O historiador Eric Hobsbawn nasceu em 1917 e acaba de morrer, no dia 1º deste mês. Junto a uma série de historiadores britânicos como Maurice Dobb, Rodney Hilton, E. P. Thompson e Christopher Hill, fundou em 1952 a revista “Past and present” e protagonizaram uma importante renovação historiográfica. Muitos deles abandonaram o Partido Comunista após a invasão à Hungria em 1956; Hobsbawn permaneceu nele desde sua filiação em 1935. A desaparição de Hobsbawn deu lugar a uma manifestação de valorização quase unânime no mundo acadêmico a respeito de sua trajetória, ainda que a maioria prefira acentuar que, em que pese sua adesão ao marxismo, cujos traços julgam presentes em toda sua obra, “seu talento de historiador os relativiza e minimiza”1. Contudo, encontramos as maiores contribuições de Hobsbawn naqueles trabalhos que melhor expressam uma interpretação marxista da história. Sua análise acerca das revoluções burguesas, por exemplo, constituem trabalhos incontornáveis para compreender estes processos históricos.
A propósito do falecimento de Eric Hobsbawn – Um historiador a serviço da classe trabalhadora? (via culturaemarxismo)
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