Lançado o documentário Entre Mitos e Trabalhadores da EFMM – Os Gregos

 

Lançado nesse mês de junho o documentário ENTRE MITOS E TRABALHADORES DA EFMM – OS GREGOS, de Fernanda Kopanakis, projeto contemplado pela lei Aldir Blanc – edital 35/2021/Sejucel/Codec – Governo do Estado de Rondônia, 2a edição Jair Rangel Pistolino – prêmio de produção audiovisual e artes cênicas. eixo ii – produção de media metragem categoria b – produção de obra audiovisual, narra a história dos gregos que trabalharam no inicio do século XX na Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM).
Os gregos fazem parte da história brasileira há pouco mais de um século e meio. Se comparada a outros fluxos imigratórios de estrangeiros que adotaram o Brasil como morada, por motivos diversos, a comunidade grega no Brasil é pequena. Pouco sabemos ou quase nada, sobre os imigrantes gregos que aqui vivem ou viveram.

Ao pensarmos na imigração para a Amazônia, temos como referencias maiores a importância da presença estrangeira, na formação social e econômica, em especial, durante as ultimas décadas do século XIX, e primeiras do século XX, da presença de portugueses, espanhóis, ingleses e japoneses, via o porto da cidade de Belém. No tocante a presença dos gregos na Amazônia e na EFMM, pouco sabemos e temos como referencia o trabalho inédito da jornalista e historiadora grega Vassiliki Thomas Constantinidou, que publicou o livro Os Guardiões de Lembranças, Memória e História dos Imigrantes Gregos no Brasil, resultado de sua pesquisa junto à sociedade helênica em São Paulo.

A diretora, neta de um dos gregos que veio de Creta para a construção da EFMM, em seu documentário descreve quem eram eles, como chegaram até a cidade de Porto Velho e Guajará-Mirim, de que parte da Grécia eram provenientes, e com o término da construção da EFMM, qual o destino dos mesmos, em especial junto as cidades de Guajará-Mirim e Porto Velho.

O tempo se encarregou em apagar parte dessa história, mas os que aqui permaneceram e constituíram família deixaram costumes, referencias culturais e histórias ainda a serem descortinadas, o qual o filme fez esse caminho, a partir de uma narrativa em primeira pessoa e o encontro com descendentes que vivem em Rondônia.

Nos depoimentos encontramos relatos comoventes de descendentes gregos em Rondônia e na Bolívia, como: Aquiles Meletis Karageorge, Marta Russelakis de Oliveira, Mistis Manussakis Barbosa, Manoel Manussakis , Ássimo de Nazareth Trifiatis, Nicolau Hatzinakis, Jorge Vassilakis, e ainda libaneses Toufic Tanous Bouchabki e Floriza Bouchabki Aléxis.

O documentário se apoia a partir pesquisa de Vassiliki Thomas Constantinidou e Felippe Jorge Kopanakis, e tem na direção de fotografia o cineasta Jose Jurandir da Costa, na edição e montagem Ivan Angelis e ainda na produção local a professora Mary Bouchabki.

O documentário além das entrevistas realizadas contou com as fotos do Danna Merril do Acervo do Museu Paulista da Universidade Federal de São Paulo, documentos do Biblioteca do Arquivo Nacional e acervos das famílias. A musica ficou por conta dos arquivos de domínio publico, Alvorada (Aurora Luminosa: música brasileira no alvorecer do séc.XX), de Antônio Carlos Gomes, executada pela Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense.

O documentário pode ser encontrado de forma gratuita no link:

E ainda Seminário Virtual sobre imigração grega no Brasil e na Amazonia com a escritora Vassiliki Thomas Constantinidou, https://www.youtube.com/watch?v=I3j0vwZ1Z9g&t=344s

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