para escolher as produções que concorrerão na mostra competitiva do festival. A premiação será nas categorias: animação, experimental, ficção, documentário e vídeorreportagem ambiental. Os filmes e vídeos concorrem ao cobiçado troféu Mapinguari.

 Filmes do Brasil, Moçambique, Uruguai, Bolívia, Chile e México estão inscritos na fase seletiva. Entre esses estão o argentino Noche Sin Fortuna, o chileno Mitomana, e o boliviano El Ascensor.

 Cerca de 30 produções rondonienses também buscam a classificação para a mostra competitiva. Geovani Berno concorre com o documentário Nos Palcos da Vida: Raízes do Porto 18 Anos, e Rudney Prado com o experimental Candiru.