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Manaus está triste : Morreu aos 77 anos Armando Dias Soares, o dono do tradicional Bar do Armando

O Amazonas perdeu um de seus maiores boêmios na tarde desta terça (10): Armando Dias Soares, dono do “Bar do Armando”, localizado no Centro de Manaus, faleceu no Hospital Beneficente Portuguesa aos 77 anos. Os problemas de saúde do comerciante tiveram início no dia 5 de janeiro, quando ele apresentou dificuldades de respiração e foi levado às pressas por familiares para o hospital. Armando foi um dos criadores da Banda da Bica, uma das bandas de carnaval mais tradicionais de Manaus. O empresário fundou o Bar do Armando há mais de 40 anos e fazia questão de atender, pessoalmente, a sua clientela. As especialidades do local sempre foram o bolinho de Bacalhau e o sanduiche de Pernil, acompanhado de uma boa Cerveja gelada. Diz a lenda que as iscas e os sanduíches eram mais gostosos porque ele coçava as costas com a faca que cortava o pernil.  No começo  , Armando vendia de tudo , da batata ao charque. Mas não resistiu à concorrência do comércio como as Lojas Americanas, que também vendiam de tudo e ele decidiu pelo bar, que já vendia bastante cerveja. O bar também serviu de sede para a tradicional Banda da BICA (Banda Independente da Confraria do Armando), festa que sempre trazia temas políticos ao carnaval de Manaus.  A última edição carnavalesca da Banda da Bica aconteceu em 2011 e contou com a presença, segundo a Polícia Militar, de 50 mil pessoas que lotaram as imediações de um dos principais cartões postais de Manaus, o Teatro Amazonas.
Depoimentos de frquentadores do local :
Não dá pra esquecer dos garçons,
incentivados pela etiqueta do lendário Armando, seu chefe e, em alguns casos, pai, enquanto traziam aquela gelada cerveja já iam enchendo seus própios copos.
Certa vez pedi uma Bohemia em lata e fui servido com uma que estava dentro de um imenso cubo de gelo.
Pedi então que ele trocasse, já que aquela deveria estar congelada. Ele, sutilmente, quebrou o gelo em volta com uma faca de açougueiro, bateu a lata no balcão e esbravejou:
– Se esta porra estiver congelada eu dou o meu cu!!!
Não estava congelada, mas a partir daí passei a pedir cerveja na garrafa, me pareceu mais seguro. (Fernando Figali)

Gelo tamanho “iceberg” no meu whisky, assepsia total daquela “peixeira” com a qual cortava o pernil, aquele pano de prato (ou seria de chão?) extremamente limpo que ele enxugava o rosto e depois passava nas mesas, amabilidade, trejeitos, etiqueta e educação ostrogóticas, uma frase e cento e oitenta e três palavrões…Muitas emoções… Com certeza irá deixar saudades… (Alex)

Porra, Loris, eu sou gremista , traz uma gelada senão eu vou lembrar do Baltazar naquela final no Morumbi….etc,etc,etc ( B. Bertagna )

Aguardando os depoimentos de Bepi Cyrino, Andréa Mayumi, Renato Pitanga e André Bazzanella dentre outros…