Da Agência Brasil
Uma área de 143,9 mil hectares (ha), localizada em Porto Velho (RO), foi declarada de utilidade pública para fins de desapropriação. As terras serão utilizadas para a implementação do reservatório, da área de preservação permanente e de canteiros residencial e industrial da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira.
A decisão foi tomada pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Do total, 140,9 mil ha serão destinados ao reservatório e à área de preservação permanente, 1,9 mil ha para realocação de pessoas e 1,07 mil ha para o canteiro industrial.
A Usina Hidrelétrica de Jirau terá uma potência de 3,3 mil megawats (MW) e uma energia assegurada de 1,9 mil MW médios, suficientes para abastecer quase 10 milhões de casas. O custo total da obra está orçado em R$ 9 bilhões e a hidrelétrica deve entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2012. Enersus é formada pelas empresas GDF Suez (50,1%), Eletrosul (20%), Chesf (20%) e Camargo Corrêa (9,9%).
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Queiróz Galvão e Chesf vencem leilão de Belo Monte a R$ 78 o MWh
Com uma tarifa de R$ 77,97 por megawatt-hora, que representou um deságio de 6,02% sobre o preço-teto de R$ 83, o leilão de Belo Monte foi vencido pelo consórcio liderado pela estatal Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), com 49,98% do capital. Integram o consórcio vencedor Queiroz Galvão (10,02%), Galvão Engenharia (3,75%), Cetenco Engenharia (5%), Mendes Júnior (3,75%), Bertin (13,77%), Serveng (3,75%) e J. Malucelli (9,98%). A usina terá capacidade instalada de 11.233,1 MW (megawatts) e o início da geração está previsto para o início de 2015.
O coordenador de licitações da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Helvio Guerra, em entrevista coletiva após o leilão disse que a agência reguladora foi informada sobre a terceira liminar contra Belo Monte às 13h30, três minutos após o término do leilão.
Pela terceira vez, uma liminar foi concedida pela Justiça Federal em Altamira (PA) a pedido das entidades ONG Amigos da Terra e a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, de Rondônia, aceitando os argumentos contra o leilão da usina, que deve ser construída no rio Xingu, no Pará. Durante a manhã, o Tribunal Regional Federal havia derrubado a segunda liminar, concedida ontem a pedido do Ministério Público Federal.