Arquivo da tag: biodiesel

Abastecendo no Cuniã. Põe gordura de jacaré no tanque aí, ô meu !

Uma equipe de pesquisa da Universidade de Luisiana descobriu que o  óleo obtido a partir da gordura de jacaré atende a requisitos de um biodiesel de alta qualidade e decidiram dar um novo rumo às toneladas de gordura desperdiçadas por ano.

Segundo os cientistas norte-americanos, a gordura de jacaré pode ser um excelente candidato para produção de biodiesel. O argumento é sustentado não apenas pelas características do lipídio animal, mas por ser uma possível solução para as 15 mil toneladas de gordura jogadas fora pelos estabelecimentos rurais que criam esses animais em cativeiro para fins comerciais.A indústria da carne de jacaré também envia quase 7 milhões de quilos de gordura para aterros por ano. Segundo pesquisadores, isso é um desperdício, já que a gordura do jacaré é uma grande fonte de biocombustível. “A gordura, cortada no processamento da carne, é rica em óleos que podem ser recuperados e transformados em biodiesel”, explica o cientista Rakesh Bajpai.

Em experimentos de laboratório, a equipe de Rakesh converteu com êxito 61% da gordura de jacaré em um líquido utilizável como biocombustível. “Óleo de jacaré pode ser usado como um estoque potencial de biodiesel e, dado que esta matéria-prima é tradicionalmente um produto de resíduos, seu uso deve resultar em custos de processamento reduzidos”, conclui o pesquisador. O biodiesel de jacaré é semelhante ao biodiesel produzido da soja, a principal fonte dos 2,6 bilhões de litros de biodiesel produzidos nos Estados Unidos em 2008. O uso da gordura de jacaré, em vez de soja, pode ajudar a conter o desvio de culturas alimentares para combustível, o que é muito positivo em um mundo que enfrenta a escassez de alimentos. Já para a indústria do jacaré, os répteis são cultivados por causa de sua pele e carne. A pele acaba em carteiras, botas e cintos, enquanto a carne aparece em menus. A gordura é resíduo.

Os 7 milhões de quilos de gordura de crocodilo poderiam fabricar 4,73 milhões de litros de combustível com um teor de energia que é 91% tão grande quanto o diesel de petróleo. O custo de processamento seria de cerca de 3,86 reais a cada 3,79 litros, não incluindo o transporte da presumivelmente gratuita gordura.

Pobres jacarés. Sempre sifu.  De objeto de desejo de madames a necessidade de consumo de marias-gasolina de plantão. Quá !

via MSN

-30.027704-51.228735

Borra de café produz biodiesel

Por Júlio Bernardes , da Agência USP

Uma Pesquisa do Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia da USP demonstra que o óleo essencial extraído da borra de café é uma matéria-prima viável para a produção de biodiesel. A elaboração do combustível a partir do resíduo foi testada pela professora de química Denise Moreira dos Santos em escala laboratorial. O estudo recomenda a produção do biodiesel em pequenas comunidades, para o abastecimento de tratores e máquinas agrícolas.“No Brasil, há um grande consumo de café, calculado em 2 a 3 xícaras diárias por habitante, por isso a produção de resíduo é intensa em bares, restaurantes, casas comerciais e residências”, conta a professora. “O óleo essencial, responsável pelo aroma do café, já é utilizado em química fina, mas sua extração diretamente de grãos de alta qualidade é muito cara”.

A borra do café também contém óleos essenciais, que podem contaminar o solo quando o resíduo é descartado no meio ambiente.O processo de obtenção do biodiesel é o mesmo adotado com outras matérias-primas. “O óleo essencial é extraído da borra de café por meio da utilização de etanol como solvente”, conta Denise. “Após a extração, o óleo é posto em contato com um catalisador alcalino, que realiza uma reação de tranesterificação com a qual se obtém o biodiesel”. As características dos ácidos graxos do óleo essencial do café são semelhantes aos da soja, embora estejam presentes em menor quantidade. A partir de um quilo de borra de café é possível extrair até 100 mililitros de óleo, o que geraria cerca de 12 mililitros de biodiesel. “No Brasil são consumidas aproximadamente 18 milhões de sacas de 60 quilos de café, num total de 1,08 milhões de toneladas, o que irá gerar uma quantidade considerável de resíduos”, aponta a professora.   “Sua utilização é indicada para pequenas comunidades agrícolas, que produziriam seu próprio biodiesel para movimentar máquinas”, sugere. Denise lembra que em algumas fazendas de café, a borra é armazenada no refrigerador para ser usada como fertilizante. “Entretanto, seu uso frequente pode fazer com que os óleos essenciais contaminem o solo”, alerta.
-30.027704-51.228735

Por quê na Amazônia nenhum deputado ousa propor o uso do biodiesel B-100 nos ônibus ?

Nem Rio Branco, nem Porto Velho, nem Boa Vista, Manaus, Belém, Macapá… Nada. Nas capitais e principais cidades amazônicas ninguém propõe, corajosamente, que as frotas de ônibus usem o biodiesel B-20 ( concentração de 20 % de biodiesel produzido por matrizes renováveis) ou mesmo o B-100, o biodiesel puro, que reduz as emissões de gás carbônico em até 90 %.

Porto Velho e seus distritos, por exemplo, por conta do transporte dos trabalhadores das usinas se entupiram de ônibus que queimam diariamente o pior tipo de diesel, o mineral, liberado para venda a pequenas cidades ou campo e que dispersam na atmosfera uma quantidade absurda de enxofre.

Não se ouviu um pio vindo da Assembléia Legislativa de Rondônia, propondo a adoção do biodiesel B-20 neste caso e até no transporte rodoviário urbano de passageiros nas cidades de Rondônia, que hoje enfrentam o caos do trânsito por conta das dezenas de obras implantadas pelo PAC .

Os deputados nem precisariam muita criatividade, como costumam se gabar nas propagandas de mau gosto da ALE. Bastaria seguir o exemplo da Coca-Cola e da Man Latin America, que se uniram num projeto inédito de motores com injeção inteligente movidos a biodiesel B-100, sem qualquer perda da capacidade e potência. Em março de 2009, a MAN completou a compra das operações brasileiras da Volkswagen Caminhões e Ônibus, criando a MAN Latin America.

Inédita no País, a tecnologia Dual Fuel contribui para a redução das emissões de CO2 em até 90%, além de emitir menos material particulado. Gerenciado eletronicamente, sem a adição de qualquer aditivo especial, o novo sistema permite o monitoramento de sua operação, ajustando o fornecimento do combustível apropriado para o motor a cada momento – biodiesel ou óleo diesel comum –, por meio de uma unidade dosadora.  Hoje , através de norma da ANP, é obrigatória a adição de 5% de biodiesel, o chamado B-5.

Quem sabe algum, em algum estado, tenha alguma preocupação puramente ecológica…Tem até usina pronta sendo vendida em Rolim de Moura, veja só.

-8.761825-63.90196

Meio-ambiente : TAM fará vôo experimental com biodiesel

O presidente da TAM, Líbano Barroso, disse hoje que a empresa fará um voo experimental em setembro utilizando “biodiesel derivado do pinhão manso, o “Jatropha curcas L.”   Ele fez essa afirmação durante sua palestra no painel “Desenvolvimento e Tendências para as Companhias Aéreas”, na Cúpula União Europeia – América Latina da Aviação Civil, que se realiza nesta semana no Rio de Janeiro. O pinhão manso já vem sendo pesquisado há bastante tempo pela Brasil Ecodiesel, uma das gigantes do setor de combustíveis verdes.

Segundo Barroso, o voo será sem passageiros e vai durar apenas 45 minutos. “Vamos utilizar 50% desse biodiesel, e o teste será feito a partir do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro”, explicou o presidente da aérea.  Os aviões comerciais são uma das grandes fontes poluidoras do nosso planeta contribuindo em grande escala para o aquecimento global e o efeito estufa.  Não se tem notícia de que outras aéreas como GOL, AZUL, WEBJET e AVIANCA, para citar as líderes em “market-share” tenham algum tipo de preocupação ambiental neste sentido.

O biodiesel já é adicionado por lei, à proporção de 5 % no diesel consumido no país e já há uma campanha para a adoção do B10, ou seja, adição de 10 % de biodiesel no diesel vendido nas bombas. Ele é considerado um combustível ecológico, por ser biodegradável, não-tóxico e praticamente livre de enxofre e aromáticos. Resulta na redução de até 78% de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos, quando comparado com a queima do diesel mineral. É produzido por tecnologia de produção nacional, simples e conhecida e além disso, pode ser enquadrado no mercado de créditos de carbono. Rondônia e o Norte são vistos como possíveis produtores de biodiesel, que pode regenerar áreas já degradadas com o plantio do pinhão manso, que não tem utilidade comestível e representa um grande avanço na busca dos combustíveis renováveis.  Outras fontes , em menor escala, para produção de biodiesel são o sebo bovino, que até então tinha pouquissima utilização e por isto, preço de venda muito baixo.

Pouca gente sabe, mas Rondônia já produz biodiesel.

Já pensou ?

Chique no “úrtimo” ir prá Europa com combustível produzido em Rolim de Moura, Vilhena e Chupinguaia !