Os Estados Unidos e Cuba deram início a uma aproximação histórica nesta quarta-feira, se encaminhando para retomar os laços diplomáticos e aliviar as cinco décadas de embargo comercial americano(descrito em Cuba como el bloqueo, termo em castelhano que, conforme as traduções oficiais em português, significa “embargo”) contra seu vizinho comunista. Na sequência de uma troca de prisioneiros, autoridades americanas informaram que o presidente Barack Obama estava pronto para negociar os termos para reabrir a embaixada americana em Cuba, fechada desde 1961.
Obama conversou com o colega cubano, Raúl Castro, por telefone, e ambos se pronunciaram na tarde desta quarta-feira, definindo os próximos passos para um degelo de suas relações.
“Está claro que décadas de isolamento dos Estados Unidos de Cuba não conseguiram alcançar o nosso objetivo permanente de promover a ascensão de uma Cuba democrática, próspera e estável”, informou a Casa Branca.
As negociações entre os Estados Unidos e Cuba passaram por Canadá e Vaticano, revelou o “New York Times” nesta quarta-feira, com o Papa Francisco assumindo um papel essencial.
De acordo com o diário, o Papa Francisco encorajou reuniões secretas entre Obama e o presidente cubano, Raúl Castro, que deu fim a décadas de hostilidades e reabriu as relações diplomáticas. Após 18 meses de encontros sediadas no Canadá e encorajados pelo Papa, o pontífice foi o anfitrião do último encontro, que resultou em um telefonema entre os dois mandatários.