Por Beto Bertagna
Sinta mais o mundo ! E leia menos ! Ou melhor, qualifique sua informação.
É muita porcaria , é muita coisa mal escrita, mal articulada, que não vai lhe servir prá nada ! Falta conteúdo, falta vivência e às vezes um pouquinho de educação. Ética é uma palavra distante congelada dentro de um iceberg.
Faça um teste com um saite destes de fofocas políticas, esprema bastante e veja o que sobra de realmente relevante. Te aconselho, irmão, a lavar as mãos com creolina, no caso despoluir os olhos,coração e mente com 1/2 hora de um belo por do sol ou com a lua que insiste no meio das nuvens.
Até este bravo blog se vc achar que não lhe traz nada, nenhuma emoção mais recôndita, nenhuma informação importante, mande-o para as calendas do inferno, faça-o queimar na mármore fervente do belzebu.
É uma profusão de endereços virtuais, senhas, perfis, links, informações digitais de qualidade, outras tão idiotas parecendo escritas por quem acabou de sair do Mobral ( quá…. esta é antiga !).
O You Tube, o Orkut, o Facebook e o Twitter talvez não passem de modismos efêmeros, como tantos outros já houveram e haverão. ( Lembrei disto, há pouco, do modismo do rádio-amador Faixa Cidadão, o famoso PX da década de 80, talvez o nosso Twitter de hoje.)
Todo mundo perde tempo e , muitas vezes, fica com a cabeça embaralhada com o excesso de informação, perde o foco no trabalho, perde o foco no carinho, perde o foco na paixão, no amor, na família…
Não quer ficar de fora dos bate-papos virtuais mas mal cumprimenta a mulher quando chega em casa, isto se ainda tem mulher, se os filhos não embarcaram no mesmo delírio da loucura cotidiana.
Fazer um site é relativamente simples. Todo jornal está direcionado para algum grupo político. Isto é normal, os grandes grupos editoriais explicitam sua posição em longos editoriais e os seguem quem quiser. E no leque multifacetado do arco-íris midiático infelizmente também existe a cor marrom. Nesta coloração que lembra outras coisas, o $ite fala bem, ou então o $ite fala mal e isto pode mudar em questão de horas, quase sempre o tempo que demora a compensação bancária ou o depósito on-line.
Por isto, crie a sua meta , não seja refém dos outros e questione sempre as entrelinhas, ou até mesmo a veracidade das notícias. Em Rondônia temos excelentes profissionais, ótimos jornalistas que já labutaram nos grandes jornais de SP, RJ, PR, RS e que se equiparam aos melhores do país. O problema é que a cultura digital tá virando um delicioso inferno, com mil fóruns, workshops, zilhões de blogs, redes sociais que parecem reunião de diretoria das empresas, onde vale mais fazer uma participação inteligente prá marcar o seu espaço como um cachorro mija no pneu ou no poste.
Sinceramente, blogueiros, tuiteiros, orkutzeiros ou o raio que o parta, acho que ainda mais vale a boa idéia na cabeça e isto é uma coisa cada vez mais rara.
E se não for cineasta e não tiver a câmera na mão, como diria Glauber, vá olhar o por do sol do rio Madeira com olhos infantis ao lado da pessoa amada. Ou o Guaporé, o Mamoré, ou qualquer igarapé…
Só não sugiro jogar os notebooks, netbooks, laptops, Iphones e o escambau ( cheio de baterias de litio e niquel-cadmio, venenosas) no leito do rio prá não poluir ainda mais o nosso frágil ecossistema que ainda vai nos cobrar todas as nossas irresponsabilidades reais e virtuais.
Amemos, meninos e meninas, amemos o por do sol que ainda nos resta e nos recarrega as baterias mais do que qualquer tuitada propositalmente espirituosa…
Prefiro ainda um por do sol tímido e autêntico, recheado de nuvens insistentes e teimosas que deram prá infestar o céu de Rondônia do que uma centena de bytes frios e teclados quase sempre por um aspirante a robô, escondido atrás de um monitor e se achando o dono da última Coca-Cola do deserto !
Quáááá ! Tenho dito !
(Crônica escrita num velho guardanapo, por este modesto aspirante a blogueiro na Casa da Moeda, na Rua da Moeda no Recife/PE, escutando frevo autêntico tocado por uma orquestra de metais e degustando uma , pasmem, “Norteña” uruguaia de litro, logo depois de ter dado um abraço caloroso no grande escritor Alberto Lins Caldas e conhecido a Cyane. Isto que é globalização, cáspite ! E chega porque é a hora do galo.
Beto:
1) Os idiotas da internet:
http://www.andriciodesouza.com/2011/11/os-idiotas-da-internet.html
“Isso também passará…”
2) Alguém passou e viu a pag. aberta e perguntou:
(a) Quem é o marciano?”
(“Alô, alô Marciano. Aqui quem fala é da Terra”. Leve-me ao seu líder, o tal de Mr. Hulk).
(b) É aquele seu esquisitíssimo? NÃO!!! O meu é francês!!! Em comum, só o fato de que ambos vieram de um “futuro distante”, de outras dimensões e nem me venha com teste carbono…
Óculos: comprado num brecho fuleiro no centro da cidade/RJ. Cosmopolita e mundano ensinou-me: usado na neve (serve para duna potiguar?) para evitar os reflexos dos cristais… Feio, estranho e de lente azuis. Porém, quando o Sol manda ver, não consigo usá-los mais de 10 mins sem que alguém peça emprestado… hehehe!
3) Sol? Nascendo, se pondo, encontrando com a Lua, atrás das nuvens, prometido para amanhã …, sempre a 1a. escolha!
(Lembrar: Aplaudir – oi?! Liberado o gasshô – Pisc*)
4) Tenho em mãos: guardanapo de papel (*) c/ esse “recuerdo’:
“Essa Ciranda quem me deu foi Lia
Eu tava na beira da praia
Ouvindo as pancadas das ondas do mar ( bis )
Esta ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá ( bis )
(…)”
escrito com lápis de sobrancelhas emprestado da dona da barraquinha de peixes, em Porto de Galinhas, para não esquecer a Ilha e as Cirandas e com letra devidamente ‘prejudicada’ por excesso de frutas alquimicamente misturadas com rum carta branca…
Frutas são umas….danadas! Humpf!
Que Polinésia Francesa que nada….
Brasil.
É Brasil iuuuu iuuuu iuuu
(*) Existirá uma terra, tipo o “Tártaro” , para onde vão e se escondem (ficam rindo das nossas caras/buscas vãs?) todos os caderninhos, bloquinhos, agendas, diários, “moleskines” e ‘filofaxes”, quando deles mais precisamos? Um rodada de Vivas para os guardanapos de papel e as bolachas de chopp (só as secas!)….
Belo texto, Beto, pelo qual agradeço.
Fiquem bem, Norma
amável. beijos