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Fora russos ! O fim do Esquadrão Poti. Soberania aérea sobre a Amazônia vai para o espaço

O AH2 Sabre , batismo da FAB para o russo MI 35

A Força Aérea Brasileira (FAB) vai desativar seus 12 helicópteros de ataque AH-2 Sabre, nome dado ao modelo Mi-35, fornecidos pela empresa russa Mil a partir de 2010 e operados pelo 2º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação, o Esquadrão Poti, cuja unidade tem como sede a Base Aérea de Porto Velho (Ala 6).

O modelo entrou numa negociação do governo no auge dos BRICS, que envolveu também o fim do banimento de compra de carne brasileira pela Rússia.

Um documento interno da Aeronáutica publicado no começo de fevereiro ( quinta-feira /10) estabelece que as aeronaves serão retiradas de operação a partir do dia 1º de março num processo gradativo previsto para ser encerrado no dia 31 de dezembro.

As primeiras aeronaves a serem descarregadas do inventário da FAB pertencem ao 1º lote, com matrículas FAB 8950, 51 e 52. Estas foram entregues em dezembro de 2009, sendo oficialmente incorporadas em 17 de abril de 2010. O segundo lote foi entregue em outubro de 2010 e o terceiro em agosto de 2012. Contudo, houve um atraso na entrega do último lote, que só chegou em 26/11/2014. Todos foram trazidos a bordo de aeronaves Antonov An-124 ( o segundo maior avião do mundo) da Volga-Dnepr.

É o único helicóptero puramente de ataque do país ( e talvez o último ! ), sendo usado em missões de suporte aéreo, busca e resgate, interceptação de aeronaves ilícitas, patrulha de fronteiras, dentre outras.

Com atuação aprovada em conflitos como no Afeganistão e Síria, o MI 35 é reconhecido por sua robustez (sua blindagem pode resistir disparos de calibre 20mm) e desenho agressivo, o AH-2 Sabre é equipado com um canhão GSh-23L de cano duplo, calibre 23mm, montado em uma torre móvel na seção frontal, e pode usar 40 foguetes S-8 de 80mm ou 16 mísseis antitanque 9M120 Ataka.

Outra característica incomum é que a aeronave pode transportar ainda 8 soldados, além do comandante e do artilheiro.

O custo do lote de 12 helicópteros em 2008 foi de US$ 386 milhões. Os helicópteros tem baixo número de horas de vôo e teoricamente teriam uma vida útil superior a 20 anos. A FAB não se pronuncia sobre o destino das aeronaves. Um oficial, sob anonimato, aventou a possibilidade de eles serem vendidos para a Líbia.

Tampouco se sabe sobre o destino do mi Esquadrão Poti, que poderia ser finalmente extinto, depois de ser transferido de Recife/ PE.

A razão para o descomissionamento dos AH 2 Sabre seria o alto custo de manutenção e a dificuldade em obter peças de reposição.

O que intriga é o fato do Esquadrão representar uma verdadeira força de supremacia aérea sobre a Amazônia e como proteção de duas infra estruturas importantes , as hidrelétricas da região, Santo Antônio e Jirau, além da proximidade com Bolívia e Peru. Ou seja, ficamos vulneráveis. Ao lado, também tem a Venezuela com os SU 35 Flanker, que teoricamente obteriam superioridade aérea na região enquanto os Gripen 39 comprados na Suécia pelo governo Dilma não chegam.

Vale lembrar que o Esquadrão Pacau, sediado em Manaus, com alguns F5-EM modernizados, foi desativado em dezembro de 2021.

Outra fonte, do Exército, mencionou que eles poderiam muito bem ser incorporados aquela arma, pois faz anos que o Exercito sonha em ter um helicóptero de ataque em suas fileiras.

Veja também : O Esquadrão Poti é aqui

Túnel do Tempo : Locomotiva Cel. Church da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

A velha locomotiva nº 12, a “Coronel Church” , nome dado em homenagem ao coronel norte-americano George Earl Church, que em 1872 idealizou a ferrovia, foi a primeira máquina a chegar na Amazônia, trazida pela firma “P & T Collins” em 1878. Após a desativação em 1972, a locomotiva permanecia nas dependências do 5º Batalhão de Engenharia e Construção – o 5º BEC. (em Porto Velho, capital de Rondônia) de onde foi removida para o museu, ganhando nova pintura nas cores originais. Ano de 1981

Geopolítica – O Esquadrão Poti agora é aqui

Do mar para a selva. O Brasil agora tem um esquadrão de helicópteros de ataque de verdade. E ele fica aqui, em Porto Velho

Por Beto Bertagna
Quando o primeiro helicóptero de ataque AH2-Sabre saiu do solo da Base Aérea de Porto Velho neste sábado (17) marcou definitivamente a transição do pequeno povoado provinciano sem muita importância para o Brasil , surgido com a implantação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré no início do século XX, para um centro geopolítico estratégico no contexto nacional. Antes porém, o povoado que ganharia o nome de Porto Velho passou por diversos ciclos econômicos e de desenvolvimento, como os da borracha, do ouro, da mineração. De Território Federal do Guaporé em 1943 passou a Estado. Ganhou grandes empreendimentos , viu a agricultura florescer, a pecuária dar um salto gigantesco e as cidades crescerem e se multiplicarem.

A transferência do Esquadrão Poti, antes sediado em Recife, para Porto Velho, com cerca de 200 homens no entanto é a prova mais irrefutável da importância estratégica que Porto Velho assumiu, pela sua localização , ao lado da Bolívia, perto de outras repúblicas que podem tomar rumos chavistas e , principalmente, a Venezuela. O que está em jogo nos próximos 50 anos é a chave deste intrincado jogo de xadrex.

Em agosto de 2009, cinco oficiais aviadores do Esquadrão Poti (2º/8º GAV) já haviam concluído o curso teórico da aeronave MI-35M (AH-02 Sabre), na Rússia, e iniciavam os preparativos para a instrução aérea.
Em dois meses e meio de aulas teóricas diárias, a equipe conheceu a aerodinâmica, a construção do helicóptero, o motor, o armamento, o emprego em combate e os instrumentos. O MI-35 é uma versão atualizada para exportação do MI-24 utilizado pelas Forças Aéreas, dentre outras, do Afeganistão, Argélia, Angola, Armênia, Azerbaijão, Belarus, Brasil (Mi-35) , Bulgária, Cazaquistão, Coréia do Norte, Croácia, Cuba, Eslováquia, Estados Unidos, Georgia, Hungria, Índia, Indonésia, Líbia, Peru, Polônia, , República Tcheca, Rússia, Sérvia, , Síria, Ucrânia, Uzbequistão e Vietnã.

Combate ao narcotráfico ? Soberania nacional ? Água ?(Já se sabia do aquifero Guarani e,agora,  pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentaram um estudo, na sexta-feira (16), apontando o Aquífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo) Petróleo ? Reservas naturais ? Ou tudo isto junto , somado a um esforço gigantesco das Forças Armadas para proteger a Amazônia Brasileira dos olhos cobiçosos de super-potências.

Porto Velho transformou-se numa das mais poderosas Bases Aéreas do Brasil. Já possuía o mais moderno simulador de vôo dos T-29 Super Tucano(EMB-314), com tecnologia brasileira e israelense que a transformara em centro de excelência de treinamento de pilotos para aquele equipamento. Além disso , seu poderio bélico tem os Super Tucano T-29, uma aeronave considerada robusta, barata, de operação simples, fácil manutenção e muito funcional. Como armamento utiliza duas metralhadoras .50”, uma em cada asa, e possui 5 pontos duros (dois em cada asa e um sob a fuselagem) para instalação de pylons para armamento, tanques de combustível ou módulos adicionais; a capacidade de carga externa é de 1.500kg. Utiliza mísseis AA (Piranha), mísseis antitanque, bombas de queda livre e foguetes.

Super Tucano T29, da Embraer. Um sucesso operacional e comercial

Ao montar e operacionalizar os primeiros helicópteros de ataque de sua frota, três helicópteros russos MI-35 recebidos no dia 16 de dezembro de 2009, transportados pelo Antonov 124, um dos maiores cargueiros do mundo o seu status subiu mais alguns degraus em importância.

O poder de fogo do AH2 inclue um canhão de dois canos GSh-23L em calibre 23 mm ou uma metralhadora Yakushev Borzov YAK-B 12,7 mm com 4 canos rotativo, 16 mísseis AT-6 Spiral ou AT-9 Spiral 2 (Ataka) antitanque, 2 casulos com 20 foguetes de 80 mm ou casulos UB-32 de 32 foguetes de 50 mm, casulos lançadores de granadas. Ele tem capacidade para transportar 8 homens na sua cabine.
Coincidentemente os MI-35 são os mesmos usados pela Força Aérea Venezuelana e rebatizados no Brasil de AH-2 Sabre, de um total de 12 previstos para chegar até 2012. A FAB , no entanto, exigiu a troca de alguns equipamentos aviônicos por outros produzidos em Israel, possivelmente da Elbit System Ltd, semelhantes aos que equipam os Tucanos T-29 da Embraer.
O custo total da operação chega a aproximadamente 400 milhões de dólares, e inclui os armamentos e peças de reposição por pelo menos 5 anos.

Mas, como compensação comercial (off-set), os russos investirão metade do valor da compra na instalação de ferramentas, bancadas e treinamentos para manutenção, que será feita majoritariamente no Brasil, e treinamento de pilotos e mecânicos, além de um simulador de voo.

O valor dessa compensação, no entanto, quando multiplicado por pesos aplicados de acordo com a relevância de cada tecnologia transferida, sobe para mais de 100% do valor da compra, segundo parâmetros da FAB, devendo chegar a 160%.

O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, comemorou a incorporação do novo equipamento ao seu arsenal. “É uma plataforma guerreira, com capacidade furtiva, armamento de alta precisão e letalidade.”

Segundo Saito, as aeronaves estão preparadas para missões de superioridade aérea (domínio aéreo da área de conflito) e de interdição, tanto diurnas quanto noturnas.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que a aquisição seguiu os preceitos da Estratégia Nacional de Defesa, ao prever a capacitação nacional na manutenção dos equipamentos, embora a quantidade comprada tenha sido pequena para a negociação de fabricação local.

“Os nossos pilotos, engenheiros e mecânicos já estão e continuarão treinamento de últimas técnicas de empregos. É uma quebra de paradigma. Somos internalizadores de tecnologia, conhecimento e treinamento para o desenvolvimento nacional”, afirmou Jobim, ao lado do embaixador da Rússia no Brasil Vladimir L. Tyurdenev.

Com o parque de manutenção instalado, o governo poderá repassar o conhecimento a empresas privadas que possam ampliar a clientela, cuidando inclusive da manutenção de aeronaves de outros países da América do Sul – como Peru, Colômbia, e Venezuela – e da África.

Na cerimônia de batismo, em vez de champanhe, foi utilizado um cálice de cachaça Faysca, lançada pelo ministro Jobim na fuselagem da aeronave.
“-Agora és brasileiro e estás na Amazônia” disse Jobim. “Não venha ninguém dizer como o Brasil deve tratar a Amazônia. Nós protegeremos a Amazônia para nós e para o mundo, e que o mundo saiba disso.”

Foi uma homenagem à própria FAB, pois a bebida é produzida na fazenda da FAB em Pirassununga (SP), onde são produzidos alimentos consumidos pelos alunos da academia da Força Aérea, inclusive industrializados (queijos, iogurtes, embutidos, etc.). A Faysca é muito usada como brinde, em encontros oficiais com forças de outros países.

O ESQUADRÃO POTI

Sediado na Base Aérea de Recife, Pernambuco, o Segundo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (2º/8º Gav), conhecido como Esquadrão Poti, tem suas origens no Centro de Formação de Pilotos Militares (CFPM) no Primeiro Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (1º/5º GAv), na então Base Aérea de Natal.

Inicialmente equipado com aeronaves North American T-6D/G Texan, Neiva L-42 Regente e helicópteros Bell OH-4 Jet Ranger, estes depois substituídos ao final de 1974 pelos Bell UH-1H Iroquois, teve também em sua dotação aeronaves Neiva T-25 Universal e Embraer U-7 Seneca.

A denominação Segundo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (2º/8º GAv) foi implantada através da Portaria nº R-239/GM3, de 09 de setembro de 1980.

Subordinado à Segunda Força Aérea (II FAe), o Esquadrão Poti opera atualmente as aeronaves Helibras H-50 Esquilo, montados no Brasil sob licença da Eurocopter, podendo ser armados com pods para lançadores de foguetes SBAT 70/7 de 70 mm e metralhadoras MAG calibre 7,62 mm ou FN Herstal calibre 12,7 mm.
A sua principal missão é formar e treinar pilotos e tripulantes de helicópteros em diversas missões, mantendo o preparo técnico-profissional de suas equipagens, permitindo o cumprimento de missões na Tarefa Operacional de Superioridade Aérea: Interceptação, Ataque, Escolta, PAC (Patrulha Aérea de Combate) e demais missões da Tarefa Operacional de Apoio ao Combate.

Em um plano secundário, executar as chamadas Operações Especiais: infiltração e exfiltração de tropas (utilizando as técnicas de Rapel, Pouso de Assalto e McGuire), Busca e Salvamento (SAR) e Busca e Salvamento em Combate (C-SAR) tanto na selva como no mar, evacuação aeromédica, entre outras.

No caso da aquisição dos AH-02 nem tudo são flores. A Rússia é muito criticada pelo seu atendimento “pós-venda” o que forçará a necessidade de uma rápida absorção da indústria nacional e na transferência de sua tecnologia para manter as super-máquinas no ar por bastante tempo.

A transferência do Esquadrão Poti para Porto Velho expôs também o desinteresse de parte da mídia local por um assunto de importância estratégica extrema. A maioria dos sites se limitou aos releases enviados pela assessoria da BAPV , reproduzindo as notícias em meio às tradicionais fofocas e fuxicos paroquiais.

Quem pousar hoje no aeroporto dos Guararapes , Base Aérea do Recife, no entanto, poderá observar o hangar do Esquadrão Poti às moscas. A sua nobre missão agora está nestas paragens do poente.

Leia Também : Com atraso, Rússia entrega em Porto Velho o simulador do helicóptero de ataque MI-35m

Deu no Pravda : Evo Morales relembra tratado de Petrópolis com o Brasil

O presidente Evo Morales, relembrou nesta sexta, 17 , a assinatura do Tratado de Petrópolis em 1903 mediante o qual, Bolívia cedeu uma superfície aproximada de 191 mil quilómetros quadrados ao Brasil.

‘Como hoje, 1903, durante o governo liberal de José Manuel Pando, se assina o Tratado de Petrópolis pelo qual a Bolívia entregou o território do Acre em contrapartida de uma compensação de dois milhões de libras esterlinas e a construção de uma estrada de-ferro nessa zona’, recordou o mandatário em sua conta em Twitter @evoespueblo.

O território dado pela nação andino-amazónica ao Brasil correspondem em sua maior parte ao atual estado brasileiro do Acre, que se somaram aos 164 mil 242 km² já concedidos em 1867 por outro acordo de paz e amizade.

O convênio também permitiria a construção de um caminho-de-ferro entre as cidades de Riberalta e Porto Velho, para a exportação do borracha daquela época (estrada-de-ferro Madeira-Mamoré), o qual funcionou até 1972, quando o desativaram por não constituir um interesse econômico para ambos países.

Também, a Bolívia teve autorização para utilizar os rios brasileiros para o transporte de mercadorias até o Atlántico e manter agentes aduaneiros nas zonas de Belem do Pará, Manem-vos, Curumba e demais postos estabelecidos por Brasil sobre a Madeira-Mamoré ou outras localidades da fronteira comum.

via Prensa Latina

Túnel do Tempo : Locomotiva Cel. Church da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

A velha locomotiva nº 12, a “Coronel Church” , nome dado em homenagem ao coronel norte-americano George Earl Church, que em 1872 idealizou a ferrovia, foi a primeira máquina a chegar na Amazônia, trazida pela firma “P & T Collins” em 1878. Após a desativação em 1972, a locomotiva permanecia nas dependências do 5º Batalhão de Engenharia e Construção – o 5º BEC. (em Porto Velho, capital de Rondônia) de onde foi removida para o museu, ganhando nova pintura nas cores originais. Ano de 1981

Com atraso, Rússia entrega em Porto Velho o simulador do helicóptero de ataque MI-35m

Nesta última quarta-feira (23) um avião cargueiro Ilyushen 76 pousou na Base Aérea de Porto Velho, capital de Rondônia, no noroeste do Brasil transportando o simulador de vôo dos helicópteros de ataque MI35-m (chamados pela FAB de AH2-Sabre) , uma das máquinas de guerra mais poderosas e eficientes do mundo na sua categoria e que equipam o Esquadrão Poti, ( 2º/8º GAV ) sediado em Porto Velho.

O Esquadrão Poti opera 12 helicópteros MI-35, recebidos a partir de 2009.  Além de comandantes de esquadrilha, que envolve 4 helicópteros, os pilotos sediados em Porto Velho realizaram em 2015 treinamentos para elevar o nível operacional para comandantes de esquadrão, envolvendo de 8 a 16 helicópteros, em ações de ataque, defesa, escolta, supressão da defesa aérea inimiga, varredura e apoio aéreo.

Cada AH-2 conta com um canhão de 23 mm capaz de disparar até três mil tiros em um minuto. Para se ter uma ideia, cada tiro de 23mm causa o mesmo impacto de quase 100 tiros de uma arma calibre 7,62mm, como os fuzis utilizados por tropas no solo.

Os mísseis embarcados são capazes de perfurar até 80 cm de aço de um sítio radar ou uma estrutura de comando e controle, por exemplo.

Com peso de 12 toneladas, os helicópteros têm blindagens em partes essenciais, como no tanque de combustível. A cabine dos pilotos, além de blindada, também é vedada para o caso de contaminação química ou biológica.

Leia também : Geopolítica – O Esquadrão Poti agora é aqui

fotos : 

A compra, formalizada em outubro de 2008, envolve um pacote formado por 12 helicópteros, mais armamentos e suprimentos para manutenção por cinco anos, ao custo de US$ 363,9 milhões.

Como compensação comercial, os russos investirão metade do valor da compra na instalação de ferramentas, bancadas e treinamentos parta manutenção, que será feita majoritariamente no Brasil, e treinamento de pilotos e mecânicos, além de um simulador de vôo.

O valor da compensação, quando multiplicado por pesos aplicados de acordo com a relevância de cada tecnologia transferida, sobe para mais de 100% do valor da compra, devendo chegar a 160%, segundo parâmetros da FAB.

Seguindo as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, de 2008, outro Esquadrão, o Zagal (5º/1º GCC), responsável por operar um radar de aproximação que atua na vigilância do espaço aéreo brasileiro, está em fase de conclusão da mudança de Fortaleza (CE) para a Base Aérea de Porto Velho (BAPV), em Rondônia. Definitivamente, a região amazônica é prioridade das Forças Armadas.

Livro sobre a 2ª tentativa de construção da EFMM em 1878 está disponível para leitura on-line

Deu no blog da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré EFMM100anos.wordpress.com :

Clique na imagem para ir ao livro on-line

Escrito pelo americano Neville B. Craig, a “Estrada de Ferro Madeira-Mamoré: história trágica de uma expedição”, publicada originalmente em Filadélfia em 1907,  encerra detalhado relato da tentativa de uma empresa dos Estados Unidos de construir, em 1878, uma ferrovia na fronteira Brasil-Bolívia. O projeto envolveu quase mil operários e técnicos norte-americanos, mais de 200 dos quais morreram em consequência da malária e de naufrágios, enfrentou toda ordem de dificuldades na floresta amazônica e foi paralisado por conflitos com o governo boliviano e entre os próprios acionistas. A iniciativa pode ser considerada a pré-história da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, afinal construída entre 1907 e 1912.

LIVRO NA ÍNTEGRA >

http://www.brasiliana.com.br/brasiliana/colecao/obras/137/estrada-de-ferro-madeira-mamore-historia-tragica-de-uma-expedicao

Mais 3 helicópteros de ataque Mi-35 (AH 02 Sabre) vem reforçar o Esquadrão Poti

Neste fim de semana Porto Velho pode ter uma atração extra : é a chegada de mais 3 helicópteros russos de ataque Mi-35M / Sabre, do Esquadrão Poti, que virão transportados no Antonov An-225 Mriya ou no Antonov An-124 , possivelmente este último devido às características da pista do aeroporto e base aérea de Porto Velho. Qualquer que seja o avião escolhido, o seu pouso é um espetáculo . Se tratam do  1º e do 2º maiores aviões cargueiros do mundo, respectivamente. Vai render muitas selfies e coisas do gênero .  É só ficar esperando na Lauro Sodré.

Antonov An 124 / foto Wikipédia

As aquisições dos MI 35 e mais recentemente de 36 caças Gripen NG , da Suécia fazem parte de um plano de reestruturação da Defesa Brasileira, para assegurar sua soberania.

Na época da chegada dos primeiros “tanques voadores” (apelido do MI 35) um “repórte” sem noção de Porto Velho queria que uma destas máquinas de combate perseguisse um caminhãozinho baú roubado para a Bolívia.

PQP !

Leia também : Geopolítica : O Esquadrão Poti agora é aqui 

História de Rondônia

Essa teleaula produzida por Beto Bertagna é resultado de um projeto pioneiro, o de levar à rede pública de ensino um pouco da história de Rondônia, de forma didática e interativa. A ocupação do Vale do Guaporé e a construção do Forte Príncipe da Beira, são marcos da nossa história. Uma obra da engenharia militar portuguesa no Brasil Colonial que nos remete às nossas origens, à nossa identidade. Esse trabalho foi feito com muita ousadia, pois à época os recursos para produzi-lo eram bem precários, perto do que dispomos hoje. Foram quase oito horas ininterruptas de gravação, sem TP, vários dias de edição, mas sobretudo meses de intensa pesquisa. O vídeo que foi apresentado nas escolas está disponível no youtube e já tem mais de 36 mil visualizações. Uma rica fonte de consulta, única e por isso mesmo, pioneira.

Luciana Oliveira

Foi um prazer gravar com a Luciana, jornalista e apresentadora de primeira, possuidora de uma capacidade incrível de guardar textos na memória. A idéia era continuar a série, apresentando mais detalhadamente o Real Forte Príncipe da Beira e a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em outros módulos. Infelizmente o projeto não seguiu avante por falta de patrocinadores. Mas segue firme o nosso orgulho de fazer coisas boas para Rondônia. Os arquivos digitais, pesquisas, filmes e originais estão guardados. E quem sabe um dia não role a segunda tele-aula.

Beto Bertagna

betobertagna@yahoo.com.br
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Túnel do Tempo : EFMM, 2010

foto: B. Bertagna

Em 2010 estava em curso a maior e mais abrangente revitalização que a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, situada em Porto Velho, capital de Rondônia, jamais havia recebido. Com os 2 galpões recuperados, e com o início das obras da Grande Oficina, para dotar a EFMM de condições para a manutenção das locomotivas previstas para trafegarem de Porto Velho a Santo Antônio, num passeio turístico de 8 quilômetros. Os urubólogos de plantão se contorciam de raiva. E as andorinhas vinham festejar nas árvores do pátio agora revitalizado.