Arquivo da tag: Brasil

Cineamazônia 2020 será on line e gratuito

O Cineamazônia – Festival de Cinema Ambiental, um dos mais tradicionais eventos de cinema da região Amazônica, realiza, de 01 a 05 de dezembro de 2020, a sua 17ª Edição, que, este ano, em função das medidas impostas pela pandemia, será totalmente online e com acesso gratuito aos filmes selecionados para as mostras e demais atividades.

Os filmes concorrem ao Troféu Mapinguari nas categorias curta e média metragem nos gêneros de animação, experimental, ficção e documentário, além do Prêmio Thiago de Mello: Júri Popular – Troféu Esperança, escolhido pelo público através de votação pela internet durante o festival além documentários de longa metragem que concorrem ao Prêmio Silvino Santos.

Na competição de curtas e médias, várias premiações recebem o Troféu Mapinguari, que além dos melhores em cada gênero, concorrem a prêmios de direção, fotografia e montagem, entre outros, e ao prêmio para a Melhor Produção Amazônica, um incentivo à produção audiovisual da região. A escolha dos filmes que concorrem na mostra competitiva é feita por um júri de profissionais que atuam no setor audiovisual e do meio ambiente. Toda a programação está sendo preparada para atender ao novo formato do Cineamazônia, exibido em plataforma pela internet, a exemplo de diversos outros festivais e atividades culturais durante este ano.

Em um ano marcado pela pandemia e o isolamento social, além da grave crise no setor cultural e na indústria de conteúdo nacional, que se arrasta desde o início de 2019, que fragilizou a produção audiovisual, represando recursos e sem uma clara definição de políticas públicas, o que afetou a realização da 17ª Edição na data inicialmente prevista. Estes fatores afetaram também a realização da 16ª Edição, prevista para agosto de 2018, executada apenas através da Itinerância no Vale do Guaporé em dezembro de 2018 e meados de 2019.

Para o diretor da Acapulco Filmes, produtora do Cineamazônia, o cineasta José Jurandir da Costa, o “Cineamazônia teve a sua primeira exibição em 2003, e nestes 16 anos sempre procuramos oferecer ao público muito mais que a simples exibição de filmes, mas também fazer com que o cinema e a temática ambiental fossem levadas e discutidas nas escolas, nas comunidades e se tornassem ferramentas de educação e conscientização, a exemplo das diversas oficinas que oferecemos”. O cineasta destaca ainda a importância do Cineamazônia para a região amazônica, pois “sempre lutamos para o crescimento da produção audiovisual da Amazônia e a integração latino americana e de países de língua portuguesa através do cinema”.

A produtora executiva do Cineamazônia, a Fernanda Kopanakis, é enfática ao afirmar que “mesmo sem patrocínio, vamos realizar a 17ª Edição, já que o Cineamazonia não para”, e lembra que “mesmo diante de todas as dificuldades pelas quais passa o setor cultural no país, e em especial o cinema, não poderíamos deixar de contemplar os produtores que se inscreveram em 2018 com os seus filmes, nem mesmo o público que sempre nos acompanhou nestes anos”.

Toda a programação com os filmes selecionado e atividades que acontecem na 17ª Edição do Cineamazônia – Festival de Cinema Ambiental, entre 01 à 05 de dezembro, que este ano tem como tema “A Natureza não pode sair de cena”, será em breve divulgada à imprensa e espectadores e que, segundo os seus realizadores, será um marco para a Amazônia e uma nova fase da produção audiovisual.

Geopolítica da Intervenção : a história da Lava Jato

Quais as reais motivações daquela que se proclamou a maior operação de combate à corrupção do Brasil? Em Geopolítica da Intervenção – a verdadeira história da Lava Jato, publicado pela Geração Editorial, o advogado e cientista político Fernando Augusto Fernandes afasta as especulações e revela os bastidores sob a ótica de quem viveu alguns dos episódios decisivos da investigação.

Como advogado defensor do presidente do Instituto Lula, Fernando Fernandes foi redator e signatário do habeas corpus pelo qual obteve a decisão de soltar Lula em 2018, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (RS). Foi também ele o relator da reclamação no STF – Supremo Tribunal Federal, que permitiu a toda a imprensa entrevistar o ex-presidente.

Princípios como estes, de liberdade e justiça, nortearam este profícuo trabalho de pesquisa, fundamentado pelo registro de documentos, links de vídeos na internet, matérias jornalísticas, processos, somados os relatos do autor, testemunha ocular dos acontecimentos.

O título da obra – Geopolítica da Intervenção – decorre da forte influência norte-americana desde o período pós-segunda guerra. Reside, aí, a questão central abordada por Fernando Augusto Fernandes: os interesses ocultos dos Estados Unidos na Lava Jato. O “Grande Irmão” merece não só um, mas alguns capítulos sobre as ações de espionagem e vigilância global, que incluem a cooperação do juiz Sérgio Moro.

A forma autoritária e em desrespeito às decisões do SupremoTribunal Federal não eram novas para Sérgio Moro. O juiz havia determinado a monitoração do advogado e professor Cezar RobertoBitencourt para a sua defesa. Fez uma trajetória não só de cooperação internacional com autoridades estrangeiras, mas também de atitudes heterodoxas no Direito, a exemplo da perseguição aadvogados. (Geopolítica da Intervenção, p. 88)

Geopolítica da Intervenção traz informações fundamentais para a compreensão não somente da Lava Jato, mas dos eventos que desencadearam a instabilidade que afasta o Brasil da plena democracia. Uma obra para o leitor refletir sobre os destinos do país, no exato momento em que a operação começa a esmorecer.

Homenagem a Salvador Allende em um Chile diferente #AllendeVive

A grande marcha  em homenagem ao ex-presidente Salvador Allende e às vítimas do pinochetismo que ocorre todos os anos não acontecerá em 2020 devido à pandemia.

Que estranho paradoxo sobre Allende, apontou o escritor chileno Antonio Skármeta: “Um homem que teve três funerais e se mantém muito vivo no coração de seu povo”.

Relembrando…

Dois atentados. Dois fatos históricos diferentes. O do Chile foi cometido há 32 anos e anda meio esquecido. Vale relembrá-lo.
Em 11 de setembro de 73, a mais sólida democracia da América do sul sofreu um atentado que deixou uns 30 mil mortos no seu rasto. O Chile foi vítima de um golpe militar, perpetrado pelas três Forças Armadas, com o objetivo de quebrar a esperança de se construir um país socialista pela via eleitoral.
Salvador Allende, após três derrotas, venceu as eleições presidenciais em 1970. O imperialismo americano não podia permitir que a “via chilena para o socialismo” vingasse e fosse um exemplo para a América Latina. Por isso, junto com a burguesia chilena conspirou e chamou os militares para acabar com aquela experiência. Allende foi derrubado. O Palácio de la Moneda, assim como várias fábricas onde estavam trabalhadores dispostos a resistir, foram bombardeados.
Com o golpe, dezenas de milhares de pessoas foram presas, torturadas e exiladas. Se calcula que de 10 a 30 mil foram assassinados ou se tornaram os famosos desaparecidos, vitimas da ditadura do general Pinochet. A esquerda foi quebrada. Com isso os Estados Unidos puderam dirigir tranqüilamente a economia chilena, sem freios. O Chile foi o primeiro país do mundo onde se implantou o projeto neoliberal. Os famosos Chicago Boys, os defensores da doutrina neoliberal, liderados pelo economista Milton Friedman ali testaram os resultados dos planos neoliberais.

Tudo isso exigiu um atentado terrorista contra a esquerda e o povo chileno que custou 30 mil mortos. Dez vezes mais do que o número de mortos no atentado em Nova Iorque em 2001, quando caíram as duas Torres Gêmeas e que, com razão, comoveu o mundo.

Victor Jara, o cantor de Venceremos

Há vários filmes dobre o Golpe do Chile de 1973. O mais recente é Machuca, mas há outros quase clássicos: ‘Chove sobre Santiago’, ‘Missing – O desaparecido’ e ‘A Casa dos Espírito’. Em ‘Chove sobre Santiago’, uma das cenas mais chocantes é a de milhares de presos, no dia 11 de setembro, amontoados no Estádio Nacional de Santiago. Muitos foram mortos sob tortura ou com um tiro na nuca ali mesmo. Outros seguiram para várias prisões ou acabaram sendo jogados vivos ao mar de aviões militares.

No estádio um dos presos era o cantor e poeta Victor Jara. Os torturadores lhe deram um violão e o forçaram a cantar o Hino da Unidade Popular que tantas vezes ele tinha cantado junto com o povo. Victor Jara teve suas mãos cortadas para nunca mais, com seu violão, cantar Venceremos.

Santa Maria de Iquique: um massacre em 1907

A matança da Escola Santa Maria, na cidade de Iquique, no norte do Chile é um dos fatos mais trágicos vividos pelos trabalhadores chilenos. Foi no dia 21 de dezembro de 1907. Foram assassinados mais de 3.000 trabalhadores do salitre, que estavam em greve por melhores salários e para que se mudasse o sistema de pagamento de vales para dinheiro.

Trecho da Cantata Santa María de Iquique, de Luis Advis

“Vamos mujer / Partamos a la ciudad.
Todo será distinto, no hay que dudar.
No hay que dudar, confía, ya vas a ver,
porque en Iquique todos van a entender.
Toma mujer mi manta, te abrigará.
Ponte al niñito en brazos, no llorará.
va a sonreir, disle cantarás un canto,
se va a dormir.
Qué es lo que pasa?, dime, no calles más.
Largo camino tienes que recorrer,
atravesando cerros, vamos mujer.
Vamos mujer, confía, que hay que llegar,
en la ciudad, podremos
ver todo el mar.
Dicen que Iquique es grande como un salar,
que hay muchas casas lindas te gustarán.
Te gustarán, confia como que hay Dios,
allá en el puerto todo va a ser mejor.
Qué es lo que pasa?, dime, no calles más.
Vamos mujer, partamos a la ciudad.
Todo será distinto, no hay que dudar.
No hay que dudar, confía, ya vas a ver,
porque en Iquique todos van a entender.”

via Prensa Latina & Núcleo Piratininga, com os meus sinceros agradecimentos a Heloisa Helena Rousselet de Alencar(Nininha), por ter me apresentado o Quilapayún, nos idos anos 70…

NR: Em estava participando do  Festival Chileno de Curtas-Metragens de Santiago, junto com meu amigo também cineasta Robinson Roberto e assistimos à estréia de um documentário chamado “Fernando está de volta.”, de Silvio Caiozzi. Muitos anos depois, Ricardo Aronovich , (diretor de fotografia de “Missing – O Desaparecido”, de Costa-Gavras ) foi meu professor num Estágio Avançado da FEMIS na UnB e nas rodas de café contou muitas outras histórias sobre o filme e a ditadura chilena.

O documentário “Fernando ha vuelto” mostra como médicas legistas trabalhando no necrotério de Santiago (Oficina de Identificación del Instituto Médico Legal) conseguem identificar os corpos de  desaparecidos prisioneiros da ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990).

Os médicos demonstram as técnicas utilizadas em um caso recentemente resolvido: os restos de um homem encontrado enterrado, junto com muitos outros, no Pátio 29 do Cemitério Geral de Santiago, em 1991.Os restos mortais são de Fernando Olivares Mori, um chileno de 27 anos de idade que trabalhava para as Nações Unidas . Ele desapareceu em  5 de outubro de 1973. Após quatro anos de trabalho, os médicos com sucesso conseguem estabelecer a identidade de Fernando e, uma vez que já voltaram seus restos mortais para sua viúva, comunicar oficialmente a causa da morte (quase sempre tortura e execução sumária). Imagens do documentário testemunham o impacto que o retorno de Fernando tem em sua família: seu filho, seus irmãos e sua mãe. Seu testemunho ilustra como quão irrelevantes as convicções políticas podem ser quando se trata de sofrimento humano.

Um momento muito tenso, porque no Cine Pedro de Valdivia estava a família de Allende e o filme trata justamente de uma ossada que é identificada e tem , finalmente, um enterro cristão. No Chile, as feridas ainda estão abertas. Quase 40 anos depois…

#AllendeVive 

-30.027704-51.228735

Segunda maior festa religiosa de São Paulo é cancelada em Iguape

A Festa do Senhor Bom Jesus de Iguape, que acontece anualmente em agosto, na cidade histórica de Iguape, Litoral Sul de São Paulo, foi cancelada neste ano de 2020 por conta da pandemia do Covid-19.

A festa religiosa de Iguape é a segunda maior do Estado de São Paulo e atrai milhares de romeiros, fiéis e turistas de diversos cantos para a cidade, lotando hotéis, pousadas e casas de temporada.

A decisão anunciada com muito pesar deu-se após entendimento comum entre a Prefeitura de Iguape e a Paróquia Nossa Senhora das Neves e Basílica Santuário do Senhor Bom Jesus de Iguape.

As missas e funções religiosas acontecerão sem público, com transmissão online pelas redes sociais, a fim de que os devotos possam acompanhar de forma segura de suas casas.

Nesse sentido que as barreiras de acesso a Iguape permanecerão ativas nas entradas, de forma a bloquear a entrada e a circulação de pessoas, veículos, barcos e animais.

A sentida medida fez-se necessária para garantir a segurança e o bem-estar de todos, na esperança de que no ano de 2021 tenhamos de volta e de forma integral a tradicional festa do Senhor Bom Jesus de Iguape.

Veja também : IGUAPE, quase 500 anos de história no Vale do Ribeira

Crônica de um quase carnaval

Texto e foto de Valéria del Cueto

Demorou a hora de falar do carnaval. Foram tantos os percalços nessa temporada que o ano passou enquanto esperávamos no que iam dar.

Teve virada e desvirada de mesa na Liga da Escolas de Samba, a Liesa. Jorge Castanheira, seu presidente, quase foi e voltou. A Imperatriz Leopoldinense, rebaixada em 2019, fez o que podia para ficar no Grupo Especial, mas a manobra foi mal sucedida. Desceu pro Acesso e trouxe para desenvolver seu enredo reprisado “Só dá Lalá”, o carnavalesco da Mangueira, Leandro Vieira. Há males que vem pra bem. O realinhamento pode ser uma excelente oportunidade para a escola de Ramos.

Enquanto isso, as escolas aguardavam as decisões das esferas governamentais. Do mato da Prefeitura do Rio de Janeiro, sob o comando de Marcelo Crivella, já se imaginava que pouco ou nada surgiria.

Houve, inclusive, uma tentativa de entregar o Sambódromo para o Estado. O governador Wilson Witzel ficou animado. Mas na véspera da assinatura do convênio, dia 8 de novembro de 2019, a Procuradoria Geral do Município desaconselhou a iniciativa. Alegando que a transferência poderia ser contestada na justiça, já que feita sem a consulta ou o aval do legislativo municipal, cancelaram a cerimônia que aconteceria no Sambódromo.

Atentem para o fato que já era novembro e nada do comprometido no Termo de Ajuste de Conduta. O TAC, firmado entre o MP, a Prefeitura e a Liesa para a realização do desfile de 2019, incluía uma série de obras estruturais na Passarela do Samba. A urgência era maior já que os cuidados com a conservação deixam a desejar desde a última reforma, em 2012.

As obras foram, finalmente, anunciadas dia 13 de novembro. Um mês depois o Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio e o deputado Flávio Bolsonaro tiravam fotos na Apoteose anunciando os repasses.

Na virada do ano, a prefeitura anunciou a abertura de “50 dias de carnaval” com o Bloco da Favorita, em Copacabana. Pegos de surpresa, agentes públicos de segurança, saúde e limpeza avisaram que não tinham contingente para atender um mega evento em cima do laço. Entre o libera, não libera, a Justiça decidiu que o bloco gigante não poderia se locomover, apenas se apresentar no palco. As cenas lamentáveis do final da festa, com enfrentamento entre polícia e ambulantes e foliões, percorreram o mundo.

A previsão informada na mesma coletiva da Riotur de que o Sambódromo seria entregue no dia 30 de janeiro já era, por si só, uma indicação da falta de planejamento do poder público. Em anos anteriores os ensaios chegaram a começar logo depois do dia Nacional do Samba, 5 de dezembro. Como buscar patrocinadores sem a garantia da entrega do espaço? A Liesa bem que tentou.

Mas podia piorar? Sim. Retardando a entrega da verba para as escolas da Intendente Magalhães (em setembro anunciou que iria triplicar o valor, passando para R$3 milhões). Crivella só efetivou o pagamento dia 13 de fevereiro.

Junto com o atraso das obras do sambódromo houve uma inversão dos gastos com as Escolas de Samba. As dos grupos que desfilam na Sapucaí não receberam subvenção da prefeitura. Essas agremiações vendiam seus ingressos, as da Intendente não. Ruim para o Grupo Especial, com mais viabilidade de patrocínios e venda de transmissão, péssimo para o Acesso com muito menos visibilidade.

Sem ensaios técnicos, com São Paulo dando banho na organização da festa, o final de semana que antecede o carnaval foi esperado com ansiedade pelos sambistas cariocas. O dia do ritual de lavagem da pista e o ensaio da escola campeã, no teste de luz e de som da Sapucaí é de lei. Necessário para “afinar” a estrutura da passarela. Pois acredite, na sexta-feira ainda não havia confirmação da liberação da Sapucaí. A Riotur informou na véspera: “Na madrugada deste sábado, 15 de fevereiro, o Sambódromo foi liberado para a realização do evento de teste de luz e som com a campeã do Carnaval de 2019 e a tradicional lavagem da Marquês de Sapucaí para domingo”. E choveu a cântaros na hora da lavagem.

Em tempo: o prefeito Marcelo Crivella avisou que “por não saber sambar” não comparecerá aos desfiles.

*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Da série “É carnaval”, do SEM FIM… delcueto.wordpress.com

Tribo Arco-íris

Por Rúbia Luz, texto e fotos

“Em algum lugar, pra relaxar
Eu vou pedir pros anjos cantarem por mim
Pra quem tem fé
A vida nunca tem fim
Não tem fim
É”

Meu amado vive agora uma vida eterna e, pensando em retomar nossos caminhos, eu decidi dar continuidade aos nossos sonhos. Não sei ao certo como o farei nem quando. Vou precisar fazer ajustes e tudo é ainda indefinido. O fato é que retomarei o blog e as caminhadas, como uma maneira de homenageá-lo e de manter sua alegria comigo e em mim! Enquanto espero com temperança, resolvi passear nos lugares onde gostávamos de ir e de concluir a mostra de lugares que, por alguma razão nós não conseguimos.

Falar sobre a Tribo Arco-íris aconteceu por meio de uma daquelas coincidências da vida que me fez despertar. Ocorre que meu primogênito, Calil, resolveu dar-se um  tempo sabático  e aportou pelas paragens do lago Cujubim, naquela comunidade alternativa. Nós já havíamos falado dela e mostrado um pouco em  “Furo do Candeias e Lago Cujubim”, mas com quase nada de informações. Com a ida de meu filho para lá, eu pude passar mais tempo com eles e pedir permissão para revelar um pouco mais do lugar e desse modo de vida.

O Lugar

Paisagem da janela lateral, do quarto de dormir…

Geograficamente,  a Tribo Arco-íris  fica na direção leste do Município de Porto Velho- RO, área rural, pela Estrada da Penal, próxima a localidade do baixo-madeira conhecida como Cujubim-grande, mais precisamente em frente ao lago Cujubim. O lago é  protegido pelos moradores  do entorno contra a pesca predatória e a favor da preservação da floresta.  Há poucas informações disponíveis sobre a Tribo Arco-íris nos veículos de pesquisa.  Apesar disso, trata-se de uma comunidade muito conhecida entre os viajantes e mochileiros de vários países.

Sua existência e informações são passadas no “boca-a-boca” e, via de regra, os viajantes descobrem a localização por meio de um outro que já esteve ou se encontra por lá. A distância é significativa  e não há placa indicativa. Ainda assim, pessoas do mundo inteiro passam por lá e por lá ficam o tempo que desejam, numa comunhão e conexão que transpõem as barreiras da língua, das culturas distintas e  da diversidade humana. É um lugar com poucos recursos materiais e abundante em recursos humanos e afetividade.

Quem são?

Os fundadores do lugar são uma família voltada para a espiritualidade,  que acredita e vivencia um modo de vida alternativo. Em relação a questão religiosa, são adeptos da doutrina do Santo Daime, com base cristã e crentes no reencarnacionismo, tendo como ritual o uso do chá de  mesmo nome. No que se refere ao modo de vida, defendem uma vida simples, com muita liberdade, respeito e partilha, sem preocupações com o consumo.

Pai Jackson

Valéria

Capitão América e… a liga da justiça?

Cláudia

Deste modo, aceitam a presença de pessoas  que ali desejam estar pelo tempo que pretendam ficar, bastando para isso que contribuam com a limpeza e organização do lugar, bem como com a compra de alimentos que são todos repartidos. Em geral, as pessoas se cotizam, compram os alimentos e lá preparam e partilham. Aliás, como ainda não são autossustentáveis (ainda – eles frisam), este é um quesito de suma importância  para o bem estar de todos; É de todo desejável a participação na compra de alimentos.

Calil com mantimentos. Colaboração e partilha!

Gael, a maior beleza do sitio, segundo sua mãe!

A cozinha é um  espaço comum, de uso livre, bem como os outros espaços como lavanderia e banheiros também. Tudo é muito simples e rústico… Sendo privativas as barracas e as casas que eles mesmos constroem. Há energia elétrica, porém, não há internet nem televisores. Há um telefone, que poucas vezes é usado e há um lago em que todos se banham. Por vezes, ocorre de estarem coabitando cerca de cinquenta pessoas no local. Por vezes, bem menos… No entanto, a “superpopulação” é um problema devido a capacidade de suporte do local.

Onde todo mundo come, todo mundo lava os pratos.

Hora do almoço; Convidados ilustres!

Reencontro especial: Pai e filha não se viam a mais de ano….

Sereia

Totens

Outra  preocupação com a população tem a ver com os equívocos que alguns cometem ao se dirigirem para lá. Há equívocos de toda natureza; Gente que pensa ser uma comunidade LGBT, por conta do nome Arco-íris. Gente que pensa ser uma comunidade onde o uso de drogas é liberado ou, ainda, que, por haver liberdade haja também permissividade. Por isso,  é importante ressaltar: É permanentemente proibido o consumo de álcool no local, o uso de drogas sintéticas e o consumo de carne vermelha. Em ocasiões que antecedem os rituais do chá, há também uma dieta sexual a ser seguida para os participantes da fé ali professada.

Barracão de preparação do Chá.

Estar ali, voltado para a espiritualidade não é obrigatório. Obrigatório, lá, é o respeito ao outro, a natureza e a vida! Ninguém precisa concordar com tudo mas o amor e a harmonia são cuidadosamente mantidos, como uma frequência em que todos  devem estar  sintonizados. Aqueles que, por alguma razão, não estão na mesma frequência, procuram por si outros caminhos. Assim me foi esclarecido.

“Se você não aceita o conselho, te respeito

Resolveu seguir, ir atrás, cara e coragem

Só que você sai em desvantagem se você não tem fé

Se você não tem fé”

O nome

Quando disseram a mim  sobre o equívoco causado pelo nome do lugar eu os questionei sobre a razão de se chamar “Arco-íris”. Me foi dito que resultou de um conjunto de fatores: O primeiro e  mais importante é religioso. Tem a ver com o “Arco da eterna aliança” de Deus para com os homens. O segundo e não menos importante motivo é que a representação das  cores revela uma aceitação e união de pessoas de todas as nações.

Por fim,  o nome se dá, também, devido a um fenômeno que ocorre com frequência no Lago que é o surgimento de arco-íris, por vezes a presença de três arcos até,  por conta da pluviosidade do lago e da refração da luz. Creio que este fenômeno deva  ocorrer  com mais frequência nos períodos chuvosos, onde a umidade relativa do ar chega a ultrapassar 88%. Enfim, lamentei não ter visto e fotografado essa lindeza!

O funcionamento

O modo como tudo acontece e vai se desenvolvendo, ali, tem relação direta e congruente com a forma de pensar a vida e a existência dos  fundadores do lugar. A primeira vista me pareceu confuso e um tanto inusitado, pois as pessoas vão chegando sem convite prévio, se apresentando e lá permanecessem o tempo que desejarem, com crianças, bichos de estimação como cachorros, gatos e até peixinhos. Alguns levam suas barracas, outros constroem suas casas  e  convivem de uma maneira curiosa.

Acolhida: Sejam bem-vindos!

Ela está erguendo seu lar; Amazona!

Panter, se sentindo selvagem!

Guaraná foi achado na rua, muito doente, e foi adotado.

Clara Luz estava só de visita

As normas, que citei à cima, são repassadas pelo idealizador do lugar Jackson, a quem as pessoas se referem carinhosamente como “pai”. Leva-se em consideração o nível de consciência e de evolução espiritual de cada um. Assim, ao mesmo passo que algumas pessoas chegam  e desenvolvem projetos de melhoria do lugar, constroem hortas e colaboram com ideias de permacultura, outras pessoas não possuem a mesma consciência e são menos colaborativas.

Espinafre, para dar força!

Apesar das dificuldades que existem, eles resistem! Adotaram esse modo de vida há mais de vinte anos e não se arrependem. O meu olhar, mais estranho que o olhar dos estrangeiros que ali se encontram, poderia encontrar pontos frágeis desse modo de viver. Mas, daí eu me questiono: “Para quê?”.  Olho ao meu redor e vejo pessoas sorridentes, crianças brincando livremente, vejo amizade, respeito e penso em como posso colaborar. Pensei  que fazer uma postagem esclarecedora poderia ser bom para os que ali se encontram e para os que desejam lá estar. Espero ser útil!“Te mostro um trecho, uma passagem de um livro antigo

Pra  te mostrar que a vida é linda

Dura, sofrida, carente em qualquer continente

Mas, boa de se viver em qualquer lugar, é”

Consumo x liberdade

Há tempos eu venho desacelerando a vida, adotando um modelo de vida menos consumista e, de certo modo, até minimalista. Há uns quinze anos eu adotei  a ideia de ter pra mim o necessário e o suficiente. Isto porque eu tenho a nítida impressão de que o consumo se mantém sobre o prisma de falsas premissas; Ver como necessário o que não é.  Achar tudo insuficiente, ou seja, é preciso sempre mais. Trabalhar incessantemente para consumir e se ver consumido…

Essa dona Aranha não sobre paredes… Nem a chuva derruba.

No entanto, aquelas pessoas que ali vivem e que por ali tem passado, me revelam um desapego ainda maior e uma liberdade admirável; Os idealizadores da Tribo abriram mão, com alegria, de uma vida considerada confortável na cidade, de empregos invejáveis e decidiram estar conectados à natureza e ao sagrado, longe do consumo e de padrões de comportamento pré-estabelecidos. Demonstram enorme prazer na harmonia e contentamento na partilha. Suas riquezas vem da experiência com outro e do sagrado em cada um.

As pessoas que por ali tem passado tem algo muito semelhante; Converso com vários deles e descubro que se tratam de ex-funcionários públicos concursados ou profissionais liberais; professores, contadores, psicólogos, sociólogos, jornalistas… Eles escolheram viver assim. Não se trata de falta de alternativa, mas de pura volição! Optaram por seus modos de vida não por preguiça de trabalhar, mas por pensarem o trabalho e o consumo de modo diferente do senso comum.

Acreditem: Eles trabalham muito! Aqueles que vivem de artesanato passam horas do seu dia a confeccionar seus produtos. Fazem-no com satisfação por longas horas e com a maior destreza possível, procurando realizar um produto com excelência. Mãos habilidosas na confecção de bonitezas. Os que decidiram oferecer entretenimento como mão de obra, treinam incansavelmente para executar sua arte para uma plateia, muitas vezes, angustiada e apressada, contida em carros, parada em seus semáforos. Malabaristas na vida,  treinam com afinco a arte de manter tudo em movimento e em suspensão, tornando o tempo de espera mais leve.

De um lado, vejo a coragem daqueles que enfrentam o julgamento e olhares curiosos por terem decidido viver em uma localidade distante, com poucos recursos, na contra-mão do que é pregado e exaltado em nosso modo de vida secular, e vivendo uma espiritualidade acolhedora. De outro lado, vejo aqueles que tem a coragem de se lançar ao mundo com suas mochilas nas costas, de  abrirem mão de seus confortos,  de suas pátrias maternas e se  tornaram consumidores de vivências, trocadores de experiências.

O aprendizado

Somos todos aprendizes na vida… Creio eu que estamos aqui, neste plano, para aprendermos a amar, posto que amar é o grande mandamento da minha fé. Por isso mesmo é que procuro olhar e ouvir sem julgamentos. Isto nem sempre é fácil. Não é tão simples despir-nos de conceitos pré concebidos quando as nossas crenças são confrontadas por  realidades diferentes.

Não raro, é comum o desejo de afastar aquilo que causa desconforto e evitar o que causa angústia por ser desconhecido. No entanto, agir de forma defensiva ou reativa nos atrofia a alma. Está  escrito: “Examinai tudo. Retende o que é bom.” ( 1 Talonissenses 5;21). Eu examino aquele modo de vida e fico com o que acho bom;  Jovens estrangeiros, em sua maioria, lançaram-se ao mundo e encontram acolhimento e espiritualidade. Pessoas, em busca de si, encontram aceitação e respeito. Ali, o foco da vida é lançado sobre as soluções e não sobre os problemas…

Talvez, este seja o mais interessante aprendizado que tiro do meu pouco convívio com aquelas pessoas e do seu modo de vida: Concentrar meu pensamento em busca de resoluções e não ficar gastando energia a remoer problemas. Essa bela maneira de ver as coisas me foi descrita por Calil, quando em uma conversa solta e tranquila, ele me relatou o que vem aprendendo com aquele jeito de viver. Gostei! Eu tenho pensado assim, mas ver isto em movimento é animador!

Outra coisa boa e curiosa que observei nas horas em que passamos juntos foi que essas horas são lentas… Engraçado como o dia lá parece longo e denso… Talvez porque não hajam distrações como televisões, computadores e celulares, a vida é tranquila como aquele grande lago.  Uma música instrumental fica tocando suavemente, as crianças brincando  pelo imenso quintal, gente namorando, gente conversando, gente rindo, gente por inteiro no aqui e agora, gente sendo gente

Conclusão

“Vossos filhos não são vossos filhos. são filhos e filhas da ânsia por si mesma” Gibran

Contei, no início da postagem, que meu amado filho decidiu aportar por aquelas paragens e isso oportunizou a minha estadia mais prolongada com a Tribo. Antes disso, porém, as pessoas que me conhecem e que tomaram conhecimento dessa escolha – Temporária?- de Calil me questionavam sobre o modo de vida dos meus filhos. Sim, Caio também vive uma vida alternativa, produz artesanatos e também já pegou a estrada…

Conviver com escolhas alternativas de vida é, antes de tudo, uma questão de respeito pelo livre-arbítrio: Foi Deus quem deu… Quem somos nós para desejar impedir, conter ou modificar? Aceitar o outro pelo que escolhe ser – ou estar- é a expressão mais profunda do amor que decidimos conscientemente viver, ao meu ver.  Eu os amo e os admiro por suas coragens e determinações. E, claro, não espero que todos concordem comigo! Amo pessoas que discordam, também. Discordância é cabível, aceitável e desejável, desde que seja respeitosa!

Na tentativa vã e pretensiosa de buscar uma definição para esse modo de vida eu perguntei ao meu filho: “São hippies?” e ele me disse: “Não…”. Insisti: “ São hipster?”. “Não tem rótulo, mãe…”- Ele me respondeu pacientemente. Depois de muito pensar, disse a ele que havia encontrado uma definição que os agradaria: “ São livres!”. Eles concordaram!  Isso me fez lembrar Cervantes: ” A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a vida”

“Volte a brilhar, volte a brilhar

Um vinho, um pão e uma reza

Uma lua e um sol, sua vida, portas abertas”

Anjos (Para quem tem fé) – O Rappa

NR: Sempre tive vontade de escrever sobre a comunidade Arco Íris, mas apesar de conhecer a Tribo, achava que me faltava o embasamento necessário para exprimir tudoque vivi, vi  e senti por lá. Daí me chega às mãos (aos olhos) esse impressionante e avasssalador relato da Rúbia Luz, desmistificando as bobagens de gente que nunca chegou perto mas que adora opinar sem conhecimento, sem mostrar as verdadeiras faces de uma experiência que vai na contra-mão da loucura que se vê no mundo moderno… Pedi licença à Rúbia para reproduzir o texto e suas belas fotos. Resposta dela : “Suas palavras me dão força para continuar escrevendo sobre o que eu acredito.” Resolvi então seguir com a máxima fidelidade o teor do seu post, respeitando inclusive a edição pessoal que Rubia fez do texto, fotos e diagramação.  O seu querido Pasin, onde estiver, com certeza irá gostar…

B. Bertagna

Site americano lista ‘lições’ do Brasil para se viver bem

foto : Valéria del Cueto

Uma coluna do site The Huffington Post desta semana dedicou algumas honras ao Brasil. No artigo, o veículo lista as maiores lições que o Brasil pode ensinar ao mundo sobre qualidade de vida: para viver bem, feliz e de maneira saudável.

Alguns leitores criticaram o otimismo do artigo, enquanto outros disseram que “é reconfortante ter notícias positivas sobre o Brasil no Huffington Post”, já que foram publicadas diversas notícias negativas sobre o país no veículo.

Confira a seguir a lista elaborada pelo site:

Felicidade é uma prioridade

Em janeiro, a Fundação Getúlio Vargas anunciou a criação de um indicador do bem-estar brasileiro. Num estudo conduzido pela mesma instituição, as mulheres brasileiras foram eleitas as mais felizes do mundo. E o Brasil foi considerado o país mais feliz do mundo entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – ou seja, os mais felizes entre os países com grandes desigualdades.

Comemoração é um modo de vida

O artigo lembra que os brasileiros são famosos pelo Carnaval, que seria a maior festa do País. Porém, ressalta que transformam qualquer ocasião em festa e demonstração de alegria. E dá os exemplos da Festa de São João e das comemorações de Réveillon.

Brasileiros se exercitam

O País tem a segunda maior indústria fitness do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo o site. Também os esportes ao ar livre, como futebol, vôlei, capoeira e polo colocam o brasileiro para “suar”. O resultado? Os brasileiros que têm em torno de 30 anos pesam, em média, menos que os americanos.

“Jeitinho” brasileiro

O site diz que o “jeitinho brasileiro” é um atalho para se conseguir o que precisa e que o pensamento é frequente em nossa rotina. Ainda, o jeitinho seria uma maneira de lidar com a burocracia ineficiente e muitas vezes corrupta do País, de acordo com a publicação.

Casas de sucos

Esses bares vendem lanches, frituras e alguns doces, mas os sucos nutritivos, smoothies e saladas de frutas são as principais atrações, diz o site. O número de nutrientes das frutas da cultura indígena não tem paralelo no mundo, segundo a publicação.

Beleza da arquitetura

As belezas naturais como o Corcovado e as Cataratas do Iguaçu não impediram o País de criar uma rica tradição arquitetônica. Tradição esta popularizada com seu maior expoente, o arquiteto Oscar Niemeyer, que desenhou inclusive a capital do País, Brasília.

Diversidade

O Brasil é a segunda nação negra do mundo, segundo o crítico americano Henry Louis Gates Jr. Só fica atrás da Nigéria, “mas ninguém sabe disso”, diz o estudioso.

Cafezinho todo dia

No Brasil, o tempo pode ser medido em uma pequena xícara de espresso, diz o artigo. Cada brasileiro consome, em média, 5,8 kg de café por ano, o que pode trazer benefícios ao coração, pressão, evitar diabetes e até alguns tipos de câncer, segundo pesquisas recentes.

Desigualdade está diminuindo

A desigualdade social tem caído 2,2 % ao ano, segundo estudo da Universidade de São Paulo. Também o índice de pobreza da população diminui 7,9% em cada ano, superando metas mundiais.

Música

Samba, pagode, axé, forró, rap, funk, choro e bossa nova: o site elogia a diversidade de estilos musicais do País.

Acesso à praia é um direito civil

As praias no Brasil são democráticas, um espaço público, diz The Huffinton Post. O País tem a maior costa da América do Sul e uma das 16 maiores do mundo. Pesquisas relacionam viver no litoral a níveis mais elevados de saúde.

Famílias brasileiras ficam unidas

Por fim, o artigo diz que a união familiar continua forte entre os brasileiros, mesmo com as famílias cada vez menores.

fonte: The Huffington Post

Rússia vai oferecer ao Brasil co-produção do caça de quinta geração T-50

A delegação russa, chefiada pelo ministro da Defesa, Serguei Shoigu, realizará entre 14 e 17 de outubro visitas ao Peru e Brasil. Nas conversações está prevista discussão das questões de cooperação militar e técnico-militar.

“Nas negociações no Brasil, estamos prontos para oferecer não só a compra de aeronaves modernas acabadas como o Su-35, mas também a produção conjunta de modelos promissores de aviões como o T-50,” disse um dos integrantes da delegação.

O Su-35 é um caça super-manobrável multimissão de geração 4++, que satisfaz todas as exigências dos caças de 5ª geração, à exceção das tecnologias stealth.

O PAK FA T-50 é um caça russo multimissão de 5ª geração. A aeronave deve entrar em serviço da Força Aérea da Rússia em 2016.

O projeto do T-50, do Programa PAK-FA, já conta com a participação da Índia, que disponibilizou cerca de US$ 25 bilhões e espera obter a versão de exportação do T-50 até 2018.

A Força Aérea Russa (FAR) receberá os primeiros T-50 de produção em série este ano, e comprará pelo menos 70 aeronaves.

O caça traz toda uma série de inovações para minimizar sua visibilidade aos radares. E também novos materiais estruturais e revestimentos, inteligência artificial, e componentes de hardware que elevam a indústria aeronáutica russa a um patamar completamente novo.

Um dos destaques do T-50 são os novos polímeros de fibra de carbono, com peso duas vezes menor do que o alumínio e quatro vezes menor que o aço. Como mais de 70% do revestimento da aeronave é composto por novos materiais, o resultado é um avião quatro vezes mais leve que os construídos com material comum.

Além disso, o T-50 se destaca por uma visibilidade reduzida aos radares, ópticos e infravermelhos. A área efetiva da superfície refletora da aeronave é de 0,5 m2, enquanto a do Su-30MKI é de 20 m2. Isso significa que, no radar, o Su-30MKI aparece como um objeto metálico de 5 por 4 metros, enquanto o T-50 tem uma imagem 40 vezes menor.

Dezenas de sensores colocados ao longo da fuselagem permitem controlar a situação em torno da aeronave, e trocar informações, em tempo real, com serviços terrestres e dentro de um esquadrão. Se não bastasse, um “piloto automático” oferece ao piloto da aeronave várias opções de ação. O T-50 é capaz de decolar e pousar em uma pista de 300 a 400 metros de extensão.

O caça possui elevada capacidade de manobra e alto nível de monitoramento. Um radar de matriz ativa faseada instalado na aeronave permite ao piloto ver tudo o que acontece a uma distância de várias centenas de quilômetros, e acompanhar vários alvos aéreos e terrestres ao mesmo tempo.

O armamento é transportado dentro de compartimentos internos, como exige a tecnologia Stealth. Esses compartimentos podem acomodar até oito mísseis ar-ar do tipo R-77 ou duas bombas inteligentes de 1.500 kg. A aeronave também pode levar em dois pontos duros sob as asas mísseis com capacidade para atingir alvos a uma distância de 400 km.

via Rádio A Voz da Rússia

Leia também > Geopolítica – O Esquadrão Poti agora é aqui

Funai pode perder monopólio da demarcação de terras indígenas no Brasil

Eduardo Rodrigues, 20, faz o 5º semestre de jornalismo da Faculdade do Povo de São Paulo (FAPSP) e é aluno do “7º curso Descobrir a Amazônia, Descobrir-se Repórter”, do Projeto Repórter do Futuro.

Por Eduardo Rodrigues

Como se não bastasse o cenário de redução das concessões de terra aos povos indígenas (observado desde o governo de Fernando Henrique Cardoso), uma declaração da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, feita no início de maio, tem reforçado ainda mais a angústia e a incerteza desses povos, que veem seu direito à terra sendo negligenciado. Gleise afirmou que órgãos do Governo Federal, como os ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Cidades, poderão influenciar nos processos de demarcação de terras indígenas – trabalho feito hoje exclusivamente pela Funai (Fundação Nacional do Índio). Com isso, a fundação indigenista poderá perder parte de suas atribuições, o que diminuiria ainda mais o ritmo no processo de reconhecimento das terras.

Gleisi critica a Funai por causa das falhas no processo de demarcação das terras. A ministra afirma que a fundação “não está preparada, e não possui critérios claros para administrar conflitos [entre povos indígenas e produtores rurais].”
Procurada para comentar as possíveis mudanças, a Funai, por meio de assessoria de imprensa, diz que prefere não se pronunciar sobre a questão.

Fotos:Nivaldo Silva
Prof.ª Ariovaldo Umbelino de Oliveira : “todos os descendentes de europeus que vivem no Brasil tem uma dívida com os índios. O território era deles e vem sendo tomado gradativamente”

Mas para a Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que trata da situação de trabalhadores rurais e conflitos no campo, atitudes como a da ministra deixam claro o compromisso do Governo com interesses políticos e do agronegócio, além de ignorar os direitos dos povos indígenas, garantidos pela Constituição. Em nota, a CPT diz que “as manifestações indígenas ocorridas nos ultimamente, revelam a total discordância destes povos com projetos que afetam sua vida e seus territórios”.
Para o geógrafo e professor titular de Geografia Agrária da USP (Universidade de São Paulo), Ariovaldo Umbelino de Oliveira, “todos os descendentes de europeus que vivem no Brasil tem uma dívida com os índios. O território era deles e vem sendo tomado gradativamente”, diz. O geógrafo afirma que mudanças como as que foram anunciadas por Gleisi não demonstram nenhum compromisso por parte do Governo com os nativos, e desrespeitam os indígenas. “A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) que é ligada ao Ministério da Agricultura, deve conhecer muito bem a parte de agronomia do País. Mas o que entendem os agrônomos, e que formação eles têm para decidir se uma área é ou não território indígena?”, questiona Ariovaldo.
Para a geógrafa Neli Aparecida de Mello-Théry, que também é professora associada da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (EACH-USP) e pesquisadora no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, o conflito de interesses pode tornar os processos de demarcação ainda mais lentos. “O interesse da Embrapa está no solo. O objetivo dela é melhorar as pesquisas para aumentar a produtividade da terra, achar onde produzir. Por meio de uma macrozoneamento, que é feito todos os anos, ela sabe qual é o melhor momento para plantar. É claro que se um território indígena estiver localizado em cima de uma terra roxa, que é a mais fértil, essa área não vai ser liberada para demarcação. Se a Embrapa passar a fazer laudos, eu tenho certeza que vão ter terras indígenas diminuindo por aí.”
Segundo Neli, a quantidade de procedimentos executados até que uma área seja homologada, isto é, registrada em nome de um grupo indígena, deixando de ser uma terra pública e tornando-se terra pública definida, é o principal fator para justificar a demora nos processos de demarcação. “A Funai é muito lenta. Os procedimentos adotados hoje pra fazer a demarcação são extremamente demorados, porque em cada fase de identificação, é deixado um prazo para que todos os envolvidos possam contestar. Você dá um passo à frente e volta dois. Na minha opinião os procedimento tinham que ser simplificados. Bastariam poucos laudos para definir uma terra como sendo território indígena.”

PEC 215

A proposta que muda o processo de delimitações das terras, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 215/2000, está em tramitação na Câmara dos Deputados, tendo sido discutida pela última vez em 05/06/2013 na Comissão de Legislação Participativa. A PEC transfere a competência das demarcações, que hoje é feita pela Funai, para o Congresso Nacional.
No novo modelo de delimitação proposto, serão levados em conta não só aspectos antropológicos, mas também, sociais e econômicos.

Conferência com Ariovaldo Umbelino de Oliveira

Na mira

Sobre o papel que irá desempenhar dentro do novo processo de delimitação das TIs, a Embrapa disse em nota, por meio de assessoria, que “não tem por atribuição opinar sobre aspectos antropológicos ou étnicos envolvendo a identificação, declaração ou demarcação de terras indígenas no Brasil”, e que essa é uma atribuição da Funai.
Esclarece também que irá contribuir apenas com “informações técnicas e científicas sobre a agricultura e a dinâmica do uso e ocupação das terras” e na elaboração de estudos.

Demarcação

Atualmente os estudos de identificação e delimitação das terras indígenas são fundamentados a partir dos critérios antropológicos e socioambientais definidos na Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973 (Estatuto do Índio), no Decreto nº 1.775, de 8 de janeiro de 1996 (onde consta o procedimento administrativo de demarcação das terras) e na Portaria 14/96/MJ (que estabelece regras sobre a elaboração do relatório circunstanciado de identificação e delimitação de Terras Indígenas), em conformidade com os termos do parágrafo 1º do artigo 231 da Constituição Federal.
O processo administrativo de regularização fundiária é composto pelas etapas de identificação e delimitação da área, demarcação física, homologação e registro das terras indígenas.
Entenda os procedimentos e termos:

• Em estudo: fase em que são realizados os estudos antropológicos, históricos, fundiários, cartográficos e ambientais para fundamentar a delimitação da terra indígena.
• Delimitadas: são terras que tiveram a conclusão dos estudos publicados no Diário Oficial da União pela Funai, e vão para análise do Ministério da Justiça, que faz a expedição de Portaria Declaratória da Posse Tradicional Indígena.
• Declaradas: o Ministro da Justiça declara o determinado território como sendo de uso exclusivo dos indígenas, que a partir dessa declaração, estão autorizadas para serem demarcadas. A declaração é feita após aprovação dos estudos pela Funai, que comprovam que as terras são tradicionalmente indígenas.
• Homologadas: são territórios que já foram demarcados e tiveram seus limites homologados pelo Presidente da República.
• Regularizadas – é quando a terra está totalmente regularizadas, com registro em cartório em nome da União e no Serviço de Patrimônio da União.

Segundo a Funai, as contestações são feitas até 90 dias depois da publicação do resumo do Relatório Circunstanciado dos Estudos de Identificação e Delimitação, no Diário Oficial da União e no Diário Oficial do Estado em que se encontra a área delimitada.
Somente depois das análises e das respostas fundamentadas para todas as contestações, é que os estudos são encaminhados ao Ministério da Justiça para homologação.

Constituição

O artigo 231 da Constituição Federal diz que “são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.” Já o segundo parágrafo do mesmo artigo impede que os índios detenham a posse permanente de terras, pois elas constituem patrimônio da União.
Ainda segundo a legislação brasileira, terra indígena é aquela ocupada tradicionalmente pelos índios, habitada por eles de modo permanente e utilizada para realizar suas atividades produtivas, “imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições” (parágrafo 1º do artigo 231).

Leia Também > 83% da floresta amazônica ainda está intacta

Pesquisas mostram que floresta amazônica está “engordando”

Obra de Stefan Zweig entra em domínio público (via NILNEWS)

.Apesar de ter vários livros publicados, o novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta e biógrafo austríaco Stefan Zweig ainda é pouco conhecido pelos brasileiros. Muitos repetem o sobrenome que Zweig deu ao Brasil, sem saber que é dele a autoria: “um país do futuro”. Em 2013, após ter completado 70 anos da morte do escritor, sua obra entra em domínio público, ou seja, qualquer editora poderá traduzir e publicar seus livros sem pagar direitos autorais. Com isso, os brasileiros ganham uma nova chance de explorar seu trabalho.

Traduzido para diversas línguas e com mais de 40 filmes baseados em sua obra, Stefan Zweig foi o principal autor a escrever biografias e novelas pelo viés da psicanálise. Quando publicou “Brasil, um País do Futuro”, um retrato um tanto ingênuo e otimista do país, foi taxado de simpatizante de Getúlio Vargas e do Estado Novo. Além dessa, “Maria Antonieta” e “O Mundo que Eu Vi – Minhas Memórias” são suas obras mais conhecidas.

Via NILNEWS

Azenha: “Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa” (via Blog do Renato)

Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.

Por Luiz Carlos Azenha*, no blog Viomundo

Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.

Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleiçà µes presidenciais não era imparcial.

Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.

Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.

Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.

Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.

Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a co bertura das eleições de 2006.

Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.

Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.

No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.

Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.

Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.

Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.

Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.

Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.

Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.

O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.

Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.

Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das O rganizações Globo para gastar com advogados?

O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.

Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.

Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.

Continue Lendo via Blog do Renato

A música do coração que vem do lixo (via Paraguay Teete)

O jornalPúblico de Lisboa, Portugal mostra uma  orquestra paraguaia que está causando sensação na América do Sul, a Orquestra de Instrumentos Reciclados, de Cateura, que reúne jovens músicos de uma favela que se valem das toneladas de detritos jogados em uma lixeira na região onde vivem.

Num aterro sanitário, graças ao ecologista Favio Chávez, nasceu uma orquestra onde latas se transformam em violinos e tubos de plástico em flautas.

Tocados por 25 meninos e meninas, serão expostos, em Abril, no maior museu de instrumentos musicais do mundo – ao lado do piano de John Lennon.

via Paraguay Teete

Deu no G1:Começa novo ciclo de vida para os quelônios do Rio Guaporé, em RO

Foto: Jácomo Antönio Mediote/Divulgação Ibama

O Projeto Quelônios do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) de Rondônia tem a meta de recuperar o estoque natural de quelônios no estado, principalmente tartarugas e tracajás. Desde o início do projeto, em 1976, a mudança foi significativa, em uma praia do Rio Guaporé em que desovavam 100 tartarugas e 83 tracajás no ano de 1983, no ano de 2010, desovaram de quatro a cinco mil fêmeas destas espécies.

Veja matéria completa no G1

-30.027704-51.228735