
Foto: Fabio R. Pozzebom/ABr
Por Olímpio Cruz Neto
Em 1989, militava no Partido Comunista Brasileiro (PCB), a mais completa escola de formação política brasileira. Uma tradição de inteligência e perspicácia para compreender a política que rompeu pelo menos duas ditaduras e fez milhares de jovens acordarem para a realidade nacional.
Eu era um militante animado. Ainda estudante de jornalismo, tinha dois empregos – assessor de imprensa em um órgão do governo e repórter de cidades num jornal brasiliense criado por Oliveira Bastos. Trabalhava como um condenado. E encontrava tempo para namorar, ler e militar no movimento sindical e estudantil. Era um idiota. Tinha 23 anos.