O Grande Irmão – Big Brother (via Blog do Chico Miranda)

Somos talentosos, ninguém pode negar. Sempre encontrando formas de extravasar os instintos animalescos de muitos, mesmos tendo consciência do que é certo ou errado, levamos nossos expectadores a vivenciar formas temporais da satisfação pessoal, oscilando entre a linha tênue do bem e do mal, e, como tal, entrelaçamos conceitos infinitamente discutíveis do que é certo ou errado. Conjecturamos nossa visão da maldade de tal forma, que até a mais das dignas almas passa a ver a maldade como, simplesmente, um ponto de vista diferente. Somos mestres em relativizar virtudes, na verdade, vendemos a imagem de que tudo é relativo, acreditamos que dessa forma podemos ter um portfólio de produtos mais incrementados, sim, isso mesmo, vendemos a imagem de pessoas vazias e dizemos que ela – a pessoa – é um estereótipo a ser seguido, mesmo que a ironizemos e descartemos assim que não servir mais aos nossos propósitos capitalistas. Queremos veicular nossa marca enquanto for rentável e através da nababesca futilidade, atender a uma alienação de uma nação fútil, viciada por produtos ligados a pessoas fúteis, para tanto, sempre chamaremos de heróis homens e mulheres fantoches que não identificam nem mesmo a sua cidade natal no mapa, mesmo que esse adjetivo tenha sido usado para designar outra coisa no passado.

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