Malária:mortes caem pela metade entre 2005 e 2009. Anajás/AM, Manaus/AM, Porto Velho/RO e Cruzeiro do Sul/AC ainda são os campeões em incidência

Foto:James Gathany/CDC

Foto:James Gathany/CDC

Por Carolina Pimentel, da Agência Brasil

O Ministério da Saúde constatou queda, entre 2005 e 2009, no número de casos, internações e mortes provocadas pela malária. Os casos passaram de 607.801, em 2005, para 306.908, em 2009.  Para o coordenador do Programa Nacional de Controle da Malária, José Ladislau, a redução nos indicadores está relacionada à ampliação do acesso ao diagnóstico e tratamento. Em 2003, 48% dos doentes recebiam o tratamento. No ano passado, o percentual foi de 60%.

No Brasil, a quase totalidade dos casos de malária (98%) concentra-se nos estados da Amazônia Legal. Em 2009, dois estados responderam por 64,6% dos casos da doença: Pará (99.531) e Amazonas (98.869). E quatro municípios concentraram 77.333 casos, o equivalente a 25,1% do total – Anajás (AM/26.021), Porto Velho (RO/20.209), Manaus (AM/16.423) e Cruzeiro do Sul (AC/14.680).   A partir do próximo mês, começará a distribuição de 1,1 milhão de mosquiteiros e 500 mil testes rápidos de diagnóstico, resultado do plano de prevenção e controle da malária em 47 municípios da região amazônica, financiado pelo Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária. A meta é reduzir os casos para aproximadamente 150 mil até 2015.

Atualmente, o laboratório público Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desenvolve uma combinação, em um único comprimido, de duas drogas usadas para tratar malária: cloroquina e primaquina e aguarda aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fornecer o novo medicamento. O tratamento completo será em sete dias e o sabor da nova droga combinada será mais palatável do que as antigas, muito amargas.

A malária é causada por um parasita transmitido pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. A doença provoca fraqueza, febre alta, calafrios e dores de cabeça e no corpo. Uma pessoa pode ser infectada várias vezes. Jovens com até 29 anos de idade, mulheres e crianças são as principais vítimas. Não há vacina contra a malária. As formas de prevenção são o uso de telas em portas e janelas, mosquiteiros com inseticida e repelentes.

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