Os gados e suas ídolas – GrandRug
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Por W.J.Solha
O documentário biográfico de Marcus Vilar e Cacá Teixeira sobre o “Rei do Ritmo” , nascido José Gomes Filho – Alagoa BB Grande, 1919, Brasília, 1982 – é perfeito, o que será fatalmente confirmado por prêmios em todos os festivais de cinema de que fizer parte. Sólido, estruturado em depoimentos do próprio protagonista e dos que lhe foram próximos, o filme alarga o conhecimento da importância de sua grande passagem pela música popular brasileira, através de comentários precisos como o de Bráulio Tavares – que analisa a origem do contundente “swing” de Jackson – o que é realçado pela notável interpretação do “Chiclete com Banana”, por Gilberto Gil.
A obra de Marcus Vilar e Cacá Teixeira vai fundo, também, no que concerne ao ser humano que Jackson foi. O êxodo da família extremamente pobre – de Alagoa Grande pra Campina – em quatro dias… a pé, liderado pela mãe viúva ( Flora Mourão, cantadora de coco ), mais a fome que ele – depois de tanto sucesso – passou no Rio, com a mulher – Neuza Flores – por força de um grave acidente de automóvel, que o impediu de trabalhar por longo tempo, mais a generosidade com que, por exemplo, recebeu o conterrâneo Antônio Barros ( que chegava pra tentar a sorte na então capitão federal, segundo depoimento do próprio futuro parceiro de Cecéu ) são todos tão marcantes quanto a narrativa de Elba Ramalho de como foi seu encontro com o Jackson no aeroporto de Brasília, em que ele insistiu que iria se apresentar num show, na cidade, apesar de se sentir enfartado. Aliás, um dos grandes momentos do belo relato é a inserção de uma disparada de ambulância, ao som da sirene, até encerrar a abertura do filme na escuridão de um viaduto, o relato da morte voltando no final do poderoso flashback que é o documentário, no igualmente belo voo sobre Alagoa Grande – até a casa onde tudo começou e que hoje é seu museu.
A presidenta Dilma Rousseff inaugura nesta sexta-feira (21), em Cabrobó, no sertão de Pernambuco, a 531 quilômetros de distância da capital pernambucana, as obras do canal de transposição do Rio São Francisco que atenderá cerca de 12 milhões de famílias do semiárido nordestino.
A inauguração desta obra será o ponto de partida do eixo norte da transposição do “velho Chico”. As bombas farão a captação da água do rio para o canal principal.
Em um ato simbólico, a presidenta deve ser a primeira pessoa que vai ligar os motores de captação de água. Quando estiverem em pleno funcionamento, as duas bombas levarão a água do rio São Francisco até a barragem de Terra Nova, passando em um percurso de 45 km de extensão por quatro aquedutos e o reservatório de Tucutú.
Em sua página no Facebook, o ex-presidente Lula comemorou o grande feito e ainda mandou um recado para os pessimistas: “Aquilo que muitos diziam ser impossível pode se tornar realidade”. Ainda segundo postagem, “esse projeto aguardou séculos, desde o Brasil Império, para ser tratado como prioridade e sair do papel, o que começamos a fazer em 2007. Agora, colhemos os primeiros frutos”, disse.
via Vermelho
Ipojuca – PE, 14/05/2015. Escav Reconhecimento cerimônia de Inauguração do navio André Rebouças e batismo do navio Marcílio Dias. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
Dois navios com tecnologia obsoleta e com aparência de terem sido remendados na funilaria da esquina foram lançados hoje em Pernambuco. Como nessa época se festeja qualquer coisa de bom que raramente acontece neste desgoverno da búlgara usurpadora do cargo-mor, um , o André Rebouças foi inaugurado. O outro, o Marcilio Dias, foi batizado. Esperem para logo, outros eventos com os mesmos navios (aniversário, bodas de prata, cenario de novela ) qualquer coisa serve no sentido de lograr o pobre do eleitor. Apesar de comunicada pelo seu serviço secreto que poderia haver manifestações negativas, a Presidenta se submeteu a uma saraivada de impropérios, caras feias e selfies raivosos. Para se perceber como anda manietada a nossa outrora brava Marinha, até altos oficiais se ofereceram para aparecer ao lado da escarlate usurpadora, tendo como cenário ao fundo, os painéis obsoletos dos barcos, quiça reaproveitados do U-17 Parnaíba. Lamentável !
Açodadas pela crise econômica diariamente denunciada pela analista da GNews Magazine , Merval Leitão as montadoras estão a todo custo fugindo do Brasil. Quando não conseguem tal feito , instalam velhas fábricas obsoletas que montam (argh, ) segundo o ex-playboy da high society política , verdadeiras “carroças” já em desuso no resto do planeta para abastecer o mercado latino americano. E prá piorar a conjuntura, ainda vão se instalar nos rincões afora deste Brasil varonil, desprezando as verdadeiras forças locomotivas de São Paulo e Paraná, comandadas por homens sérios e comprometidos. Estes ítalo-ianques vão acabar quebrando a cara, com uma fábrica, que não é de rapadura, tocada por 9.000 operários comedores de gerimum. Lamentável !
Brejo da Madre de Deus– PE, Brasil- Imagens da encenação da Paixão de Cristo 2015, em Pernambuco. A temporada 2015 da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém no Distrito de Fazenda Nova, em Brejo da Madre de Deus Agreste pernambucano. O espetáculo – que já atraiu mais de 3,5 milhões de espectadores ao longo dos 48 anos de encenação – ocorre até o dia 4 de abril.
Oleksander Kiva, vice-presidente da Antonov Company, a fábrica de aviões Antonov, da Ucrânia, vai desembarcar em Salvador na próxima semana para assinar o protocolo de intenções com o governo baiano para instalar-se na Zona de Processamento e Exportação (ZPE) de Ilhéus. As conversas já aconteceram com o governador Rui Costa, que delegou os secretários João Leão (Planejamento) e James Correia (Indústria e Comércio) para arrematar os ajustes finais.
A Antonov vai fabricar inicialmente aviões AN 38-100, de 27 lugares, mas também fabrica hoje o bombardeio Sukhoi, um supersônico militar com capacidade para carregar oito mísseis. No caso, a ideia não é abrir uma filial brasileira e sim transferir a fábrica da Ucrânia para cá. A empresa virá trazendo para cá toda a tecnologia.
O vice-primeiro ministro russo em visita ao Brasil em dezembro, teria tentado se reunir com a Embraer, que se recusou a recebê-lo para discutir uma associação. A aproximação com o Brasil se deu por conta das brigas entre a Ucrânia e a Rússia. Ou seja, lá o espaço ficou curto. Minas Gerais está querendo levar a Antonov para lá. Ilhéus está na vantagem: tem projetados porto e aeroporto e já em andamento a ferrovia.
Produção – Fundada em 1946 por Oleg Antonov, a Antonov já construiu mais de 22 mil unidades de cem tipos diferentes de aviões: de guerra, transporte de passageiros e usos diversos. Tem mais de 12 mil funcionários e está em 76 países.
ZPE em janeiro – Criada há 17 anos, a ZPE de Ilhéus tem prazo para começar a funcionar: janeiro de 2016. Otávio Pimentel, presidente da ZPE, diz que há várias empresas interessadas, mas pedem sigilo até assinarem o protocolo de intenções.
via Aereo
As histórias do cangaço e dos cangaceiros povoam a memória do brasileiros. Narrados em lendas, canções populares e cordéis, seus feitos passaram a fazer parte de nossa cultura. O fenômeno, que remonta ao século 18, se tornou mais conhecido e comentado no momento em que os meios de comunicação passaram a divulgar os feitos de Lampião, Maria Bonita, Corisco e tantos outros. Mais do que todos, Virgulino Ferreira, o Lampião (1898-1938), fez uso desses meios, em especial da fotografia, para popularizar o movimento – levando-o para as páginas dos jornais -, e também apresentar os seus seguidores.
Na maioria das vezes, as imagens foram realizadas por anônimos, que se encontravam com o bando no meio do sertão, ou por fotógrafos como Pedro Maia e Lauro Cabral de Oliveira, que registraram uma viagem de Lampião a Juazeiro do Norte, em 1927. Mas quem se consagraria como o “fotógrafo oficial” de Lampião seria o mascate libanês Benjamin Abrahão (1890-1938), que acompanhou a saga do rei do cangaço, fotografando e filmando seus feitos. Parte desse acervo, já reunido no livro Iconografia do Cangaço (Editora Terceiro Nome/2012), pertence ao pesquisador Ricardo Albuquerque, diretor do Instituto Cultural Chico Albuquerque, em Fortaleza.
Agora, Ricardo Albuquerque selecionou 100 entre as melhores imagens, feitas por vários profissionais, para lançar a Coleção Cangaceiros, um registro sistematizado sobre o movimento no Brasil que não deixou de fora as volantes, que eram grupos de policiais disfarçados contratados pelo governo para perseguir os cangaceiros.
Com texto de apresentação de Rubens Fernandes Jr., no total, foram criadas 40 caixas destinadas a um público colecionador: “Muitas das imagens não têm grande qualidade técnica, mas possuem um incrível valor histórico. É um álbum fotográfico. São imagens soltas, sem texto ou legenda”, comenta Albuquerque.
A coleção foi lançada na Mira Galeria de Arte, em São Paulo. Além das imagens, acompanha a caixa um audiovisual de 14 minutos que mostra Lampião, filmado pelo próprio Benjamin Abrahão.
Material histórico
A relação de Ricardo Albuquerque com o acervo não é gratuita, visto que ele pertence a uma família que, desde sempre, esteve ligada à fotografia e ao cinema. Seu pai, Chico Albuquerque, foi um dos pioneiros da foto publicitária no Brasil, e seu avô, Adhemar Albuquerque, foi quem ensinou o mascate libanês Benjamin Abrahão a fotografar, na década de 1930: “Meu avô gostava muito de fotografar e fazer documentários”, explica Ricardo. “Em 1934, ele foi filmar o funeral do Padre Cícero e ali conheceu Benjamin Abrahão, que, na época, era o secretário do Padre Cícero.”
Abrahão já conhecia Lampião desde 1926, quando Virgulino foi até Juazeiro do Norte pedir proteção para ele e seu bando. Após a morte do padre, o libanês solicitou permissão ao rei do cangaço para acompanhar suas andanças e registrar seus feitos. Foi aí que ele foi em busca de Adhemar Albuquerque, que, além de lhe ensinar a utilizar a câmera fotográfica e a filmadora, ainda lhe emprestou o equipamento.
A maior parte das imagens é de fotografias posadas, retratos e, muitas vezes, até encenações de batalhas. Um material historicamente importante, um inventário que desvenda o cotidiano desse movimento tão perseguido pelo governo de Getúlio Vargas. A maioria dos registros foi entre 1936 e 1937, captando os últimos dois anos do bando. Cenas do dia a dia que apresentam seus costumes, como viviam suas mulheres, a alimentação, as danças, os esconderijos, até a clássica imagem das cabeças cortadas dos sete líderes do cangaço, após a dissolução do movimento pelas forças governamentais.
Um registro histórico que foi sendo enriquecido com o tempo e acabou por tornar visível e perpétuo o que a clandestinidade deveria esconder.
A Mira Galeria de Arte fica na rua Joaquim Antunes, 187. As fotografias do livro estão expostas e podem ser vistas até o dia 13 de fevereiro.
via O Nordeste
Caetano Veloso na sua coluna semanal, publicada neste domingo (20) pelo jornal A Tarde, recomenda a visualização de um pequeno filme amador familiar (6 min) realizado no interior de Goiás. “É um dos mais belos filmes brasileiros recentes […] sendo ele mesmo um milagre, versa sobre uma situaçao milagrosa”, comenta Cae. De fato, o pequeno filme nos põe dentro de uma situação surpreendente, que arrebata aquela família e que nos arrebata junto. Instante fugaz de vida que – ao ser registrado – nos fornece imagens e sons que dizem muito, comenta Caetano, sobre a sociedade brasileira neste momento.
“Uma família goiana faz um pequenique no que parece ser uma praia lacustre (ou será um trecho represado de rio?). (O rapaz que filme e comenta pronuncia a palavra “tornadinho” de modo reconhecivelmente mineirissimo, mas, para efeitos de sotaque, Goiás é o grande Minas, além de, como Guimarães Rosa, o rapaz usar também a forma “redemunho”). Ele acaba de perder um redemoinho que diz ter tentado filmar. Outro se inicia. Ele tenta acompanhá-lo com a câmara. O que se segue é sempre de igual beleza – e representatividade dos movimentos que se passam na sociedade brasileira”, continua o artista baiano.